scholarly journals A HISTÓRIA DA LITERATURA SEGUNDO WALTER BENJAMIN E O DIÁLOGO COM A HERMENÊUTICA BÍBLICA

2020 ◽  
Vol 18 (3) ◽  
pp. 639
Author(s):  
Nelson Maria Brechó Da Silva

O presente artigo pretende analisar, por um lado, o fragmento de 1922 de Benjamin acerca das Afinidades eletivas de Goethe. Por outro lado, examinar o texto de 1931 sobre a História da Literatura. Além disso, apontamos, inicialmente alguns versos de Charles Baudelaire, especialmente Le Spleen de Paris, I - L’Étranger, de 1869, no qual ele descreve a vida moderna. Há vários pontos de contato entre os autores: a descrição da modernidade e a união da Literatura com a História (Geschichte). Assim, seguimos um esquema triádico: primeiro, literatura atual – filologia / Benjamin – crítica x comentário; segundo, interpretação dos elementos – tarefa do crítico; terceiro, história das obras – preparação crítica. Nesse sentido, colocamos em diálogo o pensamento hermenêutico crítico de Benjamin com a hermenêutica bíblica, por meio de algumas passagens do Primeiro e Segundo Testamentos.

2019 ◽  
Vol 21 (2) ◽  
pp. 79-97
Author(s):  
Inês Oseki-Dépré

Resumo Em 1999, o poeta francês Jacques Roubaud publica uma antologia cujo título remete a um poema de Baudelaire. Trata-se da antologia La forme d’une ville change plus vite, hélas, que le cœur des humains, conjunto de 50 poemas em prosa escritos entre 1991 e 1998 sobre a cidade de Paris. Trata-se aqui mais do que uma homenagem, hipertextual, ao poema de Baudelaire e, em seguida, à sua invenção revolucionária, emblema da modernidade, o poema em prosa. Utilizando a forma inaugurada por Charles Baudelaire, Roubaud confirma o que já afirmara em 1978 em seus estudos teóricos e críticos sobre o verso e a poesia e a extensão resultante do domínio da poesia. O presente artigo tem como objetivo mostrar a suprema novidade que representa o poema em prosa baudelairiano, incompreendido no seu tempo, mas já apreciado por poetas e críticos cuja opinião varia com o passar dos séculos: de texto “sem pé nem cabeça” (em francês “sans queue ni tête”), como o pretende o próprio autor, até o texto metacrítico contendo sua própria teoria, emblemático da modernidade e cuja repercussão permanece até hoje. As análises formais da pesquisadora americana Barbara Johnson completam admiravelmente a reflexão exaustiva e penetrante de Walter Benjamin sobre as relações entre o poeta, a cidade de Paris, o mundo moderno industrial.


Çédille ◽  
2015 ◽  
Vol 11 ◽  
pp. 103
Author(s):  
Mariana De Cabo

Dans les «Tableaux parisiens» et Le Spleen de Paris de Charles Baudelaire, un œil-appareil photographique qui prend des images de la réalité opère de façon latente. Cette métaphore photographique permet le poète de capturer le paysage parisien pour le fixer dans le positif de la poésie. Au cours de cet article on analyse la poétique baudelairienne dans une perspective interdisciplinaire qui combine le langage littéraire et le photographique. Nous allons utiliser comme cadre théorique de référence l’approche sémiologique de Philippe Hamon et la théorie marxiste de Walter Benjamin.


2021 ◽  
Vol 58 (1) ◽  
pp. 63-75
Author(s):  
SONYA STEPHENS

This article examines the relationship between Baudelaire’s prose poem, “Assommons les pauvres!” (Le Spleen de Paris, 1869) and Shumona Sinha’s 2011 novel of the same title. Focusing on questions of reading and intertextuality, from Baudelaire’s reference to Proudhon to Sinha’s engagement with the prose poem and Le Spleen de Paris more broadly, it explores forms of confinement and creativity, the connections between narrative and freedom and the ways in which lyrical subjectivity and literary form reflect the social challenges of each period. In expressing socio-cultural and linguistic alienation, these texts centre the textual in an exploration of the marginal, thereby demonstrating that the connection between them goes beyond a critical act of violence and the presumed equality or dignity it confers, to represent a shared interrogation of universalism, multiculturalism, and authorial and political power.


2021 ◽  
pp. 42-60
Author(s):  
Ricardo Ibarlucía

El articulo propone una reconsideración de la concepción del aura en Walter Benjamin, a la luz de un recorrido teórico que lleva desde los “Protocolos de ensayos con las drogas” y consideraciones sobre la mímesis hasta “La obra de arte en la época de su reproductibilidad técnica” y sus estudios sobre Charles Baudelaire. La tesis central es que es el concepto de aura de Benjamin implica una dialéctica de empatía y extrañamiento que está profundamente arraigada en la historia de la percepción humana. La caracterización de la experiencia de lo bello de la naturaleza y del arte como aurática consiste, en último análisis, en una derivación de la relación interpersonal que constituye la base del mundo social o, más precisamente, en la transferencia de un proceso perceptivo originario en segunda persona a la actitud que los seres humanos manifiestan frente a entes y hechos experimentados en tercera.


2017 ◽  
Vol 8 (2) ◽  
Author(s):  
Jean-Michel Gouvard

Les petits poèmes en prose réunis dans Le Spleen de Paris ont été composés à la toute fin des années 1850 et dans la première moitié des années 1860, une période où la presse connaît un réel essor et une profonde transformation. De plus, ces textes ont été pour la plupart d’entre eux publiés dans des revues et des journaux. Or, il est possible de montrer qu’il y a eu une double influence de la presse sur la genèse des petits poèmes en prose. D’un côté, les conditions matérielles dans lesquelles travaillaient les journalistes se reflètent pour partie dans la thématique du recueil, dans la mesure où Baudelaire y puisait des représentations propres à nourrir sa réflexion sur le statut du poète et de la poésie dans la société moderne. D’un autre côté, les pratiques d’écriture et les contraintes génériques des différents genres journalistiques se retrouvent en partie dans les poèmes du Spleen de Paris, même si l’on ne saurait réduire ces textes à des articles de journaux.


Acta Poética ◽  
2007 ◽  
Vol 28 (1-2) ◽  
Author(s):  
Elsa Rodríguez Brondo

Walter Benjamin analizó la figura de Charles Baudelaire bajo la mirada de la modernidad en “Sobre algunos temas en Baudelaire”. De este ensayo retomamos la noción benjaminiana de pobreza de experiencia para observar la representación femenina en tres momentos literarios: el roman cortés, la poesía de Baudelaire y la narrativa de Julio Cortázar.


2018 ◽  
Vol 1 ◽  
pp. 246-258
Author(s):  
Marcos Vinícius Lustosa Queiroz

O artigo pretende examinar a figura do “exilado” e suas respectivas contribuições para o ofício de historiador no regime de historicidade da modernidade. Para tanto, primeiramente e a partir das abordagens de Charles Baudelaire e da Paris do século XIX feitas por Walter Benjamin, serão analisadas as qualidades desse tempo histórico e os desafios que ele traz para a historiografia. Em um segundo momento, recuará e perceberá a categoria do “exílio” como inerente aos processos políticos e culturais do Atlântico Negro, bem como às perspectivas e às narrativas distintivas produzidas pela diáspora negra em seu trânsito pela modernidade-colonialidade. Espera-se, assim, que a exploração da ideia de “exílio”, ancorada nas experiências de negros e negras no mundo atlântico, forneça um arcabouço instrumental para se pensar a história e o historiador na contemporaneidade.


Author(s):  
Nilay Kaya

This paper aims to analyse Elena Ferrante’s use of the metaphor of playing with dolls in her novel, La figlia oscura (The Lost Daughter). With a view of shedding a light on this issue, the first part of the paper will review the prominent essays of Sigmund Freud, Ernst Jentsch, Walter Benjamin, Rainer Maria Rilke and Charles Baudelaire that question the nature of playing with dolls in terms of psychology with various focuses. These essays generally agree on the fact that playing with dolls is a strong threshold to come to terms with the self, as well as on the fact that this coming to terms with the self is by nature not guaranteed. The second part will examine Elena Ferrante’s dealing with the problem of playing with dolls and her character’s journey to death and a possible psychological resurrection.


Author(s):  
M. S. Filippovich ◽  

Walter Benjamin noticed an anticipation of Charles Baudelaire that gets the modern attributes. In the article, the anticipation is analyzed as a part of the existential presence of a poet. By this way the poet can resist the fate and he has a feeling of future. Baudelaire’s literature career and his lifestyle are an embodiment of it. It is the main tool to stand with a faith. From one hand, his works have no similarity with others poets, in their loneliness, flânerie, and manners, from the other hand in their personal embodiment.


2021 ◽  
Vol 13 (26) ◽  
pp. 202-207
Author(s):  
Marcos Antonio de Menezes

No final de 2020, a Editora 34 lançou O spleen de Paris, que reúne anedotas, reflexões e epifanias (pequenos poemas em prosa) do francês Charles Baudelaire (1821-1866). O volume conta com tradução primorosa de Samuel Titan Junior e texto de apresentação do escritor e cineasta argentino Edgardo Cozarinsky. Esta obra, do poeta maldito, já recebeu mais de dez edições no Brasil ― a primeira em 1937 ― e com certeza outras virão, mas esta tem todo um charme especial, a começar pela capa que traz o autorretrato de Baudelaire. Petits poèmes en prose (Le spleen de Paris) apareceu pela primeira vez, como edição póstuma, no quarto volume das Obras completas (1869) do poeta, organizadas por Théodore de Banville (1823-1891) e Charles Asselineau (1820-874) e editadas pela Gallimard.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document