ResumoNo presente artigo, proponho explorar a zona de fronteira entre história, ensaio e ficção na obra do escritor argentino Juan José Saer (1937-2005), enfocando a forma como sua escrita é mobilizada pela leitura das crônicas de Conquita. A análise dedica-se principalmente ao ensaio El río sin orillas (publicado originalmente em 1991) e ao conto “Paramnésia” (de 1967), atentando para a matéria comum entre o registro ensaístico e a prosa ficcional do autor, mas sublinhado também a linha tênue que os diferencia. Tal leitura permitirá, por um lado, compreender questões específicas do projeto literário de Saer, mas também, e por outro lado, possibilitará uma reflexão mais ampla acerca das imagens da Conquista da América e da dimensão narrativa da investigação sobre o passado, realizada diferentemente no campo da Literatura e da História.Palavras-chave: ensaio literário; literatura argentina contemporânea; crônicas de Conquista, Juan José Saer.