scholarly journals OS MULTILETRAMENTOS E OS GÊNEROS DISCURSIVOS: SER LETRADO EM AMBIENTES DIGITAIS NA MODERNIDADE TARDIA

Trama ◽  
2019 ◽  
Vol 15 (35) ◽  
pp. 37-46
Author(s):  
Fernando Arthur GREGOL ◽  
Terezinha Da Conceição COSTA-HÜBES

A modernidade tardia (CHOULIARAKI; FAIRCLOUGH, 1999) trouxe consigo a ascensão dos meios digitais e de novas possibilidades de interação. Com isso, novos gêneros, ou gêneros “reconfigurados”, sustentam os propósitos discursivos e formatam os novos enunciados que nos são disponibilizados todos os dias. Esta modernidade tardia, portanto, nos coloca novos desafios: ser letrados em diferentes linguagens multissemióticas e multimodais (LEMKE, 2010). Diante desse contexto, nosso objetivo é analisar de que forma o letramento digital se manifesta do ponto de vista da leitura, compreensão e produção de textos de alunos de nível avançado e nível iniciante em Língua Inglesa, num programa de ensino de línguas de uma universidade pública. Inseridos no campo de estudos da Linguística Aplicada (MOITA-LOPES, 2006), compreendemos a linguagem como uma manifestação social, dotada de características discursivas, portanto, impossível de ser descolada de seu contexto e de uma real necessidade de estudo. Trata-se, assim, de um trabalho qualitativo-interpretativista (BORTONI-RICARDO, 2008), que pretende demonstrar como os multiletramentos se fazem presentes em salas de aulas de línguas estrangeiras na atual conjuntura em que nos encontramos. Referências:BAKHTIN, Mikhail. [1979]. Estética da Criação Verbal. Tradução do russo por Paulo Bezerra. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2011.BARTON, David; LEE, Carmen. Linguagem online: textos e práticas digitais. Tradução do inglês por Milton Camargo Mota. São Paulo: Parábola Editorial, 2015.BAUMAN, Zygmunt. Globalização: as consequências humanas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editores, 1999.BORTONI-RICARDO. O professor pesquisador: introdução à pesquisa qualitativa. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.COMMON EUROPEAN FRAMEWORK OF REFERENCE FOR LANGUAGES: Learning, teaching, assessment. Disponível em: https://goo.gl/rNSmTa; Acesso em 20 nov. 2018.CHOULIARAKI, Lillie; FAIRCLOUGH, Norman (2001). Discourse in late modernity: Rethink Critical Discourse Analysis. Edinburg: Edinburg University Press.COSTA-HÜBES, Terezinha da Conceição. A pesquisa em ciências humanas sob um viés bakhtiniano. Revista Pesquisa Qualitativa. São Paulo, v.5, n.9, p. 552-568, dez. 2017.GEE, James Paul. Situated Language and Learning: A critique of traditional Schooling. New York: Routledge, 2004.KRESS, Gunther. Multimodality: A social semiotic approach to contemporary communication. New York: Routledge, 2010.LEMKE, Jay L. Letramento metamidiático: transformando significados e mídias. Trab. linguist. apl.,  Campinas,  v. 49, n. 2, p. 455-479,  Dez.  2010.MOITA-LOPES, Luiz Paulo da (Org). Por uma linguística aplicada Indisciplinar. São Paulo: Parábola Editorial, 2006.NEW LONDON GROUP. [1996]. A pedagogy of multiliteracies: Designing Social Futures. In: COPE, Bill; KALANTZIS, Mary (Orgs.) Multiliteracies: Literacy Learning and the Design of Social Futures. Londres/Nova York: Routledge, 2006.ROJO, Roxane Helena Rodrigues. Letramentos Múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo: Parábola Editorial, 2009.______. Pedagogia dos multiletramentos. In: ROJO, Roxane Helena Rodrigues; MOURA, Eduardo (Orgs.). Multiletramentos na escola. São Paulo: Parábola Editorial, 2012.______; BARBOSA, Jacqueline Peixoto. Hipermodernidade, multiletramentos e gêneros discursivos. São Paulo: Parábola, 2015.SANTAELLA, Lúcia. Culturas e artes do pós-humano: da cultura das mídias à cibercultura. São Paulo: Paulus, 2003.VOLÓCHINOV, Valentin. (1929). Marxismo e Filosofia da Linguagem: Problemas fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem. Tradução do russo por Sheila Grillo e Ekaterina Vólkova Américo. São Paulo: Editora 34, 2017.Recebido em 14-12-2018.Aceito em 27-02-2019.

2020 ◽  
Vol 12 (1) ◽  
Author(s):  
Karen Correia ◽  
Cláudio Márcio Do Carmo

Este artigo discute alguns aspectos da representação do professor de português da escola básica frente às responsabilidades que lhe são atribuídas socialmente a partir da Análise do Discurso proposta por James Paul Gee. Ele se baseia na análise de entrevistas semiestruturadas de professores de português atuantes e de alunos de um curso de Letras quanto à problemática envolvida com esse tema. Conclui que, à esteira das dificuldades inerentes à atuação profissional e a teorias aprendidas, há uma distância considerável que ora pende a uma tensão do discurso acadêmico, ora o traz como essencial, ora demonstra certo despreparo em lidar com a diferença entre a prática docente e o universo especializado que conduz grande parte do fazer docente, numa conexão estreita com as reponsabilidades que a sociedade atribui a esse importante ator no interior da instituição escolar. ANTUNES, I. No Meio do Caminho Tinha um Equívoco: Gramática, Tudo ou Nada. In: BAGNO, Marcos (org.). Linguística da norma. São Paulo: Loyola, 2002.______. Muito além da gramática: por um ensino de línguas sem pedras no caminho. São Paulo: Parábola Editorial, 2007._______. Língua, texto e ensino: outra escola possível. São Paulo: Parábola, 2009._______. Gramática contextualizada: limpando “o pó das ideias simples”. São Paulo: Parábola, 2014.BEZERRA, M. A. Ensino de língua portuguesa e contextos teórico-metodológicos. In: DIONISIO, A. P.; MACHADO, A. R.; BEZERRA, M. A. (Org.). Gêneros textuais & ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005, p. 37-46.CORACINI, M. J. O olhar da ciência e a construção da identidade do professor de língua. In: CORACINI, M. J.; BERTOLDO, E. S. (orgs.). O desejo da teoria e a contingência da prática: discursos sobre e na sala de aula (língua materna e língua estrangeira). Campinas, SP: Mercado de Letras, 2003, p. 193-210.XXXXCOSTA VAL, M. G. A gramática do texto, no texto. Revista de Estudos Linguísticos. Belo Horizonte, v. 10, n. 2, p. 107-133, jul./dez. 2002.FERNANDES, C. M. B. Formação de professores, ética, solidariedade e cidadania: em busca da humanidade do humano. In: SEVERINO, F. E. S. (org.). Ética e formação de professores: política, responsabilidade e autoridade em questão. São Paulo: Cortez, 2011, p. 58-77.FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997._______. Cartas a Cristina: reflexões sobre minha vida e minha práxis. Organização de Ana Maria Araújo Freire. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2013._______; NOGUEIRA, A. Que fazer: Teoria e Prática em Educação Popular. Petrópolis: Vozes, 2011.GASPARINI, E. N. Entre o saber e o saber-fazer: reflexões sobre a formação do professor de língua estrangeira na universidade. Glauks, v. 13, p. 52-61, 2013.GEE, J. P. Social Linguistics and Literacies: Ideology in Discourses. London/New York: Routledge, 1996._______. An introduction to Discourse Analysis: theory and method. London/New York: Routledge, 2005._______. Discourse Analysis: What Makes It Critical? In: ROGERS, R. (ed.). An Introduction to Critical Discourse Analysis in Education. London/New York: Routledge, 2011, p. 23-45.GUZZO, V. As dimensões ética e política na formação docente. In: SEVERINO, F. E. S. (org.). Ética e formação de professores: política, responsabilidade e autoridade em questão. São Paulo: Cortez, 2011, p. 43-57.MARCUSCHI, L. A. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONISIO, A. P.; MACHADO, A. R.; BEZERRA, M. A. (orgs.). Gêneros textuais & ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005, p. 19-36.MOITA LOPES, L. P. Oficina de Linguística Aplicada: a natureza social e educacional dos processos de ensino/aprendizagem de línguas. Campinas: Mercado de Letras, 1996.NÓVOA, A. Os Professores na Virada do Milênio: do excesso dos discursos à pobreza das práticas. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 25, n. 1, p. 11-20, jan./jun. 1999.PERINI, M. A. Sofrendo a gramática. São Paulo: Ática, 2003.POSSENTI, S. Por que (não) ensinar gramática na escola. Campinas/São Paulo: ALB, Mercado de Letras, 1996.TARDIF, M. Saberes profissionais dos professores e conhecimentos universitários. Revista Brasileira de Educação. n. 13, p. 5-24, 2000.


Cultura ◽  
2019 ◽  
Vol 16 (1) ◽  
pp. 53-73
Author(s):  
Saman REZAEI ◽  
Kamyar KOBARI ◽  
Ali SALAMI

With the realization of the promised global village, media, particularly online newspapers, play a significant role in delivering news to the world. However, such means of news circulation can propagate different ideologies in line with the dominant power. This, coupled with the emergence of so-called Islamic terrorist groups, has turned the focus largely on Islam and Muslims. This study attempts to shed light on the image of Islam being portrayed in Western societies through a Critical Discourse Analysis approach. To this end, a number of headlines about Islam or Muslims have been randomly culled from three leading newspapers in Western print media namely The Guardian, The Independent and The New York Times (2015). This study utilizes “ideological square” notion of Van Dijk characterized by “positive presentation” of selves and “negative presentation” of others alongside his socio-cognitive approach. Moreover, this study will take the linguistic discourses introduced by Van Leeuwen regarding “representing social actors and social practices” into consideration. The findings can be employed to unravel the mystery behind the concept of “Islamophobia” in Western societies. Besides, it can reveal how specific lexical items, as well as grammatical structures are being employed by Western media to distort the notion of impartiality.


2021 ◽  
pp. 174804852098744
Author(s):  
Ke Li ◽  
Qiang Zhang

Media representations have significant power to shape opinions and influence public response to communities or groups around the world. This study investigates media representations of Islam and Muslims in the American media, drawing upon an analysis of reports in the New York Times over a 17-year period (from Jan.1, 2000 to Dec. 31, 2016) within the framework of Critical Discourse Analysis. It examines how Islam and Muslims are represented in media coverage and how discursive power is penetrated step by step through such media representations. Most important, it investigates whether Islam and Muslims have been stigmatized through stereotypes, prejudice, and discrimination. The findings reveal that the New York Times’ representations of Islam and Muslims are negative and stereotypical: Islam is stereotyped as the unacclimatized outsider and the turmoil maker and Muslims as the negative receiver. The stereotypes contribute to people’s prejudice, such as Islamophobia from the “us” group and fear of the “them” group but do not support a strong conclusion of discrimination.


Author(s):  
Julio Renato SÁEZ GALLARDO

El objetivo de este trabajo es proponer un Modelo holístico multimodal para una lectura crítica del racismo en la prensa escrita. Para ello, desde el Análisis Crítico del Discurso Multimodal (ACDM), usaremos como estrategia teórico-metodológica integradora las aportaciones de Teresa Velázquez (2011) y su modelo semiótico-discursivo; el modelo sociocognitivo de van Dijk (1990, 1997, 2003a, 2003b); el modelo de la semiótica visual de Kress y van Leeuwen (1996) y el modelo intersemiótico de Nikolajeva y Scott (2001). Se validarán las matrices de análisis aplicándolas al llamado conflicto mapuche en Chile para extraer resultados y conclusiones valederas en torno a la representación periodística de las minorías étnicas. Abstract: This work aims to propose a holistic multimodal approach for making critical reading about racism in the written press. In order to achieve this, and taking account the Multimodal Critical Discourse Analysis, we use as theoretical and methodological integrative strategies the contributions of Teresa Velázquez and her discursive-semiotic approach (2011), van Dijk’s sociocognitive approach (1990, 1997a, 2003a, 2003b), Kress and van Leeuwen’s visual semiotics approach (1996), and Nikolakeva and Scott’s intersemiotic approach (2001). The analysis matrices are validated using the so-called mapuche conflict in Chile in order to be able to draw conclusive results and conclusions about media representations of ethnic minorities.


2020 ◽  
Vol 12 (1) ◽  
Author(s):  
Míria Gomes Oliveira

Este artigo discute relações étnico-raciais no ensino de literatura infantil e juvenil no Brasil. Com base nas leis 10.639/2003 e 11.645/2008, que determinam o ensino da História, da Arte e da Cultura Africana, Afro-brasileira e das Nações Indígenas, buscamos problematizar o projeto de pesquisa aplicada De Leitor para Leitor considerando a eficácia das leis citadas e a recepção dos livros literários africanos, afro-brasileiros e indígenas reunidos no Kit-Afro: uma política afirmativa de democratização do acesso à produção literária para a diversidade, implementada pela Rede Municipal de Ensino de Belo Horizonte. Nossas discussões são norteadas por estudos sobre relações etnico-raciais no Brasil (GOMES, 2012; SILVA), Análise Crítica do Discurso (VAN DIJK, 2008), Ensino da literatura (AUTOR, 2015; 2016), Interculturalidade e Pedagogias Descoloniais (HOPENHAY, 2009; WALSH, 2017). A partir de resenhas e avaliações produzidas, apontamos a tomada de consciencia linguístico-ideológica dos alunos envolvidos. AUSTIN, John Langshaw. How To Do Things With Words. Cambridge: Harvard University Press, 1975.BAKHTIN, M . Marxismo e Filosofia da Linguagem. São Paulo: Hucitec, 1992.BOURDIEU, Pierre. A Economia das Trocas Linguísticas. São Paulo: Perspectiva, 1982.FOUCAULT, Michel. A Arqueologia do Saber. Rio de Janeiro: Forense Universitaria, 2012.FREIRE, Paulo. Conscientização: teoria e prática da libertação: uma introdução ao pensamento de Paulo Freire. São Paulo: Cortez e Moraes, 1979.GOMES, Nilma Lino. Relações étnico raciais educação de descolonização dos currículos. Currículo sem Fronteiras, v.12, n.1, pp. 98-109, Jan/Abr 2012.GONÇALVES, L. A; SILVA, P. B. Prática do racismo e formação de professores. In: DAYRELL, Juarez. Múltiplos olhares sobre educação e cultura. Belo Horizonte: UFMG, 1996.GUMPERZ, John Joseph. Language and Social Identity. Cambridge: Cambridge University Press, 1982.HEATH, Shirley Brice. The functions and uses of literacy. In: CASTELL, Suzanne de; LUKE, Allan; EGAN, Kieran (Ed.). Literacy, Society, and Schooling: A reader. USA: Cambridge University Press, 1986. p. 15-25.HOPENHAY, Martín. La educación intercultural: entre la igualdad y la diferencia. In: CANCLINI, Néstor García e MARTINELL, Alfons. (Coord.). El poder de la diversidad cultural. Pensamiento Iberoamericano. Madrid, v. 1, n. 4, may. 2009.LABOV, William. Sociolinguistic Patterns. Philadelphia: University of Pennsylvania Press, 1972.LABORNE, A. A. de P. Branquitude em foco: Análises Sobre A Construção da IdentidadeBranca de Intelectuais no Brasil. Belo Horizonte. 156 f. Tese (Doutorado em Educação) Faculdade em Educação, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2014.MARX, Karl; ENGELS, Friederich. O manifesto Comunista. São Paulo: Martins Fontes, 1998.MINISTÉRIO DA EDUCAÇAO/Secretaria da Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Orientações e Ações para a Educação das Relações Étnico-Raciais. Brasília, SECAD, 2006.MUNANGA, Kabengele; GOMES, Nilma Lino. O Negro no Brasil de Hoje.  Global: São Paulo, 2006. AUTOR., 2014a.AUTOR. 2014b.AUTOR. 2016.AUTOR.  2017.PÊCHEUX, Michel. O Discurso: estrutura ou acontecimento. Campinas: Pontes, 1983.ROGERS, Rebecca. An Introduction to Critical Discourse Analysis in Education. New Jersey: Erlbaun Publishers, 2004.SANTOS, Boaventura de Sousa (Org.) Epistemologias do Sul. São. Paulo; Editora Cortez. 2010.SEARLE, John. Intentionality, an Essay in the Philosophy of Mind. New York: Cambridge University Press, 1983.SILVA, Paulo Vinícius Baptista da; ROSEMBERG, Fúlvia. Brasil: lugares de negros e brancos na mídia. In: DIJK, Teun  A. Van. Racismo e discurso na América Latina. São Paulo: Contexto, 2008.STREET, Brian. V. Literacy theory and practice. Cambridge University Press, 1984SILVA, Petronilha Beatriz Gonçalves e. Africanidades Brasileiras: esclarecendo significados e definindo procedimentos pedagógicos. Revista do Professor. Porto Alegre, 19 (73):26-30, jan./mar. 2008.SOUZA, Florentina da S. Afro-decendência em Cadernos Negros e Jornal do MNU. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.VAN DIJK, Teun A. Racismo e discurso na América Latina. São Paulo: Contexto, 2008.WALSH, Catherine. Pedagogías Decoloniales. Práticas Insurgentes de resistir, (re)existir e (re)vivir. Serie Pensamiento Decolonial. Editora Abya-Yala. Equador, 2017.WITTGENSTEIN, Ludwig. Philosophical Investigations. Oxford: Basil Blackwell, 1953.


2018 ◽  
Author(s):  
Tamta Gelashvili

This thesis critically examines the US media framing of the Egyptian Uprisings in 2011 and 2013 to examine whether the coverage was relatively value-neutral or had a value-laden (Neo-Orientalist) perspective. The thesis aims to examine whether the Neo-Orientalist tendency among the Western societies to view religion as the key driving force behind political processesis manifest in the US media as well, or whether the two newspapers try to represent the abovementioned political and economic processes and grievances. To this end, the thesis looks at the articles published in The New York Times and The Washington Post during and after two major events: Mubarak‟s resignation in 2011 and Morsi‟s removal in 2013. A combination of quantitative (content analysis) and qualitative (critical discourse analysis) research demonstrates that news articles and editorials about the 2011 and 2013 uprisings include Neo-Orientalist frames. These articles consider liberal democracy as a universal normative model and contrast it with Islam, portrayed as a fundamentally different, homogeneous and antidemocratic phenomenon linked with instability and violence and singlehandedly influencing democratization process. Compared to 2011, Neo-Orientalist frames become more frequent in 2013; if in 2011, most units adhere to Fukuyama‟s view that Egypt would join the teleological march to liberal democracy, in 2013, the trend reverses and most units, like Huntington, exclude any possibility of democratization. The textual practices of naming, sourcing, presupposition, fore- and backgrounding, used to construct Neo-Orientalist frames, can be related to discursive practices, or the production of text, and larger social practices. As critical discourse analysis shows, the units show pro-Israeli bias and align with the US foreign policy priorities: both the general policy of liberal democracy promotion and the specific strategic interests in Egypt.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document