scholarly journals Conversa com Carlos Altamirano: cenas da vida intelectual argentina

Tempo Social ◽  
2017 ◽  
Vol 29 (3) ◽  
pp. 333
Author(s):  
Maria Caroline Marmerolli Tresoldi ◽  
Flávia Xavier Merlotti Paniz

Entrevista com Carlos Altamirano, professor emérito da Universidade Nacional de Quiles, na Argentina. Graduado em Letras no ano de 1967 pela Universidade Nacional do Nordeste, província de Corrientes, Altamirano mudou-se para Buenos Aires no final dos anos de 1960. Como os intelectuais de esquerdas estavam às margens das universidades argentinas em decorrência da ditadura militar, ele trabalhou em editoras e revistas, tendo integrado, no final dos anos de 1970, o projeto coletivo que lançou a revista Punto de Vista. O trabalho editorial desempenhado em revistas, sua atuação como professor na Universidade Nacional de Quilmes, e suas publicações na condição de pesquisador do CONICET renderam notável reconhecimento de sua contribuição à historiografia argentina. Atualmente, participa do Centro de Estudos e Investigações de História Intelectual da Universidade Nacional de Quilmes, integra o conselho diretor da revista Prismas, e juntamente com seus colegas Ricardo Piglia e Beatriz Sarlo é considerado um dos principais intelectuais argentinos de seu tempo. 

Author(s):  
Gustavo Ponciano Cunha de Oliveira

Em 1988, Beatriz Sarlo propõe uma passagem entre duas poéticas em Jorge Luis Borges: de Evaristo Carriego (1930) em direção a Historia universal de la infamia (1935). Os dois textos são “insidiosos”, defende a pesquisadora, porque falsificam as biografias de seus personagens. Porém, a coletânea de 1935 opera em âmbito universal. Este movimento, afirma Sarlo, é portador de um acumulo de prerrogativas, associado à dupla inscrição de Borges: o cidadão do mundo e, simultaneamente, o de um país pensado a partir de Buenos Aires. Neste ensaio, sugerimos uma passagem anterior, evidenciada em “Sentirse en muerte” (1928): do criollismo – o poeta dos arrabaldes, dotado da capacidade de transporte sensível e instalado nos limites de sua cidade imaginada, que busca a representação poética digna de seu conceito de argentinidade – em direção à prosa que alcança o caráter argumentativo-reflexivo dos ensaios sobre o tempo e a eternidade característicos de Borges, início de sua legitimação como “percibidor abstracto del mundo”. Este movimento é também portador de um acúmulo de prerrogativas, dupla inscrição de Borges: como poeta, literato e ensaísta programático do criollismo; como meditador dedicado aos assombros contidos em nossos conceitos de vida, tempo e universo, operador de textos da Filosofia e da Teologia.


2021 ◽  
Vol 24 ◽  
Author(s):  
Alejandra Laera

Este ensayo sistematiza los abordajes de la literatura argentina del siglo XIX hechos por Beatriz Sarlo en función de un proyecto crítico más amplio, en el que ha privilegiado el siglo XX y en particular sus primeras décadas, y que ha desarrollado por lo menos hasta el presente siglo. La hipótesis central es que la insistencia en analizar el momento fundacional de la literatura argentina y la obra y figura de escritores como Sarmiento y Echeverría, se debe al objetivo de encontrar un primer momento modernizador previo a la modernidad cultural de los años que investigó en su ya clásico Una modernidad periférica. Buenos Aires 1920 y 1930 (1988). Asimismo, el ensayo propone pensar el estudio inicial de Sarlo dedicado a Juan María Gutiérrez en relación con una historia de la literatura narrada desde una perspectiva moderna, pero también con su propia posición como crítica.


2019 ◽  
Vol 39 (1) ◽  
pp. 504-522
Author(s):  
Maria Caroline Marmerolli Tresoldi
Keyword(s):  

Fazendo das relações entre cultura e política um ato de cumplicidade, Beatriz Sarlo é um dos nomes que mais se destacam no cenário da crítica literária argentina e, principalmente, nos debates do que se convencionou chamar de estudos culturais latino-americanos. Nascida em 1942 em Buenos Aires, e descendente de famílias imigrantes, Beatriz Sarlo se graduou em Letras pela Universidade de Buenos Aires no ano 1966, quando tem início a ditadura militar argentina. Durante o regime autoritário, à margem da universidade e de uma formação acadêmica continuada, desenvolveu atividades em grupos editoriais e em revistas de crítica literária e cultural, espaços “alternativos” que foram decisivos em sua formação intelectual.


Question ◽  
2019 ◽  
Vol 1 (63) ◽  
pp. e198
Author(s):  
Luciano Francisco Del Hoyo

El artículo expone una reseña del libro La intimidad p´ública de Beatriz Sarlo, reconocida ensayista argentina, licenciada en letras por la Universidad de Buenos Aires y especialista en el ámbito de la crítica literaria y cultural. El texto propone un recorrido a través de los géneros literarios centrales de la Argentina moderna para interesarse así por los cambios en la sexualidad, la sensualidad y las subjetividades que proponen el mundo del espectaculo mediático, las nuevas tecnologías y las redes sociales. A su vez, se hace hincapie sobre los distintos modelos de felicidad construidos por la literatura sentimental de principio del siglo XX y los géneros mediaticos del escándalo y el idilio de la maternidad.   


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document