scholarly journals PODE A MULHER NEGRA GAÚCHA FALAR? OFERTANDO OUVIDOS PARA ATENTAR AOS ESPECTROS DE SUAS VOZES SILENCIADAS

Trama ◽  
2019 ◽  
Vol 15 (36) ◽  
Author(s):  
Dênis Moura de QUADROS

Ao pensarmos as obras produzidas por mulheres negras temos certa dificuldade de listá-las e ao listar precursoras como Carolina Maria de Jesus (1914-1977) e Conceição Evaristo (1946- ) constatamos que as autoras publicam no eixo Rio-São Paulo. Ao nos direcionarmos ao sul do Brasil, a lista lacunar ecoa mais ausências. Contudo, em 2016, o ponto de cultura negra “Sopapo Poético” publica sua primeira antologia de poemas Sopapo Poético: Pretessência (2016) em que dos nove organizadores, quatro são mulheres e dos dezenove poetas, dez são mulheres. Assim, recortamos quatro poetas da antologia que também a organizam: Delma Gonçalves, Fátima Farias, Lilian Rocha e Pâmela Amaro. Além do gênero e da raça, a ancestralidade lhes serve como inspiração para suas poesias resistentes.REFERÊNCIAS:AMARO, Pâmela. Pâmela Amaro. In: ROCHA, Lilian Rose Marques da. [et. al]. Sopapo poético: Pretessência. Porto Alegre: Libretos, 2016. P. 159-167.CARNEIRO, Sueli. Enegrecer o feminismo: A situação da mulher negra na América Latina a partir de uma perspectiva de gênero. 2011. Disponível em https://www.geledes.org.br/enegrecer-o-feminismo-situacao-da-mulher-negra-na-america-latina-partir-de-uma-perspectiva-de-genero/ Acesso em 10/04/2019.FONTOURA, Pâmela Âmaro; SALOM, Júlio Souto; TETTAMANZY, Ana Lúcia Liberato. Sopapo Poético: Sarau de poesia negra no extremo sul do Brasil. Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, n. 49, p. 153-181, set./dez. 2016.EVARISTO, Conceição. Gênero e etnia: uma escre (vivência) de dupla face. In: MOREIRA, Nadilza Martins de Barros; SCHNEIDER, Liane (Org). Mulheres no mundo: etnia, marginalidade e diáspora. João Pessoa: Ideia, 2005, p. 201-212.FARIAS, Fátima. Fátima Farias. In: ROCHA, Lilian Rose Marques da. [et. al]. Sopapo poético: Pretessência. Porto Alegre: Libretos, 2016. P. 46-61.GOMES, Heloísa Toller. “Visíveis e invisíveis grades”: Vozes de mulheres na escrita afrodescendente contemporânea. Caderno Espaço Feminino. Uberlândia: Ed. UFU, v. 12, n. 15, p.13-26, 2004.GONÇALVES, Delma. Delma Gonçalves. In: ROCHA, Lilian Rose Marques da. [et. al]. Sopapo poético: Pretessência. Porto Alegre: Libretos, 2016. P.22-34.RIBEIRO, Djamila. O que é lugar de fala? Belo Horizonte: Letramento: Justificando, 2017. (Feminismos Plurais)ROCHA, Lilian Rose Marques da. [et. al]. Sopapo poético: Pretessência. Porto Alegre: Libretos, 2016.ROCHA, Lilian. Lilian Rose Marques da Rocha. In: ROCHA, Lilian Rose Marques da. [et. al]. Sopapo poético: Pretessência. Porto Alegre: Libretos, 2016. P.116-125.SANTIAGO, Ana Rita. Vozes literárias de escritoras negras. Cruz das Almas: Ed. UFRB, 2012.SANTOS, Mirian Cristina dos. Prosa negro-brasileira contemporânea. 2018. 180f. Tese (Doutorado em Letras)- Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2018.SPIVAK, Gayatri. Quem reivindica alteridade? In: HOLLANDA, Heloisa Buarque de. Tendências e impasses: O feminismo como crítica da cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994.SPIVAK, Gayatri. Pode o subalterno falar? Trad. Sandra Regina Goullart Almeida, Marcos Pereira Feitosa, André Pereira Feitosa. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2010.ENVIADO EM 03-05-19 | ACEITO EM 24-07-19

2007 ◽  
Vol 56 (2) ◽  
pp. 94-101 ◽  
Author(s):  
Marcelo Gomes ◽  
André Palmini ◽  
Fabio Barbirato ◽  
Luis Augusto Rohde ◽  
Paulo Mattos

OBJETIVO: Verificar o conhecimento da população sobre o transtorno do déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) e de médicos, psicólogos e educadores sobre aspectos clínicos do transtorno. MÉTODOS: 2.117 indivíduos com idade > 16 anos, 500 educadores, 405 médicos (128 clínicos gerais, 45 neurologistas, 30 neuropediatras, 72 pediatras, 130 psiquiatras) e 100 psicólogos foram entrevistados pelo Instituto Datafolha. A amostra da população foi estratificada por região geográfica, com controle de cotas de sexo e idade. A abordagem foi pessoal. Para os profissionais (amostra aleatória simples), os dados foram coletados por telefone em Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre. resultados: Na população, > 50% acreditavam que medicação para TDAH causa dependência, que TDAH resulta de pais ausentes, que esporte é melhor do que drogas como tratamento e que é viável o tratamento psicoterápico sem medicamentos. Dos educadores, > 50% acreditavam que TDAH resulta de pais ausentes, que tratamento psicoterápico basta e que os esportes substituem os medicamentos. Entre psicólogos, > 50% acreditavam que o tratamento pode ser somente psicoterápico. Dos médicos, > 50% de pediatras e neurologistas acreditavam que TDAH resulta de pais ausentes. CONCLUSÕES: Todos os grupos relataram crenças não respaldadas cientificamente, que podem contribuir para diagnóstico e tratamento inadequados. É urgente capacitar profissionais e estabelecer um programa de informação sobre TDAH para pais e escolas.


Trama ◽  
2018 ◽  
Vol 14 (33) ◽  
pp. 118-129
Author(s):  
Espedito Saraiva MONTEIRO ◽  
Elisangela Alves da Silva SCAFF

Este artigo tem como objetivo analisar o processo de implementação do Programa Mais Educação na rede municipal pública de Dourados-MS, no período compreendido entre 2009 e 2015, com vistas a identificar e discutir a concepção de educação de tempo integral explicitada nesse processo. Para tanto, realizou-se pesquisa qualitativa, tendo como campo empírico as 45 escolas públicas municipais de Dourados – MS, utilizando como instrumento de coleta de dados questionário junto aos integrantes do Programa. Constata-se que a concepção de educação integral presente no Programa Mais Educação está relacionada à ampliação da jornada escolar; consequentemente, tal concepção está em consonância com a proposta preconizada pelo Programa que considera como educação integral, além de outros fatores, a jornada escolar com duração igual ou superior a sete horas diárias.REFERÊNCIASARROYO, M. O direito a tempos-espaços de um justo e digno viver. In MOLL, J. et al. Caminhos da Educação Integral no Brasil: direito a outros tempos e espaços educativos. Porto Alegre: Penso, 2012.BRASIL. Portaria Normativa Interministerial n° 17, de 24 de abril de 2007. Institui o Programa Mais Educação que visa fomentar a educação integral de crianças, adolescentes e jovens, por meio do apoio a atividades sócio-educativas no contraturno escolar. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 26 abr. 2007a._______. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1998.________ Decreto nº 7.083, de 27 de janeiro de 2010. Institucionaliza o Programa Mais Educação. Brasília, DF, 2010a.________. Lei n º 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília: Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder Executivo, 23 dez. 1996._______. Lei nº 10.172 de 9 de janeiro de 2001. Aprova o Plano Nacional de Educação e dá outras providências. Brasília: Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder Executivo, 9 de janeiro de 2001. Obtido em [https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10172.htm]. Acesso em 29 de dezembro de 2016.________. Manual de Educação Integral para Obtenção de Apoio Financeiro através do Programa Dinheiro Direto na Escola – PDDE/Integral, no exercício de 2008. Brasília, DF.________. Manual de Educação Integral para Obtenção de Apoio Financeiro através do Programa Dinheiro Direto na Escola – PDDE/Integral, no exercício de 2009 Brasília, DF, 2009a.________. Estatuto da Criança e do Adolescente: promulgado em 13 de julho de 1990. 9ª Ed. São Paulo: Saraiva, 1999b.________. Manual de Educação Integral para Obtenção de Apoio Financeiro através do Programa Dinheiro Direto na Escola – PDDE/Integral, no exercício de 2013 a. Brasília, DF.________. Programa Mais Educação: passo a passo. Brasília: MEC, Secad. 2009b. Disponível em http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/passoapasso_maiseducacao.pdf. Acesso em 21 de junho de 2015.CAVALARI, R. M. F. Integralismo – ideologia e organização de um partido de massa no Brasil (1932-1937). Bauru: EDUSC, 1999. 239 p.CAVALIERE, A.M. Escolas de tempo integral versus alunos em tempo integral. Em Aberto, v.21, p. 51-63, 2009.CARVALHO, L. M. As políticas públicas de educação sob o prisma da ação pública: esboço de uma perspectiva de análise e inventário de estudos. Currículo sem fronteiras. V. 15, n.2, p.314-333, maio/ago. 2015.COELHO, L.M. da C. História (s) de educação integral. In: MAURÍCIO, L. V. (org).: Educação Integral em Tempo Integral. Em Aberto, Brasília, v. 22, n° 80, 2009. p. 83-96.CEPAL. Comissão Economica Para a America Latina e Caribe. Equidad, desarrollo y ciudadanía. México, DF: CEPAL, 2000.DOURADO, L. F; OLIVEIRA, J. F. A qualidade da educação; perspectivas e desafios. Cadernos Cedes. Campinas vol. 29, n. 78, maio/ago. 2009.DOURADOS. Secretaria Municipal de Educação. Relatório de Avaliação do Programa Mais Educação. Dourados: SEMED, 2014.GADOTTI, M. Educação integral no Brasil: inovações em processo. São Paulo: Instituto Paulo Freire, 2009.LECLERC, G. F. E.; MOLL, J. Programa Mais Educação: avanços e desafios para uma estratégia indutora da Educação Integral e em tempo integral. Educar em Revista. Curitiba. nº. 45, p. 91-110, jul./set. 2012.MONTEIRO, E. S. A implementação do Programa Mais Educação no município de Dourados-MS: concepções e práticas. Dourados, MS: Universidade Federal da Grande Dourados, 2016. (Dissertação de Mestrado).O PROGRESSO. Cidade de Dourados (MS) universaliza a educação em tempo integral.  28 de Abril, 2014.PARO, V. Educação integral em tempo integral: uma concepção de educação para a Modernidade. In: COELHO, Lígia Martha C. da Costa (Org.). Educação integral em tempo integral: estudos e experiências em processo. Petrópolis, RJ: FAPERJ, 2009.RODRIGUES, C. M. L.; VIANA, L. R.; BERNARDES, J. 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2020 ◽  
Vol 12 (1) ◽  
Author(s):  
Dulcinéa Silva Jerônimo ◽  
Nádia Dolores Fernandes Biavati

A partir das teorias que envolvem o processo avaliativo da aprendizagem, torna-se possível conceber a avaliação como ferramenta indispensável na tomada de decisões do professor. Na verdade, a avaliação, no presente texto, será considerada para além disso, pois destacamos preceitos analisando-os, indicando-a parte constitutiva do discurso escolar e do discurso pedagógico. Nessa direção, pelo aporte da vertente francesa de Análise de Discurso, voltamos nosso olhar para práticas que indicam a ideia de avaliação ideal (e por vezes idealizada) pautada no bom planejamento e condizente com a realidade dos discentes e descrevemos o modo como os discursos funcionam, analisando a tendência de a formação  classificatória perpassar o processo avaliativo.  Percebemos que o discurso legitimador da avaliação prevalece, superestimando sua face regulatória,  na medida em que ela deve  fornecer (e muitas vezes não fornece) bons indicadores para os processos de didatização. Ao considerar a escola a partir de uma perspectiva discursiva, destacamos o que acreditamos ser dois fundamentos efetivos diretamente relacionadas à avaliação, a saber: o discurso pedagógico e o discurso escolar – a partir das concepções de Orlandi (1996). Nessa perspectiva, no presente texto, traçamos, pela ótica francesa de Análise de Discurso, uma reflexão acerca das estratégias avaliativas, a fim de buscar compreender melhor o processo de acompanhamento da aprendizagem, sua função e a forma como os discursos perpassam o contexto escolar, especificamente na avaliação escolar de aprendizagem. ALTHUSSER, Louis. Aparelhos ideológicos de Estado. Rio de janeiro: Graal, v. 2, 1985.AMORIM, Vanessa; MAGALHÃES, Vivian. Cem aulas sem tédio. Porto Alegre: Padre Reus, 1998.BARRETTO, Elba Siqueira de Sá. A avaliação na educação básica entre dois modelos. Educação & Sociedade, ano XXII, no 75, Agosto/2001.BIAVATI, Nadia Dolores Fernandes. Entre o fato e a regra: unidade e fragmentação na constituição da identidade e representação de valores e práticas do professor-mosaico. 2009. Tese (Doutorado em Estudos Linguísticos) –Faculdade de Letras, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2009.ESTEBAN, M. Teresa. Avaliação: uma prática em busca de novos sentidos. Rio de Janeiro: DP&A, 2003._______. Microfísica do poder. 21 ed. Rio de Janeiro. Graal, 2005._______. Vigiar e Punir: Nascimento da Prisão. 30. ed., Petrópolis, RJ, Vozes.  1987.HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: Uma prática em construção da pré-escola à universidade: Editora Medição, Porto Alegre, 2006.LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.LUCKESI, Cipriano C., Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo, Ed. Cortez, 1996._______. Carlos. Verificação ou avaliação: o que se pratica a escola? São Paulo: FDE, Série Ideias n. 8, 1998.MACEDO, Lino de. Avaliação na educação. Marcos Muniz Melo (Organizador). 2007.MORETTO, Vasco Pedro. Prova – um momento privilegiado de estudo: não um acerto de contas. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.ORLANDI, Eni Puccinelli. A linguagem e seu funcionamento: as formas do discurso. Campinas: Pontes, 4. ed. 1996._______. Paráfrase e polissemia: a fluidez nos limites do simbólico. Rua, v. 4, n. 1, p. 9-20, 1998._______. A linguagem e seu funcionamento: as formas do discurso. 4. ed. rev. e aum. Campinas: Pontes, 2003.PÊCHEUX, Michel et al. Análise automática do discurso. Por uma análise automática do discurso: uma introdução à obra de Michel Pêcheux. v. 3, 1990.


1997 ◽  
Vol 31 (4 suppl) ◽  
pp. 05-25 ◽  
Author(s):  
Maria Helena Prado de Mello Jorge ◽  
Vilma Pinheiro Gawryszewski ◽  
Maria do Rosário D. de O. Latorre

As mortes por causas externas correspondem a grande parcela de óbitos em, praticamente, todos os países do mundo, ocupando, sempre, a segunda ou terceira colocação. Porém a sua distribuição quanto ao tipo de causa é diversa. Com o objetivo de estudar a mortalidade por causas externas, segundo o tipo de causa, sexo e idade, foi descrita a situação dessas mortes no Brasil e capitais, no período 1977 a 1994. Foram calculados os coeficientes de mortalidade por causas externas e a mortalidade proporcional, utilizando os dados de mortalidade fornecidos pelo Sistema de Informação de Mortalidade do Ministério da Saúde, e a população foi estimada baseada nos dados censitários de 1970, 1980 e 1991. Os resultados mostraram que, em números absolutos, os óbitos por causas externas quase dobraram no período de 1977 a 1994, passando a ser a segunda causa de morte no País. O coeficiente de mortalidade, em 1994, foi de 69,8/100.000 habitantes e o maior crescimento se deu nos óbitos do sexo masculino. Os coeficientes de mortalidade masculinos são, aproximadamente, 4,5 vezes o valor dos femininos. As causas externas representaram a primeira causa de morte dos 5 aos 39 anos, sendo a maior ocorrência na faixa etária dos 15 a 19 anos (65% dos óbitos por causas externas). Além do aumento, parece estar ocorrendo um deslocamento das mortes para faixas etárias mais jovens. A mortalidade por causas externas, segundo tipo, mostra que durante o período analisado houve aumento tanto nos óbitos por acidentes de trânsito, quanto por homicídios, tendo os suicídios permanecido, praticamente, constantes. No grupo de acidentes classificados como "demais acidentes" houve leve aumento, devido, principalmente, às quedas e afogamentos. Nas capitais dos Estados a mortalidade por causas externas apresentam valores mais altos que a média brasileira, com exceção de algumas áreas do Nordeste. As capitais da região Norte apresentaram algumas das maiores taxas para o País. Já na região Nordeste apenas Recife, Maceió e Salvador apresentaram níveis muito elevados em relação ao País. Vitória, Rio de Janeiro e São Paulo, na região Sudeste, apresentaram os maiores coeficientes do País e Belo Horizonte apresentou declínio no período de estudo. Na região Sul houve aumento nas taxas, bem como na região Centro-Oeste, que teve aumento homogêneo em suas capitais. Esse aumento observado nas diferentes capitais apresentou diferenciais quanto ao tipo de causa externa. Os suicídios não representaram problema de Saúde Pública em nenhuma delas. Os acidentes de trânsito em Vitória, Goiânia, Macapá, Distrito Federal e Curitiba tiveram sua situação agravada. Os homicídios tiveram aumento expressivo em Porto Velho, Rio Branco, Recife, São Luís, Vitória, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Cuiabá e Distrito Federal. No período estudado houve o crescimento da importância das causas externas para a população brasileira, chamando atenção, principalmente, o aumento dos homicídios. A qualidade das estatísticas de mortalidade por causas externas depende da colaboração do médico legista, e essa qualidade não é a mesma para todas as capitais estudadas.


Trama ◽  
2019 ◽  
Vol 15 (35) ◽  
pp. 109-120
Author(s):  
Fernanda Beatriz Caricari De MORAIS ◽  
Osilene Maria Sá CRUZ

A Educação à Distância (EaD), baseada numa prática pedagógica mediada pela tecnologia e interatividade, vem passando por constantes evoluções no Brasil no que se refere ao campo tecnológico, educacional e político. O Programa Viver sem Limites/MEC, constituído como parte do Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, consiste em uma das formas de possibilitar a plena cidadania das pessoas com deficiência no Brasil, oportunizando direitos, cidadania para todas as pessoas e seu acesso e permanência no ensino superior, na modalidade a distância. Este artigo apresenta uma reflexão sobre os desafios e as possibilidades de elaboração de material didático de Língua Portuguesa escrita para alunos surdos de um curso a distância de Licenciatura em Pedagogia, dentro de um contexto bilíngue de ensino – LIBRAS (L1) e Língua Portuguesa (L2) do Instituto Nacional de Educação de Surdos - INES. Resultados mostram a importância da conscientização do professor conteudista no sentido de preparar material bilíngue, dialógico e interativo que valorize, primeiramente, a L1 do aprendiz, estimulando-o a ler e produzir textos escritos de forma autônoma e autêntica, respeitando-se as estruturas gramaticais da LIBRAS e da LP.Referências:ALMEIDA-FILHO, J. C. P. Identidades e caminhos no ensino de Português para estrangeiros. Campinas: Ed. UNICAMP, 1992.BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.BRASIL.Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS e dá outras providências. Disponível em:http:www.planalto.gov.br Acesso em: 07.01.2015.BRASIL.Congresso Nacional. Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9.394/96). Brasília, Centro Gráfico, 1996.BRASIL. Decreto Nº 5.626. Regulamenta a Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, e o art. 18 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Publicada no Diário Oficial da União em 22/12/2005.FELIPE, T. A. Introdução à gramática de LIBRAS. Rio de Janeiro: FENEIS, 1997.FERNANDES, S. Educação bilíngue para surdos: identidades, diferenças, contradições e mistérios. Curitiba, 2003. Tese (Doutorado em Letras), Universidade Federal do Paraná.FERNANDES, S. Práticas de letramento na educação bilíngue para surdos. Curitiba: SEED/SUED/DEE, 2006.FERREIRA-BRITO, L. Por uma gramática da língua de sinais. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1995.LACERDA, C. B.F.;LODI, A. C. B. A difícil tarefa de promover uma inclusão escolar bilíngue para alunos surdos. GTEducação Especialn.15 Anped, 2008.LIMA, M S. C. Surdez, bilinguismo e inclusão: Entre o dito, o pretendido e o feito. Tese de doutorado - Unicamp, Campinas. 2004LODI, A.C.B. HARRISON, K.M.P.; CAMPOS, S.R.L. Leitura e escrita no contexto da diversidade. Porto Alegre: Editora Mediação, 2002.LODI, A.C.B.; LACERDA, C.B.F. Uma escola, duas línguas: letramento em língua portuguesa e língua de sinais nas etapas iniciais de escolarização. Porto Alegre: Editora Mediação, 2008.KLEIMAN, A. B. (org.) Os significados do letramento: uma nova perspectiva sobre a prática social da escrita. Campinas : Mercado de Letras, 1995.INSTITUTO NACIONAL DE EDUCAÇÃO DE SURDOS. Manual do Professor-autor. Rio de Janeiro: INES, 2016.MULLER, C. R. Professor surdo no Ensino Superior: Representações da prática docente. Dissertação de Mestrado – UFSM, Santa Maria, RS. 2009.PEREIRA,M.C.C. Papel da língua de sinais na aquisição da escrita por estudantes surdos. In: LODI, A.C.B.; HARRISON, K.M.P.; CAMPOS, S.R.L.; TESKE, O Letramento e minorias. Porto Alegre: Editora Mediação, 2002.PEREIRA,M.C.C. Leitura, escrita e surdez. São Paulo: Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, 2003.QUADROS, R. M. Educação de surdos: a aquisição da linguagem. Porto Alegre: Artmed,1997.QUADROS, R. M. de; KARNOP, L. Língua de sinais brasileira: Estudos linguísticos. ArtMed. Porto Alegre. 2004.QUADROS, R. M., SCHMIEDT, M. L. P. Ideias para ensinar português para alunos surdos. Brasília: MEC, SEESP, 2006.SALAMANCA, Declaração. Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das Necessidades Educativas Especiais. Disponível em: http: portal.mec.gov.br seesparqiuivospdfsalamancapdf  Acesso em 07.01.2015.SKLIAR, C. Bilinguismo e biculturalismo: Uma Análise sobre as narrativas tradicionais na educação dos surdos. Revista Brasileira de Educação N°8, Mai/Jun/Jul/Ago 1999.SOARES, M. B.  Letramento: um tema em três gêneros.  Belo Horizonte: Autêntica, 1988. Recebido em 08-10-2018.Aceito em 14-02-2019. 


2016 ◽  
Vol 8 ◽  
pp. 1
Author(s):  
José Yvan Pereira Leite

Este é o último volume do periódico no ano de 2015, assim se faz necessário apresentar um balanço deste ano. Com esta publicação são 220 artigos, perfazendo uma média de 27,5 artigos, por volume.  De acordo com o Google Analytics, em 2015 o periódico teve 99,28 mil usuários com 429,44 mil visualizações, os quais acessaram em média 3,2 páginas, com duração de 2,41 minutos. Comparando estes resultados aos do ano de 2014, foi identificado um crescimento no número de usuários (15,64%), nas visualizações de páginas (19,76%) e na duração média (13,32%).Neste ano, os quinze principais países que acessaram a HOLOS foram: Brasil (94,4%), Portugal (0,93%), USA (0,64%), Índia (0,54%), Espanha (0,48%), Moçambique (0,34%), França (0,31%), Reino Unido (0,16%), Rússia (0,14%), México (0,12%), Colômbia (0,12%), Quênia (0,11%), Chile (0,10%) e Alemanha (0,08%). As quinze cidades que mais acessaram a Holos foram: Natal (12,39%), São Paulo (6,12%), Belo Horizonte (4,51%), Rio de Janeiro (4,40%), Fortaleza (4,14%), Recife (3,40%), Salvador (2,61%), Brasília (2,22%), Curitiba (2,08%), Mossoró (1,99%), Goiânia (1,86%), Teresina (1,57%), Porto Alegre (1,55%), João Pessoa (1,42%) e Belém (1,20%). Estes números revelam  um periódico de âmbito nacional, associado a uma presença em vários países (Google Analytics, 2015).Esta editoria trabalha de forma estratégica para ampliar a presença em países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, Chia e África do Sul). Assim, foram enviados convites a pesquisadores destes países para submeterem artigos ao periódico e comporem o grupo de avaliadores Ad Hoc. Muito em breve, teremos a presença de representantes destes países no Conselho Editorial. A inclusão do periódico em indexadores internacionais, em particular no WoS – Thomson Reuters, deve consolidar a internacionalização do periódico nos próximos anos.É importante informar que a trajetória online do periódico foi iniciada em 2004, sob a guarda dos editores Professores André Calado de Araújo e José Yvan Pereira Leite e foram publicadas 55 edições, com 1.084 artigos. Este ambiente se caracteriza pela valoração acadêmica e estímulo às ações voltadas para consolidar políticas científicas no âmbito de publicações, seja em nível de periódicos ou livros, nos contextos nacional e internacional.Neste último volume são publicados 33 artigos das seguintes áreas do conhecimento: agronomia (03), administração/gestão (04), educação (08), engenharia ambiental (01), engenharia de produção (01), engenharia mecânica (01), engenharia química (01), engenharia de software (01), ensino (06), geociências (02), letras (02), saúde coletiva (02) e serviço social (01). A característica interdisciplinar do periódico apresenta artigos que discutem da diversidade florística do semiárido do nordeste do Brasil, passando pela sempre presença de temas importantes da educação (jovens e adultos; políticas educacionais da cidade de São Paulo; Plano Nacional de Educação; avaliação da aprendizagem; formação de professores; ensino fundamental), pelo ensino (botânica; química; matemática; artes); pela administração (relações de poder; teoria do comportamento; gestão/empreendedorismo; políticas públicas); pela literatura (discussão sobre obra Jubiabá de Jorge Amado; resenha da obra Inventando Milhões, dos australianos Simon Torok e Paul Holper); por temas da engenharia (uso e ocupação de solos em Maxaranguape/RN; avaliação de colunas para remediação de biogás; modelo matemático para cortes em aço; implantação da lógica tambor-pulmão-corda; gerenciamento de redes usando Zabbix); pelo serviço social (cidadania participativa no sistema único de assistência social); pela saúde coletiva (formação de profissionais cuidadores; recortes espaciais utilizados nas análises de saúde) e por temas das geociências (ensino de paleontologia; revisitando a geologia do pegmatito alto da Serra Branca – Pedra Lavrada/PB).As metas planejadas para 2015 foram atingidas em quase a totalidade, no entanto a meta de publicar 10% de artigos em língua inglesa (Leite, 2015) não obteve êxito. 7,3% dos artigos foram publicados em língua estrangeira, sendo 5% em inglês e 2,3% em espanhol. São necessários esforços para elevar este número em 2016, com vistas a elevar a visibilidade dos artigos publicados no periódico. Este ano foram publicados seis edições regulares e duas edições especiais e estuda-se uma forma de perenizar esta iniciativa em 2016.Enfim, agradecemos a confiança dos autores, avaliadores e conselho editorial pelo caminho de sucesso trilhado pelo periódico em 2015. Continuaremos neste ritmo para elevar a HOLOS ao convívio de um ambiente global.Boa leitura!Natal, 31 de dezembro de 2015.Prof. José Yvan Pereira Leite 


2019 ◽  
Vol 23 (2) ◽  
pp. 65-78
Author(s):  
Regina Kohlrausch ◽  
Maria Edilene de Paula Kobolt

O presente artigo volta-se para a análise da obra Chicas muertas (2014), de Selva Almada, visando mostrar de que maneira se cumpre a função social da arte, conforme Candido (2000), na voz dessa escritora argentina e também indicar como exemplo do processo de ocupação de espaço pela mulher no universo literário. Apresentam-se ainda dados biográficos situando-a também como mulher que se inclui na própria obra ficcional. Palavras-chave: Autoria feminina. Selva Almada. Chicas muertas. Referências ALMADA, Selva. Biografia. Disponível em: https://www.portaldaliteratura.com/autores.php?autor=3049 . Acesso em: 08 out 2018. ALMADA, S. Chicas muertas. Youtube, 13 nov. 2015. Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=LBpESnvgTHk&t=28s>. Acesso em: 08 jun.19 BEAUVOIR, Simone de. O segundo sexo: a experiência vivida. Tradução Sérgio Milliet. São Paulo: Difusão Européia do Livro, 1967. Disponível em: <http://brasil.indymedia.org/media/2008/01/409680.pdf>. Acesso em: 08 out. 2018. 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2019 ◽  
Vol 23 (2) ◽  
pp. 187-197
Author(s):  
Edmon Neto de Oliveira ◽  
Rosangela Machado Pereira Malvaccini

Este artigo tem por objetivo transitar pela obra poética do escritor brasileiro Alberto Pucheu, levantando um perfil de escrita que se manifesta desde as suas primeiras publicações até as mais recentes, como a que consta do poema “É preciso aprender a ficar submerso”, analisado a partir de abordagem cujo foco se concentra na relação entre literatura e imagem, sendo o vídeo produzido pela artista Danielle Fonseca (2015) o objeto de comparação, além da abordagem imanente concentrada nos aspectos internos ao texto.  Palavras-chave: Poesia. Imagem. Pensamento. Intermidialidade. Alberto Pucheu. Referências AGAMBEN, Giorgio. Estâncias: a palavra e o fantasma na cultura ocidental. Tradução Selvino José Assmann. Belo Horizonte: UFMG, 2007. BAUDRILLARD, Jean. Simulacros e simulação. Tradução Maria João da Costa. Lisboa: Relógio d’Agua, 1991. BOURRIAUD, Nicolas. Pós-produção: como a arte reprograma o mundo contemporâneo. São Paulo: Martins Fontes, 2009. CARLOS, Erasmo. Meus lados B. Produção André Midani, CD/DVD/Blu-Ray, Coqueiro Verde, 2015. CICERO, Antônio. Poesia e filosofia. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 2012. CORTEZ, Clarice Zamonaro; RODRIGUES, Hermes Rodrigues. Operadores de leitura da poesia. In: BONICI, Thomas; ZOLIN, Lúcia Osana (orgs.) Teoria literária: abordagens históricas e tendências contemporâneas. 4 ed. Maringá: Eduem, 2019. p. 63-84. COSTA, Gal. Divino maravilhoso. Produção Manoel Barenbein, CD, 39’28”, Philips, 1969. FONSECA, Danielle. É preciso aprender a ficar submerso. Out. 2015. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=jGwY2daOJGs. Acesso em: 24 maio 2019. KLINGER, Diana. Poesia, documento, autoria. Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, Brasília, n. 55, set./dez. 2018. p. 17-33. MONTEIRO, André. É preciso aprender a ficar (in)disciplinado. Disponível em: http://www.albertopucheu.com.br/pdf/ensaios/eprecisoaprenderaficarindisciplinado_andremonteiro.pdf. Acesso em: 21 maio 2019. MONTEIRO, André; NETO, Edmon. Poesia e prosa porosas: um manifesto de Alberto Pucheu em favor da criação. Signótica, Goiânia, v. 29, n. 1, p. 242-258, 2017. NIETZSCHE, Friedrich W. Das três metamorfoses. In: ______. Assim falou Zaratustra: um livro para todos e para ninguém. Tradução Mário da Silva. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010. p. 51-53. OLIVEIRA, Edmon Neto de. Em busca de um paradigma para a relação entre o surfista e o piloto do surfista ou Tradução monstruosa de um arranjo de Alberto Pucheu. Fórum de literatura brasileira contemporânea, Rio de Janeiro, v. 10, p. 133-156, 2018. PESSOA, Fernando. Navegar é preciso. In: ______. Fernando Pessoa: poesias. Porto Alegre: L&PM Pocket, 1997. p. 13. PUCHEU, Alberto. A fronteira desguarnecida (Poesia reunida 1993-2007). Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2007. ______. É preciso aprender a ficar submerso. In: ______. Mais cotidiano que o cotidiano. Rio de Janeiro: Azougue, 2013. p. 11-12. ______. Giorgio Agamben: poesia, filosofia, crítica. Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2010. ______. O dia em que Gottfried Benn pegou onda. Floema: caderno de teoria e história literária, Vitória da Conquista, n. 8, p. 107, out. 2017. SARTRE, Jean-Paul. A imaginação. Porto Alegre: L&PM, 2008. TODOROV, Tzvetan. A literatura em perigo. Tradução Caio Meira. Rio de Janeiro: DIFEL, 2009. VILLA-FORTE, Leonardo. Escrever sem escrever: literatura e apropriação no século XXI. Rio de Janeiro: PUC-Rio; Belo Horizonte: Relicário, 2019.


2018 ◽  
Vol 10 (2) ◽  
pp. 29-45
Author(s):  
Wilne de Souza Fantini ◽  
Maria Veralucia Pessoa Porto

Resumo: O presente artigo visa mostrar algumas reflexões existentes no pensamento do filósofo francês Michel Foucault concernente à ontologia do presente, às relações de poder e à heterotopia. A atualidade analisada por Foucault está vinculada ao aspecto vital de cada época, nas formas de vivência dos indivíduos, principalmente, aqueles considerados pela normatividade e normalidade das relações de poder como sendo marginais, anormais, resíduos, infames. Assim, Foucault aproxima-se do trabalho desenvolvido por Sebastião Salgado ao relatar e denunciar os homens infames, habitantes dos espaços heterótopos.Palavras-chave: Michel Foucault. Ontologia do presente. Heterotopia. Homens infames. Sebastião Salgado. Abstract: This paper aims to show some reflections about the thoughts of the French philosopher Michel Foucault concerning the ontology of the present, power relations and heterotopia. actuality analyzed by Foucault is linked to the vital aspect of each age, in the ways of individuals living, especially, those considered by the power relations of normativity and normality as marginal, abnormal, waste, infamous. Therefore, Foucault approach his work to the work developed by Sebastião Salgado reporting and denouncing the infamous men, inhabitants of heterotopical spaces.Keywords: Michel Foucault. Ontology of the present. Heterotopia. Infamous men. Sebastião Salgado. REFERÊNCIASBAUMAN, Zygmunt; LYON, David. A vigilância líquida como pós-pan-óptico. In: ______. Vigilância líquida. Tradução de Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Zahar, 2013, p. 55-74. CASTRO, Edgardo. Vocabulário Foucault: um percurso pelos seus temas, conceitos e autores. Tradução de Ingrid Müller. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2009.DELEUZE, Gilles. Michel Foucault: rachar as coisas, rachar as palavras. In: Conversações (1972-1990). 3. ed. Tradução de Peter Pál Perlbart. São Paulo : 34, 2013.FOUCAULT, Michel. As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas (1966). 8. ed. Tradução de Salma Tannus Muchail. São Paulo: Martins Fontes, 1999._______. Des espaces autres (1984). In : _______. Dits et ecrits II (1976-1988). Paris: Gallimard, 2001b, p. 1571-1581. _______. Em defesa da sociedade. Curso no Collège de France (1975-1976). Tradução de Maria Ermantina Galvão. São Paulo: Martins Fontes, 1997. (Coleção: tópicos)._______. La vie des hommes infâmes (1977). In: _______. Dits et ecrits II (1976-1988). Paris: Gallimard, 2001b, p. 237-253._______. Les anormaux (1975). In: _______. Dits et ecrits I (1954-1975). Paris: Gallimard, 2001a, p. 1690-1696.FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. 22 ed. Rio de Janeiro, Graal, 2006a._______. O poder psiquiátrico. São Paulo, Martins Fontes, 2006b._______. Poder e saber (1977). In: MOTTA, Manoel Barros da (Org.). Estratégia, poder-saber. Tradução de Vera Lúcia Avellar Ribeiro. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2003, p. 223-240. (Col. Ditos & Escritos IV).FURTADO, Rafael Nogueira. A atualidade como questão: ontologia do presente em Michel Foucault. In: Natureza humana, vol.17, n.1, São Paulo (2015), p. 144-156. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-24302015000100007> (acessado em: 16.08.2016).JAQUET, Gabriela. É preciso questionar o presente: Foucault, o diagnóstico, a Aufklärung, Anais da XIII Semana Acadêmica do PPG em Filosofia da PUCRS, Porto Alegre, RS (2014). Disponível em: <http://ebooks.pucrs.br/edipucrs/anais/semanadefilosofia/XIII/9.pdf> (acessado em: 16.08.2016).REVEL, Judith. Foucault, une pensée du discontinu. Paris: Mille et une nuits, 2010.WENDERS, Wim. O sal da terra [documentário]. Autoria: Juliano Ribeiro Salgado, Wim Wenders, David Rosier. Produção: Decia Films. Co-produção: Amazonas Images, Fondazione Solares dele Arti com apoio de La région Île-de-France, Les Amis de la Maison Européenne de la Photographie (2014), 1 DVD (115 min).ZENDRON, Rute Coelho. O fotógrafo, Dossiê migrações, Esboços. In: Revista do programa de pós-graduação em História da UFSC, v.10, n.10, Florianópolis (2002), p. 83-95. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/esbocos/article/view/389/9854> (acessado em: 16.08.2016).


2000 ◽  
pp. 15-30 ◽  
Author(s):  
Leila da Costa Ferreira

O trabalho analisa a internalização de indicadores político-institucionais de sustentabilidade nas políticas públicas em oito cidades de médio e grande porte do sul e sudeste do Brasil, através da análise da formulação e implementação de políticas públicas com características socioambientais. As cidades escolhidas como estudos de casos continham em suas agendas políticas locais propostas relativas à questão ambiental . São elas: São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Vitória, Joinville e Uberlândia.


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