scholarly journals ANÁLISE DA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE PASTÉIS FRITOS COMERCIALIZADOS POR LANCHONETES E AMBULANTES NO CENTRO DE ITABUNA, BAHIA

2018 ◽  
Vol 9 (3) ◽  
pp. 49
Author(s):  
Ingrid Silva SANTOS ◽  
Marcio Amorim Tolentino LIMA ◽  
Lucas Ribeiro CARVALHO

<p>Considerando-se que o acesso à alimentação segura constitui condição básica para a saúde humana, este trabalho teve como objetivo analisar a qualidade microbiológica dos pastéis fritos com recheios de carne e frango, comercializados em lanchonetes e por ambulantes no centro de Itabuna-BA no período de março a abril de 2015. Foram realizadas contagens totais de microrganismos aeróbios mesófilos, enterobactérias, coliformes totais, coliformes termotolerantes, <em>Escherichia coli</em> e estafilococos coagulase positiva (<em>Staphylococcus aureus</em>) de acordo com os métodos presentes na American Public Health Association (APHA), 4ª Edição do <em>Compendium of Methods for the Microbiological Examination of Foods. </em>Foi observado maior crescimento de microrganismos aeróbios mesófilos nas amostras comercializadas por ambulantes móveis devido ao armazenamento à temperatura ambiente que favoreceu melhores condições à proliferação microbiana. Verificou-se que todas as amostras apresentaram condições sanitárias satisfatórias e estavam de acordo com o padrão legal vigente para coliformes a 45ºC, constituindo o processo de fritura fator responsável por reduzir a contaminação proveniente da confecção dos pastéis.  No entanto, 1 (5%) amostra de pastel de frango apresentou estafilococos coagulase positiva acima do permitido pela ANVISA, na RDC nº 12 de janeiro de 2001, indicando que produto estava em condições sanitárias insatisfatórias e impróprio o para o consumo humano. Portanto, entre os problemas verificados na qualidade microbiológica dos pastéis fritos, a contaminação pós-fritura, devido às práticas higiênicas inadequadas dos manipuladores, foi identificada como o principal fator contribuinte à insalubridade do alimento.</p>

2021 ◽  
Vol 10 (16) ◽  
pp. e545101624054
Author(s):  
Caroline Lovantino de Sousa ◽  
Luiza Sara Moreira Cavalcante ◽  
Larissa Pereira Aguiar

O objetivo do trabalho foi pesquisar Coliformes e Escherichia coli em águas de coco comercializadas por ambulantes na cidade de Fortaleza, Ceará. Para isso, foram adquiridas, na qualidade de consumidor, cinco amostras de água de coco comercializada por ambulantes em semáforos de avenidas movimentadas. As amostras foram levadas ao laboratório de análises de alimentos de um Centro Universitário para pesquisar a presença ou ausência de coliformes e Escherichia coli, empregando a metodologia  descrita pelo Compendiun  of  Methods  for  the  Microbiological  Examination  of  Foods  da American  Public  Health  Association  (APHA,  2001). Observou-se que a qualidade microbiológica da água de coco em questão notificou irregularidades, mas com apenas uma amostra totalmente fora do padrão. Considerando os resultados, percebe-se a necessidade da aplicação de boas práticas de manipulação durante a extração, envase e armazenamento da água de coco comercializada por ambulantes para que assim haja mais segurança no consumo desse produto pela população.


2017 ◽  
Vol 17 (32) ◽  
pp. 115
Author(s):  
Rosemeire Bueno ◽  
Lucas Vedeschi Ferreira ◽  
Daniele Malimpensa de Oliveira ◽  
Carlos Diego De Souza Rodrigues ◽  
Luciana Aparecida Giacomini ◽  
...  

<p>A água é considerada uma das substâncias fundamentais para a existência do homem e precisa ser de qualidade, mesmo sob condições de escassez hídrica a fim de evitar mortalidade por doenças de veiculação hídrica. O objetivo desta pesquisa foi analisar e monitorar a qualidade microbiológica e físico-química da água utilizada pela população residente no município de Itu – SP, em uma situação de escassez hídrica, visando à conscientização da população quanto aos métodos de armazenamento e de tratamento da água adequados para garantir a segurança do consumidor. Foram priorizadas as coletas em cinco pontos públicos de distribuição de água consistindo de caixas de 20.000 litros, “bica” (poço artesiano) e um sistema de distribuição de água por bolsões, no período de outubro a dezembro de 2014, correspondente à escassez hídrica vivenciada pela população deste município. As amostras de água foram submetidas a análises por meio da contagem do Número Mais Provável de coliformes totais e Escherichia coli, de acordo com a American Public Health Association. Verificou-se que 100% das amostras continham coliformes totais e termotolerantes e E. coli, estando em  desacordo com o padrão estabelecido pela Portaria nº 2914/2011 do Ministério da Saúde, que preconiza ausência de E. coli em 100 mL de água. Diante do contexto, propõe-se a necessidade de uma maior atenção do poder público e adoção de medidas de controle simples que evitem a ingestão de água contaminada por micro-organismos responsáveis por doenças de veiculação hídrica por parte da população.</p>


1995 ◽  
Vol 58 (8) ◽  
pp. 858-862 ◽  
Author(s):  
TSUNG C. CHANG ◽  
SU H. HUANG

The activities of coagulase and thermostable nuclease (TNase) and the production of protein A were studied in 338 bacterial strains. These included 213 isolates of Staphylococcus aureus to determine which characteristic was most specific for the identification of S. aureus. The evaluation of different protocols for interpretation of coagulase results was also undertaken. Protein A was analyzed by a sandwich enzyme-linked immunosorbent assay using microtiter plates coated with antiprotein A antibodies. Coagulase activities were determined according to the criteria recommended by Association of Official Analytical Chemists (AOAC; any degree of clot formation is a positive reaction), American Public Health Association (APHA; coagulase activities ≥ 3+ are positive reactions), and the Bacteriological Analytical Manual (BAM; only 4+ reaction is positive). It was found that the AOAC protocol, which had a test sensitivity of 97.7% and a specificity of 95.1% and could be completed within six hours, was more practical than the methods used by APHA and BAM. Compared with coagu1ase and TNase, protein A was a better marker of S. aureus; a high sensitivity (100%) and specificity (96.8%) were obtained by using protein A for the identification of S. aureus.


2016 ◽  
Vol 12 (6) ◽  
Author(s):  
Ana Paula Maciel da Silva ◽  
Jucilene Do Nascimento Bibiano ◽  
Railana Dos Santos Portal ◽  
Dione Rubinstein de Silva Gonçalves ◽  
Eliene Do Socorro Barbosa Araújo ◽  
...  

A linguiça artesanal bubalina é um alimento tipicamente marajoara, que se enquadra na classe de linguiça frescal. Seu processo de fabricação envolve fatores de risco microbiológico relacionados às suas características intrínsecas e aos fatores externos, como a manipulação inadequada, falta de cuidados higiênicos, bem como tratamento térmico inadequado. Diante disso, o presente trabalho tem como objetivo, analisar a qualidade microbiológica de linguiça artesanal bubalina, elaboradas e comercializadas nos municípios de Soure (Amostra L. S) e Cachoeira do Arari (Amostra L. CA), na Ilha do Marajó, Pará. Foram realizadas análises microbiológicas de Coliformes Totais, Coliformes Termotolerantes, Staphylococcus aureus, contagem padrão de bactérias aeróbias mesófilas, e contagem de fungos filamentosos e leveduras. As determinações microbiológicas foram realizadas em triplicata, seguindo os métodos oficiais de American Public Health Association. De acordo com os resultados microbiológicos, as duas amostras avaliadas apresentaram valores máximos (> 1.100 NMP/g) para coliformes totais e termotolerantes. Os níveis de Staphylococcus aureus (5,7 x 104 UFC/g para a amostra L. S e 3,8 x 103 UFC/g para a amostra L. CA) estiveram próximos ao limite permitido pela legislação vigente. As mesmas também apresentaram elevada contaminação por bactérias aeróbias mesófilas, fungos filamentosos e leveduras. Dessa forma, pode-se dizer que as amostras de linguiças artesanais bubalinas encontram-se fora dos padrões microbiológicos para embutidos frescais como linguiças cruas e similares, indicando assim falha no controle higiênico-sanitário em seu processo de elaboração.


2021 ◽  
Author(s):  
Inaê Carolina Sfalcin

Introdução: O abastecimento hídrico na zona rural ocorre, em grande parte, pela captação de água subterrânea em poços domiciliares. Nesses locais, é comum que a água consumida não seja submetida à análises microbiológicas e tratamento, tornando-se um importante fator de risco na ocorrência de doenças diarreicas de natureza infecciosa, uma vez que os solos rurais estão intensamente sob o uso agrícola, pecuário e expostos aos despejos domésticos. Bactérias do grupo coliforme são indicadoras de contaminação por microrganismos patogênicos de veiculação hídrica. Objetivo: Avaliar a qualidade microbiológica da água de um poço artesiano que abastece oito famílias, na comunidade rural de São João das Missões, São Miguel das Missões, Rio Grande do Sul. Material e Métodos: O poço artesiano em estudo possui 140 m de profundidade e, em um raio de 100 m no seu entorno, há criação de animais (bovinos, suínos, aves), lavoura cultivada, esgoto doméstico e domicílios. Amostras de água foram coletadas in loco, em dois eventos com um ano de intervalo, seguindo a metodologia da American Public Health Association para águas subterrâneas. Verificou-se qualitativamente coliformes totais e a bactéria Escherichia coli em 100 ml de amostra sob uso de substrato cromogênico Collitest® , em triplicata, para detecção: após 24 horas de incubação à 35ºC, a presença de coliformes totais por indicativo de mudança de coloração da amostra e após 48 horas de incubação a 35 ºC, a presença de E. coli, através de leitura da coloração da amostra sob luz ultravioleta. Resultados: A análise microbiológica apontou presença de coliformes totais em 100% das amostras e E. coli ausente, em ambos eventos amostrais, demonstrando que não houve alteração na qualidade da água após um ano. Conclusão: A água do poço artesiano em estudo possui padrão microbiológico alterado de acordo com a Portaria nº 2.914/2011, do Ministério da Saúde, e oferece potencial risco à saúde dos consumidores locais, representando a problemática do saneamento básico rural. O tratamento de desinfecção e o monitoramento da qualidade desta água são sugeridos, até que se obtenham resultados satisfatórios para os padrões microbiológicos seguros ao consumo humano.


2016 ◽  
Vol 71 (2) ◽  
pp. 53
Author(s):  
Elaine Lopes Figueiredo ◽  
Jéssica Kelly Lima Melo ◽  
Natália Caroline Oliveira Neves

Devido ao grande consumo de leite e derivados, torna-se imprescindível sua avaliação higiênico-sanitária e microbiológica, visando oferecer aos consumidores alimentos de qualidade. Este trabalho teve como objetivos avaliar o grau de adequação de um laticínio às Boas Práticas de Fabricação (BPF), identificar Pontos Críticos de Controle (PCC) e Pontos de Controle (PC) no processamento de leite pasteurizado e iogurte de morango; avaliar a qualidade microbiológica, bem como o índice de contaminação das superfícies de processamento em um laticínio localizado no município de Tucuruí – Pará. Na avaliação de BPF, utilizou-se a Ficha de Verificação da Resolução de Diretoria Colegiada 275. Avaliou-se as etapas dos fluxogramas de fabricação dos derivados de leite para identificação dos PCC´s e PC´s e dos perigos potenciais à saúde dos consumidores. As análises microbiológicas dos produtos (coliformes totais e termotolerantes, contagem de Staphylococcus aureus e pesquisa de Salmonella) seguiram os métodos oficiais de American Public Health Association. Realizou-se também análises de swabs (coliformes totais e termotolerantes e contagem de Staphylococcus aureus) em doze superfícies envolvidas com o processamento dos produtos. Com base no grau de adequação às BPF, o laticínio enquadrou-se no Grupo 1. Constatou-se por meio das análises microbiológicas do leite pasteurizado e do iogurte conformidade com as exigências legais. Entretanto, embora as superfícies estivessem de acordo com as especificações para coliformes termotolerantes, constatou-se alto índice de contaminação das mesmas com Staphylococcus aureus e coliformes totais, indicativas de falhas higiênico-sanitárias no laticínio.


Author(s):  
Tayse Cristina Silva ◽  
Catherine Teixeira de Carvalho ◽  
Jefferson Romáryo Duarte da Luz ◽  
Leonardo Bruno Aragão de Araújo

A alimentação fora de casa tornou-se uma necessidade para grande parcela da população. Nesse contexto, a aquisição de salada de frutas representa uma opção supostamente saudável, acessível e prática no segmento street food. Não obstante, as condições de higiene são desconhecidas pelos consumidores que as adquirem nas ruas. O presente trabalho objetivou, então, avaliar a qualidade microbiológica de saladas de frutas vendidas em comércios ambulantes de três bairros da grande Natal/RN. A determinação de coliformes a 35°C, coliformes a 45°C, pesquisa de Salmonella sp. e contagem de Estafilococos Coagulase Positiva foi realizada a partir de 25 amostras. Foram adotados os parâmetros microbiológicos determinados pela RDC Nº 12, de 02/01/01, da ANVISA. A metodologia utilizada foi fundamentada nas técnicas descritas pela American Public Health Association (APHA, 2001). Todas as amostras apresentaram coliformes a 35°C e 76% coliformes a 45°C (dentro do limite estabelecido pela legislação vigente); entretanto, 26% delas revelaram-se positivas para Escherichia coli. Todas apresentaram ausência de Salmonella sp. e 84% contagens significativas de Estafilococos Coagulase Positiva. Com base nos padrões microbiológicos vigentes, o produto necessita de melhor controle na higienização e na manipulação, fazendo-se necessário o uso de boas práticas nos estabelecimentos, a fim de evitar riscos à saúde do consumidor.


2003 ◽  
Vol 27 (3) ◽  
pp. 590-596 ◽  
Author(s):  
Nélio José de Andrade ◽  
Rosália Maria Moreira da Silva ◽  
Kelly Cristina Silva Brabes

O presente trabalho é referente a 17 visitas técnicas realizadas em 12 unidades de alimentação e nutrição, cujas produções variam de 1.000 a 4.000 refeições/dia. Foram avaliadas as microbiotas do ar de 63 ambientes diferentes de processamento, as das mãos de 68 manipuladores e as das superfícies de 36 equipamentos e utensílios. Considerando a recomendação da American Public Health Association (APHA), de 30 UFC/cm2/semana, apenas 18,5% e 32,8% dos ambientes avaliados encontravam-se adequadamente higienizados, em relação ao número de microrganismos aeróbios mesófilos e de fungos filamentosos e leveduras, respectivamente. Para os manipuladores, foram previamente definidas as seguintes faixas de contagens microbianas: até 100; entre 101 e 1.000; entre 1.001 e 10.000; entre 10.001 e 100.000 e acima de 100.000, expressas em UFC/mão. Para os microrganismos mesófilos aeróbios, foram encontrados os seguintes percentuais nas diversas faixas: 11,7; 20,6; 35,3; 19,2 e 13,2. Para os coliformes totais: 54,4; 26,5; 13,2; 5,90 e 0,00. Para os fungos filamentosos e leveduras: 63,4; 20,6; 12,50; 13,5 e 0,00. Para Staphylococcus aureus: 71,9; 12,50; 15,6; 0,00 e 0,00. Por meio de alguns resultados, revela-se a ineficiência nos procedimentos de higienização pessoal. Nos equipamentos e utensílios, os resultados para microrganismos mesófilos aeróbios mostraram que apenas 18,6% apresentavam-se dentro da recomendação da APHA (2 UFC/cm2). Usando-se esse mesmo parâmetro, constataram-se os percentuais de 45,6 para coliformes totais e de 44,6 para fungos filamentosos e leveduras de equipamentos e utensílios em condições higiênicas satisfatórias. Fica evidenciada a necessidade de definição de padrões ou recomendações mais adequados às condições brasileiras para o controle microbiológico de ambientes, de manipuladores e de equipamentos e utensílios em unidades de alimentação e nutrição. Nas condições microbiológicas em que se encontram, os restaurantes avaliados devem determinar, numa fase inicial, metas a serem atingidas. Em etapas posteriores, deverão atender a recomendações mais exigentes.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document