scholarly journals Mário, Bandeira e Drummond, três poetas nacionalistas

Author(s):  
Paulo Henrique Araújo

Por meio deste artigo, pretendemos analisar como os projetos estético e ideológico do Modernismo brasileiro propiciaram, em virtude de seu caráter experimental, o surgimento de vertentes do nacionalismo completamente distintas entre si. Mário de Andrade, Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira nos fornecerão exemplos dessa multiplicidade, por intermédio de alguns de seus poemas, publicados entre as décadas de 1920 e 1930.Palavras-chave: Estética. Ideologia. Poesia. Modernismo.

Author(s):  
José Luís Jobim

Neste trabalho, pretendemos explorar as questões das referências francesa e europeia, principalmente em cartas de Carlos Drummond de Andrade, Mário de Andrade e Manuel Bandeira, nos anos 1920, chamando a atenção para os imaginários construídos com as noções de “aqui” (Minas, São Paulo, Rio, Brasil, América Latina) e “lá” (França, Europa), na palavra que circula entre e através desses autores. Também formularemos uma hipótese sobre crítica literária “interna” e “externa”, envolvendo essa correspondência.


Author(s):  
Paulo Henrique Araújo

Por meio deste artigo, pretendemos analisar como os projetos estético e ideológico do Modernismo brasileiro propiciaram, em virtude de seu caráter experimental, o surgimento de vertentes do nacionalismo completamente distintas entre si. Mário de Andrade, Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira nos fornecerão exemplos dessa multiplicidade, por intermédio de alguns de seus poemas, publicados entre as décadas de 1920 e 1930.Palavras-chave: Estética. Ideologia. Poesia. Modernismo.


Author(s):  
Lenita Rimoli Esteves

O trabalho analisa cinco antologias de poesia brasileira em inglês publicadas entre 1954 e 1972, período em que nossa poesia começou a ser difundida no exterior com maior regularidade, principalmente nos Estados Unidos, em virtude de interesses políticos desse país. Primeiramente há uma descrição de cada antologia e das condições em que ela foi produzida: se foi financiada por instituições universitárias, agências governamentais, ou alguma outra fonte. A atuação de agentes culturais específicos, como poetas e tradutores estrangeiros que se envolveram com a poesia brasileira e por ela se interessaram, também é abordada. Ao final, apresenta-se o modo como quatro poetas modernistas − Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira − foram caracterizados em cada antologia.


2020 ◽  
Vol 31 (61) ◽  
pp. 200-228
Author(s):  
Ilca Vieira de Oliveira ◽  
Wesley Thales De Almeida Rocha

O poeta simbolista Alphonsus de Guimaraens foi diversas vezes celebrado pelos escritores modernistas, como Mário de Andrade e Manuel Bandeira, como representante do patrimônio cultural brasileiro, conforme também o eram, para eles, a arte e a arquitetura das cidades históricas mineiras. Carlos Drummond de Andrade e Murilo Mendes, dois dos mais importantes modernistas de Minas, estenderam essa celebração em seus versos, associando a imagem e a obra do poeta oitocentista ao universo simbólico de Minas. Do alto da modernidade, em afirmação na cultura e na literatura brasileiras, Drummond e Murilo voltam o olhar para o poeta do passado, à sua figura oclusa entre as ‘minas” de Ouro Preto e Mariana e à sua poesia melódica e quimérica, e as reinserem no contexto pouco contemplativo do século XX.  Este trabalho objetiva elaborar uma leitura crítica dos poemas: ‘Luar para Alphonsus”, de Versiprosa, ‘A visita”, de A paixão medida, e ‘Em memória de Alphonsus de Guimaraens”, Amar se aprende amando, de Carlos Drummond, e do poema ‘Contemplação de Alphonsus”, de Contemplação de Ouro Preto, de Murilo Mendes, observando como a imagem do poeta simbolista se faz presente nos versos desses poetas mineiros do século XX e como ela insere novos signos e sentidos à poética dos dois autores e à existência no mundo moderno.


Author(s):  
Amina Di Munno

Il proposito del presente articolo è quello di mettere in luce la presenza e il ruolo della città, non tanto come spazio urbano contrapposto a quello rurale-bucolico, ma di una città che assume una posizione privilegiata, da protagonista o, quanto meno, da coprotagonista, in romanzi prodotti tra la fine del secolo scorso e l’attualità nel panorama letterario brasiliano. Storia, finzione, mito, memoria sono aspetti già presenti nella città descritta durante il Modernismo da autori come Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira e Vinicius de Moraes, ma anche, in tempi diversi, da Lima Barreto, João do Rio, Rubem Fonseca, testimoni delle trasformazioni di Rio de Janeiro. Dal canto suo Mário de Andrade con l’opera Paulicéia Desvairada rivela, conciliando estetiche differenti, i cambiamenti di São Paulo dovuti anche alle forti immigrazioni. Tuttavia, l’obiettivo principale di questo testo verte sull’importanza attribuita alle città di Manaus e di Brasilia rispettivamente nei romanzi di Milton Hatoum e João Almino. Questi autori non si inseriscono nel filone del regionalismo, così marcato nella tradizione brasiliana, ma, piuttosto, fanno agire le presenze umane in un contesto cittadino che assume vita propria, quasi personificandosi.


Opiniães ◽  
2018 ◽  
pp. 90-103
Author(s):  
Elisa Domingues Coelho

A busca pela poesia que escapa à escrita, tema de tantos poemas de Carlos Drummond de Andrade, revela não ser apenas um tema transversal de sua obra, mas o princípio de funcionamento na mesma, que se cria labirinticamente a partir da reflexão sobre o caos moderno. Sua poética, portanto, não é uma lírica do cotidiano, que retira do mais ordinário acontecimento a poesia da vida, como a de Manuel Bandeira, ela vive da incompreensão e da aparente insolubilidade do presente caótico e desumano. A partir da análise feita por Antonio Candido em “Inquietudes na Poesia de Drummond” e Davi Arrigucci Júnior em Coração Partido, vemos como a obra do poeta se movimenta entre os impasses da própria literatura no mundo moderno. Se é a expressão da sua incompreensão e perplexidade diante dos acontecimentos, é também uma preocupação de responder ao tempo presente, como expresso por Mário de Andrade em “O movimento modernista”. É, então, uma lírica que se cria tal qual o Áporo, debatendo-se entre impasses, fazendo do bloqueio seu princípio poético e é na insolubilidade, na ausência de qualquer esperança que o inseto se metamorfoseia em flor e o caos se faz poesia. 


2021 ◽  
Author(s):  
Maria do Rosário Alves Pereira

Este livro investiga o papel exercido por Mário de Andrade como crítico literário em sua epistolografia para escritores(as) mineiros(as), de diferentes grupos e gerações, tais como Carlos Drummond de Andrade e Martins de Almeida; Henriqueta Lisboa e Oneyda Alvarenga; Fernando Sabino e Alphonsus de Guimaraens Filho, entre outros. Percebe-se que os escritores, ainda que acatassem as sugestões mariodeandradianas e, em grande medida, as colocassem em prática na confecção do texto literário, mantinham, ao mesmo tempo, uma postura crítica e autônoma em relação aos apontamentos que recebiam. Desenvolve-se o conceito de carta-crítica, fundamental para as leituras aqui empreendidas, a fim de delinear como Mário, por meio de sua “sinceridade”, procurava orientar seus correspondentes. Procura-se demonstrar que o meio epistolar funcionou como uma espécie de laboratório tanto para o escritor paulista quanto para os jovens que dele se aproximavam, pois nas cartas se encontram a gênese de obras e, sobretudo, discussões profícuas sobre o fazer literário, a arte, o papel do intelectual e o do próprio crítico. Ao final, fica demonstrado o valor literário e histórico-cultural imbuído nessa vasta correspondência, que, seguramente, agrega novos sentidos à memória literária brasileira.


Author(s):  
Juliana Lopes Melo Ferreira Sabino

O presente trabalho tem o objetivo principal de analisar a maneira como se constrói a temática da morte e da solidão nos poemas de Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira, por meio da utilização das figuras de linguagem, utilizando como corpus quatro poemas, dois de cada autor. Manuel Bandeira é um dos principais nomes da primeira geração do modernismo brasileiro. Dentre os poemas que compõem suas obras há vários voltados ao universo infanto-juvenil, como o famoso “Trem de Ferro”. Mesmo que nas produções literárias Drummonianas o público alvo não sejam, especialmente, voltadas às crianças, grande parte de seus poemas são recomendados para leitura durante essa fase. A Literatura infanto-juvenil não deve ser considerada com gênero menor e sim tomada com a mesma importância que as outras, pois as habilidades e competências discursivas de leitura são desenvolvidas em cada fase de desenvolvimento do ser humano.  


PROLÍNGUA ◽  
2020 ◽  
Vol 15 (1) ◽  
pp. 134-144
Author(s):  
André Cervinskis

RESUMO: A procura dessa brasilidade, portanto, perpassa toda obra poética de Bandeira, desde a valorização da cultura popular, do jeito de ser do brasileiro, até a defesa de um português do Brasil. Desde os inícios do Modernismo, Bandeira se posicionou a favor de um português do Brasil, uma variante do português, mas que conservou características da miscigenação, empreendida aqui pelo colonizador, defendendo que a fala do povo deveria ter lugar nos romances nacionais, como o fazia Mário de Andrade. E essa singularidade, na maneira de escrever e falar do brasileiro, foi assumida categoricamente por Manuel Bandeira, depois de impulsionada por Mário de Andrade, especialmente por meio das inúmeras crônicas que escreveu e da correspondência mantida com ele, por mais de 20 anos. Na sua poesia, encontramos traços de brasilidade, como a religiosidade dessacralizada (trato informal e afetivo com os santos); valorização da oralidade e da cultura popular (a voz do povo recheada de falares e gírias), manifestando a influência cultural das três identidades que formam a brasileira (a europeia, a indígena e a africana). E essa mesma voz apareceria de forma implícita ou velada, mas sempre com propriedade, sem maiores censuras, em muito de sua produção em prosa também, com suas crônicas semanais no jornal A província, de Recife, e nos periódicos do Rio de Janeiro, especialmente o Jornal do Brasil, entre as décadas de 20 e 30. Este artigo procura discutir a opinião de Manuel bandeira sobre o idioma nacional (português do Brasil), centrado em questões de nacionalidade e identidade através de expressões linguísticas e literárias, tanto em seus versos quanto em suas crônicas.


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