scholarly journals Aspectos filosóficos da obra "Princípios de Geologia" de Charles Lyell

2021 ◽  
Vol 17 ◽  
pp. e021039
Author(s):  
Hely Cristian Branco

A obra “Princípios de Geologia” do geólogo e naturalista inglês Sir Charles Lyell [1797-1875] mudou para sempre a forma como a natureza é vista, elevando a Geologia ao status de ciência e estabelecendo várias das principais bases epistemológicas presentes nesse campo do conhecimento até os dias de hoje. Este artigo analisa alguns dos principais aspectos filosóficos que fundamentam o trabalho, com foco nas influências percebidas a partir da obra do filósofo Sir Francis Bacon [1561-1626], cujo pensamento marcou profundamente a compreensão sobre o que é e como fazer ciência experimental. Dentre as influências em “Princípios”, destacam-se o fundamento teológico, a importância da história natural e da experimentação, bem como a valorização do raciocínio indutivo na construção do conhecimento científico. Deste modo, identifica-se uma base epistemológica marcadamente experimental na obra de Lyell.

2019 ◽  
pp. 239-250
Author(s):  
Diana Solano Villareal

Este artículo versa sobre la visión de Francis Bacon en lo que respecta a lavalidez de los conocimientos otros, el caso de los griegos y los romanos enla Antigüedad y de los autóctonos americanos para el siglo XVI. Se pretendeanalizar la validez que para Bacon tendrían los conocimientos producidospor los griegos, romanos y las culturas autóctonas americanas y su relacióncon el dominio en nuestros días, en las obras El Avance del Aprendizaje,Preparación hacia una Historia Natural y Experimental, Valerius Terminus:o de la Interpretación de la Naturaleza y Dignitate et Augmentis Scientiarum,desde las teorías del grupo modernidad/colonialidad y la modernidadbipolar, en los estudios decoloniales.


DoisPontos ◽  
2018 ◽  
Vol 15 (1) ◽  
Author(s):  
Luciana Zaterka

O conceito de empirismo evoca tanto uma tradição histórica quanto uma rede de questões filosóficas. Ambas frequentemente associadas a nomes como os de Francis Bacon (1561-1626), John Locke (1632-1704), George Berkeley (1685-1753) e David Hume (1711-1776). Porém, lembremos que nenhum desses filósofos utilizaram o termo empirismo, e nem compartilharam de uma única escola epistemológica. Do ponto de vista histórico é comum encontrarmos estudos de História e Filosofia da Ciência que relacionam o conceito de ‘empirismo’ com a chamada Escola Empírica Médica, desenvolvida na Grécia Antiga (século III a.C.). Porém, mais uma vez, temos que ter cautela com essas simplificações históricas, afinal se por uma Escola médica compreendemos um número de médicos que se reconhecem como pertencentes a um grupo que defendem exatamente as mesmas ideias e conceitos, a Escola Empírica Médica é simplesmente uma invenção histórica. De fato, observaremos alguns elementos comuns dentro dessas escolas, mas não correntes unívocas. Essa postura historiográfica usualmente acarreta sérias consequências. Assim, por exemplo, os estudos que marcam a diferença entre as filosofias do continente europeu e as da Inglaterra do século XVII, distinguindo-a por meio de noções amplas, tais como racionalismo e empirismo, podem cair em reducionismos importantes. Se, por um lado, vincular o empirismo moderno à escola médica antiga acarreta numa compreensão histórica equivocada; por outro lado, aceitar a dicotomia empirismo x racionalismo como a única narrativa possível para compreendermos a gênese da filosofia moderna carrega consigo problemas de cunho epistemológico. Dos vários problemas que surgem dessa perspectiva historiográfica, isto é, de aceitarmos acriticamente a narrativa padrão, dois deles nos importam mais de perto: ela fornece uma ênfase às questões de cunho epistemológico, subestimando, então, a importância dos debates em outras áreas, como filosofia natural, ética e política, por exemplo; e deixa de lado pensadores que combinam elementos das duas correntes e, portanto, não operam stricto sensu com a dicotomia entre razão e experiência. Nesse sentido, objetivamos problematizar e aprofundar essa questão, ao discutir aspectos epistêmicos e metodológicos do chamado “programa baconiano” de conhecimento, bem como alguns de seus desdobramentos, especialmente no âmbito da química e da medicina no século XVII inglês. 


DoisPontos ◽  
2018 ◽  
Vol 15 (1) ◽  
Author(s):  
Luiz Antonio Alves Eva

Este artigo examina a concepção de História Natural de Francis Bacon a partir de sua relação com literatura cética discutida no século XVI. Mais exatamente, procura mostrar que essa obra representa uma radicalização de uma tendência naturalista presente no tratamento cético da noção de “milagre”, tal como reconhecível no De Divinatione, de Cícero, e nos Ensaios de Montaigne, dentre outras obras.


1998 ◽  
Vol 27 (159) ◽  
pp. 759 ◽  
Author(s):  
Rafael Sala ◽  
María José Muntó ◽  
Javier de la Calle ◽  
Inmaculada Preciado ◽  
Mª Teresa Miralles Pérez ◽  
...  
Keyword(s):  

2012 ◽  
Vol 39 (2) ◽  
pp. 217-233 ◽  
Author(s):  
J. David Archibald

Studies of the origin and diversification of major groups of plants and animals are contentious topics in current evolutionary biology. This includes the study of the timing and relationships of the two major clades of extant mammals – marsupials and placentals. Molecular studies concerned with marsupial and placental origin and diversification can be at odds with the fossil record. Such studies are, however, not a recent phenomenon. Over 150 years ago Charles Darwin weighed two alternative views on the origin of marsupials and placentals. Less than a year after the publication of On the origin of species, Darwin outlined these in a letter to Charles Lyell dated 23 September 1860. The letter concluded with two competing phylogenetic diagrams. One showed marsupials as ancestral to both living marsupials and placentals, whereas the other showed a non-marsupial, non-placental as being ancestral to both living marsupials and placentals. These two diagrams are published here for the first time. These are the only such competing phylogenetic diagrams that Darwin is known to have produced. In addition to examining the question of mammalian origins in this letter and in other manuscript notes discussed here, Darwin confronted the broader issue as to whether major groups of animals had a single origin (monophyly) or were the result of “continuous creation” as advocated for some groups by Richard Owen. Charles Lyell had held similar views to those of Owen, but it is clear from correspondence with Darwin that he was beginning to accept the idea of monophyly of major groups.


1997 ◽  
Vol 24 (3) ◽  
pp. 397-421 ◽  
Author(s):  
JOHN C. YALDWYN ◽  
GARRY J. TEE ◽  
ALAN P. MASON

A worn Iguanodon tooth from Cuckfield, Sussex, illustrated by Mantell in 1827, 1839, 1848 and 1851, was labelled by Mantell as the first tooth sent to Baron Cuvier in 1823 and acknowledged as such by Sir Charles Lyell. The labelled tooth was taken to New Zealand by Gideon's son Walter in 1859. It was deposited in a forerunner of the Museum of New Zealand, Wellington in 1865 and is still in the Museum, mounted on a card bearing annotations by both Gideon Mantell and Lyell. The history of the Gideon and Walter Mantell collection in the Museum of New Zealand is outlined, and the Iguanodon tooth and its labels are described and illustrated. This is the very tooth which Baron Cuvier first identified as a rhinoceros incisor on the evening of 28 June 1823.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document