scholarly journals ANÁLISE ECONÔMICA DO CULTIVO DE AÇAIZEIRO (Euterpe oleracea Mart.) IRRIGADO NO NORDESTE PARAENSE

2021 ◽  
Vol 7 (17) ◽  
pp. 155-169
Author(s):  
Laísa Faria Viana ◽  
Alfredo Kingo Oyama Homma ◽  
Antônio José Elias Amorim de Menezes ◽  
Jair Carvalho dos Santos ◽  
João Tomé Farias Neto ◽  
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Análise econômica do cultivo de açaizeiro (Euterpe oleracea Mart.) plantado em terra firme é essencial devido ao alto investimento em irrigação. O objetivo deste trabalho foi avaliar a viabilidade econômica de uma plantação comercial de açaizeiro irrigado por microaspersão. A plantação, de 16 ha e com plantas de 8 anos, estava localizada no município de Igarapé-Açu, estado do Pará, e foi instalada e conduzida segundo práticas regionais de cultivo. Para avaliar a viabilidade, os seguintes índices econômicos foram calculados: valor presente líquido (VPL), valor presente líquido anualizado (VPLa), índice benefício-custo (IBC), retorno adicional sobre investimento (Roia), taxa interna de retorno (TIR) e payback descontado. O fluxo de caixa foi dimensionado para um período de 20 anos, e a taxa mínima de atratividade (TMA) foi fi xada em 6,93%. Para a estrutura de produção avaliada na propriedade onde a plantação se encontrava, atestou-se elevada viabilidade econômica da atividade, com riqueza acrescentada em VPL da ordem de R$ 983.394,31 para um horizonte de 20 anos de projeto. A atividade de açaizeiro irrigado por microaspersão é viável, com rendimento líquido de R$ 3.860,40/ha e ganho real de 13,07%, descontada ataxa real de juros empregada no cálculo do VPL.

2004 ◽  
Vol 34 (1) ◽  
pp. 01-08 ◽  
Author(s):  
Silvio Roberto Miranda dos Santos ◽  
Izildinha de Souza Miranda ◽  
Manoel Malheiros Tourinho

Este trabalho apresenta uma estimativa da biomassa seca (BS) acima do solo e estoque de carbono (EC) de sistemas agroflorestais (SAF) estudados nas várzeas do rio Juba, Cametá, Pará. A BS foi estimada pelo método indireto a partir dos dados de um inventário florestal realizado em sete parcelas de 0,25 ha (50 m x 50 m). Foram inventariados em média 2594 indivíduos/ha com DAP >5 cm. Euterpe oleracea Mart.(açaí) e Theobroma cacao L. (cacau), foram as espécies mais importantes e representaram 80 % dos indivíduos (54 % e 26 %, respectivamente) e as outras espécies (árvores) 20 %. Em média a BS dos SAF foi de 298,44 t/ha. O açaí apresentou BS de 4,47 t/ha (43 % nas folhas e 57 % nos estipes), o cacau 1,45 t/ha (18 % nas folhas e 82 % na madeira) e as árvores 292,52 t/ha (1 % nas folhas e 99 % na madeira). O EC contido na BS total média foi de 134,30 t/ha; as árvores estocaram 131,63 t/ha (98 %), o açaí 2,01 t/ha (1,5 %) e o cacau 0,65 t/ha (0,5 %). O EC médio dos SAF estudados (idade média de 12 anos) representou, em média, cerca de 96 % do carbono que é estocado numa floresta primária de terra firme; cerca de 62 % a mais do estocado em florestas secundárias enriquecidas (idade média de 26 meses) e 23 % a mais do estocado em florestas de várzeas na Amazônia brasileira.


2021 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
pp. e53010112015
Author(s):  
José Itabirici de Souza e Silva Junior ◽  
Fabrício Khoury Rebello ◽  
Herdjania Veras de Lima ◽  
Marcos Antônio Souza dos Santos ◽  
Maria Lúcia Bahia Lopes ◽  
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Procurou-se responder se os sistemas de produção extrativista e de manejo de açaizeiros (Euterpe oleracea Mart.) conseguem se manter socioeconomicamente sustentáveis. Com este propósito levantou-se o perfil socioeconômico e produtivo dos extrativistas e manejadores de açaizais nativos nas ilhas Uruá e Paruru e no emergente sistema de plantio em áreas de terra firme no município de Abaetetuba (PA), um dos principais produtores nacional do açaí. Foram aplicados 100 questionários semiestruturados junto às famílias produtoras de açaí em comunidades ribeirinhas nas duas ilhas e sete em áreas de terra firme. Desse modo, foram observadas a caracterização socioeconômica das famílias dos produtores, os sistemas de produção adotados e a condução de algumas políticas públicas, como as de crédito e assistência técnica. Os resultados indicam que, em função da crescente demanda pelo fruto, os produtores conseguiram gerar uma renda adicional, elevando seu padrão de vida. Entretanto, persistem problemas relacionados à infraestrutura produtiva e à necessidade de se expandir a oferta de açaí, em bases racionais e sustentáveis, para atender a demanda de mercado que se expandiu fortemente no âmbito regional e nacional, como em vários nichos de mercado em alguns países. O cultivo do açaizeiro em áreas já alteradas na economia paraense e com tecnologia apropriada, ao mesmo tempo em que consolida uma atividade econômica importante no âmbito local, inclusive envolvendo os pequenos produtores, pode contribuir para assegurar a conservação de áreas nativas na Amazônia. 


2014 ◽  
Vol 4 (3) ◽  
pp. 224-228
Author(s):  
Elaine Lima ◽  
Edna Santos ◽  
Robert Smith ◽  
Armando Sabaa-Srur

2008 ◽  
Vol 56 (10) ◽  
pp. 3593-3600 ◽  
Author(s):  
Lisbeth A. Pacheco-Palencia ◽  
Stephen T. Talcott ◽  
Stephen Safe ◽  
Susanne Mertens-Talcott

2017 ◽  
Vol 20 (9) ◽  
pp. 830-837 ◽  
Author(s):  
Belmira S. Faria e Souza ◽  
Helison O. Carvalho ◽  
Talisson Taglialegna ◽  
Albenise Santana A. Barros ◽  
Edilson Leal da Cunha ◽  
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Botany ◽  
2010 ◽  
Vol 88 (5) ◽  
pp. 528-536 ◽  
Author(s):  
Denis Barabé ◽  
Laura Bourque ◽  
Xiaofeng Yin ◽  
Christian Lacroix

Previous studies on palm phyllotaxis deal mainly with the mature trunk. The goals of this study are (i) to determine the relationship between the number of parastichies, the divergence angle, and the plastochrone ratio at the level of the shoot apical meristem; (ii) to examine whether there are fluctuations in the divergence angle; (iii) to interpret the significance of phyllotactic parameters with respect to the mode of growth of the apex. The tubular base of the leaf primordium is more or less asymmetrical, and completely surrounds the shoot apical meristem. The phyllotactic system corresponds to a (2, 3) conspicuous parastichy pair. The mean divergence angle per apex varies between 126.9° ± 9.3° (mean ± SD) and 135. 8° ± 8.0°. Divergence angles for all apices fluctuate within a range of 115.89° to 157.33°. The mean plastochrone ratios between apices varies from 1.35 ± 0.18 to 1.58 ± 0.12. The plastochrone ratio at each plastochrone for all apices ranges from 1.09 to 2.00. There is no correlation between the angle of divergence and the plastochrone ratio. There is a fluctuation in the value of the divergence angle that falls within the range predicted by the fundamental theorem of phyllotaxis. The high value of the ratio of the diameter of leaf primordia over the diameter of the apex, and the long plastochrone might explain the lack of correlation between certain phyllotactic parameters.


2012 ◽  
Vol 43 (2) ◽  
pp. 382-389 ◽  
Author(s):  
Daniel Albiero ◽  
Antonio José da Silva Maciel ◽  
Renildo Luiz Mion ◽  
Carlos Alberto Viliotti ◽  
Carlos Antonio Gamero

Bragantia ◽  
1990 ◽  
Vol 49 (1) ◽  
pp. 69-81 ◽  
Author(s):  
Marilene Leão Alves Bovi ◽  
Gentil Godoy Júnior ◽  
Sandra Heiden Spiering ◽  
Sérgio Bueno de Camargo

Estudaram-se caracteres vegetativos da planta e do palmito de açaizeiros (Euterpe oleracea Mart) cultivados na Estação Experimental de Ubatuba, litoral norte do Estado de São Paulo, Brasil, com o objetivo principal de identificar caracteres não-destrutíveis que possam ser utilizados na seleção de plantas superiores no programa de melhoramento genético dessa palmeira. Entre os dez caracteres estudados, o número de perfilhos, o peso bruto do palmito e os pesos do resíduo basal e do palmito mostraram maior variabilidade (CV acima de 40%). Menor variabilidade foi encontrada para os caracteres número de folhas e circunferência da planta-mãe (CV entre 14 e 18%). O peso, os diâmetros e o comprimento do palmito mostraram-se positivamente correlacionados com a circunferência da planta. Correlação negativa foi evidenciada entre peso bruto do palmito e número de perfilhos e entre esta última variável e o peso do resíduo basal. O número de folhas mostrou correlação parcial significativa apenas com o diâmetro médio do palmito e com o peso do palmito bruto. Entre os caracteres vegetativos não-destrutíveis avaliados, a circunferência da planta foi o que mais contribuiu para a variação apresentada pelo palmito bruto e liquído (peso, diâmetro e comprimento), sendo responsável por mais de 65% da variação do peso bruto, 35% do peso líquido e em tomo de 50% de seu diâmetro. Constitui-se, assim, em um caráter útil, além de não-destrutível e facilmente mensurável, para orientar a seleção de plantas superiores de açaizeiro num programa de melhoramento genético de palmeiras desta espécie.


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