IPOTESI – REVISTA DE ESTUDOS LITERÁRIOS
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Published By Universidade Federal De Juiz De Fora

1982-0836, 1415-2525

2019 ◽  
Vol 23 (2) ◽  
pp. 187-197
Author(s):  
Edmon Neto de Oliveira ◽  
Rosangela Machado Pereira Malvaccini

Este artigo tem por objetivo transitar pela obra poética do escritor brasileiro Alberto Pucheu, levantando um perfil de escrita que se manifesta desde as suas primeiras publicações até as mais recentes, como a que consta do poema “É preciso aprender a ficar submerso”, analisado a partir de abordagem cujo foco se concentra na relação entre literatura e imagem, sendo o vídeo produzido pela artista Danielle Fonseca (2015) o objeto de comparação, além da abordagem imanente concentrada nos aspectos internos ao texto.  Palavras-chave: Poesia. Imagem. Pensamento. Intermidialidade. Alberto Pucheu. Referências AGAMBEN, Giorgio. Estâncias: a palavra e o fantasma na cultura ocidental. Tradução Selvino José Assmann. Belo Horizonte: UFMG, 2007. BAUDRILLARD, Jean. Simulacros e simulação. Tradução Maria João da Costa. Lisboa: Relógio d’Agua, 1991. BOURRIAUD, Nicolas. Pós-produção: como a arte reprograma o mundo contemporâneo. São Paulo: Martins Fontes, 2009. CARLOS, Erasmo. Meus lados B. Produção André Midani, CD/DVD/Blu-Ray, Coqueiro Verde, 2015. CICERO, Antônio. Poesia e filosofia. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 2012. CORTEZ, Clarice Zamonaro; RODRIGUES, Hermes Rodrigues. Operadores de leitura da poesia. In: BONICI, Thomas; ZOLIN, Lúcia Osana (orgs.) Teoria literária: abordagens históricas e tendências contemporâneas. 4 ed. Maringá: Eduem, 2019. p. 63-84. COSTA, Gal. Divino maravilhoso. Produção Manoel Barenbein, CD, 39’28”, Philips, 1969. FONSECA, Danielle. É preciso aprender a ficar submerso. Out. 2015. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=jGwY2daOJGs. Acesso em: 24 maio 2019. KLINGER, Diana. Poesia, documento, autoria. Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, Brasília, n. 55, set./dez. 2018. p. 17-33. MONTEIRO, André. É preciso aprender a ficar (in)disciplinado. Disponível em: http://www.albertopucheu.com.br/pdf/ensaios/eprecisoaprenderaficarindisciplinado_andremonteiro.pdf. Acesso em: 21 maio 2019. MONTEIRO, André; NETO, Edmon. Poesia e prosa porosas: um manifesto de Alberto Pucheu em favor da criação. Signótica, Goiânia, v. 29, n. 1, p. 242-258, 2017. NIETZSCHE, Friedrich W. Das três metamorfoses. In: ______. Assim falou Zaratustra: um livro para todos e para ninguém. Tradução Mário da Silva. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010. p. 51-53. OLIVEIRA, Edmon Neto de. Em busca de um paradigma para a relação entre o surfista e o piloto do surfista ou Tradução monstruosa de um arranjo de Alberto Pucheu. Fórum de literatura brasileira contemporânea, Rio de Janeiro, v. 10, p. 133-156, 2018. PESSOA, Fernando. Navegar é preciso. In: ______. Fernando Pessoa: poesias. Porto Alegre: L&PM Pocket, 1997. p. 13. PUCHEU, Alberto. A fronteira desguarnecida (Poesia reunida 1993-2007). Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2007. ______. É preciso aprender a ficar submerso. In: ______. Mais cotidiano que o cotidiano. Rio de Janeiro: Azougue, 2013. p. 11-12. ______. Giorgio Agamben: poesia, filosofia, crítica. Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2010. ______. O dia em que Gottfried Benn pegou onda. Floema: caderno de teoria e história literária, Vitória da Conquista, n. 8, p. 107, out. 2017. SARTRE, Jean-Paul. A imaginação. Porto Alegre: L&PM, 2008. TODOROV, Tzvetan. A literatura em perigo. Tradução Caio Meira. Rio de Janeiro: DIFEL, 2009. VILLA-FORTE, Leonardo. Escrever sem escrever: literatura e apropriação no século XXI. Rio de Janeiro: PUC-Rio; Belo Horizonte: Relicário, 2019.


2019 ◽  
Vol 23 (2) ◽  
pp. 198-208
Author(s):  
Barbara Barros Gonçalves Pereira Nolasco ◽  
Moema Rodrigues Brandão Mendes

Este trabalho faz parte de uma série de investigações realizadas acerca do escritor mineiro Mário Matos. Nesta busca mais diligente, estão sendo realizados levantamentos de seus textos publicados em diversos periódicos, desde os primeiros escritos até os que foram produzidos e localizados meses antes de sua morte. O presente artigo, contudo, pretende evidenciar a atuação jornalístico-literária desse autor na Alterosa, antiga revista de grande visibilidade no contexto de Minas Gerais, bem como trazer ao leitor uma apresentação geral da vida literária de Mário Matos. Palavras-chave: Mário Matos. Alterosa. Literatura mineira. Imprensa mineira. Memória. Referências A COMEMORAÇÃO do 6.º aniversa’rio de “Alterosa”. Alterosa, Belo Horizonte, ano VII, n. 65, p. 120, 134, 136, set. 1945.        ALENCAR, Gilberto de. Um “novo” de valor. O Pharol, Juiz de Fora, ano XLVII, n. 307, p. 1, 27 dez. 1912.            ALTEROSA. Alterosa, Belo Horizonte, ano V, n. 39, p. 1, jul. 1943.        ALTEROSA. Alterosa, Belo Horizonte, ano VI, n. 49, p. 1, maio 1944.    ALTEROSA. Alterosa, Belo Horizonte, ano XV, n. 169, p. 96, 01 set. 1953.       ALTEROSA em nova fase. Alterosa, Belo Horizonte, ano XXII, n. 329, p. 1, maio 1960. ANDRADE, Carlos Drummond de. Imagem de escritor mineiro. Correio da Manhã, Rio de Janeiro, ano LXVI, n. 22.619, 1º caderno, p. 6, 30 dez. 1966.         CHAVES, Hermenegildo. Uma alma simples de artista. Alterosa, Belo Horizonte, ano VII, n. 65, p. 142,147, set. 1945.   DANTAS, Paulo. Qual o seu candidato? Alterosa, Belo Horizonte, ano VII, n. 65, p. 92-94, set. 1945. DUARTE, Constância Lima (org.). Dicionário bibliográfico de escritores mineiros. Belo Horizonte: Autêntica, 2010. FECHAMENTO de “Alterosa” decidido pela direção em face do aumento do papel. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, ano LXXIV, n. 305, 1º caderno, p. 16, 27-28 dez. 1964. JURISPRUDÊNCIA MINEIRA. Desembargador Mário Gonçalves de Matos: nota biográfica. Belo Horizonte, a. 53, n. 162, p. 3-5, out.-dez. 2002.  MÁRIO Matos: nota biográfica. Suplemento Literário do Minas Gerais, Belo Horizonte, ano II, n. 70, p. 2, 30 dez. 1967.   MATOS, Mário Gonçalves de. Dicionário da elite política republicana (1889-1930). FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/CPDOC. Disponível em: <https://cpdoc.fgv.br/dicionario-primeira-republica/5>. Acesso em: 01 abr. 2019. MATOS, Mário. Caçada de onça. Bello Horizonte, Belo Horizonte, n. 101, fev. 1939. Não paginado.   ______. Machado de Assis: o homem e a obra – Os personagens explicam o autor. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1939 (Coleção Brasiliana, 5ª série da Biblioteca Pedagógica Brasileira, vol. 153). 454 p.         ______. O personagem persegue o autor. Rio de Janeiro: “O Cruzeiro”, 1945. 357 p.      ______. Os mortos governam os vivos. Alterosa, Belo Horizonte, ano VII, n. 67, p. 39, nov. 1945. ______. Palavra da musa antiga. Alterosa, Belo Horizonte, ano VII, n. 68, p. 1, dez. 1945. ______. Interpretação do Natal. Alterosa, Belo Horizonte, ano [VIII], n. 68, p. 39,119, dez. 1945. ______. Chico Mendonça, a mulher e o “Balão”. Alterosa, Belo Horizonte, ano VIII, n. 69, p. 39, jan. 1946.    ______. Centenário poético. Alterosa, Belo Horizonte, ano VII, n. 70, p. 39, fev. 1946.  ______. A vida é assim. Alterosa, Belo Horizonte, ano VIII, n. 71, p. 39, mar. 1946.       ______. Soldado Clementino. O Jornal, Rio de Janeiro, ano XXVIII, n. 8.158, 4ª seção (Revista), p. 1,7, 01 dez. 1946. ______. Casa das três meninas. Belo Horizonte: Movimento Editorial Panorama, 1949. 254 p.  ______. Caçada da onça. Alterosa, Belo Horizonte, ano XVI, n. 206, p. 36-39,90, 15 mar. 1955.           MATTOS, Mário. Último bandeirante. Belo Horizonte: Os Amigos do Livro, 1935. 174 p. MOREIRA, Vivaldi. Figuras, tempos, formas. Belo Horizonte: MP, 1966. NOTAS & Novas. O Pharol, Juiz de Fora, ano XLIX, n. 45, p. 1, 22 fev. 1914. O PARLAMENTO mineiro. O Jornal, Rio de Janeiro, ano V, n. 1.397, p. 11, 29 jul. 1923.        OLAVO, Alberto. Último canto da tarde. Belo Horizonte: Os Amigos do Livro, 1938. 224 p.    ______. A poesia abandonou o verso. Alterosa, Belo Horizonte, ano V, n. 40, p. 18,19,146, ago. 1943. ______. Mês de Maria. Alterosa, Belo Horizonte, ano VI, n. 49, p. 41, maio 1944. ______. Soldado Clementino. Alterosa, Belo Horizonte, ano VII, n. 65, p. 39, set. 1945.            ______. O consul Eça de Queiroz. Alterosa, Belo Horizonte, ano VII, n. 66, p. 37, out. 1945.    ______. O exemplo de Judas. Alterosa, Belo Horizonte, ano VIII, n. 72, p. 39,129, abr. 1946.   ______. Maio, mês da rosa e do sonho. Alterosa, Belo Horizonte, ano VIII, n. 73, p. 41, maio 1946. ______. Adeus, meu lar. Alterosa, Belo Horizonte, ano VIII, n. 74, p. 41, jun. 1946. ______. Vitória de princípios. Alterosa, Belo Horizonte, ano VIII, n. 76, p. 33,70, ago. 1946.    ______. Eis a primavera. Alterosa, Belo Horizonte, ano VIII, n. 77, p. 33, set. 1946.       ______. Sorvete, Iáiá. Alterosa, Belo Horizonte, ano VIII, n. 79, p. 33, nov. 1946.          ______. Eterno sonêto de Natal. Alterosa, Belo Horizonte, ano VIII, n. 80, p. 41, p. 41, dez. 1946.       ______. Casamento por anedota. Alterosa, Belo Horizonte, ano IX, n. 81, p. 33, jan. 1947.        ______. Interpretação do carnaval. Alterosa, Belo Horizonte, ano IX, n. 82, p. 33,46, fev. 1947.            OLAVO, Alberto. O ridículo na poesia. Alterosa, Belo Horizonte, ano IX, n. 84, p. 33,57, abr. 1947.    ______. Uma questão de dinheiro. Alterosa, Belo Horizonte, ano XI, n. 105, p. 33,73, jan. 1949.           UMA GRANDE aquisição para o quadro de colaboradores permanentes de Alterosa. Alterosa, Belo Horizonte, ano V, n. 40, p. 114, ago. 1943.


2019 ◽  
Vol 23 (2) ◽  
pp. 159-169
Author(s):  
Fernanda Roberta Rodrigues Queiroz ◽  
Thales Nascimento Buzan

Este artigo tem como finalidade abordar questões relacionadas à autoria feminina na Literatura Infantil, como a trajetória histórica dessa escrita, a abertura para debates, a desconstrução de estereótipos, a escrita feminina infantil do século XIX e a literatura infantil escrita por mulheres negras. Buscamos abordar, nesse contexto, a representação social da mulher e os caminhos para a escrita infantil junto com uma bagagem ideológica que proporcionou uma grande mudança desse campo literário. Palavras-chave: Literatura Infantil. Autoria feminina. Gênero. Raça. Referências AVANCI, Patrícia. Retratos da mulher na literatura infantil: desigualdades de gênero em uma pré-escola. Monografia (Pedagogia) - Universidade Estadual de Campinas, Campinas, São Paulo, 2004. DUARTE, Cônstancia L. Nísia Floresta. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Massangana, 2010. Disponível em: www.dominiopublico.com.br. Acesso em: 16 maio 2019. hooks, bell. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2013. HUNT, Peter. Crítica, teoria e literatura infantil. São Paulo: Cosac Naify, 2010. LAJOLO, M.; ZILBERMAN, R. Literatura infantil brasileira: história e histórias. 2. ed. São Paulo: Ática, 1985. LOURO, Guacira Lopes. Gênero e sexualidade: pedagogias contemporâneas. Pro-Posições, Campinas, v. 19, n. 2, maio/ago. 2008. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/pp/v19n2/a03v19n2.pdf. Acesso em: 24 abr. 2019. MENDONÇA, Simone Cristina. Mulheres e educação no Brasil do Século XIX. Polifonia, Cuiabá, v. 21, n. 30, p. 228-241, jul-dez, 2014. OLIVEIRA, Alaíde Lisboa de. A bonequinha preta. São Paulo: Lê,1938. PINTO, Neusa Baptista. Cabelo ruim?: a história de três meninas aprendendo a se aceitar. Cuiabá: Tanta Tinta, 2007. SANTOS, A. do N. Pátria, nação, povo brasileiro na produção didática de Manoel Bonfim e Olavo Bilac: Livro de leitura (1899) e Atravez do Brasil (1910). São Paulo, 2010. 122f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Pontifícia Universidade Católica, São Paulo, 2010. SANTOS, Salete Rosa Pezzi dos. Literatura infantil e gênero: subjetividade e autoconhecimento. Conjectura, Caxias do Sul, v. 14, n. 2, jul./dez. 2009. Disponível em: http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/conjectura/article/view/21. Acesso em: 18 abr. 2019. SANTOS, Shirlene Almeida dos. Do silêncio à caneta: a escrita da mulher negra na literatura negro-brasileira. Dissertação (Mestrado em Letras) - Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2016. SCHMIDT, Aline Van Der. Entre, coelhos, tranças e guerras: dilemas contemporâneos na literatura infantil de Angola de Ondjaki. Dissertação (Mestrado em Letras) - Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2014. SHOWALTER, Elaine. A crítica feminista no território selvagem. In: HOLLANDA, Heloísa Buarque de (org.). Tendências e impasses: o feminismo como crítica da cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994. p. 23-57. SOARES, Lívia Maria Rosa; CARVALHO, Diógenes Buenos Aires. A representação da menina e da mulher no conto de fadas moderno: novos destinos em “Além do bastidor” e “A moça tecelã” de Marina Colasanti. Teresina: Signo, 2014. TATAR, Maria. Introdução. In: ______. Contos de fadas: edição comentada e ilustrada. Tradução Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004. TELES, N. Escritoras, escritas, escrituras. In: PRIORE, Mary Del (org.). História das mulheres no Brasil. 9. ed. São Paulo: Contexto, 2008. p. 401-442. TENKA, Lia Zatz. Preta pretinha. São Paulo: Biruta, 2007. ZILBERMAN, Regina (org.). A produção cultural para a criança. 4. ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1990. (Novas Perspectivas, 3).


2019 ◽  
Vol 23 (2) ◽  
pp. 119-125
Author(s):  
Juliana Cristina Costa ◽  
Marcos Vinícius Ferreira de Oliveira

A partir das considerações feitas por Walter Benjamin acerca do narrador moderno e no que constitui uma boa narrativa, este artigo busca analisar como a narradora de Insubmissas lágrimas de mulheres (2011), de Conceição Evaristo, é representada. Através de uma análise panorâmica dos contos que constituem a obra, é possível perceber que a construção narrativa se dá pelo entrecruzamento do real com o ficcional e a narradora se coloca como uma ouvinte de histórias que buscam evidenciar as experiências de mulheres a qual se identifica. Palavras-chave: Walter Benjamin. Literatura negra brasileira. Narrativa. Referências ADORNO, Theodor W. Notas de literatura. Tradução Jorge de Almeida. São Paulo: 34, 2012. AUDRE, Lorde. Transformação do silêncio em linguagem em ação. Disponível em http://www.geledes.org.br/a-transformacao-do-silencio-em-linguagem-e- acao/#gs.8EBVThc. Acesso em: 03 fev. 2017. BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense, 2012. EVARISTO, Conceição. Insubmissas lágrimas de mulheres. Belo Horizonte: Nandyala, 2011. ______. Gênero e etnia: uma escre(vivência) de dupla face – mesa de escritoras convidadas do X Seminário Nacional Mulher e Literatura, I Seminário Internacional  Mulher e Literatura/UFB, 2003. HUTCHEON, Linda. Poética do pós-modernismo. Tradução Ricardo Cruz. Rio de Janeiro: Imago, 1991. THOMPSON. John B. Ideologia e cultura moderna: teoria social crítica na era dos meios de comunicação. Petrópolis: Vozes, 1995.


2019 ◽  
Vol 23 (2) ◽  
pp. 140-149
Author(s):  
Evandro Figueiredo Candido ◽  
Suely da Fonseca Quintana

Este artigo tem como objetivo rastrear a presença da resistência feminina diante do controle estabelecido pela ditadura chilena. No caso em questão, temos como centro a figura de Alba, personagem de A casa dos espíritos, da chilena Isabel Allende. Tendo como base o plano da narrativa do romance, destacamos a escrita enquanto um caminho para a sobrevivência de uma memória insurgente; ao mesmo tempo, procuramos nos inserir na discussão acerca da ressignificação da mulher, na segunda metade do século XX. Palavras-chave: Resistência. Sobrevivência. Memória. Isabel Allende. Referências ALLENDE, Isabel. La casa de los espíritus. 7. ed. Buenos Aires: Debolsillo, 2006. BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. Obras escolhidas (v. 1). 7. ed. Tradução Sergio Paulo Rouanet. São Paulo: Brasiliense, 1994. BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2012. CANGI, Ádrian. Imagens do horror. Paixões tristes. In: SELIGMANN-SILVA, Márcio. História, memória, literatura: o testemunho na era das catástrofes. Campinas: Unicamp, 2003. DANIEL, Herbert. Passagem para o próximo sonho. Rio de Janeiro: Codecri, 1982. DIDI-HUBERMAN, Georges. Sobrevivência dos vaga-lumes. Tradução Vera Casa Nova; Márcia Arbex. Belo Horizonte: UFMG, 2011. FRANCO, Renato. Literatura e catástrofe no Brasil: anos 70. In: SELIGMANN-SILVA, Márcio. História, memória, literatura: o testemunho na era das catástrofes. Campinas: Unicamp, 2003. GAGNEBIN, Jeanne Marie. Lembrar, escrever, esquecer. São Paulo: 34, 2006. MACHADO, Ana Maria. Tropical sol da liberdade: a história dos anos de repressão e da juventude brasileira pós-64 na visão de uma mulher. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988. MUÑOZ, Heraldo. A sombra do ditador: memórias políticas do Chile sob Pinochet. Tradução Renato Aguiar. Rio de Janeiro: Zahar, 2010. ROSA, Susel Oliveira da. Mulheres, ditaduras e memórias: não imagine que precise ser triste para ser militante. São Paulo: Intermeios; Fapesp, 2013. SELIGMANN-SILVA, Márcio. Reflexões sobre a memória, a história e o esquecimento. In: SELIGMANN-SILVA, Márcio. História, memória, literatura: o testemunho na era das catástrofes. Campinas: Unicamp, 2003.


2019 ◽  
Vol 23 (2) ◽  
pp. 170-186
Author(s):  
Mariana da Silva Frauches ◽  
Priscila Bastos Giesbrecht ◽  
Adauto Villela

Publicado originalmente com o título “Les problèmes pratiques de la traduction”, sendo do primeiro capítulo da segunda parte do livro La traduction aujourd'hui: le modèle interprétatif, Paris: Lettres Modernes Minar, [1994] 2015, reimpressão da edição de 2006 pela mesma editora. O presente trabalho, inédito em português, traz alguns dos principais conceitos da Teoria Interpretativa da Tradução por meio da análise de exemplos concretos. Conhecida no Brasil principalmente nos programas de formação de intérpretes, a Teoria Interpretativa da Tradução, ou Teoria do Sentido, engloba reflexões úteis e valiosas também para a tradução textual. Os problemas observados pela autora na prática tradutória incluem ausência de desverbalização, transcodificação de palavras e frases, identificação imprecisa de unidades de tradução, bem como a questão da fidelidade, da transferência cultural e da ignorância cultural.


2019 ◽  
Vol 23 (2) ◽  
pp. 150-158
Author(s):  
Nathalia Maynart Cadó ◽  
Maria Eunice Moreira

O presente artigo busca relacionar aspectos presentes no livro Cadernos de infância de Norah Lange com o período histórico no qual foi escrito e que se encontra Buenos Aires no século XX. Será contextualizado que tal período foi muito importante para a nação argentina, pelo impulso modernizador da época, sociedade onde estava inserida Norah Lange e que, anos antes, presenciou e vivenciou quando criança. Percebe-se que, no livro, há fatores históricos implícitos, evidenciados e mostrados por meio deste trabalho. Palavras-chave: Memória. História. Modernidade argentina. Infância. Norah Lange. Referências ASSMAN, A. Espaços de recordação: formas e transformações da memória cultural. Tradução Paulo Soethe. Campinas: Unicamp, 2011. LANGE, N. Cadernos de infância: memórias. Tradução Joana Angélica D`Avila Melo. Rio de Janeiro: Record, 2009. PIZZARRO, A. O sul e os trópicos: ensaios de cultura latino-americana. Tradução Irene Kallina e Liege Rinaldi. Niterói: UFF, 2006. SARLO, B. Tempo passado: cultura da memória e guinada subjetiva. São Paulo: Companhia das Letras; Belo Horizonte: UFMG, 2007, p. 9-44. SARLO, B. Modernidade periférica: Buenos Aires 1920 e 1930. Tradução Júlio Pimentel Pinto. São Paulo: Cosac Naify, 2010.


2019 ◽  
Vol 23 (2) ◽  
pp. 126-139
Author(s):  
Maria Aparecida Barbosa ◽  
João Marcos da Silva

O artigo pretende compreender o impulso de uma prática erótica que se manifesta como criação literária na obra da escritora brasileira Lygia Bojunga. Entende-se que tal prática tange o domínio do corpo. O estudo tem como objeto primeiro o texto de Bojunga, Livro – um encontro, posto em diálogo com as considerações sobre erotismo de Bataille (2017), bem como erotismo na linguagem, que Barthes estuda em O prazer do texto (1987). Palavras-chave: Lygia Bojunga. Erotismo. Criação. Corpo. Referências AGAMBEN, Giorgio. O autor como gesto. In: ______. Profanações. São Paulo: Boitempo, 2007. ANTELO, Raúl. O lugar do erotismo. In: BATAILLE, Georges. O erotismo. Tradução Fernando Scheibe. Belo Horizonte: Autêntica, 2017. BARTHES, Roland. O prazer do texto. São Paulo: Perspectiva, 1987. BATAILLE, Georges. O erotismo. Tradução Fernando Scheibe. Belo Horizonte: Autêntica, 2017. BOJUNGA, Lygia. A casa da madrinha. 18. ed. Rio de Janeiro: Agir, 1999. ______. Livro – um encontro. 6. ed. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2007. ______. A bolsa amarela. 34. ed. 6 ed. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2008. ______. 6 vezes Lucas. 4. ed. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2009. ______. Intramuros. Rio de Janeiro. Casa Lygia Bojunga, 2016. LISPECTOR, Clarice. Felicidade clandestina: contos. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. PESSOA, Fernando. A espantosa realidade das coisas. In: ______. Poemas de Alberto Caeiro. Fernando Pessoa. (Nota explicativa e notas de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) 10. ed. Lisboa: Ática, 1993. Disponível em: http://arquivopessoa.net/textos/3364. Acesso em: 30 maio 2019. TV CULTURA DIGITAL. Lygia Bojunga – Entrelinhas (11/03/2012). 2012. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=9KKob3AWnGk Acesso em: 19 maio 2019.  


2019 ◽  
Vol 23 (2) ◽  
pp. 101-109
Author(s):  
Luana Martins de Arruda ◽  
Luiz Fernando Medeiros de Carvalho

O presente artigo objetiva definir o conceito de subjétil, discutido por Jacques Derrida no livro intitulado Enlouquecer o subjétil (1998), como pressuposto investigativo para se interpretar o pensamento de Antonin Artaud. Com base nesse conceito, pretende-se mostrar o seu funcionamento na análise crítica da obra pictórica de Van Gogh, desenvolvida no livro Van Gogh o suicida da sociedade (2007), escrito por Artaud. Em seguida, interessa, sobretudo, refletir sobre um segundo conceito, o de alteridade, para ler, em poemas da escritora suíço-brasileira Prisca Agustoni, um rastro dessa pertinência conceitual. Palavras-chaves: Subjétil. Alteridade. Prisca Agustoni. Referências AGUSTONI, Prisca. Animal extremo. São Paulo: Patuá, 2017. AGUSTONI, Prisca (Prisca Agustoni). Poemas-quartos. Juiz de Fora, 14 dez. 2018. Disponível em Facebook: priscaagustoni: https://www.facebook.com/profile.php?id=100008277098140. Acesso em: 20 maio 2019. ARTAUD, Antonin. Van Gogh: o suicida da sociedade. Tradução Ferreira Gullar. Rio de Janeiro: José Olympio, 2007. DERRIDA, Jacques; BERGSTEIN, Lena. Enlouquecer o subjétil. Tradução Geraldo Gerson de Souza, revisão técnica de Anamaria Skinner. São Paulo: UNESP, 1998. LÉVINAS, Emmanuel. En découvrant l´existence avec Husserl et Heidegger. Paris: J.Vrin, 1982.


2019 ◽  
Vol 23 (2) ◽  
pp. 88-100
Author(s):  
Maria Aparecida de Fátima Miguel ◽  
Carla Francine da Silva Reis

Este artigo objetiva realizar uma abordagem sobre a produção de Marina Colasanti e a análise do conto “A moça tecelã” apontando na obra os traços do feminismo. Abordaremos o movimento e os momentos cruciais para a conquista dos direitos das mulheres, sobretudo o de usufruir, em igualdade, dos mesmos delegados aos homens. Serão abordadas as fases pelas quais passaram o feminismo, quando então as mulheres lutavam por carga igualitária de trabalho bem como salários equivalentes, além da busca pelo direito ao voto. Em última instância será feita a análise do conto supracitado. Como pressupostos teóricos foram utilizados críticos a citar Jung (1875) Beauvoir (1908), Sartre (1905), Coelho (1922), Oliva (2011), entre outros.  Palavras-chave: Mariana Colasanti. Literatura de Autoria Feminina. Interdiscursividade. A moça tecelã. Referências BRAITH, Beth (org.). Bakthin: outros conceitos-chave. São Paulo: Contexto, 2006. BEAUVOIR, Simone de. O segundo sexo:fatos e mitos. Tradução Sérgio Milliet. SãoPaulo: Nova Fronteira, 1980. v. 1. ______. O segundo sexo: a experiência vivida. Tradução Sérgio Milliet. São Paulo: Nova Fronteira, 1980. v. 2. CHEVALIER Jean; GHEERBRANT Alain. Dicionário de símbolos: mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números. Rio de Janeiro: José Olympio, 2012. COELHO, Nelly Novaes. Dicionário crítico da literatura infantil e juvenil brasileira. 5. ed. São Paulo: Nacional, 2006. COLASANTI, Marina. Os doze reis e a moça no labirinto do vento. 12. ed. São Paulo: Global, 2015. ______. A nova mulher. Rio de Janeiro: Nórdica, 1990. ______. Contos de amor rasgados (contos). Rio de Janeiro: Rocco, 1986. ______. Gargantas abertas (poesia). Rio de Janeiro: Rocco, 1998. ______. Intimidade pública (coletânea de artigos). Rio de Janeiro: Rocco, Nórdica, 1980. ______. Hora de alimentar serpentes (contos). São Paulo: Global, 2013. ______. Mulher daqui pra frente (coletânea de artigos).Rio de Janeiro: Nórdica, 1981. ______. O leopardo é um animal delicado (contos). Rio de Janeiro: Rocco, 1998. ______. Uma ideia toda azul (contos de fadas). Rio de Janeiro: Nórdica, 1979. GOMES, Anderson. E por falar em mulheres: relatos, intimidades e ficções na escrita de Marina Colasanti. 2004.109 f. Dissertação (Mestrado em Letras) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2004. JUNG, Carl Gustav. Os arquétipos e o inconsciente coletivo. São Paulo: Vozes, 2011. ______; HENDERSON, Joseph L.; FRANZ, M. L. von et al. O homem e seus símbolos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1964. OLIVA, Ângela Simoni Ronqui. A representação da violência contra a mulher em alguns contos de Marina Colasanti. 2011. 124 f. Dissertação ( Mestrado em Letras: Estudos Literários) - Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2011. OLIVEIRA. Tássia Tavares de. A poesia itinerante de Marina Colasanti: questões de gênero e literatura. 2013. 157 f. Dissertação ( Mestrado em Letras) - Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2013. SARTRE, Jean Paul. O ser e o nada: ensaio de ontologia fenomenológica. São Paulo: Vozes, 2002.


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