scholarly journals Avaliação dos resultados neonatais e fatores associados em gestantes com pré-eclâmpsia grave: uma revisão sistemática

2021 ◽  
Vol 13 (2) ◽  
pp. e5799
Author(s):  
Wyrna Schwenck De Almeida ◽  
Fernanda Garcia Marzagão ◽  
Jaqueline Gabriele Silva ◽  
Jussara Nylma Macedo De Assis ◽  
Rachel Laguardia Rego ◽  
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Objetivo: Analisar o impacto da pré-eclâmpsia (PE) grave nas mortalidades materna e neonatal e fatores associados em gestantes portadoras. Métodos: Revisão de literatura incluindo estudos publicados entre 2014 e 2019, realizada na base de dados Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) via Pubmed em outubro de 2019. Mediante os descritores mortalidade neonatal, pré-eclâmpsia e mortalidade materna, inicialmente, encontrou-se 1669 estudos. Desses, 16 analisaram gestantes de qualquer idade e etnia com PE grave e foram selecionados para a revisão. Resultados: As mortalidades neonatal e materna apresentaram medianas de proporções iguais a 9.32% e 1%, respectivamente. Sobre os resultados neonatais: a mediana de recém-nascidos (RNs) prematuros encontrada foi de 33.9%, a mediana de peso ao nascer de 2042.65g (classificada como baixo peso) e a mediana da porcentagem dos RNs internados em UTI de 46.6%. Observa-se que a mortalidade materna foi abordada em apenas 7 dos artigos analisados (43.75% do total de artigos selecionados). Considerações finais: A presente revisão sistemática conclui que a PE grave apresenta impacto relevante na mortalidade neonatal e nos demais resultados neonatais avaliados. A respeito da mortalidade materna, há uma lacuna de produções científicas datadas no período analisado que busquem suas associações diretas com a PE grave.

2020 ◽  
Vol 9 (5) ◽  
pp. e67953081
Author(s):  
Juliane Scarton ◽  
Mara Regina Bergmann Thurow ◽  
Jeferson Ventura ◽  
Dápine Neves da Silva ◽  
Laura Fontoura Perim ◽  
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Estudo de revisão Integrativa da Literatura, realizada na Biblioteca Virtual em Saúde e nas bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde e Medical Literature Analysis and Retrieval System Online. Objetivando-se a analisar na literatura nacional e internacional as evidências científicas acerca das causas de mortes maternas e as estratégias utilizadas para sua prevenção. Após análise dos critérios de inclusão e exclusão, obteve-se um universo de dez estudos. Evidenciando que as principais causas de mortes maternas são em sua maioria consideradas evitáveis. Visto que as estratégias contemplam a identificação de intervenções prioritárias a serem aplicadas, uso de protocolos, boa infraestrutura, equipamentos, medicamentos, número de pessoal adequado e boa gestão dos serviços, método de regulação menstrual como prevenção ao aborto clandestino. Desta forma as estratégias são reportadas por medidas simples, muitas vezes de baixo custo e que não necessitam aparato de alta tecnologia. A totalidade dos estudos que abordam estratégias para a redução da mortalidade materna, são de cunho internacional.


2020 ◽  
Vol 6 (1) ◽  
Author(s):  
Marina Aló de Melo Tanus Chiarelli ◽  
Samantha Barbosa ◽  
Leticia Souza Benevenuto ◽  
Luiza Nogueira Paulino ◽  
Ana Clara Rodrigues Borges ◽  
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Introdução: Gestação com bebê pélvico é aquela cuja criança, após as 36 semanas, não modificou a sua posição intrauterina, ou seja, permanece sentada. Ela ocorre em 3% a 4% das gestações a termo. A problemática principal consiste na incidência de nascimentos prematuros e malformação fetal, além disso no momento do parto há um risco maior de mortalidade fetal. A cesariana é indicada para bebês pélvicos, mas não é a única opção. Existe um processo nomeado de versão cefálica externa, a qual consiste em girar o bebê na barriga da mãe, de modo não invasivo e assim reduzir as complicações de um parto pélvico. Objetivo: Esse artigo tem como objetivo analisar as possibilidades de parto normal para bebês pélvicos, bem como os seus possíveis benefícios e riscos. Metodologia: Trata-se de um levantamento bibliográfico, onde se realizou o levantamento do tema nos meses de março e abril de 2019, usando as bases de dados da Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), Scientific Eletronic Library Online (Scielo) e Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE). As palavras chaves utilizadas nas janelas de buscas eletrônicas foram: Parto vaginal; Cesárea; Pélvico; Versão Cefálica Externa. Foram selecionados 9 artigos bibliográficos e 1 dissertação de mestrado. Como critério de inclusão foram usados: idioma português e inglês, publicados nos anos de 2010 a 2019.  Foram excluídas as fontes que não possuíam textos completos e as que não abordavam o tema como objeto central da publicação. Resultados: Há evidencias de que não há fundamento cientifico para a determinação do parto cesariano como o mais eficaz para casos de bebês pélvicos. Além disso, estudos demonstram que não há muitos benefícios na cessaria nem para a mãe, nem para a criança. O aumento nas proporções dessa cirurgia na Pesquisa Global de Saúde Materna e Perinatal da OMS foi associado à piora nos resultados neonatais, que incluíram o incremento na taxa de nascimentos de pré-termo e ingresso nas unidades de tratamento intensivo neonatais. O aumento das taxas de cesariana está associado ao maior uso de antibióticos no pós-parto e a maiores morbidade e mortalidade materna e neonatal. Conclusão: Desse modo, os profissionais de saúde presentes durante o período do parto devem ser experientes na resolução de complicações do parto pélvico evitando trações fetais ou outras manipulações antes da exteriorização do umbigo, diminuindo assim os riscos para a mãe e o bebê.  Na ausência das contraindicações referidas para o parto pélvico vaginal, a grávida deverá ser informada dos riscos e benefícios das duas possíveis vias de parto, e após a escolha, obtém- se o seu consentimento.


Author(s):  
Juliane Scarton ◽  
Saul Ferraz De Paula ◽  
Gustavo Baade De Andrade ◽  
Rosiane Filipin Rangel ◽  
Jeferson Ventura ◽  
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Objetivo: Conhecer e analisar os aspectos que os estudos da literatura nacional e internacional revelam sobre o perfil da mortalidade materna. Metodologia: Revisão da literatura, a busca foi realizada em agosto de 2017, por meio da Biblioteca Virtual em Saúde, nas bases de dados da Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, Medical Literature Analysis and Retrieval System Online e, Base de dados da Enfermagem, estabelecendo-se critérios de inclusão e exclusão, sendo selecionados nove estudos. Resultados: O perfil epidemiológico dos óbitos maternos é influenciado por fatores sociais, os quais refletem as desigualdades que assolam o mundo, a disparidade nas formas de acesso aos serviços de saúde, a educação e demais fatores que repercutem num grupo vulnerável para índices alarmantes. Conclusões: Os estudos refletem a necessidade de maiores esforços com engajamento da sociedade, órgãos públicos, profissionais de saúde, com vista a maior comprometimento e co-resposabilização na luta pela redução da mortalidade materna.


2020 ◽  
Vol 18 (64) ◽  
Author(s):  
Ingra Pereira Monti Martins ◽  
Cristiane Yumi Nakamura ◽  
Deborah Ribeiro Carvalho

Introdução: A mortalidade materna e infantil reflete a situação sanitária e a qualidade da assistência à saúde. As taxas de mortalidade no Brasil apresentam diferenças entre as regiões geográficas e são superiores às de outros países em desenvolvimento. Objetivo: Compreender variáveis associadas à mortalidade materna e infantil. Materiais e Métodos: Revisão integrativa, consultadas as bases Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, Medical Literature Analysis and Retrieval System Online e Banco de Dados em Enfermagem. Considerados artigos publicados entre 1999-2018, cenário Brasil e idioma português, selecionados por dois pesquisadores calibrados com nível de concordância Kappa substancial. As variáveis associadas significativamente às mortalidades foram aproximadas às camadas do modelo dos Determinantes Sociais de Saúde. Resultados: Identificou-se 522 artigos e selecionados 74. Por camada, destacaram-se as variáveis: características individuais - peso ao nascer e idade materna; estilo de vida - tabagismo na gestação; influências sociais - estado civil materno; condições de vida e trabalho - assistência pré-natal e escolaridade materna; condições socioeconômicas e ambientais gerais - saneamento básico e renda. Conclusões: As variáveis mais encontradas foram peso ao nascer e idade materna, aproximadas à camada individual, de baixa governabilidade direta do gestor. Para mudanças nessa camada, as intervenções devem influenciar nas variáveis das camadas mais externas, das quais destacaram-se assistência pré-natal, escolaridade materna, renda e saneamento básico. Reforça-se a responsabilidade direta dos gestores na redução da mortalidade materna e infantil, por meio de ações que visem reduzir as iniquidades em saúde.


Author(s):  
Mariana Vanon Moreira ◽  
Aline Batista Brighenti dos Santos ◽  
Júlia Abrahão Lopes ◽  
Cecília Barra de Oliveira Hespanhol

Introdução: O tromboembolismo venoso (TEV) é uma das principais causas de morbimortalidade materno-fetal. Isso porque, durante a gestação, a predisposição a essa condição eleva-se em virtude do estado de hipercoagulabilidade do sangue da mãe, já que durante esse período a gestante apresenta fatores de risco para os três componentes da tríade de Virchow. Dessa forma, há: a) estase venosa, pela diminuição do tônus venoso e obstrução do fluxo venoso pelo aumento do útero; b) hipercoagulabilidade, com aumento da geração de fibrina, diminuição da atividade fibrinolítica e aumento dos fatores de coagulação II, VII, VIII e X, além de queda progressiva nos níveis de proteína S e resistência adquirida à proteína C ativada; e c) lesão endotelial decorrente da nidação e do remodelamento vascular das artérias uteroespiraladas com o parto e com a dequitação placentária. Apesar de tais fenômenos serem necessários para o controle hemorrágico da mulher durante e após o parto, pode ocorrer obstrução de vasos placentários, acarretando abortos de repetição, descolamento prematuro de placenta e hipertensão arterial materna. Objetivo: Analisar a tromboprofilaxia gestacional recomendada para mulheres com risco de TEV. Material e Método: Em março de 2021, foi realizada uma revisão sistemática na base de dados Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), utilizando os descritores: “hematologic pregnancy complications”; “treatment”; “venous thromboembolism”; e suas variações, obtidas do Medical Subject Headings (MeSH). Foram incluídos ensaios clínicos controlados e randomizados (ECCR), publicados nos últimos cinco anos e na língua inglesa. Resultados: Encontraram-se 24 artigos, dos quais seis foram empregados para a confecção deste trabalho. Dois ECCR selecionados envolveram 4.258 grávidas com predisposição ao TEV, as quais foram divididas em grupo controle e grupo experimental. Ambos os estudos utilizaram um tratamento profilático antes e depois da gestação e relataram a necessidade de submeter toda grávida a uma avaliação de risco para TEV. Em caso positivo, é recomendada a utilização de heparina de baixo peso molecular (HBPM) como principal agente de escolha profilática. A respeito da terapia pós-gestacional, postula-se o uso de HBPM e de meias compressivas por sete dias após o nascimento da criança, salvo em mulheres que já utilizavam anticoagulantes antes da gravidez - as quais precisam ingerir o medicamento por seis semanas. Conclusão: As mudanças anatômicas que ocorrem no organismo da mulher tornam as gestantes suscetíveis aos riscos de um evento trombótico durante a gravidez. Dessa forma, um tratamento profilático adequado é essencial para evitar a mortalidade obstétrica na ausência de um manejo adequado. Nesse quesito, destaca-se o uso de HBPM e de meias compressivas.


A doença de chagas (DC) é uma infecção causada pelo Trypanosoma cruzi, que infecta o homem por diferentes formas. Trata-se de uma doença negligenciada, propagada em diversas regiões do mundo, e que continua sendo um desafio para a saúde pública, uma vez que o acesso à saúde e seus meios diagnósticos ainda é limitado, assim como ao tratamento. O objetivo deste estudo foi analisar as principais formas clínicas da DC crônica, bem como complicações existentes nestes quadros. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura realizada nas bases de dados vinculadas à Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE). Conforme dados coletados na literatura a maior parte dos pacientes com DC permanecem de 30-40 anos com a forma indeterminada da doença. Entre os pacientes que evoluem para outras formas, verifica-se maior predomínio de evolução para forma cardíaca da doença. Todos os estudos analisados enfatizam a individualidade da evolução da DC, bem como associação de complicações com outras doenças de base, e com hábitos de vida como prática de atividades físicas, hábitos alimentares, e regularidade no tratamento. Verificou-se ainda uma escassez de estudos abordando a forma digestiva da doença de chagas crônica.


Author(s):  
Júlia Lima Ilydio dos Santos ◽  
Maria Eduarda Baracuhy Cruz Chaves ◽  
Rebeca Fernandes de Azevedo Dantas ◽  
Alessandra Viviane Evangelista Demôro

Introdução: A infertilidade é definida como a incapacidade de conceber um filho ou de levar uma gravidez a termo após um ano de relação sexual regular e sem utilização de métodos contraceptivos. As causas de infertilidade são relacionadas ao homem em aproximadamente 40% dos casos. As evidências levam a crer que cerca de 30 a 80% dos casos de infertilidade de fator masculino devem-se a fatores fisiológicos, ambientais e genéticos, incluindo o estresse oxidativo. Estima-se que 25% dos homens inférteis tenham níveis mais elevados de substâncias reativas de oxigênio (ROS) no sêmen do que homens férteis, pois altos níveis de ROS no sêmen podem causar disfunção no esperma, em razão do dano ao DNA e da redução do potencial reprodutivo masculino. Nesse contexto, os antioxidantes atuam como catadores de radicais livres, reduzindo o estresse oxidativo. Naturalmente, no sêmen, são encontrados antioxidantes como vitamina E, vitamina C, zinco, selênio, carnitina, coenzima Q10 e carotenoides. Objetivo: Determinar os benefícios do uso de antioxidantes no tratamento da infertilidade masculina. Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura com artigos publicados entre 2015 e 2020 nas plataformas PubMed, Scientific Electronic Library Online (SciELO), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) e Cochrane Library. Resultados: Obtiveram-se 29 artigos, dos quais 25 foram incluídos neste estudo. De acordo com os dados estudados, alguns antioxidantes, como ômega 3, selênio, zinco, carnitina, vitamina C, vitamina E, coenzima Q10, glutationa e licopeno, têm se mostrado potencialmente eficazes no intuito de melhorar a qualidade seminal do homem. Eles reduzem a quantidade de ROS, mantendo a integridade da membrana celular dos espermatozoides, atuando como protetores do esperma, reduzindo significativamente a peroxidação lipídica no plasma seminal, melhorando a motilidade do esperma e a contagem de espermatozoides, protegendo-os contra a fragmentação do DNA e, por consequência, melhorando as chances de fecundação. Além disso, foi encontrada uma ação combinada de vitaminas C e E para proteger os espermatozoides contra ataque peroxidativo e fragmentação de DNA. Vale ressaltar que a suplementação de selênio mostrou aumento significativo na motilidade dos espermatozoides e redução no percentual de espermatozoides defeituosos em comparação com o período de pré-suplementação, demonstrando-se potencialmente benéfica. Conclusão: A utilização de algumas vitaminas, nutrientes e minerais parecem melhorar a qualidade seminal. Contudo, o maior problema no uso prático dos antioxidantes reside no fato de que existe uma baixa disponibilidade de estudos e testes sobre o assunto, principalmente no que diz respeito à dose adequada e ao tempo de uso. Diante disso, faz-se necessário o aumento do número de pesquisas e estudos com adequada metodologia a fim de esclarecer ainda mais o efeito dos antioxidantes na fertilidade masculina.


2010 ◽  
Vol 31 (4) ◽  
pp. 785-793 ◽  
Author(s):  
Daiane da Rosa Monteiro ◽  
Maria Henriqueta Luce Kruse ◽  
Miriam de Abreu Almeida

Cuidados Paliativos (CP) são prestados a pacientes fora de possibilidades terapêuticas de cura, tendo como foco o controle dos sintomas e melhora da qualidade de vida. A Edmonton Symptom Assessment System (ESAS) é um instrumento para avaliar e monitorar nove sintomas físicos e psicológicos em pacientes de CP. O estudo objetiva realizar revisão integrativa acerca da avaliação dos profissionais de saúde e/ou pacientes quanto ao uso da ESAS em pacientes oncológicos em Cuidados Paliativos. Foram localizados oito artigos no Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) entre 1998 e 2009. Os resultados mostraram que apesar de haver poucos estudos sobre este assunto, a ESAS é um instrumento válido para detectar e monitorar sintomas nos CP, apresentando algumas limitações. Os resultados apontam para a importância da continuidade do estudo de tradução e adaptação transcultural desta escala para o português do Brasil.


2011 ◽  
Vol 19 (3) ◽  
pp. 651-658 ◽  
Author(s):  
Gabriela Marcellino de Melo Lanzoni ◽  
Betina Hörner Schlindwein Meirelles

This Integrative Literature Review, sought to evidence and discuss the main characteristics of the concept of leadership and of the nurse leader, as well as their contributions to the practice of nursing and health from nursing scientific publications indexed in the database Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) and published between 1998 and 2008. Following the inclusion criteria, a total of 36 studies were selected for analysis, of these 89% (33 articles) were published in foreign journals and 11% (3) published in national journals. The profiles of nursing leaders encountered were the authentic and the authoritative, with the leadership evidenced as an organizational tool that combines communication, interpersonal relationships, planning, the commitment to success and the resolvability of conflicts. Education is presented as fundamental for the formation of leaders, relating directly the valorization of academic titles with the improvement of this competence.


2018 ◽  
Vol 36 (4) ◽  
pp. 500-510
Author(s):  
Janaina Cristina Scalco ◽  
Renata Martins ◽  
Patricia Morgana Rentz Keil ◽  
Anamaria Fleig Mayer ◽  
Camila Isabel Santos Schivinski

RESUMO Objetivos: Identificar estudos que avaliam as propriedades psicométricas dos principais testes de capacidade funcional utilizados em crianças e adolescentes e verificar os testes que apresentam propriedades de mensuração satisfatórias. Fontes de dados: Pesquisa nas bases de dados MEDical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL) e Scientific Electronic Library Online (SciELO), sem limitar o período ou idiomas. Dois investigadores selecionaram de forma independente os artigos com base nos critérios de inclusão: estudos que avaliaram propriedades psicométricas dos testes de capacidade funcional em crianças e/ou adolescentes saudáveis ou com doenças cardiorrespiratórias. Foram excluídas pesquisas que incluíram indivíduos adultos e/ou participantes com doenças neurológicas e estudos que exclusivamente estabeleceram valores de referência ou equações de predição. Síntese dos dados: Do total de 677 artigos, foram selecionados 11 compatíveis com o tema; destes, 7 avaliaram propriedades psicométricas do teste de caminhada de 6 minutos (TC6), 1 avaliou tanto o TC6 quanto o teste do degrau de 3 minutos (TD3), e 3 avaliaram o teste incremental Shuttle Walk Test (ISWT). As evidências sobre as propriedades de reprodutibilidade e confiabilidade são boas para o TC6 e ISWT e moderadas para o TD3. O ISWT mostra medidas de validade altas para crianças saudáveis e para aquelas com doença respiratória crônica. As medidas de validade do TC6 variam entre as populações estudadas e devem ser consideradas de maneira particular para cada condição de doença. A validade do TD3 ainda deve ser esclarecida na população pediátrica. Conclusões: O TC6 apresenta maior número de investigações sobre suas propriedades, mas sua validade apresenta variabilidade para diferentes populações pediátricas. A capacidade dos testes TC6, ISWT e TD3 de mensurar mudanças clinicamente importantes em crianças e adolescentes com doenças cardiorrespiratórias é desconhecida.


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