Este trabalho, de cunho ensaístico, apresenta uma releitura crítica e uma discussão sobre o texto “Digital natives, digital immigrants”, do designer de jogos norte-americano Marc Prensky, publicado em 2001 e mencionado até os dias de hoje, no contexto da pesquisa brasileira em linguística aplicada e em educação. Considera-se relevante repensar as questões ali colocadas, quase duas décadas atrás, e principalmente discutir a noção de um “fosso digital” estabelecido entre os atores que convivem nas escolas: alunos e professores. A fim de estabelecer algum contraste teórico e mesmo epistemológico sobre como pensar as questões de educação relacionadas às tecnologias digitais, recorremos a Néstor García Canclini e à proposta também mais democrática e mais contextualizada da pesquisadora Roxane Rojo.