scholarly journals RESPOSTA DA ALFACE EM SISTEMA AGROFLORESTAL IRRIGADO POR GOTEJAMENTO

Irriga ◽  
2021 ◽  
Vol 1 (3) ◽  
pp. 546-556
Author(s):  
LAÍSA PRADO HURPIA ◽  
JOEL LEANDRO DE QUEIROGA ◽  
RONALDO ANTONIO DOS SANTOS ◽  
ADNAH MIRIAH PEREIRA ROQUE ◽  
ALINE DE HOLANDA NUNES MAIA ◽  
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RESPOSTA DA ALFACE EM SISTEMA AGROFLORESTAL IRRIGADO POR GOTEJAMENTO     LAÍSA PRADO HURPIA1; JOEL LEANDRO DE QUEIROGA2; RONALDO ANTONIO DOS SANTOS1; ADNAH MIRIAH PEREIRA ROQUE1; ALINE DE HOLANDA NUNES MAIA2 E WALDEMORE MORICONI2   1 Departamento de Desenvolvimento Rural, Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal de São Carlos - UFSCar, Rodovia Anhanguera, km 174 - SP-330, CEP 13600-970, Araras, SP, Brasil, [email protected], [email protected] e [email protected]. 2 Embrapa Meio Ambiente, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Rodovia SP-340, Km 127,5, Tanquinho Velho, CEP: 13918-110, Jaguariúna, SP, Brasil, [email protected], [email protected] e [email protected].     1 RESUMO   Os sistemas agroflorestais (SAFs) proporcionam comumente uma otimização da área de cultivo, mão-de-obra, insumos e água, com maior estabilidade e diversificação da produção, maior eficiência no controle de plantas espontâneas e proteção do solo contra a erosão. Contudo, atualmente são escassos os estudos sobre SAFs irrigados. Desta forma, este trabalho teve como objetivo avaliar a produção da cultura da alface (Lactuca sativa L.) em cultivo solteiro e consorciado com rúcula (Eruca sativa L.) e rabanete (Raphanus sativus L.), no interior de um SAF e a pleno sol, sob irrigação por gotejamento. O estudo foi conduzido no Sítio Agroecológico da Embrapa Meio Ambiente, em Jaguariúna, SP. Os resultados demonstraram que o sistema de condução não influenciou o diâmetro horizontal da alface, enquanto o cultivo a pleno sol promoveu maior produção de massa seca e número de folhas de alface e rúcula. O rabanete apresentou folhas mais longas no SAF quando comparado ao pleno sol. O policultivo aumentou a produção por unidade de área, em 129,5% em média, em relação ao monocultivo no SAF e pleno sol. Estes resultados demonstraram que a consorciação foi vantajosa em relação ao monocultivo, ao produzir uma maior quantidade de hortaliças por unidade de área e insumos.   Palavras-chave: sistema de cultivo, otimização de cultivos, irrigação localizada.     HURPIA, L. P.; QUEIROGA, J. L.; SANTOS, R. A.; ROQUE, A. M. P.; MAIA, A. H. N.; MORICONI, W. RESPONSE OF LETTUCE UNDER AGROFORESTRY SYSTEM WITH DRIP IRRIGATION     2 ABSTRACT   Agroforestry systems (SAFs) commonly provide optimization of the cultivation area, labor, inputs and water, with yield diversification and stability, greater efficiency in weed control and soil protection against erosion. However, studies on irrigated SAFs are currently scarce. Thus, this work aimed to evaluate the production of lettuce (Lactuca sativa L.) in single cultivation and intercropped with arugula (Eruca sativa L.) and radish (Raphanus sativus L.), grown in an agroforestry system and in full sun. The study was conducted at the Sítio Agroecológico of Embrapa Meio Ambiente (experimental farm), in the city of Jaguariúna, in the state of São Paulo, Brazil. The results showed that the conduction system did not influence the horizontal diameter of lettuce, while cultivation in full sun promoted greater production of dry mass and number of lettuce and arugula leaves. The radish showed longer leaves in SAF compared to full sun. Polyculture increased production per unit area, by 129.5% on average, compared to monoculture in SAF and full sun. These results showed that intercropping was advantageous in relation to monoculture, as it produced a greater number of vegetables per unit area and inputs.   Keywords: farming system, crop optimization, localized irrigation system.

2004 ◽  
Vol 18 (3) ◽  
pp. 425-430 ◽  
Author(s):  
Fernando Periotto ◽  
Sonia Cristina Juliano Gualtieri de Andrade Perez ◽  
Maria Inês Salgueiro Lima

Neste trabalho, objetivou-se avaliar o efeito alelopático de caules e folhas de Andira humilis na germinação de sementes e no crescimento de plântulas de rabanete e alface. Para os experimentos de germinação foram preparados extratos aquosos de caules e folhas de A. humilis nas concentrações de 0, 4, 8, 12 e 16% (p/v). Foram realizadas quatro réplicas de trinta sementes de alface ou de rabanete, distribuídas em placas de Petri forradas com papel-filtro umedecido com 5mL dos extratos, mantidas a 27 ºC e na ausência de luz. As contagens das sementes germinadas foram realizadas a cada 12h, calculando-se a percentagem e a velocidade de germinação. Extratos de caules e folhas reduziram significativamente a velocidade e a percentagem de germinação, em relação ao grupo controle. Os experimentos de crescimento foram realizados com quatro réplicas de oito sementes germinadas de alface ou de rabanete, a 27 ºC, na ausência de luz e em papel-filtro como substrato, sendo avaliadas as concentrações 0, 4 e 12% (p/v). Plântulas de alface e rabanete sofreram inibição significativa em seus comprimentos, pelos extratos de folhas. Extratos de caules a 4 e 12% (p/v) não causaram inibição do crescimento em rabanete. A interferência dos extratos na germinação e no crescimento em alface e rabanete foi desassociada de qualquer efeito do potencial osmótico e do pH, indicando, portanto, atividade alelopática.


2021 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
pp. e29010110441
Author(s):  
Waleska Arcanjo ◽  
Lilian dos Santos Silva ◽  
Raphaela Gabrí Bitencourt ◽  
Ana Carolina Ribeiro Aguiar ◽  
Luciana Machado Ramos ◽  
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O estudo da atividade alelopática vem sendo utilizado no combate e controle de doenças, insetos e plantas daninhas. Este trabalho teve por objetivo avaliar o efeito alelopático de extratos das folhas de caju-de-árvore-do-cerrado (Anacardium othonianum Rizz.) na germinação e no crescimento inicial de plântulas de alface (Lactuca sativa L.) e rabanete (Raphanus sativus L.). Inicialmente, foram obtidos extratos aquosos das folhas da planta in natura por dois métodos de extração aquosa: infusão e decocção. Os bioensaios de germinação e crescimento de alface e rabanete foram realizados em triplicata, com tratamentos compostos por seis diferentes diluições dos extratos, sendo feita a análise da porcentagem de germinação, comprimento de radículas e da parte aérea das plântulas após 7 dias de incubação, sob condições de temperatura e luz artificiais. Verificou-se a existência do potencial alelopático em ambos os extratos das folhas de caju-de-árvore-do-cerrado, pela sensibilidade observada nas sementes de alface e rabanete. Além disso, constatou-se que os efeitos dos aleloquímicos são dependentes da dosagem utilizada, já que foram observadas variações nos efeitos alelopáticos (inibitório e/ou estimulante) apenas alterando a concentração aplicada dos extratos.


2004 ◽  
Vol 18 (3) ◽  
pp. 459-472 ◽  
Author(s):  
Ana Beatriz Gatti ◽  
Sonia Cristina Juliano Gualtieri de Andrade Perez ◽  
Maria Inês Salgueiro Lima

O objetivo deste trabalho foi analisar os efeitos de extratos aquosos de diferentes órgãos de Aristolochia esperanzae na germinação e no crescimento de alface e rabanete. Todos os extratos preparados obedeceram à proporção de 100g de material vegetal fresco para 300mL de água destilada, que produziu o extrato considerado 100% concentrado. A partir deste, foram feitas diluições com água destilada para 75, 50 e 25%. Nos testes de germinação foram avaliados os efeitos dos extratos obtidos de folha, caule, raiz, fruto e flor a 100, 75, 50 e 25%. Para o teste de crescimento foram utilizados extratos de folha, caule e raiz na concentração de 100 e 50%. Nos testes de germinação foram utilizadas quatro repetições de 30 sementes distribuídas em placas de Petri forradas com duas folhas de papel de filtro umedecidas com 5 mL dos referidos extratos, secas durante 12h e reumedecidas com 4,5mL de água destilada. No primeiro teste avaliou-se a percentagem e a velocidade de germinação das sementes. No teste de crescimento, as sementes foram previamente germinadas (2-4mm de radícula) e depois transferidas para caixas plásticas contendo os substratos de papel de filtro e fibra de coco umedecidos com os respectivos extratos. Avaliou-se a altura da parte aérea, o comprimento radicular, a massa seca das plântulas e a presença de anormalidades nas plântulas. Os testes foram mantidos à temperatura constante de 27ºC. Através dos resultados obtidos pode-se concluir que os extratos de folha foram os que mais afetaram a percentagem de germinação e que todos os extratos e as diferentes concentrações retardaram a germinação de sementes de alface e de rabanete. Quanto ao teste de crescimento, pode-se verificar que os extratos de caule e de raiz causaram anormalidades nas plântulas. As plântulas crescidas no substrato papel de filtro apresentaram maior inibição do crescimento, em relação àquelas crescidas no substrato fibra de coco. A concentração dos extratos foi a principal responsável pelo estímulo ou inibição causada no crescimento das plântulas de alface e rabanete.


2012 ◽  
Vol 14 (3) ◽  
pp. 487-493 ◽  
Author(s):  
A.C. Rodrigues ◽  
F.A. Artioli ◽  
M. Polo ◽  
L.C.A. Barbosa ◽  
L.A. Beijo

O objetivo do presente trabalho foi à verificação do efeito alelopático de Hyptis. suaveolens na germinação de sorgo, alface e rabanete, bem como, a comprovação da existência de compostos com potencial alelopático. Sementes de sorgo, alface e rabanete foram semeadas em substrato constituído de areia, terra e adubo orgânico contendo folhas de H. suaveolens. As análises da germinação foram feitas considerando a protrusão da radícula para o término do evento germinativo. Foi calculado o IVG (índice de velocidade de germinação) e %G (porcentagem de germinação). Os resultados mostraram que sorgo e a alface foram mais susceptíveis ao potencial alelopático de H. suaveolens, sendo que para o rabanete foi observado um efeito benéfico. Entre os tratamentos, o substrato esterilizado e não esterilizado mostraram diferenças entre si. A análise cromatográfica do óleo essencial presente nas folhas de H. suaveolens revelou a presença de compostos com potencial alelopático. Portanto, H. suaveolens, pode apresentar efeito alelopático positivo no IVG de sementes de rabanete e a presença de microorganismos pode ser necessária para que esse efeito alelopático aconteça.


2002 ◽  
Vol 20 (3) ◽  
pp. 501-504 ◽  
Author(s):  
Arthur Bernardes Cecilio Filho ◽  
André May

Avaliou-se a produtividade das culturas de rabanete e alface, e a qualidade de seus produtos, em função da época de estabelecimento do consórcio, na UNESP em Jaboticabal, de março a maio de 1999. Os tratamentos foram constituídos por consórcios estabelecidos aos 0; 7 e 14 dias após o transplantio (DAT) da alface e monocultivos implantados nestas mesmas épocas. As cultivares de rabanete (Raphanus sativus L.) e alface (Lactuca sativa L.) utilizadas foram, respectivamente, Crimson Gigante e Carolina. Maior altura das plantas de rabanete foi observada quando consorciada com alface. As plantas de rabanete em monocultivo apresentaram acúmulo de massa seca da parte aérea (MSPA) 29,4% menor do que em consorciação, independente da época de semeadura. Para massa seca de raízes tuberosas, maior acúmulo foi obtido na presença de alface, independentemente da época de instalação do consórcio. Quanto a MSPA de alface, maior acúmulo ocorreu em consórcio, quando a semeadura do rabanete foi realizada até 7 DAT. Além de menor acúmulo de MSPA, quando a semeadura do rabanete foi realizada aos 14 DAT, a alface apresentou perda na qualidade comercial. O maior valor da razão de área equivalente (1,6) no sistema de consórcio, foi obtido quando o rabanete foi semeado aos 7 dias após o transplantio da alface.


Author(s):  
Maiara Figueiredo Ramires ◽  
Eduardo Lorensi de Souza ◽  
Daniel Erison Fontanive ◽  
Renan Bianchetto ◽  
Ângelo Munaretto Krynski ◽  
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2017 ◽  
Vol 38 (1) ◽  
pp. 91-97 ◽  
Author(s):  
José Juscelino de OLIVEIRA ◽  
Gabriel Ollé DALMAZO ◽  
Tânia Beatriz Gamboa Araújo MORSELLI ◽  
Vanderleia Fátima da Silva de OLIVEIRA ◽  
Luciara Bilhalva CORRÊA ◽  
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2018 ◽  
Vol 46 (1) ◽  
pp. 206-212 ◽  
Author(s):  
Angeliki KAVGA ◽  
Georgios TRYPANAGNOSTOPOULOS ◽  
George ZERVOUDAKIS ◽  
Yiannis TRIPANAGNOSTOPOULOS

Energy demand of greenhouses is an important factor for their economics and photovoltaics can be considered an alternative solution to cover their electrical and heating needs. On the other hand, plants cultivated under different solar radiation intensities usually appear different physiological adaptations. The objective of this research was to investigate the effect of photovoltaic panels’ induced partial shading on growth and physiological characteristics of lettuce (Lactuca sativa L.) and rocket (Eruca sativa Mill.) plants. Our results indicate that lettuce productivity and the corresponding photosynthetic rate were not affected under the photovoltaic cultivation in comparison with the reference one. On the other hand, the rocket cultivation was less productive and showed lower photosynthetic rate under photovoltaic panels than in the reference greenhouse. The different physiological response between lettuce and rocket seems to be associated with the effect of environmental factors such as solar radiation intensity, temperature and humidity apart from the possible inherent characteristics of each plant species.


Irriga ◽  
2002 ◽  
Vol 7 (3) ◽  
pp. 176-184
Author(s):  
Cláudio Marcio Pereira de Souza ◽  
Antonio Evaldo Klar ◽  
Luiza Helena Duenhas

EVALUATION OF METEOROLOGICAL ELEMENTS AND LETTUCE (Lactuca sativa, L.) YIELD RELATED TO GEOGRAPHIC ORIENTATION OF POLYETHYLENE GREENHOUSES   Cláudio Márcio Pereira de SouzaAntonio Evaldo Klar*Department of Agricultural Engineering, College of Agricultural Sciences, State University of São Paulo, P.O. 237, CEP 18603-970, Botucatu – SP. E-mail: [email protected]* Scientific Researcher of CNPqLuiza Helena DuenhasEMBRAPA Semi Árido, P.O. 23, CEP 56300–970, Petrolina – PE.   1 ABSTRACT  This experiment was carried out at the Agricultural Engineering Department, FCA/UNESP, Botucatu–SP aiming to study  the geographic orientation influence of two plastic tunnels (East/West and North/South based on the magnetic North) on lettuce plant (Lactuca sativa L, cv. Elisa) behavior and on the evaporation distribution uniformity inside the tunnels. The plants were sowed on 05/05/1999, transplanted on 05/29/1999 and harvested on 06/31/1999. Tensiometers were used to monitore soil water potentials. A drip irrigation system was used. Both tunnels received A Class pan and thermohygrographes in the center and 3 m apart small evaporimeters set at 3 heights (0.50 m, 1.00 m and 1.50 m). Through geostatistical analysis, there was not neither spatial dependency nor spatial variability of evaporation in both tunnels. However, the height of evaporimeters showed statistical differences: the 1.50 m height evaporimeter had slower evaporation than those from other heights. The air temperature, relative humidity and vapor pressure deficit averages were not statistically significant in both greenhouses when they were compared to those from the outside. A Class pan evaporation values were higher outside the tunnels than inside them, but there were no differences between both tunnels for this variable. The lettuce plant yield was not influenced by tunnel orientation, but there were significant differences on plant yield among beds inside each tunnel.  Keywords: evaporation, irrigation, greenhouse.   SOUZA, C. M. P., KLAR, A. E., DUENHAS, L. H. AVALIAÇÃO DE ELEMENTOS METEOROLÓGICOS E PRODUÇÃO DE ALFACE (Lactuca sativa L.) AFETADOS PELA ORIENTAÇÃO GEOGRÁFICA DE ESTUFAS DE POLIETILENO.   2 RESUMO  O experimento foi realizado na área experimental do Departamento de Engenharia Rural da Faculdade de Ciências Agronômicas – Unesp/Botucatu, Estado de São Paulo, em duas estufas dispostas em diferentes orientações geográficas, Leste/Oeste e Norte/Sul. A alface (Lactuva sativa L.) cv. Elisa foi cultivada em ambas estufas, sendo semeada em 05/05/99, transplantada em 29/05/99 e colhida em 31/06/99. Utilizou-se tensiômetros para monitorar o potencial de água no solo para realizar o manejo do sistema de irrigação por gotejamento. Microevaporímetros eqüidistantes de 3 m e colocados em 3 alturas, 0.50, 1.00 e 1.50 m, termohigrógrafos e tanques Classe “A” foram instalados nas duas estufas. Através de análise geoestatística, não se observou dependência espacial nem variabilidade espacial da evaporação nas duas estufas. Entretanto, a altura dos evaporímetros apresentou diferenças significativas: a evaporação à altura de 1.50 foi menor que nas outras duas.As médias de temperatura, umidade relativa e déficit de pressão de vapor do arnão diferiram estatisticamente entre as estufas e o ambiente externo. Os valores médios de evaporação de água no tanque Classe “A” instalado fora das estufas diferiram estatisticamente quando comparados com os instalados no interior das estufas, porém, entre as orientações não se constatou diferença significativa. Pôde-se verificar que não houve diferença significativa das características agronômicas da alface em ambas orientações estudadas. No entanto, houve diferença significativa para essas características entre os canteiros no interior das mesmas, havendo variância espacial para os dados de matéria fresca apenas na estufa N/S.  UNITERMOS: evaporação, irrigação, estufa.


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