scholarly journals A circularidade da escrita de Lygia Fagundes Telles

2017 ◽  
Vol 19 (3) ◽  
pp. 557-570
Author(s):  
Carlos Magno Gomes

Resumo: Este ensaio apresenta uma reflexão filosófica sobre a circularidade da escrita de Lygia Fagundes Telles pela impessoalidade do texto literário pregada pelos pós-estruturalistas Michel Foucault, Roland Barthes e Jacques Derrida. Como modelo, faz-se a análise da metanarratividade no conto “Senhor diretor”, da coletânea Seminário dos ratos (1977). Esse texto expõe o jogo de dissimulação no qual o dito é apagado pelo murmúrio do não dito. Com isso, reconhecem-se os processos ambíguos da escrita, que dissimula referências ao mundo externo, enquanto fala de si.

2021 ◽  
Vol 2 (53) ◽  
pp. 9-22
Author(s):  
Alejandro Sacbé Shuttera Pérez

En el presente artículo se examinan, a la luz de los planteamientos de Michel Foucault –y, en menor medida, de Roland Barthes y Jacques Derrida–, una serie de postulados fundamentales de la Teoría literaria, como el estatuto tradicional de la crítica literaria, la función del autor en la literatura y la propia literatura como disciplina de estudio, en especial desde su dimensión institucional. Para el desarrollo de los argumentos foucaultianos se toman como referencia algunos de los textos de la llamada “primera época” en los sesenta (entrevistas, conferencias, publicaciones en revistas, etc.), pero sobre todo un par de documentos inéditos en francés (de traducción propia) respecto de la literatura, provenientes de los expedientes del Fondo Michel Foucault localizado en el Institut Mémoires de l’Édition Contemporaine, en Caen, Francia. 


CounterText ◽  
2019 ◽  
Vol 5 (1) ◽  
pp. 1-18 ◽  
Author(s):  
Benjamin Noys

Utopias of the text are the moments of the emergence of a new and radical concept of the text as overflowing all limits and boundaries. Here these utopias are traced in the writings of Roland Barthes, Jacques Derrida, and Michel Foucault. They often emerge at the margins of these texts, in fragments or boundaries at which the utopia can be glimpsed before disappearing. These utopian moments can be reconstructed as a form of thinking the post-literary and its limits. They can also be traced to the explosion of speech during May 1968 and Maurice Blanchot is a key figure who links together this political moment with the ‘neutral’ form of writing. This article explores the fading of these utopias of the text alongside this draining of political energies. These processes of critique and waning suggest the inversion of utopias of the text into dystopias of the text. Now the sign or signifier appears dispersed or even insignificant compared to the powers and forces of post-literary domination. In this situation, however, the article suggests, the persistence of the utopias of the text as a critical horizon that can still inform how we grasp the equivocations of our post-literary moment.


2007 ◽  
pp. 105-117
Author(s):  
Adam Dziadek

This text aims at a description of the famous manifesto published by the group Tel Quel in France in 1968. The author gives a short analysis of chosen texts by Michel Foucault, Jacques Derrida, Roland Barthes and particularly Julia Kristeva. The analysis shows important links between politics and literary theory of the Tel Quel. It also shows the way that politics and theory (based on such intertexts as Marx, Freud and Lacan) influenced new notion of the text, of the intertextuality and the others.


Em Tese ◽  
2018 ◽  
Vol 23 (3) ◽  
pp. 124
Author(s):  
Luiz Henrique Carvalho Penido

Este artigo tem por objetivo levantar questões sobre a singularidade do texto literário, os modelos disciplinares escolares e a sua relação com a democracia. Tentamos entender o papel herdado pela teoria da literatura no discurso de crise do ensino de literatura e, através dela mesma, apresentar possibilidades para repensar o ensino. Dialogamos com três autores caros aos estudos literários – Roland Barthes, Michel Foucault e Jacques Derrida, sempre buscando o vínculo entre o singular literário e as condições de possibilidade impostas por ele a um ensino de literatura emancipador.


Letrônica ◽  
2020 ◽  
Vol 13 (2) ◽  
pp. e36176
Author(s):  
Alexandre de Oliveira Fernandes ◽  
Luciano Fernandes De Souza

Discursos político-religiosos estão implicados na construção de corpos e subjetividades generificadas. Organizando-se como uma arma de guerra, entrelaçam crenças e posicionamentos políticos, impõem padrões de normalidade, enfatizam ou desprezam determinadas condutas, reiterando discursos que seguem a heteronorma. Com vistas à construção de sujeitos e subjetividades normativizados – binários e dimórficos –, tratam o outro como abjeto, uma estratégia prático-discursiva que inferioriza aquele que se quer excluir do humano. Estigmatizando características corporais e psíquicas, legam aos sujeitos desviantes, ares de animalidade e de aberração. Defendemos neste artigo que tal interpelação discursiva emanada por discursos político-religiosos que atuam como armas de guerra, regula desejos, produz privações, punições e inscreve os dissidentes sexuais em uma alteridade cativa e repreendida, sob o signo de um “heteroterrorismo” (BENTO, 2017). Apoiamos nossa argumentação, especialmente em Roland Barthes (2004), Jacques Derrida (2001), Judith Butler (2017), Michel Foucault (2012) e Berenice Bento (2017).


Perspectiva ◽  
2019 ◽  
Vol 37 (4) ◽  
pp. 930-943
Author(s):  
Fabiane Olegário ◽  
Sandra Mara Corazza

Este texto pensa os processos de ler e escrever como modos de traduzir os arquivos existentes. Tomando como aporte teórico o pensamento da diferença proposto por autores como Roland Barthes, Michel Foucault e Jacques Derrida, além de teorizações literárias acerca da tradução com o poeta e tradutor brasileiro Haroldo de Campos, o texto compreende o arquivo como texto vivo e aberto às interferências do leitor e escritor, que ao ler reescreve o texto, traduzindo-o criticamente. A partir desta perspectiva, defende a reinvenção de textos originais pelo educador-tradutor, na medida em que transcria as matérias que transitam nos arquivos pelo veio da leitura-e-escrita. Baseado em tal premissa, o texto conclui que a prática de ensinar só é possível porque o educador transforma as matérias do currículo e da didática por meio de uma tradução transcriadora e crítica dos arquivos.


Author(s):  
Hilary Radner ◽  
Alistair Fox

In this section of the interview, Bellour describes how he began to engage in film analysis in the 1960s, beginning with a sequence from Alfred Hitchcock’s The Birds, with the aim of establishing the way it worked as a “text.” He proceeds to describe his personal encounters with major figures like Roland Barthes, Claude Lévi-Strauss, Michel Foucault, and his friendship with Christian Metz, suggesting how his interchanges with them helped to shape his own thinking, and how it diverged from theirs.


2010 ◽  
pp. 121-134
Author(s):  
Philippe Corcuff

Il saggio, nato da una conferenza sul tema della democrazia organizzata da "Attac", č una trattazione della questione dei processi di individualizzazione e disindividualizzazione in relazione all'impegno politico che ripercorre la produzione sociologica recente e attraversa le analisi di autori come Norbert Elias, Jacques Derrida e Michel Foucault. Particolare attenzione č rivolta al problema dei presupposti impliciti operanti nell'analisi sociologica e a quanto da essi deriva sul piano valutativo. L'autore, che propone un recupero critico della nozione di individualitÀ, mette in guardia da un lato rispetto a una considerazione atemporale delle categorie sociologiche e politiche, dall'altro rispetto alle riduzioni semplificanti dell'individualismo di cui sottolinea invece l'irriducibile complessitÀ.


Ícone ◽  
2013 ◽  
Vol 15 (1) ◽  
Author(s):  
Eduardo Queiroga

Este artigo reflete sobre a relação entre fotografia e autoria. Parte de algumas passagens da história da fotografia, observando o distanciamento entre a fotografia documento – aquela em que se busca uma abordagem mais neutra e objetiva do tema – e o “estilo documental”, termo cunhado por Walker Evans e estudado por Olivier Lugon, que dá conta de uma apropriação da estética do documento mas com objetivos que estão além do registro do assunto fotografado. Articula a pesquisa de Lugon com conceitos de Laura González Flores, Michel Foucault, Roland Barthes e Giorgio Abamben. Aqui trabalhamos com a premissa de que a autoria ganha espaço na medida em que há um distanciamento do tema.


2016 ◽  
Vol 28 (1) ◽  
pp. 171-180 ◽  
Author(s):  
Marcele de Freitas Emerim ◽  
Mériti de Souza

Resumo O considerado inimputável é absolvido por não entender o caráter ilícito de seu ato, embora, por medida de segurança, seja internado compulsoriamente em um hospital de custódia e tratamento psiquiátrico (HCTP): uma instituição pertencente ao sistema penitenciário. Cria-se assim a ambígua figura dolouco infrator - ora criminoso, ora doente mental - que raramente vimos contemplada em discussões e ações nas áreas da saúde e do direito. Ainda menos acolhido será aquele que atentar contra a vida de seus genitores: o chamado parricida. A partir dos aportes teóricos de Michel Foucault, Giorgio Agamben e Jacques Derrida, este trabalho discute discursos e práticas que se debruçam tanto sobre a questão da loucura, da infração e do parricídio quanto sobre a instituição do HCTP como modalidade de contenção e encaminhamento para os inimputáveis; assim como serão apresentadas discussões a partir das falas de pessoas classificadas como loucas, infratoras, parricidas - internadas em um HCTP.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document