scholarly journals Presença de anticorpos da classe IgM de Leptospira interrogans em animais silvestres do Estado do Tocantins, 2002

2006 ◽  
Vol 39 (3) ◽  
pp. 292-294 ◽  
Author(s):  
Milton Formiga de Souza Júnior ◽  
Zélia Inês Portela Lobato ◽  
Francisco Carlos Faria Lobato ◽  
Élvio Carlos Moreira ◽  
Rogério Rodrigues de Oliveira ◽  
...  

Quatrocentos e vinte e sete amostras de soro provenientes de animais silvestres foram testadas frente a 18 sorovariedades de Leptospira interrogans. De 286 amostras de Cebus apella, 46 (16,1%) foram positivas para as sorovariedades pomona, brasiliensis, mini, swajizak, grippothyphosa, sarmin, fluminense, autumnalis, hebdomadis, guaratuba, javanica e icterohaemorhagiae. Das 82 de Alouatta caraya, 2 (2,4%) foram positivas para as sorovariedades mangus e fluminense. Das 31 de Nasua nasua, 4 (12,9%) foram positivas para as sorovariedades fluminense e javanica. Das 10 amostras de Cerdocyon thous, 2 (20%) foram positivas para as sorovariedades fluminense e brasiliensis. Sete de Dasyprocta sp, 6 de Tamandua tetradactila e 5 de Euphractus sexcintus não apresentaram reatividade.

2009 ◽  
Vol 39 (2) ◽  
pp. 459-466 ◽  
Author(s):  
Fabiano Gumier-Costa ◽  
Carlos Frankl Sperber

Vários pesquisadores têm avaliado impactos de estradas. Estes podem envolver aspectos paisagísticos, degradação do solo, poluição do ar e impactos sobre a fauna, como atropelamentos. Na estrada Raimundo Mascarenhas, que atravessa a Floresta Nacional de Carajás (ca. 400 mil hectares), há intenso tráfego de veículos automotores. O objetivo deste trabalho foi testar se há diferenças entre trechos da estrada, em três escalas espaciais; se há alteração ao longo dos anos; se alguns táxons são mais freqüentemente atropelados, e se a freqüência de atropelamentos aumenta com a precipitação mensal. Analisamos a freqüência de atropelamentos de vertebrados de abril/2003 até outubro/2006 ao longo dos 25 km iniciais da estrada. Registramos 155 atropelamentos. O número de atropelamentos diminui ao longo dos anos (P=0,01), e com a distância do início da estrada (P=0,0002). Serpentes (Ophidia) e gambás Didelphis marsupialis foram mais atropelados (7,5/ano), seguidos de aves, raposas Cerdocyon thous, quatis Nasua nasua, roedores (Rodentia), e não identificados (4,9/ano); cuíca Marmosops sp., tapeti Sylvilagus brasiliensis, guariba Alouatta sp., irara Eira barbara, jabuti Geochelone sp., lagartos (Lacertilia) e macaco prego Cebus apella (1/ano). Não houve relação significativa entre o número mensal de atropelamentos e a precipitação mensal.


PLoS ONE ◽  
2018 ◽  
Vol 13 (8) ◽  
pp. e0201357 ◽  
Author(s):  
Filipe Martins Santos ◽  
Gabriel Carvalho de Macedo ◽  
Wanessa Teixeira Gomes Barreto ◽  
Luiz Gustavo Rodrigues Oliveira-Santos ◽  
Carolina Martins Garcia ◽  
...  

Author(s):  
Ana Mikaely Peixôto ◽  
Natália Cavalcante de Farias ◽  
Carlos Alberto da Cruz Júnior ◽  
Marina Motta De Carvalho ◽  
Rodrigo Augusto Lima Santos

O Cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul apresentando 5% da biodiversidade mundial e também é o segundo bioma brasileiro que mais sofreu ações antrópicas. Embora o Cerrado tenha a sua importância biológica reconhecida apenas 8,21% do seu território é protegido a partir de unidades de conservação (UC’s). As UC’s do Cerrado são de extrema importância para a preservação da biodiversidade desse bioma, em especial para a proteção da mastofauna de médio e grande porte, visto que os mamíferos são bastantes afetados pela degradação e fragmentação dos habitats naturais. Foi realizado o monitoramento de médios e grandes mamíferos na Estação Ecológica Águas Emendadas (ESEC-AE) e a partir dos registros obtidos foi elaborado o relatório qualitativo. O monitoramento foi realizado da segunda quinzena de Setembro de 2017 à segunda quinzena de Janeiro de 2018 com o auxílio de armadilhas fotográficas. Nesse período foram identificadas nove espécies de mamíferos distribuídas em quatro ordens: Artiodactyla, Carnivora, Perissodactyla e Rodentia. As espécies registradas foram: Cerdocyon thous, Chrysocyon brachyurus, Cuniculus paca, Dasyprocta azarae, Mazama spp, Nasua nasua, Puma concolor, Puma yagouaroundi e Tapirus terrestris. Das espécies de mamíferos detectadas, 44,44% são frugívoras e quatro encontram-se na Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção segundo a Portaria MMA 444/2014 – Chrysocyon brachyurus, Puma concolor, Puma yagouroundi e Tapirus terrestris. Os resultados obtidos reforçam a importância das UC’s para a conservação da fauna do Cerrado, uma vez que nesses sítios são encontrados exemplares ameaçados da mastofauna desse bioma, bem como demonstrou a eficiência do uso de armadilhas fotográficas para o monitoramento de mamíferos


2014 ◽  
Vol 44 (12) ◽  
pp. 2193-2196 ◽  
Author(s):  
Elaine Maria Seles Dorneles ◽  
Aiesca Oliveira Pellegrin ◽  
Igor Alexandre Hany Fuzeta Schabib Péres ◽  
Luis Antônio Mathias ◽  
Guilherme Mourão ◽  
...  

A serological survey in free-ranging crab-eating foxes (Canidae: Cerdocyon thous) and brown-nosed coatis (Procyonidae: Nasua nasua) was performed in the Nhecolândia sub-region of the Brazilian Pantanal to evaluate the presence of anti-smooth Brucella antibodies on those wild populations. The detection of anti-smooth Brucella antibodies was performed by the Rose Bengal Test (RBT) as screening test and the Fluorescence Polarization Assay (FPA) as a confirmatory test. The frequency of smooth Brucella seropositive animals were 13.2% (5/38, 95% CI: 4.4% - 28.1%) for crab-eating foxes and 8.8% (3/34, 95% CI: 1.9% -23.7%) for brown-nosed coatis. No association was found between seropositivity for brucellosis and gender or age. The results of this study suggest exposure to or infection of crab-eating fox and brown-nosed coati from the Brazilian Pantanal by Brucella spp


2018 ◽  
Vol 6 (10) ◽  
pp. 17-29
Author(s):  
Walas Cazassa Vieira ◽  
Anne Carulliny Monte ◽  
Patrick Cadena Teixeira

A preservação ambiental é de extrema importância para manter o equilíbrio ambiental no planeta. As unidades de conservação (UC) foram criadas no intuito de preservar o meio ambiente em diversas regiões. O Parque Nacional Serra dos Órgãos (PARNASO) é uma UC que abriga grande parte da flora e da fauna da Mata Atlântica brasileira, tornando-o uma importante unidade para a preservação da natureza. O PARNASO está situado no estado do Rio de Janeiro, nos municípios de Teresópolis, Petrópolis, Guapimirim e Magé, tendo uma área aproximada de 20.024 hectares. Apresenta clima mesotérmico brando superúmido com temperatura média anual variando de 13° a 23°C, relevo escarpado com grande variação de altitude. No parque nascem diversos rios como: Soberbo, Bananal, Sossego, Inhomirim, Magé, Santo Aleixo, Inconha e Corujas. O parque abriga diversas espécies animais e vegetais e neste artigo estão listadas e caracterizadas 6 espécies do reino Plantae e 6 espécies do reino Animalia são elas: Adenocalymma comosum, Chorisias speciosa, Buddleja stachyoides, Phalaenopsis hybridus, Tillandsia cyane, Euterpe edulis, Nasua nasua, Procyon cancrivorus, Cerdocyon thous, Brachyteles arachnoides, Alouatta guariba, Cebus nigritus.


2009 ◽  
Vol 39 (1) ◽  
pp. 207-213 ◽  
Author(s):  
Giovanni Salera Junior ◽  
Adriana Malvasio ◽  
Thiago Costa Gonçalves Portelinha

Podocnemis expansa e P. unifilis são animais de vida longa, com uma demorada maturação sexual, o que influencia uma baixa taxa de substituição de indivíduos. Suas populações são caracterizadas por uma pequena mortalidade dos animais adultos, mas alta taxa de mortalidade de filhotes e embriões. Sendo a predação natural de ninhos e filhotes um dos fatores mais importantes do baixo sucesso de eclosão dessas espécies. No rio Javaés, os ovos e recém-eclodidos podem ser predados por uma grande diversidade de animais: dentre as aves, urubus (Coragyps atratus e Cathartes aura), carcará (Polyborus plancus), jaburu (Jabiru mycteria); lagartos (Tupinambis teguixin) e mamíferos de pequeno porte, coati (Nasua nasua) e cachorro-do-mato (Cerdocyon thous). Do total anual de desovas de P. unifilis em média 65,98% são predadas, sendo 41,68% de forma total e 24,30% parcialmente. Enquanto que apenas 5,31% das ninhadas de P. expansa são sempre parcialmente predadas. Dentre os predadores aquáticos existem diversos peixes, principalmente piranhas (Serrasalmus nattereri) e jacarés (Melanosuchus niger e Caimam crocodilus). Os predadores das fêmeas de P. unifilis são: jacaré-açu (Melanosuchus niger), onça-pintada (Panthera onca) e onça-parda (Puma concolor). Enquanto que as fêmeas de P. expansa em postura, somente são predadas por P. onca. As fêmeas de P. unifilis em postura são predadas num total médio de 3,93% anualmente, enquanto que para P. expansa a média anual é 5,66% das fêmeas.


2009 ◽  
Vol 29 (12) ◽  
pp. 1009-1014 ◽  
Author(s):  
Joubert S. Pimentel ◽  
Solange M. Gennari ◽  
Jitender P. Dubey ◽  
Maria F.V. Marvulo ◽  
Silvio A. Vasconcellos ◽  
...  

Os zoológicos modernos são instituições destinadas à manutenção da fauna selvagem com o objetivo de promover a conservação, pesquisa científica, lazer, recreação e educação ambiental. A ampla variedade de espécies selvagens, vivendo em condições diferentes do seu habitat natural, representa um ambiente propício à disseminação de doenças, muitas delas zoonóticas. Devido à escassez de dados e à relevância dos mamíferos selvagens neste contexto epidemiológico, tanto na toxoplasmose, quanto na leptospirose, foi efetuado o inquérito sorológico para toxoplasmose e leptospirose em mamíferos selvagens neotropicais do Zoológico de Aracaju, Sergipe, Brasil. Para tanto foram colhidas amostras sanguíneas de 32 animais, adultos, de ambos os sexos incluindo: 14 macacos-prego (Cebus libidinosus), quatro macacos-prego-do-peito-amarelo (Cebus xanthosternus), três onças-suçuaranas (Puma concolor), uma onça-pintada (Pantheraonca), uma raposa (Cerdocyon thous), seis guaxinins (Procyon cancrivorus), dois quatis (Nasua nasua) e um papa-mel (Eira barbara). Para a pesquisa de anticorpos anti-Toxoplasma gondii foi utilizado o Teste de Aglutinação Modificada (MAT ³"1:25) e para pesquisa de anticorpos anti-Leptospira spp. foi utilizado o teste de Soroaglutinação Microscópica (ponto de corte ³1:100) com uma coleção de antígenos vivos que incluiu 24 variantes sorológicas de leptospiras patogênicas e duas leptospiras saprófitas. Dentre os 32 mamíferos, 17 (53,1%) apresentaram anticorpos anti-T. gondii e quatro (12,5%) foram positivos para anticorpos anti-Leptospira spp. De acordo com o sexo, 60% (9/15) dos machos e 47,1% (8/17) das fêmeas foram soropositivos para T. gondii e 26,7% (4/15) dos machos apresentaram anticorpos anti-Leptospira spp. Dos mamíferos que apresentaram anticorpos anti-T. gondii, 47% (8/17) nasceram no zoológico, 41,2% (7/17) foram oriundos de outras instituições e dois (11,8%) foram provenientes da natureza. Em relação aos quatro mamíferos soropositivos para Leptospira spp., três (75%) foram procedentes da natureza e um (25%) nasceu no zoológico. Este foi o primeiro inquérito sorológico de anticorpos anti-Leptospira spp. em primatas e carnívoros neotropicais em um zoológico do Nordeste do Brasil e descreveu pela primeira vez a ocorrência de anticorpos anti-T. gondii e anti-Leptospira spp. com sorovar mais provável Copenhageni no primata ameaçado de extinção macaco-prego-de-peito-amarelo (C. xanthosternus) em Aracaju, SE.


PLoS ONE ◽  
2018 ◽  
Vol 13 (10) ◽  
pp. e0205613 ◽  
Author(s):  
Filipe Martins Santos ◽  
Gabriel Carvalho de Macedo ◽  
Wanessa Teixeira Gomes Barreto ◽  
Luiz Gustavo Rodrigues Oliveira-Santos ◽  
Carolina Martins Garcia ◽  
...  

Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document