scholarly journals UMA PONTE PARA O PASSADO: COLONIALIDADE E MINERAÇÃO NO BRASIL E NO PERU (1990-2018)

2021 ◽  
Vol 9 (3) ◽  
pp. 201
Author(s):  
Guilherme Da Silva Monteiro ◽  
Vanderlei Vazelesk Ribeiro
Keyword(s):  

Neste trabalho, partindo das reflexões de Enrique Dussel e Horácio Machado Aráoz, buscamos analisar a relação entre colonialidade e mineração no Brasil e no Peru, a partir da década de 1990, no momento que o neoliberalismo impacta os dois países. Baseado na reflexão de Aníbal Quijano, e de alguns autores brasileiros pensaremos o impacto de megaprojetos de mineração, no Brasil e no Peru, percebendo em uma clave gramsciana a relação entre repressão e consenso que se desenvolve para importar tais projetos em ambas Amazônias e nos Andes Peruanos. Por fim, identificamos os elementos de colonialidade nos projetos Volta Grande do Xingu e Conga.

2014 ◽  
Vol 6 (1) ◽  
pp. 5-10
Author(s):  
B. Cortinove
Keyword(s):  

2019 ◽  
Vol 11 (3) ◽  
pp. 139-155
Author(s):  
Marta Maria Aragão Maciel

Resumo: O presente texto objetiva uma abordagem, no interior do pensamento de Ernst Bloch (1885/1977), acerca da relação entre marxismo e utopia: um vínculo incomum no interior do marxismo, comumente tido numa oposição inconciliável. Daí a apropriação do termo “herético” em referência ao marxismo do autor alemão: a expressão é usada não em sentido pejorativo, mas apenas para situar seu distanciamento do marxismo vulgar, bem como sua intenção de crítica radical dessa tradição. Aqui entendemos que é, em particular, por meio da relação entre marxismo e utopia que o pensamento de Ernst Bloch aparece como um projeto inelutavelmente político com vistas a uma filosofia da práxis concreta na principal obra do autor: O Princípio esperança (Das Prinzip Hoffnung) [1954/1959]. Neste livro encontramos, com efeito, a tentativa de pensar a atualidade do marxismo para o contexto do século XX, a era das catástrofes, conforme definição do historiador Eric Hobsbawm. Palavras-chave: Marxismo. Utopia. Dialética. Crítica social. Cultura.  Abstract: This paper presents an approach within the thinking of Ernst Bloch (1885/1977) about the relation between Marxism and Utopia: an unusual link within Marxism, commonly held in an irreconcilable opposition. Hence the appropriation of the term "heretical" in reference to the German author's Marxism: the expression is used not in a pejorative sense, but only to situate its distancing from vulgar Marxism, as well as its intention of a radical critique of this tradition. Here we understand that it is particularly through the relationship between Marxism and Utopia that Ernst Bloch's thought appears as an ineluctably political project with a view to a philosophy of concrete praxis in the principal work of the author: The Principle Hope (Das Prinzip Hoffnung) [1954/1959]. In this book we find, in effect, the attempt to think the actuality of Marxism in the context of the age of catastrophe - as defined by Eric Hobsbawm - that is, the long twentieth century that experienced the extreme barbarism of the concentration camp, of which the thinker in question, Jewish and Communist, managed to escape.  Keywords: Marxism. Utopia. Dialectics. Social criticismo. Culture. REFERÊNCIAS   ALBORNOZ, Suzana. O enigma da Esperança: Ernst Bloch e as margens da história do espírito. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995.   ALBORNOZ, Suzana. Ética e utopia: ensaio sobre Ernst Bloch. 2ª edição. Porto Alegre: Movimento; Santa Cruz do Sul: EdUSC, 2006.  BICCA, Luiz. Marxismo e liberdade. São Paulo: Loyola, 1987.  BLOCH, Ernst. Filosofia del Rinascimento. Trad. it. de Gabriella Bonacchi e Katia Tannenbaum. Bologna: il Mulino, 1981.     BLOCH, Ernst. Héritage de ce temps. Trad. Jean Lacoste. Paris: Payot, 1978.  BLOCH, Ernst. O Princípio Esperança [1954-1959]. Vol. I.  Trad. br. Nélio Schneider. Rio de Janeiro: EdUERJ; Contraponto, 2005.   BLOCH, Ernst. O Princípio Esperança [1954-1959]. Vol. II. Trad. br. Werner Fuchs. Rio de Janeiro: EdUERJ; Contraponto, 2006.   BLOCH, Ernst. O Princípio Esperança [1954-1959]. Vol. III. Trad. br. Nélio Schneider. Rio de Janeiro: EdUERJ; Contraponto, 2006.  BLOCH, Ernst. Du rêve à l’utopie: Entretiens philosophiques. Textos escolhidos e prefaciados por Arno Münster. Paris: Hermann, 2016.  BLOCH, Ernst. Thomas Münzer, Teólogo da Revolução [1963]. Trad. br. Vamireh Chacon e Celeste Aída Galeão. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1973.  BLOCH, Ernst. L’esprit de l’utopie, [1918-1023]. Trad. fr. de Anne Marie Lang e Catherine Tiron-Audard. Paris: Gallimard, 1977.  BLOCH, Ernst. El pensamiento de Hegel. Trad. esp. de Wenceslao Roces. Mexico; Buenos Aires: Fondo de Cultura Economica, 1963.   BOURETZ, Pierre. Testemunhas do futuro: filosofia e messianismo. Trad. J. Guinsburg. São Paulo: Perspectiva, 2011, p. 690.  FREUD, Sigmund. Los sueños [1900-1901]. Trad. Luis Lopez-Ballesteros et al., Madrid: Biblioteca Nueva, 1981.  FREUD, Sigmund. A Interpretação dos sonhos. Vol. I. Trad. Jayme Salomão. Rio de Janeiro: Imago, 2006.  HORKHEIMER, Max. Filosofia e teoria crítica. In: Textos escolhidos. Trad. de José Lino Grünnewald. São Paulo: Abril Cultural, 1980, p. 155 (Coleção Os Pensadores.). MÜNSTER, Arno. Ernst Bloch: filosofia da práxis e utopia concreta. São Paulo: UNESP, 1993.     MÜNSTER, Arno. Utopia, Messianismo e Apocalipse nas primeiras de Ernst Bloch. Trad. br. de Flávio Beno Siebeneichler. São Paulo: UNESP, 1997.  PIRON-AUDARD, Catherine. Anthropologie marxiste et psychanalyse selon Ernst Bloch. In: RAULET, Gérard (org.). Utopie-marxisme selon Ernst Bloch: un système de l'inconstructible. Payot: Paris, 1976. VIEIRA, Antonio Rufino. Princípio esperança e a “herança intacta do marxismo” em Ernst Bloch. In: Anais do 5° Coloquio Internacional Marx-Engels. Campinas: CEMARX/Unicamp. Disponível em: <www.unicamp.br / cemarx_v_coloquio_arquivos_arquivos /comunicacoes/gt1/sessao6/Antonio_Rufi no.pdf>.  VIEIRA, Antonio Rufino. Marxismo e libertação: estudos sobre Ernst Bloch e Enrique Dussel. São Leopoldo: Nova Harmonia, 2010.  RAULET, Gérard (Organizador). Utopie - marxisme selon Ernst Bloch: un sistème de l’inconstructible. Paris: Payot, 1976.  ZECCHI, Stefano. Ernest Bloch: Utopia y Esperanza en el Comunismo [1974]. Trad. esp. de Enric Pérez Nadal, Barcellona: Península, 1978.  


2020 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
Author(s):  
Arivaldo Sezyshta
Keyword(s):  

Este artigo tem por objeto apresentar a Filosofia Política Críticada Libertação em Enrique Dussel, analisando sua gênese e evolução emostrando a influência decisiva da filosofia da práxis de Karl Marx paraesse pensamento, em especial a partir do conceito de exterioridade,entendida como sendo o âmbito onde o outro se revela, onde permanecelivre em seu ser distinto. A exterioridade, precisamente, é tida pelaFilosofia da Libertação como a categoria principal do legado marxiano epressuposto teórico fundamental, que viabiliza o discurso de Dussel,sobretudo na opção radical pela vítima, marca de seu pensamentofilosófico. Mediante isso, aqui se assume a tese de que há em Dussel umaparcialidade pela vítima: seu pensamento está construído,propositalmente, em favor da vítima. O esforço deste trabalho é o demostrar que a opção pela vítima será o fio condutor de todo seu pensar, oque cobra da Filosofia da Libertação uma pretensão crítica depensamento, fazendo com que o labor filosófico seja desafiado eprovocado pela necessidade real de auxiliar a vítima, exigência do povolatino-americano em seu caminho de libertação. Em termos de resultado,para além da importância atual do pensamento marxiano para acompreensão da realidade e a crítica ao capitalismo, ressalta-se a relevânciateórico-prática do pensamento dusseliano para a Filosofia Política comoum todo, pelas suas contribuições no cenário contemporâneo, pelacoragem em apontar em direção a outra sociedade, trans-moderna e transcapitalista,já em curso nas práticas coletivas de Bem Viver.


2018 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
pp. 9-31
Author(s):  
Arivaldo Sezyshta

Resumo: Este artigo tem por objeto apresentar a Filosofia Política Crítica da Libertação em Enrique Dussel, analisando sua gênese e evolução e mostrando a influência decisiva da filosofia da práxis de Karl Marx para esse pensamento, em especial a partir do conceito de exterioridade, entendida como sendo o âmbito onde o outro se revela, onde permanece livre em seu ser distinto. A exterioridade, precisamente, é tida pela Filosofia da Libertação como a categoria principal do legado marxiano e pressuposto teórico fundamental, que viabiliza o discurso de Dussel, sobretudo na opção radical pela vítima, marca de seu pensamento filosófico. Mediante isso, aqui se assume a tese de que há em Dussel uma parcialidade pela vítima: seu pensamento está construído, propositalmente, em favor da vítima. O esforço deste trabalho é o de mostrar que a opção pela vítima será o fio condutor de todo seu pensar, o que cobra da Filosofia da Libertação uma pretensão crítica de pensamento, fazendo com que o labor filosófico seja desafiado e provocado pela necessidade real de auxiliar a vítima, exigência do povo latino-americano em seu caminho de libertação. Em termos de resultado, para além da importância atual do pensamento marxiano para a compreensão da realidade e a crítica ao capitalismo, ressalta-se a relevância teórico-prática do pensamento dusseliano para a Filosofia Política como um todo, pelas suas contribuições no cenário contemporâneo, pela coragem em apontar em direção a outra sociedade, trans-moderna e transcapitalista, já em curso nas práticas coletivas de Bem Viver.Palavras-chaves: Filosofia. Libertação. Enrique Dussel. Bem Viver. Abstract: This article aims to present the Critical Political Philosophy of Liberation in Enrique Dussel, analysing its genesis and evolution and showing the decisive influence of Karl Marx’s philosophy to his thought. Especially from his concept of exteriority, understood as being the space where the other reveals itself, where it remains free in its distinct being. The Externality, precisely, is considered by the Philosophy of Liberation as the main category of the Marxian legacy. It is the fundamental theoretical presupposition, which makes Dussel's speech possible, mainly in the radical choice for the victim, the hallmark of his philosophical thought. Hereby the assumption is made that there is in Dussel a partiality for the victim: his thought is purposely constructed in favour of the victim. The effort of this work is to show that the option for the victim will be the guiding thread of all his thinking, which demands from the Philosophy of Liberation a critical pretension of thought. Thus, causing the philosophical work to be challenged and provoked by the real need to help the victim, the demand of the Latin American people in their way of liberation. In addition to the current importance of Marxian thought for the understanding of reality and the critique of capitalism, the theoreticalpractical relevance of Dusselian thought for Political Philosophy as a whole is emphasized by its contributions in the contemporary scenario, by the courage to point towards another society, trans-modern and transcapitalist, already under way in the collective practices of Well Living.Keywords: Philosophy. Release. Enrique Dussel. Well living. REFERÊNCIAS   ACOSTA, Alberto. O Bem Viver: uma oportunidade para imaginar outros mundos. São Paulo: Autonomia Literária, 2016.ARGOTE, Gérman Marquínez. Ensayo Preliminar y Bibliografia. In: DUSSEL, Enrique. Filosofia de la liberación latinoamericana. Bogotá: Nueva América, 1979.BOULAGA, Eboussi. La crise Du Muntu: authenticité africaine Et philosophie. Paris: Présence Africaine, 1977.CALDERA, Alejandro Serrano. Filosofia e crise: pela filosofia latinoamericana. Petrópolis: Vozes, 1984.CAIO, José Sotero. Manifesto-Declaração do Rio de Janeiro/1993. In: PIRES, Cecília Pinto (Org.) Vozes silenciadas: ensaios de ética e filosofia política. Ijuí: Editora Inijuí, 2003, p.263-271.CASALLA, Mario Carlos. Razón y liberación: notas para una filosofia latinoamericana. Buenos Aires: Siglo XXI, 1973.DUSSEL, Enrique. Filosofia da libertação - na América Latina. São Paulo: Loyola, 1977._______. Filosofia de la Liberación Latinoamericana. Bogotá: Nueva América, 1979._______. Para uma ética da libertação latino-americana III: eticidade e moralidade. São Paulo: Loyola, 1982._______. Filosofía de la producción. Bogotá: Editorial Nueva América, 1984._______. Ética comunitária. Madrid, Ediciones Paulinas, 1986._______. Introdución a la filosofía de la liberación. Bogotá: Nueva América, 1988._______. 1492 – O encobrimento do Outro: a origem do mito da modernidade. Petrópolis: Vozes, 1993. _______. Filosofia da libertação: crítica à ideologia da exclusão. São Paulo: Paulus, 1995._______. Filosofía de la Liberación. Bogotá: Editorial Nueva América, 1996._______. Ética da libertação na idade da globalização e da exclusão. Petrópolis: Vozes, 2000. _______. Hacia una filosofia política crítica. Bilbao: Desclée, 2001._______. 20 teses de política. São Paulo: Expressão Popular, 2007.FANÓN, Franz. Os condenados da terra. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1979.FLORES, Alberto Vivar. Antropologia da libertação latino-americana. São Paulo: Paulinas, 1991.FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1974 GULDBERG, Horacio C. Filosofía de la liberación latinoamericana. México: Fondo de Cultura Económica, 1983.IFIL. Livre Filosofar: Boletim Informativo do Ifil, Ano IX, No.18, 1988.LAS CASAS, Bartolomé de. O Paraíso perdido: Brevíssima relação da destruição das Índias. Trad.: Heraldo Barbuy. 6 ed. Porto Alegre: L&PM, 1996.LATOUCHE, Serge. Pequeno tratado do decrescimento sereno. São Paulo: Martins Fontes, 2009.LÖWY, Michael. Ecologia e Socialismo. São Paulo: Cortez, 2005.MARTI, José. Política de  nuestra América. México: Siglo XXI, 1987.SEZYSHTA, Arivaldo José e et al. Por uma terra sem males: seminário de formação para educadores e educadoras. Recife: Dom Bosco, 2003.ZEA, Leopoldo. Dependencia y liberación en la cultura Latinoamericana. México: Joaquín Mortiz, 1974.ZIMMERMANN, Roque. América Latina o não ser: uma abordagem filosófica a partir de Enrique Dussel (1962-1976). Petrópolis: Vozes: Petrópolis, 1987.


2018 ◽  
Vol 6 (16) ◽  
pp. 167
Author(s):  
Erika Herrera Rosales
Keyword(s):  

Ante la diversidad de conceptualizaciones sobre el fenómeno de la migración internacional, algunos académicos han hecho un llamado para reunir los distintos marcos analíticos e interpretativos. Si atendemos a su invitación, los aportes pueden venir tanto de distintas disciplinas como de tradiciones de pensamiento. En este artículo proponemos al enfoque decolonial como una nueva veta para replantear el debate teórico sobre la migración. Se propone que pensadores como Linda Tuhiwai Smith y Enrique Dussel pueden contribuir al diálogo de la migración desde la perspectiva decolonial enfatizando las categorías de espacio y tiempo. Se tomarán como punto de partida estas dos categorías para vincularlas con otros conceptos, el de <em>sistema-mundo</em> de Wallerstein y la<em> zona del ser y la zona del no ser</em> de Fanon, que adopta Ramón Grosfoguel como parte de un marco epistemológico decolonial. Esto nos permitirá entender cómo los elementos de la geopolítica decolonial pueden aportar a la discusión teórica sobre la migración y, a su vez, dicho fenómeno se reconfigura dada la historia colonial, las relaciones de poder y el racismo que lo estructuran.


2018 ◽  
Vol 6 (16) ◽  
pp. 11
Author(s):  
Andrea Meza Torres

The essays in this dossier are the result of the course  “Interreligious and intercultural dialogue from a decolonial perspective”, which took place between May and June 2017 at the CEIICH in the UNAM. In this course, I proposed to link a decolonial theoretical perspective to the topic of “intercultural dialogue” and, beyond, to “interreligious dialogue”; anyhow, this last topic turned out to be the point of departure to explore more profound dialogues, linked no only to religious phenomena but to sacred traditions and spiritualities. During the course, emphasis was put on this last aspect due to the fact that the topic of “the Divine” (in its different expressions), although central to decoloniality, has been poorly studied. Moreover, it has been marginalized within secularized social sciences —and this not just in Mexico, but in most occidentalized universities throughout the globe. This vacuum towards the study of “the Divine” —and, beyond, its limitation through a concept of culture (which is, at the same time, associated to the colonized and to the “other” of modernity)— led the participants of this volume to research deeper that which philosopher Enrique Dussel has described as the “spaces denied and oppressed by modernity”.


Author(s):  
Alejandro Fernando González Jiménez

En este trabajo se intenta proponer, desde los márgenes, elementos que cuestionen la forma tradicional de iniciar la lectura de los Grundrisse de Karl Marx y propone al mismo tiempo la restitución del manuscrito llamado “Bastiat y Carey” como su verdadero comienzo argumental. Ello a través de una revisión panorámica de su recepción en América Latina y en particular en la recepción hecha de los manuscritos de 1857-58 de la crítica de la economía política por Enrique Dussel. Partiendo de la importancia que este autor latinoamericano pone sobre la necesidad en Marx de pensar el concepto de producción en general


Author(s):  
Luis Adrián Mora Rodríguez
Keyword(s):  

En este artículo se interroga sobre la filosofía de Enrique Dussel y su proyecto de “liberación”. Se argumenta la importancia de la categoría de “exterioridad” a partir de la figura del “pobre”, en el pensamiento de Dussel, tanto en su primera etapa como en su análisis de la obra de Carlos Marx. De esta forma, el artículo busca explicar la relevancia de esta categoría, su significado y evolución, así como su articulación con una propuesta política


Author(s):  
Juan Cristóbal Cárdenas Castro
Keyword(s):  

El artículo analiza dos asertos que han formado parte del núcleo de diferendos que han mantenido diversos científicos sociales latinoamericanos en torno a la cuestión de la dependencia. En primer lugar, la tesis sobre el fundamento de la dependencia; en segundo lugar, la tesis sobre el carácter de la superexplotación (o sobreexplotación) de la fuerza de trabajo. Para tales propó- sitos, se hace una revisión crítica de la manera en que el filósofo Enrique Dussel medita sobre esos asuntos, pues su intervención retoma seńeras discusiones teóricas sobre las que hasta ahora parece no existir acuerdo. El parteaguas de esas discrepancias puede ubicarse en el ańo 1972, particularmente tras la circulación del ensayo de Ruy Mauro Marini titulado Dialéctica de la dependencia, en el que el sociólogo brasileńo propuso avanzar hacia la elaboración de una teoría marxista de la dependencia.


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