scholarly journals Construindo fantasias

2021 ◽  
Vol 2 (3) ◽  
pp. 182-199
Author(s):  
Neusa Cavalcante ◽  
Neusa Cavalcante ◽  
Eliel Américo Santana da Silva ◽  
Márcia Urbano Troncoso
Keyword(s):  

Oferecida para recém ingressos na universidade, a disciplina Geometria Construtiva, desenvolve-se, em um ambiente experimental, por meio de uma série de exercícios e aulas expositivas e de repertório sobre artes visuais e abstração. O primeiro insight recai sobre a natureza, fonte para ampliação da acuidade tátil-visual. Do desenho de observação (imitação), parte-se para a interpretação e abstração (criação), que objetiva o desnudamento dos padrões ocultos nos ‘objetos ‘ da natureza. “Tornar visível o invisível” constitui um caminho necessário aos arquitetos, cujo principal desafio está no “jogo sábio, correto e magnífico” das formas abstratas. Avança-se então em direção à síntese, bastando, em seguida, uma sensibilização sobre características/propriedades dos materiais para que as criações bi e tridimensionais se realizem como arte (construção) ou, segundo Davidovici, como “formas esperando para ser arquitetura”. Com um repertório mais consolidado, pode-se encarar novas aventuras. A dança, o circo, o carnaval, o brinquedo, e As Cidades Invisíveis (1972), de Italo Calvino, tornam-se pretextos para exercícios mais libertos. Surgem então as fantasias... cujo ato criativo pressupõe um espírito lúdico que usa a abstração como ferramenta para construção de utopias. Lúdico, abstração e utopia implicam a ruptura de limites: o lúdico enquanto extrapolação da realidade cotidiana, a abstração como exercício de ampliação da capacidade visual e a utopia como enfraquecimento das fronteiras entre razão e imaginação.

2015 ◽  
Vol 89 (5) ◽  
pp. 75-76
Author(s):  
Andrew Martino
Keyword(s):  

2017 ◽  
Vol 22 (2) ◽  
pp. 74-85
Author(s):  
Fernanda Moro Cechinel

Quando uma obra literária é lançada, a editora que o faz e, propriamente, o autor que a escreve esperam que ela ganhe os devidos louros da crítica e, consequentemente, alcance os méritos junto ao público leitor, mas isso só mesmo o tempo poderá dizer. Para aquelas que atingem o sucesso, as nomeamos de cânones ou clássicos. E a Commedia de Dante Alighieri é um exemplo. Desde sua escrita, no século XIV, até hoje, a obra dantesca inspirou diversos escritores mundo afora. O presente trabalho pretende elencar algumas obras, em poesia, prosa e também no cinema, que surgiram a partir do poema italiano. Importante deixar claro que não pretendemos aqui esgotar as obras, pois acredita-se que, ao longo de sete séculos, haja uma lista extremamente extensa de publicações que tiveram como ponto de partida a Commedia. Como referencial teórico para este artigo, utilizar-se-á, principalmente, a obra de Italo Calvino e a de Gilles Deleuze e Félix Guattari, com a teoria dos rizomas.


Author(s):  
Luca Bacchini
Keyword(s):  

A obra de Chico Buarque, considerada em todas as variedades de suas expressões, revela desde sempre a peculiar capacidade de tecer um intenso diálogo com as obras de outros autores. Obviamente, dependendo da perspectiva crítica, tal característica pode ser enaltecida como admirável vocação à intertextualidade ou, pelo contrário, estigmatizada como desdenhável propensão ao plágio. A partir de uma leitura comparada entre o seu terceiro romance, Budapeste (2006), e Se um viajante numa noite de inverno (1979), de Italo Calvino, pretendo propor uma reflexão sobre a ideia de plágio, evidenciando como o diálogo descontrolado e imprevisível entre livros, escritores e leitores seja um dos recursos mais preciosos e misteriosos da literatura.


2016 ◽  
Vol 5 ◽  
pp. 1
Author(s):  
José Yvan P. Leite ◽  
Marlúcia Menezes de Paiva ◽  
Olívia de Medeiros Neta ◽  
Valentín Martínez-Otero Pérez

A estratégia de reservar alguns volumes anualmente para publicações voltadas para temas específicos está no escopo da HOLOS, caso desta, a qual trata sobre a temática “educação escolar e social”. É fruto da colaboração com o I Seminário Pedagógico Hispano-Brasileiro: práticas escolares e socioeducativas ocorrido na Faculdade de Educação da Universidade Complutense de Madri-UCM, em novembro de 2015.O primeiro artigo traz uma discussão sobre o papel da Arquidiocese de Natal no pós-segunda guerra mundial e as ações que extrapolaram o culto puramente individual, voltando-se para práticas sociais, particularmente com a criação do Serviço de Assistência Rural-SAR, em 1949. Os desdobramentos resultaram em um apostolado diferente do até então praticado, tais como, missões rurais, cooperativas de produção artesanal, sindicatos rurais, escolas de alfabetização pelo rádio e formas inovadoras de organização das comunidades.O segundo artigo trata das práticas de educação socioeducativas em São Luís, Estado do Maranhão, Brasil. O trabalho apresenta resultados do conhecimento da infância, suas concepções, suas concepções, seus cuidados, assistência e sua educação não escolar durante as primeiras décadas do século XX.  O terceiro artigo apresenta experiências escolares para a infância desvalida no período do império no Brasil.O artigo seguinte traz uma discussão sobre o movimento da economia solidária e suas diretrizes educativas, já o sexto artigo aborda o impacto da sociedade tecnológica globalizada e os impactos na cidadania. O sétimo trabalho relata a importância da pedagogia social nas universidades europeias e a implantação nas universidades latino-americanas. A descrição das etapas do desenvolvimento como disciplina científica e concepções é apresentada como referência à Universidade Complutense de Madri.A oitava colaboração apresenta pesquisa sobre envelhecimento educacional, realizada no período entre 2000-2014 em revistas espanholas disponíveis no Journal Citation Report. A publicação seguinte apresenta práticas escolares do Jardim de Infância Modelo de Natal, Rio Grande do Norte no período entre 1950-1960, como instituição de educativa de relevância para história social da infância no Brasil.O décimo artigo aborda uma investigação sobre a pedagogia nas cidades com base na obra As cidades invisíveis de Ítalo Calvino. O artigo seguinte apresenta a “teoria da inteligência unidiversa” que se enfatiza que a inteligência é uma faculdade unitária e múltipla. Sob a ótica educativa, o reconhecimento intelectual implica no compromisso de despertar a inteligência básica em cada um dos estudantes, de modo a despertar as potencialidades e suas limitações são compensadas.O último artigo apresenta investigação acerca da educação escolar no Rio Grande do Norte ao longo do século XX, com ênfase nos grupos escolares: sua organização, seus professores, sua cultura escolar, suas relações com a normatização, entre outros aspectos.Enfim, a integração entre os pesquisadores espanhóis e brasileiros constituiu este dossiê denominado “Educação Escolar e Social”, como ação de cooperação entre a Universidade Federal do Rio Grande do Norte, a Universidade Complutense de Madri e o Instituto Federal do Rio Grande do Norte.Convido-os a uma ótima leitura! Natal, 18 de setembro de 2016.  Prof. José Yvan Pereira Leite                                               Profª Marlúcia Menezes de PaivaProfª Olívia de Medeiros NetaProf. Valentín Martínez-Otero Pérez  


RUA ◽  
2017 ◽  
Vol 23 (1) ◽  
pp. 63
Author(s):  
Fernanda Cristina de Paula ◽  
Eduardo Marandola Junior
Keyword(s):  

Esse artigo discorre sobre apropriação do espaço a partir de um conto do livro “Marcovaldo ou as estações na cidade”, de Italo Calvino. Mediante uma postura de escavação dos sentidos, acompanhamos Marcovaldo e sua principal demanda: encontrar a “natureza pura” no interior da cidade industrial. Discutimos essa demanda ao perscrutar os sentidos: da necessidade de Marcovaldo de escapar do espaço de desconforto, do seu desejo pelo espaço da tranquilidade, de suas estratégias (frustradas) de tornar um banco da praça em cama. Essas desventuras de Marcovaldo denotam a experiência de ser-no-mundo e como a apropriação está presente nela, levando-nos a refletir sobre como a apropriação do espaço participa da ontologia humana. 


Nova Scientia ◽  
2020 ◽  
Vol 12 (24) ◽  
Author(s):  
Marina Inés De la Torre Vázquez
Keyword(s):  

El llamado “neoliberalismo” tiene su antecedente en la doctrina del liberalismo clásico, cuyos postulados económicos de origen han sido orientados hacia una visión idealizada de la supremacía del mercado, basada en la competencia despersonalizada y la insolidaridad. Esta suerte de liberalismo desideologizado impone la lógica competitiva del mercado como única alternativa para el desarrollo humano, reproduciendo asimetrías y polarizaciones en la configuración de los territorios urbanos. Si bien el neoliberalismo, por su naturaleza multiescalar, es asociado a las prácticas de la economía global, su determinación es contextual, y obedece a los rasgos distintivos de cada sitio. En tal sentido, la naturaleza de la relación entre neoliberalismo y transformaciones urbanas, merece un análisis situado al interior de la estructura socioterritorial de cada ciudad y su particular trayectoria. No obstante el evidente efecto homologador que estas prácticas económicas imprimen en la geografía urbana, prescindiendo de consideraciones de latitud o emplazamiento, la ciudad neoliberal expresa sus particulares atributos heredados de su condición de origen, vocación y elección de su destino. En tal sentido, la ciudad de Dubái constituye un caso de estudio interesante, en tanto se caracteriza por un crecimiento urbano dispuesto en unidades singulares demasiado dispersas para articular un modelo territorial reconocible. Tal como Ítalo Calvino relatara metafóricamente en Las ciudades invisibles: “[…] Cada ciudad recibe su forma del desierto al que se opone […]”, en el caso de Dubái su aplicación es literal (Calvino, 1972, p. 13). A través de la exploración documental y observación crítica de campo, se analiza este caso paradigmático de urbanismo neoliberalizado.


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