EFEITO INIBITÓRIO DO SORGO GRANÍFERO NA CULTURA DA SOJA SEMEADA EM SUCESSÃO

2018 ◽  
Vol 17 (3) ◽  
pp. 445
Author(s):  
EVANDRO MARCOS BIESDORF ◽  
LEONARDO DUARTE PIMENTEL ◽  
MATHEUS FERREIRA FRANÇA TEIXEIRA ◽  
THAÍS PATRÍCIA MOREIRA TEIXEIRA ◽  
ALUÍZIO BOREM DE OLIVEIRA

 RESUMO – O cultivo do sorgo granífero avança no Brasil. Todavia, existem evidências sugerindo efeito inibitório sobre a soja cultivada em sucessão. Objetivou-se investigar o efeito inibitório do cultivo de sorgo granífero (BRS 332) sobre o desempenho da soja (Glycine max (L.) Merrill) semeada em sucessão. Para isso, realizou-se um experimento de campo em blocos ao acaso em esquema de parcela subdivididas. As parcelas foram compostas pelas culturas antecessoras sorgo e milho e as subparcelas, por cinco datas de semeadura da soja após a colheita das culturas antecessoras (0, 20, 40, 60 e 80 dias após a colheita). Observou-se que o sorgo, como cultura antecessora, resultou em menores percentagens de emergência, índice de velocidade de emergência, altura de inserção de primeira vagem e número de vagens por planta de soja, apesar da produtividade de grãos não ter sido afetada. Conclui-se que o desenvolvimento vegetativo inicial da soja é afetado negativamente quando a semeadura é realizada em até 40 dias após a colheita do sorgo. Contudo, o cultivo anterior de sorgo na mesma área, comparativamente ao cultivo anterior do milho, não é capaz de afetar a produtividade da soja.Palavras-chave: Glicine max, Sorghum bicolor, sorgoleone, Zea mays. INHIBITORY EFFECT OF SORGHUM ON SOYBEAN IN SUCCESSION  ABSTRACT - The cultivation of grain sorghum is advancing in Brazil, however, there is evidence suggesting an inhibitory effect on soybeans grown in succession. The objective of this study was to investigate the inhibitory effect of grain sorghum (BRS 332) on the performance of soybeans (Glycine max (L.) Merrill) seeded in succession. For this, a field experiment was carried out in a randomized blocks design in a subdivided plot scheme. The plots were composed of the predecessor crops sorghum and maize and the subplots were five soybean sowing dates after harvesting the predecessor crops (0, 20, 40, 60 and 80 days after harvest). It was observed that sorghum as a predecessor crop resulted in lower emergence percentages, emergence speed index, first pod insertion height and number of pods per soybean plant, although grain yield was not affected. As conclusion, the initial vegetative development of soybean was negatively affected when sowing was carried out up to 40 days after sorghum harvest. However the previous cultivation of sorghum in the same area did not affect soybean productivity, compared to the previous corn crop.Keywords: Glicine max, Sorghum bicolor, sorgoleone, Zea mays.  

Weed Science ◽  
1981 ◽  
Vol 29 (3) ◽  
pp. 256-261 ◽  
Author(s):  
R. W. Bovey ◽  
R. E. Meyer

Triclopyr {[(3,5,6-trichloro-2-pyridinyl)oxy]acetic acid}, 2,4,5-T [(2,4,5-trichlorophenoxy)acetic acid], and 3,6-dichloropicolinic acid were applied to the foliage of juvenile crop plants at 0.002, 0.009, 0.03, 0.14, and 0.56 kg/ha. Corn (Zea maysL.), oat (Avena sativaL.), wheat (Triticum aestivumL.), grain sorghum [Sorghum bicolor(L.) Moench], and kleingrass (Panicum coloratumL.) were generally more tolerant to the herbicides than were peanuts (Arachis hypogaeaL.), cotton (Gossypium hirsutumL.), cucumber (Cucumis sativusL.), and soybean (Glycine max[L.] Merr.). Triclopyr was usually more phytotoxic to corn, oat, grain sorghum, and kleingrass than either 2,4,5-T or 3,6-dichloropicolinic acid at 0.14 and 0.56 kg/ha, but few differences occurred among herbicides at lower rates. Kleingrass was not affected at any rate of 3,6-dichloropicolinic acid. Wheat tolerated most rates of all three herbicides. At 0.56 kg/ha, triclopyr and 3,6-dichloropicolinic acid caused greater injury to peanuts than did 2,4,5-T; whereas, 2,4,5-T and triclopyr were more damaging to cotton and cucumber than 3,6-dichloropicolinic acid. The three herbicides at 0.14 and 0.56 kg/ha killed soybeans. Soybean injury varied from none to severe at 0.002 to 0.03 kg/ha, depending upon species investigated, but many plants showed morphological symptoms typical of the auxin-type herbicides.


Weed Science ◽  
1986 ◽  
Vol 34 (1) ◽  
pp. 131-136 ◽  
Author(s):  
Mark A. Peterson ◽  
W. Eugene Arnold

The response of corn (Zea maysL. ‘Sokota TS 46’), flax (Linum usitatissimumL. ‘Culbert 79’), grain sorghum [Sorghum bicolor(L.) Merr. ‘Sokota 466’), soybeans [Glycine max(L.) Merr. ‘Corsoy 79’], and sunflowers (Helianthus annuusL. ‘Sokata 4000’) to soil residues 12 and 24 months after application of 17, 34, and 68 g ai/ha chlorsulfuron {2-chloro-N-[[(4-methoxy-6-methyl-1,3,5-triazin-2-yl) amino] carbonyl] benzenesulfonamide} was determined at two locations, Redfield and Watertown, in eastern South Dakota. All crops at Redfield were injured significantly at 17 g/ha, 12 months after application as determined by plant dry weight and visual evaluations. Corn and sorghum were the most susceptible while flax was the least susceptible. Injury at Watertown was significantly less than at Redfield. Differences in carryover were related to a lower soil pH at Watertown.


1998 ◽  
Vol 22 (2) ◽  
pp. 311-317 ◽  
Author(s):  
I. F. Silva ◽  
J. Mielniczuk

Em um Latossolo Roxo de Santo Ângelo (RS), e em um Podzólico Vermelho-Escuro de Eldorado do Sul (RS), ambos com textura argilosa, submetidos o primeiro à exploração com cultivo convencional de trigo (Triticum aestivum L.) e soja (Glycine max L.) e sob setária (Setaria anceps L.), e o segundo à exploração com capim-pangola (Digitaria decumbens L.), siratro (Macroptilium atropurpureum L.), plantio direto com aveia (Avena bizantina L.)/milho (Zea mays L.) e área sem vegetação, foi realizado o presente trabalho durante a safra de verão (1990/1991), com o objetivo de avaliar a estabilidade e a agregação do solo sob diferentes sistemas de cultivo. Constatou-se, nessa avaliação, que as gramíneas perenes por meio do seu sistema radicular tiveram grande efeito na agregação e estabilidade dos agregados do solo e que os teores de carbono orgânico, de ferro e alumínio-oxalato, argila e grau de dispersão tiveram também efeitos na agregação do solo, porém insuficientes para explicar as variações entre o diâmetro médio ponderado dos agregados sob os diferentes sistemas de cultivo.


1998 ◽  
Vol 28 (2) ◽  
pp. 199-204
Author(s):  
Deny Alves Alvarenga ◽  
Pedro Milanez de Rezende ◽  
Messias José Bastos de Andrade ◽  
Luiz Antônio de Bastos Andrade

O presente trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar o comportamento da soja [ Glycine max (L.) Merrill ] cultivar Doko e do milho (Zea mays L.) cultivar BR 201 quando consorciados em diferentes sistemas de semeadura. O experimento foi conduzido no ano agrícola 1992/1993. em área experimental da Universidade Federal de Lavras, em Latossolo roxo distrófico, textura argilosa. O delineamento experimental utilizado foi blocos casualizados, com três repetições em esquema fatorial (3x3+4) constituído por três sistemas de consórcio (soja na linha do milho; soja na entrelinha do milho e soja em ambas linha e entrelinha) e três formas de semeadura do milho uma planta a cada 25cm, duas plantas e cada 50cm e quatro plantas a cada 100cm e mais 4 tratamentos adicionais representados pelos monocultivos das três formas de semeadura do milho e a da soja. A cultura do milho não foi influenciada pelos sistemas de semeadura empregados e nem pela presença da cultura da soja em consórcio. A soja consorciada em relação ao monocultivo apresentou maior acamamento e menor rendimento de grãos. Entre os sistemas de consórcio, a semeadura simultânea de soja nas linhas e entrelinhas do milho foi o que proporcionou o maior rendimento de grãos. A eficiência dos sistemas consorciadas sobre o monocultivo foi evidenciado com valor médio da razão de área equivalente (RAE) de 1,40.


2001 ◽  
Vol 36 (2) ◽  
pp. 235-241 ◽  
Author(s):  
Francisco Jorge Cividanes ◽  
José Carlos Barbosa

Procurou-se avaliar os efeitos do plantio direto e da consorciação soja (Glycine max (L.) Merrill) e milho (Zea mays L.) sobre pragas e inimigos naturais. Os tratamentos constituíram um fatorial 3 x 2 (monocultura de soja, monocultura de milho, consorciação soja-milho x plantio direto, plantio convencional), em blocos casualizados. Os insetos foram amostrados pelo método do pano, rede entomológica, procura visual e armadilha de sucção. Entre os insetos-pragas do milho, Maecolaspis assimilis ocorreu em maior número no sistema de plantio convencional; o mesmo ocorreu com os predadores Cycloneda sanguinea e Doru sp. Por outro lado, M. assimilis e o predador Toxomerus sp. foram mais numerosos na monocultura de milho em relação à cultura do milho consorciado com soja. Dos insetos-pragas da soja, destacaram-se pelo maior número Anticarsia gemmatalis e Diabrotica gracilenta, no sistema de plantio convencional, e o mesmo aconteceu com a espécie da família Trichogrammatidae, enquanto as espécies da família Eulophidae foram mais numerosas na soja sob sistema de plantio direto. Na soja consorciada com milho foi maior o número de insetos-pragas Megalotomus sp. e Maecolaspis sp. e dos inimigos naturais Geocoris sp., Lebia concina, Orius sp., Braconidae e Scelionidae.


2020 ◽  
Vol 35 (2) ◽  
pp. 150-157
Author(s):  
Patrícia Pereira Dias ◽  
Saulo Fernando Gomes de Sousa ◽  
Paulo Roberto Arbex Silva ◽  
Tiago Pereira da Silva Correia ◽  
Anderson Ravanny de Andrade Gomes

A PROFUNDIDADE DE SEMEADURA DA SOJA NA PLANTABILIDADE   PATRÍCIA PEREIRA DIAS1*, SAULO FERNANDO GOMES DE SOUSA2, PAULO ROBERTO ARBEX SILVA3, TIAGO PEREIRA DA SILVA CORREIA4 e ANDERSON RAVANNY DE ANDRADE GOMES5   * Parte do texto foi extraído da tese da autora 1 Departamento de Produção Vegetal, Universidade Estadual Paulista ‘Júlio de Mesquita Filho’ - Av. Universitária, 3780 - Altos do Paraíso, 18610-034, Botucatu - SP, Brasil. [email protected] 2 Agroefetiva, Rua Lourival Ferreira, 11 - Distrito Industrial III, 18608-853, Botucatu - SP, Brasil.  [email protected] 3 Departamento de Engenharia Rural e Socioeconomia, Universidade Estadual Paulista ‘Júlio de Mesquita Filho’ - Av. Universitária, 3780 - Altos do Paraíso, 18610-034, Botucatu - SP, Brasil.  [email protected] 4 Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Universidade de Brasília, Caixa - Campos Universitário Darci Ribeiro ICC – Asa Norte, 04508, Brasília - DF, Brasil. [email protected] 5 Faculdade Regional da Bahia, Rodovia AL 220, 3630 - Senador Arnon De Melo - Planalto, Arapiraca – AL, Brasil. [email protected]   RESUMO: O objetivo deste trabalho foi avaliar a cultura da soja semeada a campo em diferentes profundidades das sementes e épocas de semeadura e, dessa maneira, saber o quanto esses fatores influenciam a emergência e sobrevivência das plantas. O experimento foi conduzido em dois anos agrícolas, 2015/16 e 2016/17, com sementes de soja cultivar 5D634, na Fazenda Lageado, da Faculdade de Ciências Agronômicas – UNESP, Botucatu (SP), Brasil. O delineamento foi de blocos ao acaso em esquema fatorial 6 × 2, com seis tratamentos referentes às profundidades das sementes na mesma linha de semeadura: 0,02, 0,05 e 0,08 m do nível do solo, e combinação e alternância entre eles: 0,02 e 0,05, 0,02 e 0,08, 0,05 e 0,08 m e duas épocas de semeadura: outubro e novembro, com quatro repetições, totalizando 48 parcelas. Para a análise estatística, os dados foram submetidos à análise de variância (ANOVA), utilizando o teste de Tukey a 5% de probabilidade. A perda foi acima de 10% no estande de plantas na semeadura mais profunda (0,08 m), aliada à menor precipitação (outubro/2016), que contribuiu significativamente para esse resultado. Desta forma, a plantabilidade é prejudicada com o erro da profundidade de semeadura, aqui representada pela emergência e sobrevivência de plantas.   Palavras-chave: Glycine max L., Plantabilidade, Estande de plantas.   THE SOYBEAN SOWING DEPTH IN PLANTABILITY   ABSTRACT: The aim of this work was evaluate the sowing of soybean seed with error in soil deposition and different month of sowing. The field experiment was carried out during two years (2015 and 2016) at Fazenda Lageado, Faculty of Agronomic Sciences - UNESP / Botucatu - SP, Brazil. The plots were randomized blocks in 6 × 2 factorial, six treatments referring to the depth of the seeds in soil: 0.02 (T1); 0.05 (T2 - control) and 0.08 (T3); 0.02 and 0.05 (T4); 0.02 and 0.08 (T5); 0.05 and 0.08 m (T6) and two sowing times: October and November. For statistical analysis the data were submitted to analysis of variance (ANOVA) using Tukey test at 5% probability. The number of plants in early stage decreased by over 10% in the deep seeding (0.08 m), added to the less rainfall (October / 2016) which contributed significantly to this result. Therefore, plantability is damaged by the error of sowing depth, represented here by the emergence and survival of plants.   Keywords: Glycine max L., Plantability, Early stage.


Weed Science ◽  
1968 ◽  
Vol 16 (4) ◽  
pp. 498-500 ◽  
Author(s):  
F. B. Abeles

Ethylene production was stimulated by 2,4-dichlorophenoxyacetic acid (2,4-D) from light-grown corn (Zea mays L., var. XL-15) and soybeans (Glycine max Merr., var. Hawkeye). Ethylene had an inhibitory effect on the growth of corn and soybeans, but a reversal of the ethylene effect could not be clearly demonstrated using the competitive inhibitor, carbon dioxide. Ethylene did not mimic the ability of 2,4-D to cause growth curvatures. It was concluded that ethylene played a role in the activity of sublethal amounts of 2,4-D.


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