scholarly journals HELMINTOS GASTRINTESTINAIS DE Chelonia mydas (TARTARUGAS-VERDES) RESGATADAS NO LITORAL SUL DE SÃO PAULO, BRASIL

2021 ◽  
Vol 26 (1) ◽  
Author(s):  
Antônio Victor Veloso Ramos ◽  
Anna Victória Moura Silva ◽  
Jéssica Larissa Alves Dias ◽  
Éllen Araújo de Deus ◽  
Vanessa Paulino da Cruz Vieira

Objetivou-se realizar o levantamento de helmintos gastrintestinais de Chelonia mydas (tartarugas-verdes) resgatadas no litoral sul de São Paulo, Brasil. Para isso, foram analisados 118 laudos de exames coproparasitológicos e anatomopatológicos realizados pelo Instituto Biopesca entre 2018 e 2019, oriundos do Sistema de Informação de Monitoramento da Biota Aquática, obtendo-se o número de animais parasitados, espécies de helmintos gastrintestinais encontrados, o órgão parasitado e a presença de mono ou poliparasitismo. Os índices ecológicos parasitários de prevalência, intensidade média e abundância média foram calculados. Os resultados revelaram 102 animais albergavam endoparasitos, com prevalência de 86,44%   de C. mydas parasitadas. Os órgãos mais acometidos foram intestino delgado (63,06%) e estômago (63,06%). Foram identificadas 13   espécies da Classe Trematoda e as maiores prevalências foram observadas para os helmintos Cricocephalus albus (75,49%), Metacetabulum invaginatum (42,15%) e Pronocephalus obliquus (28,43%). O helminto mais abundante foi C. albus (11,86), seguido por M. invaginatum (11,61) e P. obliquus (4,50). A maior intensidade média encontrada foi da espécie M. invaginatum (31,88), e depois para P. obliquus (18,34) e para C. albus (18,18). Entre as tartarugas parasitadas, 42,37% apresentavam monoparasitismo e 51,69% apresentavam poliparasitismo, com associação entre duas até oito espécies de parasitos. Os helmintos gastrintestinais de Chelonia mydas resgatadas no litoral sul de São Paulo é constituída predominantemente de trematódeos, com uma elevada prevalência, intensidade e abundância média quando comparados à literatura existente.

2014 ◽  
Vol 34 (7) ◽  
pp. 682-688 ◽  
Author(s):  
Ticiana Zwarg ◽  
Silmara Rossi ◽  
Thaís C. Sanches ◽  
Marina de O. Cesar ◽  
Max R. Werneck ◽  
...  

Blood profiles were determined in 47 juvenile green turtles, Chelonia mydas, from São Paulo northern coast, Brazil. Twenty-nine were affected by fibropapillomas and 18 were tumor free. Complete gross and histopathologic examinations of the fibropapillo were performed in 21 green turtles. Biometrical data, size, location and amount of tumors were recorded. The papillomas varied in morphology, location, size, color and texture. We found hyperplastic stroma, rich in blood vessels and connective tissue with increase in thickness of the dermis. The tumors w0ere classified as papillomas or fibropapillomas according to their epithelial and/or stromal proliferation. The lowest Mean Corpuscular Hemoglobin (HCM) values were observed in affected turtles.


Author(s):  
Roberta Ramblas Zamana
Keyword(s):  

Author(s):  
Roberta Ramblas Zamana ◽  
Marco Aurélio Gattamorta ◽  
Pablo Felipe Cruz Ochoa ◽  
Pedro Enrique Navas‐Suárez ◽  
Carlos Sacristán ◽  
...  

2013 ◽  
Vol 43 (6) ◽  
pp. 1114-1121 ◽  
Author(s):  
Jussara Rocha Ferreira ◽  
Lorenna Cardoso Rezende ◽  
Phellip Carvalho ◽  
Amanda Rocha Mortoza ◽  
Daniele dos Santos Martins

O Bradypus torquatus, conhecido como preguiça de coleira, está classificado na lista vermelha da IUCN como vulnerável. Este animal é um folívoro estrito que se alimenta de um pequeno número de plantas. O suprimento sanguíneo do intestino delgado e grosso de oito Bradypus torquatus, pertencentes ao acervo da Anatomia dos Animais Domésticos e Sivestres da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo, foi estudado. O método incluiu preparação de relatório macroscópico, perfusão do sistema arterial com água (40°C), injeção de látex corado (Neoprene® 650, Sulvinil® 2350-0003), fixação com formaldeído (10%), conservação em solução modificada de Laskowiski e dissecação por mesoscopia de luz (Lupa LTS® 3700). A irrigação dos intestinos delgado e grosso dependeu da aorta abdominal, cujo ramo visceral ventral identificado como artéria mesentérica comum distribuiu-se no mesentério e mesocólon. Uma sequência de 9 a 25 ramos colaterais primários craniais destinaram-se ao duodeno, jejuno, íleo e parte da bolsa cecal. Outra sequência de 4 a 11 ramos caudais destinaram-se à bolsa cecal e cólons. No animal adulto, o modelo de vascularização do intestino diferiu dos outros vertebrados recentes em razão de não ocorrer coalescência peritoneal ao longo do intestino delgado e grosso.


Author(s):  
Renata Assis Casagrande ◽  
Marina Oliveira Cesar ◽  
Hilda Fátima de Jesus Pena ◽  
Ticiana Zwarg ◽  
Rodrigo Hidalgo Friciello Teixeira ◽  
...  

O objetivo deste estudo foi de determinar a ocorrência de Sarcocystis spp. em D. albiventris e D. aurita em três regiões do Estado de São Paulo. Para tal, utilizou-se noventa e oito Didelphis mortos, sendo 66 D. aurita e 32 D. albiventris, e também 28 D. aurita e cinco D. albiventris vivos. O método de centrífugo-flutuação em solução de sacarose foi empregado para isolamento dos oocistos/esporocistos de Sarcocystis spp. do intestino delgado e das fezes. Encontrou-se Sarcocystis spp. no intestino delgado de 9,1% dos D. aurita (6/66), sendo que quatro destes também houve positividade nas fezes. Não houve diferença estatística significativa entre machos e fêmeas positivos (P= 0,522), e entre os positivos de diferentes origens do Estado de São Paulo (P= 0,627), quanto a ocorrência de Sarcocystis spp. Entretanto, houve diferença estatística significativa entre animais de vida livre e de cativeiro (P = 0.009), sendo que somente os de vida livre foram positivos. Entre adultos e filhotes positivos também houve diferença (P= 0,004), sendo os adultos mais parasitados que os filhotes. Das amostras provenientes dos 28 D. aurita vivos, encontrou-se Sarcocystis spp. em 7.1% (2/28) deles. Dos 32 D. albiventris, todos foram negativos para Sarcocystis spp. nas amostras de intestino delgado e fezes. Os cincos D. albiventris vivos também foram negativos. Sendo assim, pode-se observar que a ocorrência de Sarcocystis spp. em D. aurita e D. albiventris nestas três regiões do Estado de São Paulo é baixa para estas condições analisadas.


2021 ◽  
Author(s):  
Edson Moura dos Santos ◽  
Marcia Helena Braga Catroxo

Introdução: O coronavírus equino (ECoV), vírus RNA de fita positiva, é classificado na família Coronaviridae, gênero Betacoronavirus, que juntamente com outros coronavírus são patogênicos para humanos. A infecção pelo ECoV acomete principalmente a mucosa do intestino delgado onde tende a danificar as microvilosidades levando a má absorção, diarreia aquosa e profusa, causando severa enterite. Outros sinais clínicos descritos para a infecção destacam-se febre, anorexia, apatia, depressão, letargia acarretando prejuízos na equinocultura. A rota fecal-oral é considerada a principal fonte de infecção para outros equinos. Objetivo: Detectar a presença de partículas de coronavírus em amostras de fezes ou de fragmentos de intestino delgado de equinos por microscopia eletrônica de transmissão. Material e métodos: No período de 2011 a 2021, aproximadamente 83 amostras de fezes ou fragmentos de intestino delgado de equinos, de casos clínicos foram enviadas ao Laboratório de Microscopia Eletrônica do Instituto Biológico de São Paulo, SP, Brasil, para diagnóstico viral. Os animais com idade variando entre 2 dias a 3 anos, apresentavam sinais clínicos diversos, entre eles, desconforto abdominal, febre, diarreia persistente amarelada ou sanguinolenta e pneumonia. Cerca de 10 animais morreram. As amostras foram processadas para microscopia eletrônica de transmissão utilizando a técnica de contrastação negativa (preparo rápido). Nesta técnica, as amostras são suspensas em tampão fosfato 0,1 M e pH 7,0, colocadas em contato com grades metálicas e contrastadas negativamente com molibdato de amônio a 2%. Resultados: Ao microscópio eletrônico de transmissão, foi visualizado um grande número de partículas com morfologia semelhante à coronavírus, pleomórficas, envelopadas, contendo projeções radiais típicas, em forma de coroa solar, medindo em média, 140 nm de diâmetro em 60 amostras (72,29%). Conclusão: A técnica utilizada foi eficiente para o diagnóstico rápido dos coronavírus equino.


2016 ◽  
Vol 112 (1-2) ◽  
pp. 411-414 ◽  
Author(s):  
Josilene da Silva ◽  
Satie Taniguchi ◽  
José Henrique Becker ◽  
Max Rondon Werneck ◽  
Rosalinda Carmela Montone

2011 ◽  
Vol 41 (3) ◽  
pp. 492-496 ◽  
Author(s):  
Renata Assis Casagrande ◽  
Luiz Fernando Larangeira Lopes ◽  
Eliane Moura dos Reis ◽  
Dália dos Prazeres Rodrigues ◽  
Eliana Reiko Matushima

No Brasil, não há relato de estudos de Salmonella em gambás, sendo assim, este trabalho tem por objetivo determinar a frequência de isolamento de Salmonella enterica em gambás (D. aurita e D. albiventris) no Estado de São Paulo. No período de janeiro de 2005 a dezembro de 2006, foram necropsiados 106 D. aurita e 40 D. albiventris e colhidos fragmentos de intestinos delgado, grosso e suabe da cloaca. As amostras foram plaqueadas diretamente em ágar Mac Conkey, paralelamente suspendidas nos caldos Rappaport-Vassiliadis e Tetrationato e posteriormente plaqueados em ágar XLT4. As colônias sugestivas de Salmonella foram confirmadas através de provas bioquímicas e sorotipagem. Encontrou-se Salmonella enterica em 17,0% (18/106) dos D. aurita. Destes, 50% apresentaram positividade no intestino delgado (ID), 88,9% no intestino grosso (IG) e 66,7% na cloaca. Da espécie S. enterica, as subespécies encontradas foram: diarizonae (11,1%) houtenae e enterica (5,5% cada um); enquanto da subespécie S. enterica enterica os sorotipos foram Newport (83,3%), Typhimurium e Cerro (5,5% cada um). Nos D. albiventris, 17,5% (7/40) eram positivos, sendo que se encontraram 42,8% no ID, 85,7% no IG e 71,4% na cloaca. O sorotipo mais prevalente também foi Newport (71,4%), seguido por Typhimurium, Bareilly e Thompson (14,3% cada um). Através dos resultados obtidos neste estudo pode-se comprovar a presença de Salmonella enterica no trato intestinal de gambás no Brasil.


2021 ◽  
Author(s):  
Edson Moura dos Santos ◽  
Marcia Helena Braga Catroxo

Introdução. O rotavírus, classificado na família Reoviridae, gênero Rotavirus, é a principal causa de diarreia em bovinos, acomete também diversos outros animais inclusive os humanos. Importante síndrome que afeta rebanhos bovinos de corte e leite em todo o mundo, causando graves prejuízos econômicos à bovinocultura. O vírus causa uma infecção altamente contagiosa, caracterizada por vômitos, anorexia, prostração, diarreia de consistência pastosa à líquida de cor variável e desidratação. Apresenta altos índices de morbidade e mortalidade, além de reduzir o ganho de peso e aumentar os custos da produção. Objetivo. Diagnóstico rápido do rotavírus bovino por microscopia eletrônica de transmissão. Materiais e Métodos. No período de 2011 a 2021, aproximadamente 430 amostras de fezes bovinas ou fragmentos de intestino delgado de casos clínicos foram enviadas ao Laboratório de Microscopia Eletrônica do Instituto Biológico de São Paulo, SP, Brasil, para diagnóstico viral. As amostras foram processadas para microscopia eletrônica de transmissão utilizando as técnicas de contrastação negativa (preparo rápido), imunomicroscopia e de imunocitoquímica. Na contrastação negativa, as amostras foram suspensas em tampão fosfato 0,1 M e pH 7,0, colocadas em contato com grades metálicas e contrastadas negativamente com molibdato de amônio a 2%. Na técnica de imunomicroscopia, as telas foram incubadas com anticorpo específico para o vírus e com gotas do antígeno. Após, as telas foram contrastadas com molibdato de amônio 2%. Na imunocitoquímica, as telas foram incubadas com a suspensão viral e com gotas do anticorpo primário. Em seguida, as grades foram incubadas em gotas de proteína A em associação com partículas de ouro coloidal (anticorpo secundário) e contrastadas com molibdato de amônio a 2%. Resultados. Ao microscópio eletrônico de transmissão, pela técnica de contrastação negativa foi visualizado um grande número de partículas de rotavírus, arredondadas, não envelopadas, icosaédricas, caracterizadas como partículas “completas” e “vazias”, medindo em média 70 nm de diâmetro em 51 amostras (11,8%). A presença de agregados formados pela interação antígeno-anticorpo caracterizou o resultado positivo obtido, na imunomicroscopia. Na técnica de imunocitoquímica, a reação antígeno-anticorpo foi evidenciada pelas partículas de ouro coloidal sobre os rotavírus. Conclusão. As técnicas utilizadas foram eficientes para o diagnóstico rápido dos rotavírus bovinos.


1999 ◽  
Vol 36 (4) ◽  
pp. 169-176 ◽  
Author(s):  
Jairo César dos REIS ◽  
Mauro Batista de MORAIS ◽  
Ulysses FAGUNDES-NETO

Estudos realizados há mais de 10 anos demonstraram que a deficiência ontogenética de lactase é freqüente na população brasileira. Entretanto, esses estudos se basearam no incremento da glicemia após sobrecarga de doses não utilizadas habitualmente na dieta. Atualmente, aceita-se que a avaliação da absorção da lactose com o teste do hidrogênio no ar expirado é mais apropriada que o teste da curva glicêmica. Por outro lado, a enteropatia ambiental sintomática e/ou assintomática constituem um grave problema de saúde pública em grupos populacionais de baixo nível sócio-econômico de nosso meio. A ocorrência de sobrecrescimento bacteriano no intestino delgado de crianças com enteropatia ambiental, foi caracterizada em crianças moradoras em favelas. Sobrecrescimento bacteriano no intestino delgado é caracterizado pela presença de bactérias pertencentes à flora colônica no intestino delgado. Objetivando avaliar a freqüência de má absorção de lactose e determinar a ocorrência de sobrecrescimento bacteriano no intestino delgado em crianças escolares, através do teste do H2 no ar expirado, investigaram-se 83 alunos de uma escola localizada na região periférica da cidade de Marília, Estado de São Paulo, após sobrecarga oral de lactose e lactulose. Foram colhidas também amostras de fezes para pesquisa de parasitas. Má absorção de lactose foi observada em 19 (22,9%) escolares e intolerância à lactose em 10 (12,0%). Sobrecrescimento bacteriano no intestino delgado foi identificado pelo teste do H2 no ar expirado em 6 (7,2%) dos 83 escolares. Giardia lamblia foi o parasita mais freqüentemente isolado nas fezes dos escolares. A ocorrência de deficiência ontogenética de lactase observada neste grupo de crianças foi semelhante ao relatado para populações caucasianas. Sobrecrescimento bacteriano foi encontrado neste grupo de crianças assintomáticas, podendo refletir as condições desfavoráveis de seu meio ambiente.


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