scholarly journals Aporte de fitomassa pelas sucessões de culturas e sua influência em atributos físicos do solo no sistema plantio direto

Bragantia ◽  
2011 ◽  
Vol 70 (1) ◽  
pp. 147-156 ◽  
Author(s):  
Denis Augusto da Silva ◽  
Luiz Carlos Ferreira de Souza ◽  
Antonio Carlos Tadeu Vitorino ◽  
Manoel Carlos Gonçalves

A degradação física dos solos, como a compactação, reduz a movimentação de água e o crescimento de raízes. A estrutura do solo é considerada como uma de suas mais importantes propriedades do ponto de vista agrícola, pois a ela estão relacionadas outras propriedades fundamentais nas relações solo-planta. Com o objetivo de se avaliar o efeito de culturas de cobertura nos atributos físicos do solo realizou-se este trabalho em um Latossolo Vermelho Distroférrico, textura muito argilosa, nas safras de 2004/2005 e 2005/2006, na Universidade Federal da Grande Dourados, em uma área há oito anos sob plantio direto. O delineamento experimental foi em blocos completamente casualizados com três repetições. Foram avaliadas as culturas girassol (Helianthus annuus L.), crotalária (Crotalaria juncea L.), ervilhaca peluda (Vicia villosa Roth), consórcio de crotalária e aveia preta (Avena strigosa Schreb) e consórcio de aveia preta, ervilhaca peluda e nabo forrageiro (Raphanus sativus L. var. oleiferus Metzg), sucedendo a soja e como antecessoras do milho. As culturas de girassol, crotalária e o consórcio aveia preta mais crotalária proporcionaram maiores teores de carbono orgânico total; os valores de macroporosidade e porosidade total aumentaram na camada superficial enquanto os valores de densidade do solo e de microporosidade foram menores nessa camada. Os agregados foram mais estáveis na camada 0 - 5 cm. Os sistemas de culturas estudados foram eficientes na produção de palha, capazes preservar os atributos físicos do solo. Os consórcios entre aveia preta+ervilhaca peluda+nabo forrageiro e, da aveia preta+crotalária possibilitam maior cobertura e permanência da palha sobre o solo.

2008 ◽  
Vol 32 (spe) ◽  
pp. 2831-2838 ◽  
Author(s):  
Arminda Moreira de Carvalho ◽  
Mercedes Maria da Cunha Bustamante ◽  
José Geraldo de Abreu Sousa Junior ◽  
Lúcio José Vivaldi

A degradação dos solos pode ocorrer pelo seu preparo intensivo, combinado com monocultivos que produzem pequenas quantidades de resíduos vegetais com decomposição acelerada. O objetivo deste estudo foi avaliar a decomposição dos resíduos vegetais, em Latossolo Vermelho-Amarelo sob cultivo de milho em sucessão a plantas de cobertura, nos sistemas plantio direto e com incorporação desses resíduos. As espécies vegetais cultivadas em sucessão ao milho foram: crotalária juncea (Crotalaria juncea L.), feijão-bravo-do-ceará (Canavalia brasiliensis M. e Benth), guandu cv. Caqui (Cajanus cajan (L.) Millsp), mucuna-cinza (Mucuna pruriens (L.) DC), girassol (Helianthus annuus L.), milheto BN-2 (Pennisetum glaucum (L.) R. Brown) e nabo-forrageiro (Raphanus sativus L.). A testemunha foi ausência de culturas em sucessão ao milho (vegetação espontânea). Sacolas de tela de náilon com dez gramas de matéria seca de cada espécie foram colocadas na superfície do solo e cobertas com resíduos vegetais. Durante as operações de preparo do solo e de aplicação de herbicida, as sacolas de serapilheira foram retiradas do campo e mantidas em câmara fria. Depois da semeadura do milho, essas sacolas foram reintegradas às respectivas subparcelas, colocadas em superfície, no sistema plantio direto, e enterradas a 10 cm de profundidade, quando sob o manejo com incorporação dos resíduos vegetais. As taxas de decomposição foram determinadas na seca (60 e 90 dias) e no período de chuva (180, 210 e 240 dias). Os resíduos vegetais de guandu, milheto, mucuna-cinza e vegetação espontânea apresentaram menores taxas de decomposição na maioria dos períodos avaliados. A incorporação dos resíduos vegetais acelerou o processo de decomposição em relação à sua manutenção na superfície do solo no sistema plantio direto, exceto para o nabo forrageiro. O milho cultivado em sucessão ao feijão-bravo-do-ceará apresentou maior rendimento.


Revista CERES ◽  
2010 ◽  
Vol 57 (6) ◽  
pp. 778-786 ◽  
Author(s):  
Alexandre Cunha de Barcellos Ferreira ◽  
Fernando Mendes Lamas

Este trabalho objetivou avaliar a produção, a persistência e os efeitos de coberturas vegetais sobre as plantas daninhas e a produtividade do algodoeiro em sistema plantio direto. Os tratamentos consistiram das espécies de cobertura: milheto (Pennisetum glaucum (L.) R. Brown), Brachiaria ruziziensis Germain & Evrard, sorgo forrageiro (Sorghum bicolor L. Moench), capim-pé-de-galinha (Eleusine coracana L. Gaerth), Crotalaria juncea L., Crotalaria spectabilis Roth, aveia-preta (Avena strigosa Schreb.), nabo forrageiro (Raphanus sativus L.), P. glaucum + C. juncea, P. glaucum + C. spectabilis, B. ruziziensis + C. juncea, B. ruziziensis + C. spectabilis, S. bicolor + C. juncea, S. bicolor + C. spectabilis, E. coracana + C. juncea, E. coracana + C. spectabilis, A. strigosa + R. sativus, P. glaucum + R. sativus e pousio. As espécies foram semeadas no final do verão, após a colheita de soja, e o algodoeiro BRS 269-Buriti, nove meses após. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com quatro repetições. As espécies B. ruziziensis, B. ruziziensis + C. juncea, B. ruziziensis + C. spectabilis e P. glaucum + R. sativus produziram mais de 6,8 t ha-1 de biomassa seca. A palhada produzida pela B. ruziziensis garantiu boa cobertura do solo durante o ciclo do algodoeiro. A biomassa seca de B. ruziziensis, B. ruziziensis + C. juncea e B. ruziziensis + C. spectabilis reduziu a infestação de plantas daninhas até a época de semeadura do algodão e durante os estádios iniciais de seu desenvolvimento. Palhas de R. sativus e A. strigosa, solteiras e consorciadas, interferiram negativamente na produtividade do algodoeiro.


2009 ◽  
Vol 39 (7) ◽  
pp. 2207-2209 ◽  
Author(s):  
André dos Santos Kieling ◽  
Jucinei José Comin ◽  
Jamil Abdalla Fayad ◽  
Marcos Alberto Lana ◽  
Paulo Emílio Lovato

O objetivo deste trabalho foi eliminar o uso de herbicidas nas lavouras de tomate, em sistema de plantio direto (PD). Para conhecer a melhor combinação de plantas de cobertura (PC) de inverno para o controle de plantas espontâneas (PE) e a produção do tomate, conduziu-se experimento a campo na Estação Experimental da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (EPAGRI) de Ituporanga, Santa Catarina (SC). Foram testadas a aveia preta (Avena strigosa Schreb), a ervilhaca (Vicia villosa Roth) e o nabo forrageiro (Raphanus sativus L.) em sistemas de cobertura solteiros e consorciados. O tomate, variedade Márcia-EPAGRI, foi tutorado e conduzido sob sistema de fertirrigação. Os melhores tratamentos na produção de matéria seca (MS) de PC foram aveia + ervilhaca e aveia solteira, seguidos de ervilhaca + nabo, aveia + nabo e aveia + ervilhaca + nabo. Entre os cinco melhores resultados na produção de MS, apenas aveia não foi um tratamento consorciado. No controle de plantas espontâneas, destacaram-se os tratamentos aveia + nabo, aveia + ervilhaca e aveia + ervilhaca + nabo, seguidos de aveia. Não ocorreram diferenças estatísticas entre tratamentos no rendimento total do tomate e na produção comercial.


2013 ◽  
Vol 31 (1) ◽  
pp. 127-135 ◽  
Author(s):  
P.A Monquero ◽  
M.C Côrrea ◽  
L.N Barbosa ◽  
A Gutierrez ◽  
I Orzari ◽  
...  

Espécies de adubos verdes tolerantes ao herbicida diclosulam podem ser utilizadas em rotação de culturas para diminuir o efeito fitotóxico subsequente desse herbicida em plantas sensíveis, como o girassol ou milho. Este estudo teve como objetivo avaliar a tolerância de adubos verdes ao diclosulam e a capacidade dessas plantas em diminuir o efeito fitotóxico do herbicida no bioindicador Helianthus annuus. Foram avaliadas, em casa de vegetação, três doses do herbicida diclosulam (0, 0,035 e 0,070 kg i.a. ha-1) em pré-emergência dos adubos verdes Dolichos lablab, Cajanus cajan, Canavalia ensiformis, Crotalaria juncea, C. breviflora, C. spectabilis, Mucuna deeringiana, M. cinerea, M. aterrima, Lupinus albus, Helianthus annuus, Pennisetum glaucum, Avena strigosa, Raphanus sativus e Calopogonium muconoides. Entre estas espécies, C. cajan, C. ensiformis, M. cinerea e M. aterrima foram selecionadas como as mais tolerantes, sendo avaliadas no campo com o herbicida diclosulam nas doses de 0, 0,035 e 0,070 kg i.a. ha¹, em esquema fatorial 4 x 3 e quatro repetições. A parte aérea dessas plantas foi coletada após 60 dias da emergência, sendo semeado H. annuus como bioindicador do herbicida diclosulam. Os resultados evidenciaram C. cajan como a espécie mais promissora em diminuir o efeito fitotóxico do diclosulam em culturas agrícolas sensíveis.


2004 ◽  
Vol 28 (4) ◽  
pp. 751-762 ◽  
Author(s):  
S. J. Giacomini ◽  
C. Aita ◽  
I. C. Chiapinotto ◽  
A. P. Hübner ◽  
M. G. Marques ◽  
...  

Nos últimos anos, com a rápida expansão do plantio direto no Sul do Brasil, tem aumentado o interesse pela consorciação de plantas de cobertura de solo no outono/inverno como fonte de N ao milho em sucessão. Para avaliar o efeito da aveia preta (AP) (Avena strigosa Schieb), da ervilhaca comum (EC) (Vicia sativa L.) e do nabo forrageiro (NF) (Raphanus sativus L. var. oleiferus Metzg.), em cultivos solteiros e consorciados, sobre o N acumulado e a produtividade de grãos de milho, foi realizado um experimento, no período de 1998 a 2000, na área experimental do Departamento de Solos da Universidade Federal de Santa Maria (RS), em um Argissolo Vermelho distrófico arênico (Hapludalf). O delineamento experimental foi de blocos inteiramente ao acaso com quatro repetições. Os tratamentos foram os seguintes: 100 % AP (80 kg ha-1 de sementes), 100 % EC (80 kg ha-1), 100 % NF (14 kg ha-1), 15 % AP + 85 % EC, 30 % AP + 70 % EC, 45 % AP + 55 % EC, 15 % AP + 85 % NF e 30 % AP + 70 % NF. Além desses, foram utilizados dois tratamentos em pousio invernal onde cresceu a vegetação espontânea da área. Num tratamento sob pousio, o milho foi cultivado sem adubação nitrogenada e, no outro, o milho foi adubado com 180 kg ha-1 de N-uréia. Foram avaliadas: a produção de matéria seca (MS), a concentração de N total do tecido vegetal do milho em diferentes estádios de desenvolvimento da cultura e a produtividade de grãos. A quantidade de N acumulado pelo milho e a produtividade de grãos em sucessão aos consórcios de aveia + ervilhaca não diferiram da ervilhaca solteira e foram proporcionais à quantidade do N dos consórcios que estava presente na fitomassa da ervilhaca. A ervilhaca e o nabo, tanto em culturas solteiras como consorciados à aveia, proporcionaram maior produtividade de milho do que após o pousio e a aveia solteira. Os resultados deste trabalho indicam que, consorciando aveia + ervilhaca, até uma proporção máxima de 30 % de aveia, foi possível atingir uma produtividade de grãos de milho equivalente àquela da ervilhaca solteira e a 70 % daquela obtida com o uso de 180 kg ha-1 de N-uréia no pousio.


2012 ◽  
Vol 36 (6) ◽  
pp. 1714-1723 ◽  
Author(s):  
Alexandre Doneda ◽  
Celso Aita ◽  
Sandro José Giacomini ◽  
Ezequiel Cesar Carvalho Miola ◽  
Diego Antonio Giacomini ◽  
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O cultivo de plantas de cobertura, no outono/inverno, na região do Planalto do Rio Grande Sul contribui para o sucesso do sistema plantio direto. No entanto, informações relativas à produção de fitomassa e decomposição de resíduos dessas espécies ainda são escassas para a região, sobretudo para espécies consorciadas. O experimento foi conduzido em Não-Me-Toque, RS, em um Latossolo Vermelho distrófico típico, avaliando-se nove tratamentos, sendo quatro constituídos por plantas de cobertura em culturas puras [centeio (Secale cereale L.), aveia-preta (Avena strigosa Schreb), ervilha forrageira (Pisum sativum subesp. arvense) e nabo forrageiro (Raphanus sativus L. var. oleiferus Metzg)] e cinco por consórcios [(centeio + ervilha forrageira, centeio + nabo forrageiro, aveia + nabo forrageiro, centeio + ervilhaca (Vicia sativa L.) e aveia + ervilhaca)]. A dinâmica de decomposição dos resíduos culturais das plantas de cobertura foi avaliada em bolsas de decomposição, as quais foram distribuídas na superfície do solo e coletadas aos sete, 14, 21, 28, 57, 117 e 164 dias. O consórcio entre leguminosas e crucífera com gramíneas resultou em maior produção de fitomassa em relação ao cultivo destas em culturas puras. O nitrogênio (N) acumulado na parte aérea dos consórcios formados por ervilha forrageira e nabo com centeio e aveia foi semelhante ao da leguminosa e da crucífera em culturas puras e superou em 220,4 % os valores de N observados para as gramíneas em culturas puras. Por meio do consórcio entre as espécies de cobertura foi possível reduzir a taxa de decomposição dos resíduos culturais, em comparação com as culturas puras da leguminosa e da crucífera.


2002 ◽  
Vol 32 (1) ◽  
pp. 7-12 ◽  
Author(s):  
Mauro Tadeu Braga da Silva ◽  
Ervandil Corrêa Costa

O estudo aqui relatado foi conduzido nas safras agrícolas de 1991 e 1992, em Cruz Alta, no Rio Grande do Sul. O objetivo foi avaliar o efeito de diferentes níveis de infestação de Diloboderus abderus Sturm, 1826 (Coleoptera: Melolonthidae) em aveia preta (Avena strigosa L.), em linho (Linum usitatissimum L.), em milho (Zea mays L.) e em girassol (Helianthus annuus L.), no sistema de plantio direto. O aumento do número de larvas/m² propiciou a ocorrência de danos e, em conseqüência, a diminuição da população de plantas, da massa seca da parte aérea e da produtividade. Os níveis de controle obtidos foram variáveis dependendo da cultura. Com base nos danos produzidos pelo inseto, sugerem-se os níveis de controle de 12 larvas/m² em linho, de 10 larvas/m² em aveia preta, de 0,5 larva/m² em milho e de 0,4 larva/m² em girassol, como indicador para tratamento de sementes destas culturas com inseticidas.


2008 ◽  
Vol 32 (5) ◽  
pp. 1805-1816 ◽  
Author(s):  
Dalvan José Reinert ◽  
Jackson Adriano Albuquerque ◽  
José Miguel Reichert ◽  
Celso Aita ◽  
Martín María Cubilla Andrada

A compactação é um grave problema para a qualidade do solo e o desenvolvimento de uma agricultura sustentável, pois modifica os fluxos de água e ar no solo e reduz a produtividade das culturas agrícolas. Uma das alternativas para amenizar esse problema é o uso de espécies com sistema radicular profundo e vigoroso. O objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade física de um Argissolo Vermelho cultivado no sistema de plantio direto, após o cultivo de plantas de cobertura, e identificar o limite crítico de densidade do solo. No outono/inverno de 1999/00 e 2000/01, toda a área experimental foi cultivada com aveia-preta (Avena strigosa) mais ervilhaca (Vicia sativa) e, em 2001/02, com nabo forrageiro (Raphanus sativus). No verão, foi semeado milho (Zea mays) e, no final do ciclo, foram semeadas as plantas de cobertura de verão, crotalária juncea (Crotalaria juncea), guandu-anão (Cajanus cajan), mucuna-cinza (Stilozobium cinereum) e feijão-de-porco (Canavalia ensiformis), e comparadas ao pousio. Foram medidas a densidade e a resistência do solo à penetração. O sistema radicular das plantas foi avaliado pelo método do perfil radicular durante o ciclo do nabo forrageiro, do milho e das plantas de cobertura de verão. O plantio direto nesse Argissolo Vermelho eleva a densidade do solo para níveis considerados limitantes às plantas. Todas as culturas utilizadas nas rotações tiveram restrições de crescimento das raízes, e não foi possível observar diferenças entre as espécies no potencial de crescimento das raízes em solos compactados. O crescimento normal das raízes das plantas de cobertura ocorreu até o limite de densidade de 1,75 Mg m-3. Entre a faixa de 1,75 e 1,85 Mg m-3, ocorreu restrição, com deformações na morfologia das raízes em grau médio, e, acima de 1,85 Mg m-3, essas deformações foram significativas, com grande engrossamento, desvios no crescimento vertical e concentração na camada mais superficial. Todas as espécies avaliadas podem ser utilizadas em solos com algum grau de compactação, mas, quando a densidade for superior a 1,85 Mg m-3, pode ser necessária a mobilização do solo com escarificador e, ou, subsolador para facilitar a penetração das raízes em profundidade.


2003 ◽  
Vol 27 (4) ◽  
pp. 601-612 ◽  
Author(s):  
C. Aita ◽  
S. J. Giacomini

A dinâmica de decomposição e liberação de nitrogênio (N) de resíduos culturais provenientes de plantas de cobertura de solo, solteiras e consorciadas, foi avaliada em um experimento realizado em condições de campo, utilizando-se os seguintes materiais: (a) aveia preta (Avena strigosa Schieb); (b) ervilhaca comum (Vicia sativa L.); (c) nabo forrageiro (Raphanus sativus L. var. oleiferus Metzg.); (d) 32 % de aveia preta + 68 % de ervilhaca comum, e (e) 51 % de aveia preta + 49 % de ervilhaca comum. Para monitorar o processo de decomposição, o material vegetal, seco ao ar, foi colocado em bolsas de nylon de 0,2 x 0,2 m e com malha de 0,5 mm, as quais foram deixadas na superfície do solo e recolhidas após 15, 29, 43, 59, 71, 82, 112 e 182 dias. Nos materiais coletados, foram feitas determinações das quantidades remanescentes de matéria seca (MS) e da sua concentração de N. Aos valores obtidos para as quantidades remanescentes de matéria seca e N, foram ajustados modelos não-lineares, com vistas em separar a MS e o N dos resíduos culturais em dois compartimentos, sendo um mais facilmente decomponível e outro mais recalcitrante. Dentre as espécies solteiras, a ervilhaca foi a que apresentou a maior taxa de decomposição (0,06119 dia-1) da MS do compartimento mais facilmente decomponível. A presença da aveia nos consórcios com ervilhaca reduziu em 30 % (0,04264 dia-1) e 50 % (0,03113 dia-1) a decomposição da MS desse compartimento, quando a proporção de matéria seca da gramínea foi de 32 e 51 %, respectivamente. Da quantidade total de N liberada durante os 182 dias do experimento, a maior parte ocorreu nos primeiros 15 dias. Os resultados deste estudo evidenciaram que, consorciando aveia e ervilhaca, não houve redução na taxa de liberação do N do compartimento mais facilmente mineralizável, em relação à ervilhaca solteira. No entanto, os resíduos culturais do consórcio entre aveia e ervilhaca apresentaram maior persistência no solo do que aqueles da ervilhaca solteira e liberaram maiores quantidades de N do que a aveia e o nabo solteiros.


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