scholarly journals Francesismo ou nacionalismo? Dilemas do modernismo brasileiro nas cartas dos anos 1920

Author(s):  
José Luís Jobim

Neste trabalho, pretendemos explorar as questões das referências francesa e europeia, principalmente em cartas de Carlos Drummond de Andrade, Mário de Andrade e Manuel Bandeira, nos anos 1920, chamando a atenção para os imaginários construídos com as noções de “aqui” (Minas, São Paulo, Rio, Brasil, América Latina) e “lá” (França, Europa), na palavra que circula entre e através desses autores. Também formularemos uma hipótese sobre crítica literária “interna” e “externa”, envolvendo essa correspondência.

Author(s):  
Amina Di Munno

Il proposito del presente articolo è quello di mettere in luce la presenza e il ruolo della città, non tanto come spazio urbano contrapposto a quello rurale-bucolico, ma di una città che assume una posizione privilegiata, da protagonista o, quanto meno, da coprotagonista, in romanzi prodotti tra la fine del secolo scorso e l’attualità nel panorama letterario brasiliano. Storia, finzione, mito, memoria sono aspetti già presenti nella città descritta durante il Modernismo da autori come Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira e Vinicius de Moraes, ma anche, in tempi diversi, da Lima Barreto, João do Rio, Rubem Fonseca, testimoni delle trasformazioni di Rio de Janeiro. Dal canto suo Mário de Andrade con l’opera Paulicéia Desvairada rivela, conciliando estetiche differenti, i cambiamenti di São Paulo dovuti anche alle forti immigrazioni. Tuttavia, l’obiettivo principale di questo testo verte sull’importanza attribuita alle città di Manaus e di Brasilia rispettivamente nei romanzi di Milton Hatoum e João Almino. Questi autori non si inseriscono nel filone del regionalismo, così marcato nella tradizione brasiliana, ma, piuttosto, fanno agire le presenze umane in un contesto cittadino che assume vita propria, quasi personificandosi.


2001 ◽  
Vol 21 (42) ◽  
pp. 435-455 ◽  
Author(s):  
Maria Inez Machado Borges Pinto

Este artigo tem como objetivo analisar a participação da intelligentsia paulistana na configuração do regionalismo em São Paulo. O caráter contraditório da relação entre nacionalismo/regionalismo. O artigo tenta acompanhar essas questões ao longo da década de 1920, através do exame da obra de Mário de Andrade, em que as contradições apontadas afloram, bem como as vozes dissonantes de Antônio de Alcântara Machado, Manuel Bandeira, ou de cronistas obscuros, que se colocaram à margem da tensão cosmopolitismo - nacionalismo/regionalismo.


2020 ◽  
Vol 2 (3) ◽  
pp. 92-119
Author(s):  
Ricardo Elia de Almeida Magalhães

Este trabalho investiga dois objetos principais: o livro “O turista aprendiz”, escrito por Mário de Andrade durante suas viagens pelo Norte e Nordeste do Brasil entre 1927 e 1929 e o projeto pedagógico “Parques Infantis” implementado pelo escritor na cidade de São Paulo entre 1935 e 1938. Destes dois objetos de pesquisa emergem pontos de contato, temas recorrentes que revelam a concepção de Mário de Andrade sobre arte e educação. Este artigo busca esmiuçar estes temas no intuito de revelar concepções que balizam o pensamento e o fazer artístico do autor neste período. No fim da década de 1920, Mário de Andrade fez duas viagens, uma para o Norte passando pelo Nordeste e outra para o Nordeste do Brasil. As suas impressões, concebidas como um diário de viagem e publicadas na década de 1970 com o título “O turista aprendiz”, buscam apreender a identidade brasileira, em suas múltiplas faces, através dos costumes e especificidades de cada local visitado. Na década de 1930, no período em que foi diretor do Departamento de Cultura da Prefeitura de São Paulo, Mário de Andrade pôs em prática um projeto de educação infantil denominado “Parques Infantis”, no qual crianças realizavam atividades artísticas ao ar livre inspiradas em diversas manifestações culturais do Brasil. Assim, este trabalho busca ampliar o conhecimento acerca da História da Educação no Brasil e na América Latina, e nos permite refletir sobre assuntos de grande relevância para os dias de hoje referente às mobilidades, trocas culturais, identidade, diversidade, arte, imaginação e projetos educacionais. Palavras-chave: Arte. Educação. Mário de Andrade. O turista aprendiz. Parques Infantis.


Teresa ◽  
2000 ◽  
pp. 195
Author(s):  
Ricardo Souza de Carvalho

Uma das facetas da urbanização brasileira nas primeiras décadas do século xx foi a criação ou reforma de jardins a partir de modelos europeus. A literatura tematiza o belo jardim estrangeiro, contrapondo-o a uma paisagem nacional. Este ensaio analisa os poemas “Anhangabaú” de Mário de Andrade e Jardim da praça da Liberdade” de Carlos Drummond de Andrade, comparando os processos de modernização literária em São Paulo e Belo Horizonte


MODOS ◽  
2018 ◽  
Vol 2 (1) ◽  
Author(s):  
Leila Danziger - Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Keyword(s):  

O texto aborda a série Perigosos, subversivos, sediciosos (‘Cadernos do povo brasileiro’), que integra a mostra Hiatus: a violência ditatorial na América Latina, com curadoria de Márcio Seligmann-Silva, realizada no Memorial da Resistência / Estação Pinacoteca, São Paulo, de 21 de setembro de 2017 a 12 de março de 2018. Feito a partir de publicações censuradas na ditadura civil-militar brasileira, o trabalho consiste na montagem de livros e imagens de arquivos, propondo a experiência de um novo livro – expandido e espacializado.


2018 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
pp. 9-31
Author(s):  
Arivaldo Sezyshta

Resumo: Este artigo tem por objeto apresentar a Filosofia Política Crítica da Libertação em Enrique Dussel, analisando sua gênese e evolução e mostrando a influência decisiva da filosofia da práxis de Karl Marx para esse pensamento, em especial a partir do conceito de exterioridade, entendida como sendo o âmbito onde o outro se revela, onde permanece livre em seu ser distinto. A exterioridade, precisamente, é tida pela Filosofia da Libertação como a categoria principal do legado marxiano e pressuposto teórico fundamental, que viabiliza o discurso de Dussel, sobretudo na opção radical pela vítima, marca de seu pensamento filosófico. Mediante isso, aqui se assume a tese de que há em Dussel uma parcialidade pela vítima: seu pensamento está construído, propositalmente, em favor da vítima. O esforço deste trabalho é o de mostrar que a opção pela vítima será o fio condutor de todo seu pensar, o que cobra da Filosofia da Libertação uma pretensão crítica de pensamento, fazendo com que o labor filosófico seja desafiado e provocado pela necessidade real de auxiliar a vítima, exigência do povo latino-americano em seu caminho de libertação. Em termos de resultado, para além da importância atual do pensamento marxiano para a compreensão da realidade e a crítica ao capitalismo, ressalta-se a relevância teórico-prática do pensamento dusseliano para a Filosofia Política como um todo, pelas suas contribuições no cenário contemporâneo, pela coragem em apontar em direção a outra sociedade, trans-moderna e transcapitalista, já em curso nas práticas coletivas de Bem Viver.Palavras-chaves: Filosofia. Libertação. Enrique Dussel. Bem Viver. Abstract: This article aims to present the Critical Political Philosophy of Liberation in Enrique Dussel, analysing its genesis and evolution and showing the decisive influence of Karl Marx’s philosophy to his thought. Especially from his concept of exteriority, understood as being the space where the other reveals itself, where it remains free in its distinct being. The Externality, precisely, is considered by the Philosophy of Liberation as the main category of the Marxian legacy. It is the fundamental theoretical presupposition, which makes Dussel's speech possible, mainly in the radical choice for the victim, the hallmark of his philosophical thought. Hereby the assumption is made that there is in Dussel a partiality for the victim: his thought is purposely constructed in favour of the victim. The effort of this work is to show that the option for the victim will be the guiding thread of all his thinking, which demands from the Philosophy of Liberation a critical pretension of thought. Thus, causing the philosophical work to be challenged and provoked by the real need to help the victim, the demand of the Latin American people in their way of liberation. In addition to the current importance of Marxian thought for the understanding of reality and the critique of capitalism, the theoreticalpractical relevance of Dusselian thought for Political Philosophy as a whole is emphasized by its contributions in the contemporary scenario, by the courage to point towards another society, trans-modern and transcapitalist, already under way in the collective practices of Well Living.Keywords: Philosophy. Release. Enrique Dussel. Well living. REFERÊNCIAS   ACOSTA, Alberto. O Bem Viver: uma oportunidade para imaginar outros mundos. São Paulo: Autonomia Literária, 2016.ARGOTE, Gérman Marquínez. Ensayo Preliminar y Bibliografia. In: DUSSEL, Enrique. Filosofia de la liberación latinoamericana. Bogotá: Nueva América, 1979.BOULAGA, Eboussi. La crise Du Muntu: authenticité africaine Et philosophie. Paris: Présence Africaine, 1977.CALDERA, Alejandro Serrano. Filosofia e crise: pela filosofia latinoamericana. Petrópolis: Vozes, 1984.CAIO, José Sotero. Manifesto-Declaração do Rio de Janeiro/1993. In: PIRES, Cecília Pinto (Org.) Vozes silenciadas: ensaios de ética e filosofia política. Ijuí: Editora Inijuí, 2003, p.263-271.CASALLA, Mario Carlos. Razón y liberación: notas para una filosofia latinoamericana. Buenos Aires: Siglo XXI, 1973.DUSSEL, Enrique. Filosofia da libertação - na América Latina. São Paulo: Loyola, 1977._______. Filosofia de la Liberación Latinoamericana. Bogotá: Nueva América, 1979._______. Para uma ética da libertação latino-americana III: eticidade e moralidade. São Paulo: Loyola, 1982._______. Filosofía de la producción. Bogotá: Editorial Nueva América, 1984._______. Ética comunitária. Madrid, Ediciones Paulinas, 1986._______. Introdución a la filosofía de la liberación. Bogotá: Nueva América, 1988._______. 1492 – O encobrimento do Outro: a origem do mito da modernidade. Petrópolis: Vozes, 1993. _______. Filosofia da libertação: crítica à ideologia da exclusão. São Paulo: Paulus, 1995._______. Filosofía de la Liberación. Bogotá: Editorial Nueva América, 1996._______. Ética da libertação na idade da globalização e da exclusão. Petrópolis: Vozes, 2000. _______. Hacia una filosofia política crítica. Bilbao: Desclée, 2001._______. 20 teses de política. São Paulo: Expressão Popular, 2007.FANÓN, Franz. Os condenados da terra. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1979.FLORES, Alberto Vivar. Antropologia da libertação latino-americana. São Paulo: Paulinas, 1991.FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1974 GULDBERG, Horacio C. Filosofía de la liberación latinoamericana. México: Fondo de Cultura Económica, 1983.IFIL. Livre Filosofar: Boletim Informativo do Ifil, Ano IX, No.18, 1988.LAS CASAS, Bartolomé de. O Paraíso perdido: Brevíssima relação da destruição das Índias. Trad.: Heraldo Barbuy. 6 ed. Porto Alegre: L&PM, 1996.LATOUCHE, Serge. Pequeno tratado do decrescimento sereno. São Paulo: Martins Fontes, 2009.LÖWY, Michael. Ecologia e Socialismo. São Paulo: Cortez, 2005.MARTI, José. Política de  nuestra América. México: Siglo XXI, 1987.SEZYSHTA, Arivaldo José e et al. Por uma terra sem males: seminário de formação para educadores e educadoras. Recife: Dom Bosco, 2003.ZEA, Leopoldo. Dependencia y liberación en la cultura Latinoamericana. México: Joaquín Mortiz, 1974.ZIMMERMANN, Roque. América Latina o não ser: uma abordagem filosófica a partir de Enrique Dussel (1962-1976). Petrópolis: Vozes: Petrópolis, 1987.


1970 ◽  
Vol 5 (3) ◽  
Author(s):  
Marcelo Bruno de Rezende ◽  
Aldo Elias Kiyoshi Takano de Saidneuy ◽  
Luiz Gustavo Guedes Diaz ◽  
Marcela Balbo Rusi ◽  
Marcelo de Melo Viveiros ◽  
...  

O transplante hepático revolucionou a expectativa de vida dos pacientes com doença hepática em estágio avançado, tornando-se muitas vezes a única modalidade terapêutica efetiva para uma variedade de doenças hepáticas crônicas ou agudas irreversíveis.1-4Deve-se a C. S. Welch as primeiras tentativas de transplante hepático experimental em cães, em 1955.5 Embora a técnica de transplante hepático em humanos tenha sido descrita inicialmente em 1960,6,7 o primeiro transplante de fígado no homem foi realizado em 1963 na Universidade do Colorado em Denver (EUA) por Thomas Starzl8 em um paciente de três anos de idade com atresia de vias biliares e que foi a óbito no transoperatório por sangramento. O primeiro transplante hepático realizado em humanos com sucesso foi alcançado por esta mesma equipe em 1967 em uma criança de um ano e meio com carcinoma hepatocelular.1Desde então a técnica operatória tem sido constantemente modificada e aprimorada, sendo necessárias quase duas décadas para que o transplante hepático se consolidasse como uma alternativa terapêutica cientificamente comprovada.O Brasil entra precocemente na era dos transplantes de fígado. Em 1965, o grupo de metabologia cirúrgica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo produz as primeiras pesquisas experimentais sobre transplante de fígado em cães. No dia 5 de agosto de 1968, foi realizado com sucesso técnico o primeiro transplante de fígado da América Latina no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), em um doente com 52 anos de idade, portador de cirrose hepática e carcinoma hepatocelular... 


Author(s):  
Andrés Arauz
Keyword(s):  

<p>El progresismo del Ecuador enfrentó limitaciones de partida, vinculados al contexto global y regional. Desde un inicio buscó superar estas limitantes mediante políticas y acciones audaces a nivel nacional –soberanía– y a nivel regional integración–. Se caracteriza el orden económico global imperante, se describen las limitaciones de partida específicas para el progresismo del Ecuador, –la carrera económica hacia abajo vigente en la Subregión–, se detallan un grupo de medidas que se llevaron a cabo en términos de soberanía e integración, se exponen un cúmulo de limitaciones de carácter externo que se encontraron a lo largo de los procesos progresistas de Nuestra América –como la guerra económica y la guerra de la información–, se presentan una serie de errores comunes a estos procesos –especialmente a nivel de hegemonía–, y se examinan los desafíos venideros. Instancias como el Foro de Sao Paulo deben saltar a ser un instrumento político regional, con estructura orgánica regional, un frente progresista latinoamericano.</p>


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