scholarly journals O que os sociólogos aprendem com a música? Vidas musicais ocultas e o ofício de entender a sociedade

2021 ◽  
Vol 9 (1) ◽  
Author(s):  
Les Back
Keyword(s):  
Du Bois ◽  

Os sociólogos são frequentemente músicos secretos. Isso vem desde W.E.B. Du Bois e Max Weber, no século XIX, para os quais a vida musical sempre esteve entrelaçada em seu pensamento sociológico. Nos últimos tempos, têm ocorrido numerosos apelos para que a música seja usada para reimaginar a própria sociologia. Por exemplo, David Beer (2014) reivindicou uma sociologia punk – tão urgente e vital como um single do The Clash – como um antídoto para as tendências vistosas e técnicas do “rock progressivo” na disciplina mainstream. Este artigo desenvolve a ideia de fazer sociologia com música, concentrando-se nas vidas musicais ocultas dos sociólogos. Ele explora uma série de exemplos, do aprendizado de campo de Howard Becker como pianista nos clubes de jazz de Chicago e suas teorias do desvio e rotulação, ao impacto que o violão teve na compreensão de Paul Gilroy sobre as culturas da diáspora africana, à conexão entre a vida de Emma Jackson como baixista na banda de indie rock Kenickie e sua sociologia feminista DIY (Faça você mesmo). Argumenta que os sociólogos aprendem muito com a música, tanto em termos das percepções que ela produz quanto no funcionamento da cultura e da sociedade, mas também em termos de como ela sustenta nossa imaginação sociológica e nos inspira a fazer sociologia de maneira diferente.

Author(s):  
Hess Andreas

In this paper the author takes issue with the notion of the Black Atlantic as discussed by the British scholar Paul Gilroy. While sympathising with the overall perspective it criticises Gilroy's uncritical, almost iconographic, approach to black intellectual celebrities such as W. E. B. Du Bois and C. L. R. James and particularly their discussion of Marxist tropes and communist politics.


2015 ◽  
Vol 20 (3) ◽  
pp. 155-166 ◽  
Author(s):  
Les Back ◽  
Maggie Tate

Racism and intellectual segregation limit and divide the sociological tradition. The white sociological mainstream historically ignored the contribution of black sociologists and today it confers the discussion of racism to a specialist sub-field. Black sociologists by contrast have long been attentive to white sociology. Through a detailed discussion of the writings of W.E.B Du Bois and Stuart Hall and their respective dialogues with figures like Max Weber and C Wright Mills, an argument is made for a profound reconstruction of sociology at both the level of analysis and of form that changes the way sociology tells about racism and society as a whole.


2015 ◽  
Vol 2015 (28) ◽  
pp. 35-39
Author(s):  
Kazuhisa Honda
Keyword(s):  

Plural ◽  
2017 ◽  
Vol 24 (1) ◽  
pp. 242-269
Author(s):  
Anita Maria Pequeno Soares
Keyword(s):  
Du Bois ◽  

O objetivo principal deste trabalho foi analisar como o contexto das relações raciais influenciou na construção de si e na produção intelectual do negro, intelectual e abolicionista André Rebouças. Por meio, sobretudo, de consultas a fontes de pesquisa primárias, tornou-se possível reconstituir o processo de construção de uma consciência de si, vivido por André Rebouças, enquanto negro, cuja ancestralidade remetia à África. Foi possível notar que algumas características do seu pensamento social radicalizam-se ao mesmo tempo em que se aprofunda o autorreconhecimento de sua condição racial, o que temporalmente situa-se no período em que se autoexilou do Brasil, imediatamente após a proclamação da República, em 1889. Durante sua vivência em África, rompeu definitivamente com o silêncio que, no geral, mantinha sobre a sua realidade racial. Nesse período, ocorre uma inflexão no que tange à construção de si, passando a enxergar-se e a reafirmar-se enquanto homem negro e africano. Esse momento foi interpretado, como bem sugeriu Mattos (2010), à luz do conceito de “dupla consciência”, cunhado por Du Bois e aprofundando por Paul Gilroy em “O Atlântico Negro” (2012).


2020 ◽  
Author(s):  
WAHYUDDIN BAKRI

Buku ini berusaha menyajikan riwayat hidup secara sistematis, konsep hingga teori dari pada tokoh-tokoh sosiologi klasik diantaranya Ibnu Khaldun, Herber Spencer, Aguste Comte, Emile Durkheim, Max Weber, Karl Marx, George Simmel, Sigmund Frued, Herbert Mead.Sementara tokoh sosiologi modern diantaranya Du Bois, Alferd Scuzt, Talcott Parson, Robert Merton, Ervin Goffman, James Coleman, Doroty E Smith, Harold Garfinkel, George Caspar Homans, Peter M. Blau, Jean Baurdrillard, Pierre Bourdieu, R Emerson, Daniel Bell dan Antonio Giddens yang telah berumur 81 tahun. Selanjutnya tokoh postmodern diantaranya Foucault, George Ritzer, Max Horkheimer, Theodor H. Adorno, Herbert Marcuse, Z. Bauman, J. Daridda dan Jurgen Hubermas yang telah berumur 90 tahun.Selain uraian tersebut, penulis juga berusaha menjelaskan tentang karya-karya monumental dari setiap tokoh-tokoh sosiologi mulai dari yang klasik, modern hingga postmodern


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document