scholarly journals CONFLITOS IDENTITÁRIOS DO SUJEITO PÓS-MODERNO EM O HOMEM DUPLICADO

2018 ◽  
Vol 19 (1) ◽  
pp. 21
Author(s):  
Thaíla Moura Cabral ◽  
Tércia Costa Valverde

RESUMO: No presente estudo, apresentaremos alguns reflexos da pós-modernidade na arte literária portuguesa, destacando a crise identitária do sujeito. Para tal, será aludido como exemplo a narrativa ficcional de José Saramago O homem duplicado (2002), trama esta, em que o autor se debruça sobre a qualidade de vida e a situação do homem contemporâneo: imerso em uma crise de identidade, quando depara-se com outras identidades incompatíveis com a sua. Para a concretização do trabalho, lançaremos mão dos estudos de teóricos que discorrem sobre assuntos presentes na pós-modernidade como: Zygmunt Bauman (2005) e Anthony Giddens (2002). O âmbito crítico da escrita saramaguiana receberá apoio da obra da estudiosa Ana Paula Arnaut (2008), como também de Carlos Reis (2008), que auxiliarão na visão da perspectiva singular dos temas abordados pelo escritor. Desse modo, O homem duplicado, nos levará a uma reflexão crítica no que diz respeito a questão identitária:  que o encontro do sujeito na busca de si perpassa pelo encontro com o outro. Palavras-chave: Literatura Portuguesa. José Saramago. O homem duplicado. Crise de identidade.  

2009 ◽  
Vol 6 (3) ◽  
pp. 627-636
Author(s):  
MIKE SAVAGE

It has long been argued by social theorists that psychology has played a pivotal role in the culture and politics of modern life. This argument was influentially developed in Michel Foucault's Madness and Civilisation, now nearly fifty years old, which showed how our modern embrace of rationality and normality depends on the psychological “enclosure” of the mad as outside the social pale. The philosopher Ian Hacking has looked at the role of psychology in “making up people”, through defining a series of mental problems (such as schizophrenia, neurosis and suchlike) which are then taken up by people so that they become powerful social labels. More recently, influential sociologists ranging from Anthony Giddens to Zygmunt Bauman and Richard Sennett have developed a rich account of the insecurities of the modern self as the need to live in a complex and uncertain world leads to people developing psychological defence mechanisms.


Author(s):  
Marcelo Pereira dos Santos

A dinâmica da medicina tem provocando grande arrepio na sociedade, em virtude dos avanços alcançados no âmbito da biomedicina e da genética que proporcionaram eventos dantes impensados como as técnicas de reprodução assistida, clonagem terapêutica, cirurgias para transmutação de sexo, bem como dos procedimentos clínicos voltados ao prolongamento da vida. Esses eventos não se dão sem provocar dilemas éticos que impõem uma reflexão em torno dos limites e graus de aceitabilidade quanto aos métodos e práticas utilizados por profissionais da saúde, biólogos, cientistas, farmacêuticos dentre outros envolvidos na manipulação de material genético e experimentações com seres humanos. Nessa perspectiva, o presente ensaio, a partir da apreciação analítica dos paradigmas da Bioética, promove a correlação entre dignidade humana, progresso científico e direitos fundamentais das futuras gerações sob os influxos decorrentes dos avanços da ciência e da tecnologia numa sociedade caracterizada pelo risco e a ambivalência. A análise das questões suscitadas é promovida com a utilização da metodologia dialético-descritiva, consubstanciada na pesquisa bibliográfica em torno das questões supramencionadas, envolvendo livros, artigos, dissertações e teses publicadas nos dez últimos anos. O referencial teórico tem assento na concepção de riscos e ambivalências, delineados por Ulrich Beck, Franz Josef Brüseke, Anthony Giddens, Zygmunt Bauman. O estudo aponta a compreensão da necessária incidência bioética do princípio da precaução como farol ético norteador do progresso técnico-científico e a necessária conciliação entre experimentações e legitimidade das escolhas para a manutenção e evolução da espécie humana.


2018 ◽  
Vol 2 (1) ◽  
pp. 206-223
Author(s):  
Gladson Fabiano de Andrade Sousa ◽  
Naiara Sales Araujo Santos ◽  
Rita de Cássia Oliveira
Keyword(s):  

Em 1963, o escritor brasileiro André Carneiro publica seu conto A escuridão, que traz a história de um fenômeno que desafia a ciência: toda fonte de luz, natural ou artificial, não ilumina mais. Sol, fósforos, lanternas se mostram inúteis; assim recai sobre a terra uma escuridão sem precedentes. Mais de trinta anos depois, o escritor português José Saramago lança seu Ensaio sobre a cegueira, romance que traz o drama de um mundo repentinamente afligido por uma epidemia referenciada como “cegueira branca”. Sobre estes semelhantes motes, os autores contemporâneos abrem seus universos ficcionais refletindo sobre a condição humana e como a sua natureza é revelada ao ruir das convenções político-sociais. O presente artigo tem como objetivo analisar os pontos de convergência e divergência entre as obras A escuridão e Ensaio sobre a cegueira, a partir da perspectiva da obra Dialética do esclarecimento (1944) de Adorno e Horkheimer, bem como das discussões acerca da Ficção Científica apresentadas pela crítica literária Elizabeth Ginway. Serão consultadas também os apontamentos do sociólogo Zygmunt Bauman (2003). Palavras-chave: André Carneiro. José Saramago. Cegueira. Dialética do esclarecimento.


2018 ◽  
Vol 16 (4) ◽  
pp. 1271-1287
Author(s):  
Rebeca Gomes ◽  
José Célio Freire

Seduzidos pelo fascínio que o amor exerce nos mais diversos âmbitos da experiência humana, e convencidos da natureza polissêmica e sempre renovada dos nós amorosos, sentimo-nos instigados a investigar o lugar reservado à alteridade nas relações amorosas na contemporaneidade. Para tanto, estudamos a temática do amor, abordando-a sob diferentes enfoques teóricos. Dentre eles, destacamos as considerações de Zygmunt Bauman, Emmanuel Lévinas, Anthony Giddens e Gilles Lipovetsky, ao mesmo tempo em que, como substrato teórico, atrelamo-nos à noção psicanalítica do amor como suplência à falta constitutiva do sujeito. Por fim, persuadidos das múltiplas formas de arranjo entre o amor e a alteridade, seja pautada pela ética de uma alteridade radical, pela demanda narcísica de um modelo hedonista de sociedade ou pela frouxidão dos laços de um amor líquido, apontamos que, para além dessas questões, o amor encerra uma dimensão estética, cuja relação estabelece-se com o desejo, a beleza e a criação.


2017 ◽  
Vol 6 (2) ◽  
pp. 197
Author(s):  
Daniel Rodrigues Silva Luz Neto ◽  
Cíntia Dos Santos Lins ◽  
Gleydson Gonzaga Lucena ◽  
Rubens Alves da Silva

O presente ensaio explana  o tema (pós)modernidade relacionado com três elementos que julgamos essenciais para se tratar no âmbito das Ciências Humanas e, consequentemente, no campo da ciência geográfica: o espaço, o tempo e a sociedade. Entre os geógrafos, é imprescindível a inserção e a permanência das reflexões em outras disciplinas humanas e sociais. Assim, este texto está estruturado em duas partes principais: a primeira apresenta as principais ideias de quatro autores que escreveram sobre o referido tema: Zygmunt Bauman, Anthony Giddens, Debord Guy e Edward Soja. Em seguida, mostra relação entre os textos, promovendo um “diálogo” entre esses pensadores, focando o tema da modernidade: o espaço, o tempo e a sociedade.


Author(s):  
Mariana Costa Nascimento ◽  
Terezinha Oliveira
Keyword(s):  

A modernidade líquida nos trouxe inúmeras repercussões, principalmente para as relações humanas. O turbilhoes de informações, advindos da globalização negativa, tornam as pessoas cada vez menos empáticas diante de situações catastróficas, como a queda de avião, rompimento de barragens, pandemias, furacões e etc. O novo individualismo atrelado ao enfraquecimento dos vínculos humanos e a dissolução da solidariedade repercutem em uma espécie de cegueira moral e ética dos indivíduos. O objetivo deste artigo é relacionar os excetos da obra Ensaio sobre a Cegueira de José Saramago (2017) com o conceito cegueira moral de Bauman. O livro narra a história de uma epidemia de cegueira branca que se espalha pela cidade causando situações caóticas. A cegueira vivenciada pelos personagens da literatura, não é decorrente de problemas físicos, mas está relacionada a perda de sensibilidade ao sofrimento dos outros, ou seja, trata-se de uma cegueira moral.


2021 ◽  
Vol 4 (8) ◽  
pp. 298-317
Author(s):  
Glauco Barsalini ◽  
Natália Fernandes Mororó

Este artigo investiga a crise de identidade na pós-modernidade e, também, como os novos movimentos religiosos pentecostais ganharam espaço neste contexto. A proposta acontece em torno de uma instituição neopentecostal que se aproxima dos sujeitos em crise através das mídias sociais, inclusive por meio de programas televisivos presentes no cotidiano dos brasileiros. Perscruta, através de pesquisas já realizadas com membros desta instituição e do site oficial da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), os significados que a sua teologia (denominada por Teologia da Prosperidade) ganham no dia a dia dos fiéis, que esta instituição religiosa chamará de organização de vida e superação das dificuldades do cotidiano. Ao referenciar-se em pensadores contemporâneos como Zygmunt Bauman, Stuart Hall e Anthony Giddens, na teologia crítica, na sociologia da religião, na antropologia da religião e nas ciências da religião, o método utilizado combina o estudo bibliográfico com a netnografia.


Divers ! ◽  
2013 ◽  
Vol 6 (2) ◽  
Author(s):  
Paulo Eduardo Angelin

O presente trabalho aborda a temática modernidade, destacando as crises e os processos perpassados por ela, bem como os seus impactos sobre o indivíduo e a sociedade. Para tanto, nos apoiaremos em Boaventura de Souza Santos, promovendo diálogos com pensadores autoridades sobre o tema, como Jürgen Habermans, Anthony Giddens, Zygmunt Bauman e Jürgen Habermans, Hannah Arendt. A discussão será feita em duas partes. Na primeira parte confrontaremos autores que discutem sobre os processos de crise perpassados pela modernidade, apontando as deficiências, ambiguidades e o esgotamento do projeto da modernidade. Na segunda parte analisaremos as transformações ocorridas, tanto na vida quotidiana do indivíduo, quanto nas socioestruturas da sociedade, devido ao advento do paradigma sociocultural e político da modernidade


Author(s):  
Luis Carlos Fridman

O texto avalia as interpretações e diagnósticos de Anthony Giddens e Zygmunt Bauman acerca das repercussões da dinâmica social na modernidade avançada sobre as motivações dos indivíduos para a ação política. Examina o otimismo prudente de Anthony Giddens e a "privatização das utopias" nas elaborações de Zygmunt Bauman, e busca estabelecer vias de entendimento desses problemas.


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