scholarly journals EDUCAÇÃO INTEGRAL OU CONTRATURNO ESCOLAR? concepções sobre o programa mais educação no município de Dourados-MS

Trama ◽  
2018 ◽  
Vol 14 (33) ◽  
pp. 118-129
Author(s):  
Espedito Saraiva MONTEIRO ◽  
Elisangela Alves da Silva SCAFF

Este artigo tem como objetivo analisar o processo de implementação do Programa Mais Educação na rede municipal pública de Dourados-MS, no período compreendido entre 2009 e 2015, com vistas a identificar e discutir a concepção de educação de tempo integral explicitada nesse processo. Para tanto, realizou-se pesquisa qualitativa, tendo como campo empírico as 45 escolas públicas municipais de Dourados – MS, utilizando como instrumento de coleta de dados questionário junto aos integrantes do Programa. Constata-se que a concepção de educação integral presente no Programa Mais Educação está relacionada à ampliação da jornada escolar; consequentemente, tal concepção está em consonância com a proposta preconizada pelo Programa que considera como educação integral, além de outros fatores, a jornada escolar com duração igual ou superior a sete horas diárias.REFERÊNCIASARROYO, M. O direito a tempos-espaços de um justo e digno viver. In MOLL, J. et al. 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2019 ◽  
Vol 23 (2) ◽  
pp. 65-78
Author(s):  
Regina Kohlrausch ◽  
Maria Edilene de Paula Kobolt

O presente artigo volta-se para a análise da obra Chicas muertas (2014), de Selva Almada, visando mostrar de que maneira se cumpre a função social da arte, conforme Candido (2000), na voz dessa escritora argentina e também indicar como exemplo do processo de ocupação de espaço pela mulher no universo literário. Apresentam-se ainda dados biográficos situando-a também como mulher que se inclui na própria obra ficcional. Palavras-chave: Autoria feminina. Selva Almada. Chicas muertas. Referências ALMADA, Selva. Biografia. Disponível em: https://www.portaldaliteratura.com/autores.php?autor=3049 . Acesso em: 08 out 2018. ALMADA, S. Chicas muertas. Youtube, 13 nov. 2015. Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=LBpESnvgTHk&t=28s>. Acesso em: 08 jun.19 BEAUVOIR, Simone de. O segundo sexo: a experiência vivida. Tradução Sérgio Milliet. São Paulo: Difusão Européia do Livro, 1967. Disponível em: <http://brasil.indymedia.org/media/2008/01/409680.pdf>. Acesso em: 08 out. 2018. 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Trama ◽  
2018 ◽  
Vol 14 (33) ◽  
pp. 15-24
Author(s):  
Camila Maria BORTOT ◽  
Angela Mara de Barros LARA

Tivemos por objetivo compreender como se estabelecem as relações entre Estado e Sociedade Civil na Terceira Via, em relação aos mecanismos de participação social e econômica na educação e suas intencionalidades. A reconfiguração da relação entre Estado e sociedade civil ativa a partir dos anos 2000, cujo Estado, estrategicamente, chamou a sociedade para atuar em conjunto, procurou relações consensuais. Com um Estado Catalisador, voltado ao empreendedorismo e à colaboração, o Terceiro Setor e as Redes atuam como parceiros, fazendo com que o Governo não atue unicamente na prestação direta da educação. As intencionalidades desse movimento de sociabilidade apontam à privatização do ensino público, cuja colaboração se direciona a descentralização da educação.REFERÊNCIAS BALL, S. J. Educação global S. A.: novas redes políticas e o imaginário neoliberal. Tradução de Janete Bridon. Ponta Grossa: UEPG, 2014.CASTELO, R. O Social-liberalismo: auge e crise da supremacia burguesa na era neoliberal. 1. ed. São Paulo: Expressão popular, 2013.FALLEIROS, V. P. A política social no Estado capitalista. SP: Cortez, 2005.GIDDENS, A. A terceira via e seus críticos. Rio de Janeiro: Record, 2001.GIDDENS, A. A Terceira Via: reflexões sobre o impasse político atual e o futuro da socialdemocracia. Rio de Janeiro: Record, 1999.GRAMSCI, A. Caderno 12 (1932): Apontamentos e notas dispersas para um grupo de ensaios sobre a história dos intelectuais. Cadernos do Cárcere, vol. 2. Edição e tradução Carlos Nelson Coutinho, co-edicação Luiz Sérgio Henriques e Marco Aurélio Nogueira. 7ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014.LIMA, J. Á. Redes na educação: questões políticas e conceptuais. Revista Portuguesa de Educação, Lisboa, Portugal: Universidade do Minho, v. 20, n. 2, p. 151-181, 2007.MARTINS, A. S.; NEVES, L. M. W.; MELO, A. A. S. et al. Educação Básica: tragédia anunciada? São Paulo: Xamã, 2015.NEVES, L. M. W. A sociedade civil como espaço estratégico de difusão da nova pedagogia da hegemonia de difusão da nova pedagogia da hegemonia. In: NEVES, L. M. W. (Org.). A nova pedagogia da hegemonia: estratégias do capital para educar o consenso. São Paulo: Xamã, 2005. p. 85-126.OSBORNE, D.; GAEBLER, T. Reinventando o governo: como o espírito empreendedor está transformando o setor público. Brasília: MH Comunicação, 1994.OSZLAK, O.; O'DONNELL, G. Estado y políticas estatales en América Latina: hacia una estrategia de investigación. Centro de Estudios de Estado y Sociedad (CEDES), Documento G.E. CLACSO, 1995: Buenos Aires, Argentina. p. 11-23.PAULO NETTO, J.; BRAZ, M. Economia Política: uma introdução crítica. SP: Cortez, 2011.PERONI, V.; OLIVEIRA, R.; FERNANDEZ, M.; Estado e Terceiro Setor: as novas regulações entre o público e o privado na gestão da educação básica brasileira. Educação e Sociedade, Campinas, vol. 30, n. 108, p. 761-778, out. 2009.SCHNEIDER, V. Redes de políticas públicas e a condução de sociedades complexas. Civitas – Revista de Ciências Sociais, Porto Alegre, v. 5. n. 1, p. 29-58, jan./jun. 2005.THOMPSON, E. Desencanto ou apostasia? In: THOMPSON, E. Os românticos: a Inglaterra na era revolucionária. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001. p. 49-101.__________. Costumes em comum. São Paulo: Cia das Letras, 1998.WILLIAMS, R. Palabras claves. Buenos Aires: Nueva Vision, 2003.Recebido em 10-04-2018 e aceito em 10-08-2018.


2018 ◽  
Vol 21 (0) ◽  
Author(s):  
Suely Aparecida Kfouri ◽  
José Eluf Neto ◽  
Sérgio Koifman ◽  
Maria Paula Curado ◽  
Ana Menezes ◽  
...  

RESUMO: Objetivo: Estimar a fração de câncer de cabeça e pescoço (CCP) atribuível ao tabaco e ao álcool em cidades das regiões Centro-Oeste, Sudeste E Sul do Brasil. Métodos: Estudo caso-controle com 1.594 casos de CCP e 1.292 controles hospitalares. A associação de CCP com tabaco e álcool foi estimada pela odds ratio e intervalos de confiança de 95% via regressão logística não condicional, ajustada por idade, sexo, escolaridade, consumo de frutas e legumes, consumo de bebidas alcoólicas (para examinar o efeito do tabaco) e tabagismo (para examinar o efeito do álcool). As proporções de CCP atribuíveis ao tabaco e ao álcool foram estimadas pelo cálculo da fração atribuível (FA). Foram realizadas estimativas separadas para Goiânia (Centro-Oeste), Rio de Janeiro e São Paulo (Sudeste) e Pelotas e Porto Alegre (Sul). Resultados: A fração de CCP atribuível ao tabagismo foi discretamente mais elevada em Goiânia (FA = 90%) em comparação às cidades do Sudeste (FA = 87%) e do Sul (FA = 86%). A fração de CCP atribuível ao consumo de bebidas alcoólicas apresentou resultados similares e mais altos nas cidades do Sudeste (FA = 78%) e Sul (FA = 77%) em comparação a Goiânia (FA = 62%). Conclusão: As frações de CCP atribuíveis ao tabagismo foram mais expressivas do que para o consumo de álcool. Embora com discretas distinções entre si, as FA para tabaco e álcool observadas nas cidades das três regiões brasileiras foram semelhantes às obtidas em estudos em outras regiões da América Latina, porém, mais altas que em outras partes do mundo.


Trama ◽  
2019 ◽  
Vol 15 (36) ◽  
Author(s):  
Dênis Moura de QUADROS

Ao pensarmos as obras produzidas por mulheres negras temos certa dificuldade de listá-las e ao listar precursoras como Carolina Maria de Jesus (1914-1977) e Conceição Evaristo (1946- ) constatamos que as autoras publicam no eixo Rio-São Paulo. Ao nos direcionarmos ao sul do Brasil, a lista lacunar ecoa mais ausências. Contudo, em 2016, o ponto de cultura negra “Sopapo Poético” publica sua primeira antologia de poemas Sopapo Poético: Pretessência (2016) em que dos nove organizadores, quatro são mulheres e dos dezenove poetas, dez são mulheres. Assim, recortamos quatro poetas da antologia que também a organizam: Delma Gonçalves, Fátima Farias, Lilian Rocha e Pâmela Amaro. Além do gênero e da raça, a ancestralidade lhes serve como inspiração para suas poesias resistentes.REFERÊNCIAS:AMARO, Pâmela. Pâmela Amaro. In: ROCHA, Lilian Rose Marques da. [et. al]. Sopapo poético: Pretessência. Porto Alegre: Libretos, 2016. P. 159-167.CARNEIRO, Sueli. Enegrecer o feminismo: A situação da mulher negra na América Latina a partir de uma perspectiva de gênero. 2011. Disponível em https://www.geledes.org.br/enegrecer-o-feminismo-situacao-da-mulher-negra-na-america-latina-partir-de-uma-perspectiva-de-genero/ Acesso em 10/04/2019.FONTOURA, Pâmela Âmaro; SALOM, Júlio Souto; TETTAMANZY, Ana Lúcia Liberato. Sopapo Poético: Sarau de poesia negra no extremo sul do Brasil. Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, n. 49, p. 153-181, set./dez. 2016.EVARISTO, Conceição. Gênero e etnia: uma escre (vivência) de dupla face. In: MOREIRA, Nadilza Martins de Barros; SCHNEIDER, Liane (Org). Mulheres no mundo: etnia, marginalidade e diáspora. João Pessoa: Ideia, 2005, p. 201-212.FARIAS, Fátima. Fátima Farias. In: ROCHA, Lilian Rose Marques da. [et. al]. Sopapo poético: Pretessência. Porto Alegre: Libretos, 2016. P. 46-61.GOMES, Heloísa Toller. “Visíveis e invisíveis grades”: Vozes de mulheres na escrita afrodescendente contemporânea. Caderno Espaço Feminino. Uberlândia: Ed. UFU, v. 12, n. 15, p.13-26, 2004.GONÇALVES, Delma. Delma Gonçalves. In: ROCHA, Lilian Rose Marques da. [et. al]. Sopapo poético: Pretessência. Porto Alegre: Libretos, 2016. P.22-34.RIBEIRO, Djamila. O que é lugar de fala? Belo Horizonte: Letramento: Justificando, 2017. (Feminismos Plurais)ROCHA, Lilian Rose Marques da. [et. al]. Sopapo poético: Pretessência. Porto Alegre: Libretos, 2016.ROCHA, Lilian. Lilian Rose Marques da Rocha. In: ROCHA, Lilian Rose Marques da. [et. al]. Sopapo poético: Pretessência. Porto Alegre: Libretos, 2016. P.116-125.SANTIAGO, Ana Rita. Vozes literárias de escritoras negras. Cruz das Almas: Ed. UFRB, 2012.SANTOS, Mirian Cristina dos. Prosa negro-brasileira contemporânea. 2018. 180f. Tese (Doutorado em Letras)- Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2018.SPIVAK, Gayatri. Quem reivindica alteridade? In: HOLLANDA, Heloisa Buarque de. Tendências e impasses: O feminismo como crítica da cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994.SPIVAK, Gayatri. Pode o subalterno falar? Trad. Sandra Regina Goullart Almeida, Marcos Pereira Feitosa, André Pereira Feitosa. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2010.ENVIADO EM 03-05-19 | ACEITO EM 24-07-19


Trama ◽  
2020 ◽  
Vol 16 (39) ◽  
pp. 65-80
Author(s):  
Jonatas Rodrigues MEDEIROS ◽  
Sueli De Fátima FERNANDES

O artigo tem como objetivo apresentar um estudo inicial de aspectos composicionais que caracterizam gêneros textuais sinalizados, registrados em vídeo, que circulam na internet. A produção de dados empíricos da investigação seguiu pressupostos da pesquisa netnográfica, com levantamento de vídeos sinalizados em páginas na internet, demarcados por esferas de circulação na vida cotidiana e páginas institucionais. A produção técnico-material e o uso de recursos verbais e não-verbais foram as categorias que nortearam a análise metodológica deste estudo. Como resultados, apontamos o caráter recorrente de elementos composicionais que articulam recursos verbais e não-verbais na estrutura dos gêneros sinalizados, demandando etapas da pré-sinalização, da gravação do texto e da pós-sinalização, o que remete ao caráter intencional e planejado da articulação entre a dimensão linguística a dimensão visual produção de gêneros textuais em videolibras.Recebido em: 01-12-2019Revisões requeridas em: 04-05-2020Aceito em:21-05-2020REFERÊNCIAS:AMARAL, Adriana; NATAL, Geórgia; VIANA, Lucina. Netnografia como aporte metodológico da pesquisa em comunicação digital. Cadernos da Escola de Comunicação, v. 1, n. 6, 2017ARAÚJO. A.D. gêneros textuais acadêmicos: reflexões sobre metodologias de investigação. Rev. de Letras - N0. 26 - Vol. 1/2 - jan/dez. 2004BAKHTIN, M. M. ([1952-1953]). Os gêneros do discurso. In: ______. Estética da criação verbal.6 ed. São Paulo: Editora. WMF Martins Fontes, 2011BARRETO, A.G; Preservation of Sign Language (Veditz, 1913): uma leitura das Normas Surdas de Tradução para América Latina. In SILVA, Anderson Almeida da; ALBRES, Neiva de Aquino, RUSSO, Ângela (org.).   Diálogos em estudos da tradução e interpretação de língua de sinais 1.ed. – Curitiba: Editora Prismas, 2016BRAIT, Beth. Olhar e ler: verbo-visualidade em perspectiva dialógica. Bakhtiniana: Revista de Estudos do Discurso, v. 8, n. 2, p. 43-66, 2013.DELMAR, A.S.M. Conto e Reconto de histórias na Educação Infantil: o uso de estratégias visuais no letramento da criança surda. Trabalho de Conclusão de Curso. Instituto Nacional de Educação de Surdas Departamento de Ensino Superior Curso Bilíngue de Pedagogia. Rio de Janeiro. 2016LÉVY, PIERRE. Cibercultura. São Paulo, Editora 34, 1999MARCUSCHI, A.L. A Questão do suporte dos gêneros textuais. DLCV – V.1 N. 1, João Pessoa, Out./2003, 9-40MARQUES, R.R; OLIVEIRA, J.S. A normatização de artigos acadêmicos em Libras e sua relevância como instrumento de constituição de corpus de referência para tradutores. In: Anais. Congresso Nacional de Pesquisa em Tradução e Interpretação de Libras e Língua Portuguesa, 3, 2012.ROJO, Roxane. Gênero do discursos e gêneros textuais: questões teóricas e aplicadas. In: MUER, J.L; BONINI. A; MOTTA-ROTH, D [orgs.] Gêneros teorias, métodos, debates. São Paulo: ParábolasSEGALA, R.R; QUADROS, RM. Tradução intermodal, intersemiótica e interlinguística de textos escritos em português para a libras oral. Cad. Trad., Florianópolis, v.35, n° especial, p.354-386, jul-dez, 2015SILVA, Rodrigo Custódio. Gêneros emergentes em Libras da esfera acadêmica: a prova como foco de análise. 241 p. Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Linguística, Florianópolis, 2019KOZINETS, Robert. V. Netnografia: Realizando pesquisa etnográfica online. Porto Alegre: Penso, 2014.FERNANDES, S; MEDEIROS. J.R. Contribuições ao letramento acadêmico de estudantes surdos no ensino superior. CADERNO ABRALIN EM CENA. Maceio-AL, 2016.FERNANDES, S. MEDEIROS. J.R. Tradução de libras no ensino superior: contribuições ao letramento acadêmico de estudantes surdos na Universidade Federal do Paraná. Revista Arqueiro. Instituto Nacional de Educação de Surdos. Rio de Janeiro, JAN/JUN 2017.FERNANDES, S. MEDEIROS. J.R. Libras e arte: manifestações verbovisuais de artefatos culturais da comunidade surda. REVISTA ESPAÇO. Instituto Nacional de Educação de Surdos.  Rio de Janeiro, 2020 (no prelo). FERNANDES, S; MEDEIROS. J,R. SANTOS. R.L. Tradução em videolibras: uma contribuição para a inclusão de estudantes surdos do ensino superior.  In: LEITE.L.P; MARTINS.S.E.S e VILLELA.L.M Recursos de acessibilidade aplicados ao ensino superior.  (org.). 2 ed. São Paulo: Cultura Acadêmica, SP, 2017  


2021 ◽  
Author(s):  
Agustina Calatayud ◽  
Santiago Sánchez González ◽  
Felipe Bedoya Maya ◽  
Francisca Giraldez ◽  
José María Márquez

Este documento presenta el primer análisis exhaustivo para la región acerca las características y costos de la congestión urbana en América Latina y el Caribe, con resultados para las áreas metropolitanas de Bogotá (Colombia), Buenos Aires (Argentina), Ciudad de México (México), Lima (Perú), Montevideo (Uruguay), Río de Janeiro (Brasil), San Salvador (El Salvador), Santiago (Chile), Santo Domingo (República Dominicana) y Sao Paulo (Brasil). Utiliza big data y ciencia de datos para elucidar la dinámica de la congestión en cada ciudad y sus costos directos e indirectos para la sociedad. Con el fin de mitigar estos impactos, el documento reúne cinco grupos de medidas de política pública: (i) instrumentos de gestión de tráfico; (ii) políticas que restringen el uso del vehículo particular; (iii) políticas que promueven el uso del transporte público, el transporte activo y el transporte compartido; (iv) planificación integrada de la movilidad y el uso del suelo; y (v) políticas para la gestión de la logística urbana. Concluye con recomendaciones sobre las medidas más adecuadas y la secuenciación de las mismas para reducir la congestión en las grandes ciudades y las megaciudades de la región.


2019 ◽  
Vol 12 (1) ◽  
pp. 45-60
Author(s):  
Junot Cornélio Matos

Resumo: O texto foca na questão da educação em sua interface com a filosofia visando a indagar sobre a dialogicidade fundamental aos processos educativos. Inicia propondo um contexto de fala para, em seguida, discutir dimensões antropológicas a serem consideradas na educação. Para tanto, convida Paulo Freire para o debate discutindo suas concepções de homem e mundo problematizando a categoria diálogo em seu pensamento. Finalmente, aborda a questão da filosofia e seu ensino vislumbrando o cenário do filosofar em sala de aula. Palavras-chave: Filosofia. Diálogo. Antropologia.   Abstract: The text focuses on the matter of education in its interface with philosophy, aiming at an inquiry on the dialogicity fundamental to educational processes. It starts from a context of speech in order to, thereafter, discuss anthropological dimensions to be considered in education. For this purpose, it invites Paulo Freire to join the dialogue by discussing his conceptions of man and world and problematizing the dialogue category in his thought. Finally, it approaches the question of philosophy and its teaching with a glimpse of the scenario of philosophizing in classroom. Keywords: Philosophy. Dialogue. Anthropology.   REFERÊNCIAS ALVES, Nilda (org.). Formação de professores: pensar e fazer. 7 ed. São Paulo: Cortez, 2006. BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1988. CALDART, R. S. Ser educador do povo do campo. In: KOLLING, E. J.; CERIOLI, P. R.; CALDART, R. S. (Org.). Educação do campo: identidade e políticas públicas. 2. ed. Brasília: UnB, 2002. v. 4. 136 p. (Educação do Campo). CHAUÍ, Marilena. O que é Ideologia. Editora Brasiliense, 1984. FARACO, Carlos Alberto. Linguagem e diálogo: as ideias linguísticas do círculo de Bakhtin. Curitiba: Criar Edições, 2006. FREIRE, P. A importância do ato de ler. São Paulo: Cortez, 2006a. FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2006b. FREIRE, P. Extensão ou comunicação? Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977 FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1987. FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005. FREIRE, P. Conscientização: teoria e prática da libertação. São Paulo: Cortez, 1979. FREIRE, P.; SHOR, Ira. Medo e Ousadia. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986. FREITAG, Barbara. O indivíduo em formação: diálogos interdisciplinares sobre educação. 3ª Ed. São Paulo: Cortez, 2001. FRIGOTTTO, Gaudêncio. Novos desafios para a formação de professores. Boletim Informativo do Núcleo de Desenvolvimento e Promoção Humana, ano II, nº 12, Niterói. GADOTTI, M. Perspectivas atuais da educação. Porto Alegre: Artmed, 2000. JAEGER, W. Paidéia: a formação do homem grego. São Paulo: Martins Fontes, 1989. MATOS, Junot Cornélio; SILVA, Shalimar Gonçalves. Linguagem e Diálogos de fronteira. Recife: Fundação Antônio dos Santos Abranches, 2009. MATOS, Junot Cornélio. Em toda parte e em nenhum lugar: a formação pedagógica do professor de filosofia. Recife: FASA, 2005. MATOS, Junot Cornélio. Sobre a belezura do pensar certo. In: LIMA, Mª N.S dos Santos; ROSAS, Argentina (org.). Paulo Freire - quando as ideias e os afetos se cruzam. Recife: Editora UFPE, 2001, p. 71-94. MENESES, Paulo. Ética, Economia e Educação. Síntese Nova Fase. V. 24 Nº 77. Belo Horizonte/MG, (1997): 261-270. OLIVEIRA, P. C. Conscientização e liberdade na filosofia da educação de Paulo Freire. Tese de Doutorado não publicada, Pontificiam Universitatem S. Thomae, Roma, 2002. OLIVEIRA, Paulo Cesar; CARVALHO, Patrícia. A intencionalidade da consciência no processo educativo segundo Paulo Freire. Paidéia, 2007, 17(37), 219-230. Disponível em: www.cielo.br/paideia Acesso:14 de abril de 2013. SAVIANI, Dermeval/DUARTE, Newton. A formação humana na perspectiva histórico-ontológica. Revista Brasileira de Educação. v. 15 n. 45. Rio de Janeiro. set./dez. 2010. SEVERINO, Antonio Joaquim. Desafios da formação humana no mundo contemporâneo. Revista de Educação PUC-Campinas, Campinas, n.29, p.153-164, jul./dez., 2010. VAZ, Henrique C. de Lima. Antropologia Filosófica, tomo I. São Paulo: Editora Loyola, 1991.


2019 ◽  
Vol 11 (3) ◽  
pp. 139-155
Author(s):  
Marta Maria Aragão Maciel

Resumo: O presente texto objetiva uma abordagem, no interior do pensamento de Ernst Bloch (1885/1977), acerca da relação entre marxismo e utopia: um vínculo incomum no interior do marxismo, comumente tido numa oposição inconciliável. Daí a apropriação do termo “herético” em referência ao marxismo do autor alemão: a expressão é usada não em sentido pejorativo, mas apenas para situar seu distanciamento do marxismo vulgar, bem como sua intenção de crítica radical dessa tradição. Aqui entendemos que é, em particular, por meio da relação entre marxismo e utopia que o pensamento de Ernst Bloch aparece como um projeto inelutavelmente político com vistas a uma filosofia da práxis concreta na principal obra do autor: O Princípio esperança (Das Prinzip Hoffnung) [1954/1959]. Neste livro encontramos, com efeito, a tentativa de pensar a atualidade do marxismo para o contexto do século XX, a era das catástrofes, conforme definição do historiador Eric Hobsbawm. Palavras-chave: Marxismo. Utopia. Dialética. Crítica social. Cultura.  Abstract: This paper presents an approach within the thinking of Ernst Bloch (1885/1977) about the relation between Marxism and Utopia: an unusual link within Marxism, commonly held in an irreconcilable opposition. Hence the appropriation of the term "heretical" in reference to the German author's Marxism: the expression is used not in a pejorative sense, but only to situate its distancing from vulgar Marxism, as well as its intention of a radical critique of this tradition. Here we understand that it is particularly through the relationship between Marxism and Utopia that Ernst Bloch's thought appears as an ineluctably political project with a view to a philosophy of concrete praxis in the principal work of the author: The Principle Hope (Das Prinzip Hoffnung) [1954/1959]. In this book we find, in effect, the attempt to think the actuality of Marxism in the context of the age of catastrophe - as defined by Eric Hobsbawm - that is, the long twentieth century that experienced the extreme barbarism of the concentration camp, of which the thinker in question, Jewish and Communist, managed to escape.  Keywords: Marxism. Utopia. Dialectics. Social criticismo. Culture. REFERÊNCIAS   ALBORNOZ, Suzana. O enigma da Esperança: Ernst Bloch e as margens da história do espírito. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995.   ALBORNOZ, Suzana. Ética e utopia: ensaio sobre Ernst Bloch. 2ª edição. Porto Alegre: Movimento; Santa Cruz do Sul: EdUSC, 2006.  BICCA, Luiz. Marxismo e liberdade. São Paulo: Loyola, 1987.  BLOCH, Ernst. Filosofia del Rinascimento. Trad. it. de Gabriella Bonacchi e Katia Tannenbaum. Bologna: il Mulino, 1981.     BLOCH, Ernst. Héritage de ce temps. Trad. Jean Lacoste. Paris: Payot, 1978.  BLOCH, Ernst. O Princípio Esperança [1954-1959]. Vol. I.  Trad. br. Nélio Schneider. Rio de Janeiro: EdUERJ; Contraponto, 2005.   BLOCH, Ernst. O Princípio Esperança [1954-1959]. Vol. II. Trad. br. Werner Fuchs. Rio de Janeiro: EdUERJ; Contraponto, 2006.   BLOCH, Ernst. O Princípio Esperança [1954-1959]. Vol. III. Trad. br. Nélio Schneider. Rio de Janeiro: EdUERJ; Contraponto, 2006.  BLOCH, Ernst. Du rêve à l’utopie: Entretiens philosophiques. Textos escolhidos e prefaciados por Arno Münster. Paris: Hermann, 2016.  BLOCH, Ernst. Thomas Münzer, Teólogo da Revolução [1963]. Trad. br. Vamireh Chacon e Celeste Aída Galeão. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1973.  BLOCH, Ernst. L’esprit de l’utopie, [1918-1023]. Trad. fr. de Anne Marie Lang e Catherine Tiron-Audard. Paris: Gallimard, 1977.  BLOCH, Ernst. El pensamiento de Hegel. Trad. esp. de Wenceslao Roces. Mexico; Buenos Aires: Fondo de Cultura Economica, 1963.   BOURETZ, Pierre. Testemunhas do futuro: filosofia e messianismo. Trad. J. Guinsburg. São Paulo: Perspectiva, 2011, p. 690.  FREUD, Sigmund. Los sueños [1900-1901]. Trad. Luis Lopez-Ballesteros et al., Madrid: Biblioteca Nueva, 1981.  FREUD, Sigmund. A Interpretação dos sonhos. Vol. I. Trad. Jayme Salomão. Rio de Janeiro: Imago, 2006.  HORKHEIMER, Max. Filosofia e teoria crítica. In: Textos escolhidos. Trad. de José Lino Grünnewald. São Paulo: Abril Cultural, 1980, p. 155 (Coleção Os Pensadores.). MÜNSTER, Arno. Ernst Bloch: filosofia da práxis e utopia concreta. São Paulo: UNESP, 1993.     MÜNSTER, Arno. Utopia, Messianismo e Apocalipse nas primeiras de Ernst Bloch. Trad. br. de Flávio Beno Siebeneichler. São Paulo: UNESP, 1997.  PIRON-AUDARD, Catherine. Anthropologie marxiste et psychanalyse selon Ernst Bloch. In: RAULET, Gérard (org.). Utopie-marxisme selon Ernst Bloch: un système de l'inconstructible. Payot: Paris, 1976. VIEIRA, Antonio Rufino. Princípio esperança e a “herança intacta do marxismo” em Ernst Bloch. In: Anais do 5° Coloquio Internacional Marx-Engels. Campinas: CEMARX/Unicamp. Disponível em: <www.unicamp.br / cemarx_v_coloquio_arquivos_arquivos /comunicacoes/gt1/sessao6/Antonio_Rufi no.pdf>.  VIEIRA, Antonio Rufino. Marxismo e libertação: estudos sobre Ernst Bloch e Enrique Dussel. São Leopoldo: Nova Harmonia, 2010.  RAULET, Gérard (Organizador). Utopie - marxisme selon Ernst Bloch: un sistème de l’inconstructible. Paris: Payot, 1976.  ZECCHI, Stefano. Ernest Bloch: Utopia y Esperanza en el Comunismo [1974]. Trad. esp. de Enric Pérez Nadal, Barcellona: Península, 1978.  


2018 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
pp. 9-31
Author(s):  
Arivaldo Sezyshta

Resumo: Este artigo tem por objeto apresentar a Filosofia Política Crítica da Libertação em Enrique Dussel, analisando sua gênese e evolução e mostrando a influência decisiva da filosofia da práxis de Karl Marx para esse pensamento, em especial a partir do conceito de exterioridade, entendida como sendo o âmbito onde o outro se revela, onde permanece livre em seu ser distinto. A exterioridade, precisamente, é tida pela Filosofia da Libertação como a categoria principal do legado marxiano e pressuposto teórico fundamental, que viabiliza o discurso de Dussel, sobretudo na opção radical pela vítima, marca de seu pensamento filosófico. Mediante isso, aqui se assume a tese de que há em Dussel uma parcialidade pela vítima: seu pensamento está construído, propositalmente, em favor da vítima. O esforço deste trabalho é o de mostrar que a opção pela vítima será o fio condutor de todo seu pensar, o que cobra da Filosofia da Libertação uma pretensão crítica de pensamento, fazendo com que o labor filosófico seja desafiado e provocado pela necessidade real de auxiliar a vítima, exigência do povo latino-americano em seu caminho de libertação. Em termos de resultado, para além da importância atual do pensamento marxiano para a compreensão da realidade e a crítica ao capitalismo, ressalta-se a relevância teórico-prática do pensamento dusseliano para a Filosofia Política como um todo, pelas suas contribuições no cenário contemporâneo, pela coragem em apontar em direção a outra sociedade, trans-moderna e transcapitalista, já em curso nas práticas coletivas de Bem Viver.Palavras-chaves: Filosofia. Libertação. Enrique Dussel. Bem Viver. Abstract: This article aims to present the Critical Political Philosophy of Liberation in Enrique Dussel, analysing its genesis and evolution and showing the decisive influence of Karl Marx’s philosophy to his thought. Especially from his concept of exteriority, understood as being the space where the other reveals itself, where it remains free in its distinct being. The Externality, precisely, is considered by the Philosophy of Liberation as the main category of the Marxian legacy. It is the fundamental theoretical presupposition, which makes Dussel's speech possible, mainly in the radical choice for the victim, the hallmark of his philosophical thought. Hereby the assumption is made that there is in Dussel a partiality for the victim: his thought is purposely constructed in favour of the victim. The effort of this work is to show that the option for the victim will be the guiding thread of all his thinking, which demands from the Philosophy of Liberation a critical pretension of thought. Thus, causing the philosophical work to be challenged and provoked by the real need to help the victim, the demand of the Latin American people in their way of liberation. In addition to the current importance of Marxian thought for the understanding of reality and the critique of capitalism, the theoreticalpractical relevance of Dusselian thought for Political Philosophy as a whole is emphasized by its contributions in the contemporary scenario, by the courage to point towards another society, trans-modern and transcapitalist, already under way in the collective practices of Well Living.Keywords: Philosophy. Release. Enrique Dussel. Well living. REFERÊNCIAS   ACOSTA, Alberto. O Bem Viver: uma oportunidade para imaginar outros mundos. São Paulo: Autonomia Literária, 2016.ARGOTE, Gérman Marquínez. Ensayo Preliminar y Bibliografia. In: DUSSEL, Enrique. Filosofia de la liberación latinoamericana. Bogotá: Nueva América, 1979.BOULAGA, Eboussi. La crise Du Muntu: authenticité africaine Et philosophie. Paris: Présence Africaine, 1977.CALDERA, Alejandro Serrano. Filosofia e crise: pela filosofia latinoamericana. Petrópolis: Vozes, 1984.CAIO, José Sotero. Manifesto-Declaração do Rio de Janeiro/1993. In: PIRES, Cecília Pinto (Org.) Vozes silenciadas: ensaios de ética e filosofia política. Ijuí: Editora Inijuí, 2003, p.263-271.CASALLA, Mario Carlos. Razón y liberación: notas para una filosofia latinoamericana. Buenos Aires: Siglo XXI, 1973.DUSSEL, Enrique. Filosofia da libertação - na América Latina. São Paulo: Loyola, 1977._______. Filosofia de la Liberación Latinoamericana. Bogotá: Nueva América, 1979._______. Para uma ética da libertação latino-americana III: eticidade e moralidade. São Paulo: Loyola, 1982._______. Filosofía de la producción. Bogotá: Editorial Nueva América, 1984._______. Ética comunitária. Madrid, Ediciones Paulinas, 1986._______. Introdución a la filosofía de la liberación. Bogotá: Nueva América, 1988._______. 1492 – O encobrimento do Outro: a origem do mito da modernidade. Petrópolis: Vozes, 1993. _______. Filosofia da libertação: crítica à ideologia da exclusão. São Paulo: Paulus, 1995._______. Filosofía de la Liberación. Bogotá: Editorial Nueva América, 1996._______. Ética da libertação na idade da globalização e da exclusão. Petrópolis: Vozes, 2000. _______. Hacia una filosofia política crítica. Bilbao: Desclée, 2001._______. 20 teses de política. São Paulo: Expressão Popular, 2007.FANÓN, Franz. Os condenados da terra. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1979.FLORES, Alberto Vivar. Antropologia da libertação latino-americana. São Paulo: Paulinas, 1991.FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1974 GULDBERG, Horacio C. Filosofía de la liberación latinoamericana. México: Fondo de Cultura Económica, 1983.IFIL. Livre Filosofar: Boletim Informativo do Ifil, Ano IX, No.18, 1988.LAS CASAS, Bartolomé de. O Paraíso perdido: Brevíssima relação da destruição das Índias. Trad.: Heraldo Barbuy. 6 ed. Porto Alegre: L&PM, 1996.LATOUCHE, Serge. Pequeno tratado do decrescimento sereno. São Paulo: Martins Fontes, 2009.LÖWY, Michael. Ecologia e Socialismo. São Paulo: Cortez, 2005.MARTI, José. Política de  nuestra América. México: Siglo XXI, 1987.SEZYSHTA, Arivaldo José e et al. Por uma terra sem males: seminário de formação para educadores e educadoras. Recife: Dom Bosco, 2003.ZEA, Leopoldo. Dependencia y liberación en la cultura Latinoamericana. México: Joaquín Mortiz, 1974.ZIMMERMANN, Roque. América Latina o não ser: uma abordagem filosófica a partir de Enrique Dussel (1962-1976). Petrópolis: Vozes: Petrópolis, 1987.


2007 ◽  
Vol 56 (2) ◽  
pp. 94-101 ◽  
Author(s):  
Marcelo Gomes ◽  
André Palmini ◽  
Fabio Barbirato ◽  
Luis Augusto Rohde ◽  
Paulo Mattos

OBJETIVO: Verificar o conhecimento da população sobre o transtorno do déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) e de médicos, psicólogos e educadores sobre aspectos clínicos do transtorno. MÉTODOS: 2.117 indivíduos com idade > 16 anos, 500 educadores, 405 médicos (128 clínicos gerais, 45 neurologistas, 30 neuropediatras, 72 pediatras, 130 psiquiatras) e 100 psicólogos foram entrevistados pelo Instituto Datafolha. A amostra da população foi estratificada por região geográfica, com controle de cotas de sexo e idade. A abordagem foi pessoal. Para os profissionais (amostra aleatória simples), os dados foram coletados por telefone em Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre. resultados: Na população, > 50% acreditavam que medicação para TDAH causa dependência, que TDAH resulta de pais ausentes, que esporte é melhor do que drogas como tratamento e que é viável o tratamento psicoterápico sem medicamentos. Dos educadores, > 50% acreditavam que TDAH resulta de pais ausentes, que tratamento psicoterápico basta e que os esportes substituem os medicamentos. Entre psicólogos, > 50% acreditavam que o tratamento pode ser somente psicoterápico. Dos médicos, > 50% de pediatras e neurologistas acreditavam que TDAH resulta de pais ausentes. CONCLUSÕES: Todos os grupos relataram crenças não respaldadas cientificamente, que podem contribuir para diagnóstico e tratamento inadequados. É urgente capacitar profissionais e estabelecer um programa de informação sobre TDAH para pais e escolas.


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