scholarly journals COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E POTENCIAL DE REGENERAÇÃO DA MATA CILIAR REMANESCENTE DE UM TRIBUTÁRIO DO VACACAÍ-MIRIM, SANTA MARIA - RS

2018 ◽  
Vol 28 (4) ◽  
pp. 1546
Author(s):  
Denise Ester Ceconi ◽  
Igor Poletto ◽  
Simone Martini Salvador ◽  
Daniel Gustavo Allasia Piccilli

O presente trabalho teve como objetivo avaliar a composição florística da mata ciliar remanescente da Sanga Lagoão do Ouro, procurando obter informações acerca de sua degradação, analisando a distribuição das espécies nos diferentes estratos florísticos, a regeneração natural e a presença de espécies exóticas. O estudo foi realizado na mata ciliar da Sanga Lagoão do Ouro, tributário de 3ª ordem do Vacacaí-mirim. Sua nascente localiza-se em área urbana, percorrendo várias vilas, o Campus da UFSM, além de uma extensa área rural. Os solos predominantes classificam-se como: Argissolos Bruno-Acinzentados, Vermelho-Amarelos e Vermelhos, além de Planossolos Háplicos, sendo estes de baixa fertilidade natural e bastante suscetíveis à erosão hídrica. O levantamento florístico ocorreu em 12 parcelas de 300 m2 cada, demarcadas ao longo da margem da Sanga Lagoão do Ouro, em que foram avaliados os estratos: plântulas, regeneração natural e arbóreo. O levantamento florístico mostrou haver degradação da mata ciliar, evidenciada pelo baixo número de espécies nativas, pela má distribuição das espécies nos diferentes estratos e pela grande presença de espécies exóticas. Possuem maior potencial de regeneração natural nas espécies que apresentaram maior frequência e que aparecem nos três estratos florísticos levantados, tais como: Eugenia uniflora, Allophylus edulis (A.St.-Hil., Cambess. & A. Juss.) Radlk, Psidium guajava L., Cestrum strigilatum Ruiz & Pav., Prunus myrtifolia (L.) Urb., Zanthoxylum rhoifolium Lam., Casearia sylvestris Sw., Cupania vernalis Cambess. e Schinus terebinthifolius Raddi.

2003 ◽  
Vol 38 (12) ◽  
pp. 1477-1482 ◽  
Author(s):  
Eduardo Suguino ◽  
Beatriz Appezzato-da-Glória ◽  
Paulo Sérgio Rodrigues de Araújo ◽  
Salim Simão

O camu-camu [Myrciaria dubia (Humb., Bonpl. & Kunth) McVaugh], da família Myrtaceae, é encontrado em áreas inundáveis da Região Amazônica e utilizado como conservante em antioxidantes por seu alto teor de ácido ascórbico. O objetivo deste trabalho foi avaliar porta-enxertos desta família, adaptados a terra firme, visando à propagação vegetativa de camu-camu. Selecionaram-se duzentas e quarenta mudas de camu-camu, goiabeira (Psidium guajava L.) e pitangueira (Eugenia uniflora L.), que receberam quatro tipos de enxertia, originando doze tratamentos de sessenta plantas, com cinco repetições. Apenas o porta-enxerto de camu-camu se mostrou compatível. A incompatibilidade entre camu-camu e os porta-enxertos de goiabeira e pitangueira foi demonstrada por análises anatômicas.


2009 ◽  
Vol 19 (1) ◽  
Author(s):  
Angela Luciana de Avila ◽  
Marileia Da Silva Argenta ◽  
Marlove Fátima Brião Muniz ◽  
Igor Poleto ◽  
Elena Blume
Keyword(s):  

2013 ◽  
Vol 7 (3) ◽  
pp. 322 ◽  
Author(s):  
Jonas Eduardo Bianchin ◽  
Pierre André Bellé

As formações florestais encontram-se alteradas, sobretudo à ação antrópica. Principalmente as florestas aluviais, que por sua localização e função ecológica, devem ser preservadas e recuperadas, para isso é fundamental conhecer a fitossociologia e estrutura da floresta. Assim, objetivou-se com este trabalho avaliar os parâmetros fitossociológicos e estrutura de um fragmento de Floresta Estacional Decidual Aluvial em Santa Maria, RS. Para isso, foram mensuradas 74 parcelas contíguas de 10 x 10 m (100 m²), e considerados todos os indivíduos com CAP maior que 10 cm. Foram identificadas 32 espécies, na sua grande maioria espécies pioneiras, pertencentes a 19 famílias botânicas. O número de espécies amostradas no fragmento foi baixo, enquanto os indivíduos mortos apresentaram quantidade relativamente elevada, o que se deve, possivelmente, às intervenções antrópicas na área e ao processo de sucessão secundária. Algumas espécies, como Casearia sylvestris, Symplocos uniflora, Mimosa bimucronata, Lithrea molleoides e Zanthoxylum rhoifollium se destacaram apresentando os maiores valores dos parâmetros fitossociológicos, havendo predomínio das duas primeiras sobre as demais. Da mesma forma, a análise do Valor de Importância Ampliado mostrou que C. sylvestris e S. uniflora são as espécies mais importante do fragmento, pois estão mais bem distribuídas em todos os estratos verticais.


2004 ◽  
Vol 18 (2) ◽  
pp. 391-399 ◽  
Author(s):  
Maria Franco Trindade Medeiros ◽  
Viviane Stern da Fonseca ◽  
Regina Helena Potsch Andreata

Os sitiantes que residem na Reserva Rio das Pedras, localizada no município de Mangaratiba, Estado do Rio de Janeiro, têm origem nos meeiros que trabalhavam nas plantações de banana da antiga fazenda Goiabal. Atualmente, esta fazenda corresponde ao Club Méditerranée, na cota próxima ao oceano Atlântico e à Reserva Rio das Pedras, acima da Rodovia Rio/Santos (BR-101), sendo um remanescente de Floresta Ombrófila Densa no Estado. O objetivo deste estudo foi resgatar informações sobre o uso de plantas medicinais pelos sitiantes que ainda residem nesta Reserva. Através de entrevistas estruturadas e semi-estruturadas aplicadas junto à comunidade, pôde-se fazer um levantamento das plantas presentes ao redor das casas dos mesmos. Ao todo foram citadas 36 espécies medicinais, distribuídas em 34 gêneros e 25 famílias. Estas espécies estão relacionadas a 28 usos medicinais, organizados em sete categorias. Predominaram espécies de plantas herbáceas (21 spp.) seguidas das arbustivas (oito spp.) e arbóreas (cinco spp.). Constatou-se que a folha foi a parte mais utilizada e o modo de preparo do remédio foi o decocto. Quantificou-se o número de citações por informante para cada táxon, possibilitando a indicação das espécies mais utilizadas na área, como a erva-de-santa-maria (Chenopodium ambrosioides L.) e a pitanga (Eugenia uniflora L.).


2012 ◽  
Vol 42 (1) ◽  
pp. 6-12 ◽  
Author(s):  
Adrise Medeiros Nunes ◽  
Fernanda Appel Müller ◽  
Rafael da Silva Gonçalves ◽  
Mauro Silveira Garcia ◽  
Valmir Antonio Costa ◽  
...  

As moscas frugívoras (Tephritoidea) são as principais pragas da fruticultura de clima temperado no Brasil. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a infestação desses dípteros e a ocorrência de seus parasitoides em frutíferas nos municípios de Pelotas e Capão do Leão, localizados na região Sul, nas safras agrícolas de 2007/08 e 2008/09. Foram coletados frutos de araçazeiro-amarelo e vermelho (Psidium cattleianum Sabine, 1821), butiazeiro [Butia capitata (Mart.) Becc., 1916], caquizeiro (Diospyros kaki Linnaeus, 1753), cerejeira-do-mato (Eugenia involucrata DC., 1828), goiabeira [Psidium guajava (Linnaeus, 1753)], goiabeira-serrana [Acca sellowiana (Berg.) Burret, 1941], nespereira [Eriobotrya japonica (Thunb.) Lindley, 1822], pessegueiro [Prunus persicae (L.) Batsch, 1801], pitangueira (Eugenia uniflora Linnaeus,1753) e uvalheira (Eugenia pyriformis Cambessèdes, 1832). Os frutos foram coletados e transportados para o laboratório, onde foram individualizados e determinados os seguintes parâmetros: índice de infestação das moscas, índice de parasitismo e frequência de indivíduos por espécie de parasitoide. Foram constatadas duas espécies de Tephritidae, Anastrepha fraterculus (Wiedemann, 1830) (90,5%) e Ceratitis capitata (Wiedemann, 1824) (9,5%) e duas de Lonchaeidae, Neosilba zadolicha McAlpine & Steyskal, 1982 (87,8%) e uma espécie ainda não descrita, referida como Neosilba n. sp. 3 (12,2%). Anastrepha fraterculus é a espécie mais abundante nos dois municípios, sendo constatada na maioria das frutíferas coletadas. Caquizeiro e goiabeira foram os hospedeiros que apresentaram o maior índice de infestação por C. capitata. Quanto às espécies de Neosilba, a maior infestação ocorreu em frutos de goiabeira-serrana. Dos parasitoides emergidos, foram identificadas três espécies, sendo duas de Braconidae, Doryctobracon areolatus (Szépligeti, 1911) (52,6%) e Opius bellus (Gahan, 1930) (27,5%) e uma espécie de Figitidae, Aganaspis pelleranoi (Brèthes, 1924) (20,0%). Doryctobracon areolatus foi o parasitoide mais frequente na maioria das frutíferas amostradas, com exceção da pitangueira e cerejeira-do-mato em que predominou O. bellus, e em pessegueiro com predomínio de A. pelleranoi.


2018 ◽  
Vol 5 (10) ◽  
pp. 799-804
Author(s):  
Yasmin Emanuelle Santos Pereira de Lima ◽  
Manuela do Livramento Santos Pereira de Lima ◽  
Edielson Gonçalo Gomes

Trabalhos de educação ambiental que envolvam práticas de arborização na área urbana das cidades são fundamentais para o processo de ensino aprendizagem, formação crítica da população, além de promover o conforto térmico do local. Também auxilia na conservação e recuperação da vegetação nativa em áreas urbanas. Desta forma, este trabalho teve por objetivo conscientizar a população sobre os efeitos positivos da arborização e realização de doações de mudas para sua prática em todo o Município de Bayeux, Estado da Paraíba, Nordeste do Brasil. Tendo como foco a educação ambiental como uma prática de preservação e conservação das espécies e da interdisciplina-ridade. O trabalho foi executado junto ao Programa Prefeitura nos Bairros. Realizou-se uma pesquisa a respeito de espécies nativas típicas de áreas de Mata Atlântica e frutíferas, posteriormente foram adquiridas mudas de espécies nativas (ipê branco Tabebuia roseo-alba, ipê rosa Handroanthus heptaphyllus e cumaru Dipteryx odorata) e cinco tipos de frutíferas (graviola Annona muricata, goiaba Psidium guajava, caju Anacardium occidentale, pinha Annona squamosa e acerola Malpighia emarginata), que foram doadas, após realização de palestras de conscientização da importância da arborização nos bairros e na cidade em geral, em 12 escolas municipais de ensino fundamental. Ao todo foram doadas 630 mudas. Conclui-se que através de práticas interdisciplinares houve a educação ambiental com cidadãos do município, para a preservação das espécies e promoção de conforto térmico trazendo qualidade de vida.


Author(s):  
Flávia Gisele König Brun ◽  
Solon Jonas Longhi ◽  
Eleandro José Brun ◽  
Ângela S. Freitag ◽  
Mauro Valdir Schumacher
Keyword(s):  

Estudou-se a fenologia e influência da poda sobre 37 indivíduos (Lagerstroemia indica (08), Tabebuia chrysotricha (06), Eugenia uniflora (08), Caesalpinia peltophoroides (09) e Tipuana tipu (06)) da arborização de Santa Maria/RS, nas fenofases mudança foliar, floração e frutificação, durante 01 ano. Lagerstroemia indica apresentou desfolhamento durante 05 meses e brotação em 07, botões florais durante 06 e floração em 05. É sensível à poda, recomendando-se apenas podas leves. Tabebuia chrysotricha apresentou desfolhamento em 04 meses, brotação e folhas novas em 11 e velhas todo período, sendo fonte de inóculo da Crosta-marrom, recomendando-se poda dos ramos contaminados. A floração e frutificação apresentaram ciclo curto. A espécie aceita bem poda. Eugenia uniflora possui sua mudança foliar, floração e frutificação entre 10-12 meses, com sérias restrições à poda na frutificação. Para Caesalpinia peltophoroides, mudança foliar apresentou-se por 10-12 meses. Floração e frutificação apresentaram comportamento semelhante às de condições naturais. A poda não deve ser realizada na floração, pois reduz sua ocorrência. Na Tipuana tipu, o desfolhamento apresentou-se por 06 meses. As demais fenofases foliares ocorreram por 12. A floração apresentou-se em 02 meses, frutos novos em 05 e maduros em 03. A poda participa como indutor foliar, floral e maturação dos frutos.


2016 ◽  
Vol 4 (1) ◽  
pp. 19
Author(s):  
Leticia Daiane Pedrali ◽  
Juliana Marchesan ◽  
Túlio Barroso Queiroz ◽  
Talita Baldin ◽  
Rita Dos Santos Sousa ◽  
...  

O objetivo desta pesquisa foi caracterizar e comparar o comportamento espectral de seis espécies arbóreas presentes na Universidade Federal de Santa Maria/RS. As espécies estudadas foram Eucalyptus sp., Ficus benjamina, Inga marginata, Schinus terebinthifolius, Psidium cattleyanum e Handroanthus chrysotrichus. Foram coletadas aleatoriamente sete folhas sadias por espécie, posteriormente analisadas pelo espectrorradiômetro FieldSpec®3, no intervalo de 350 a 2.500 nm. As reflectâncias médias foram utilizadas no cálculo de 61 índices de vegetação. A partir do matriz índice x espécie realizou-se análise de componentes principais. As diferenças entre os comportamentos espectrais das espécies, por bandas do sensor WorldView-2, foram testadas por meio de análise de variância (Tukey). As análises estatísticas foram realizadas no programa R. A análise de agrupamento (método Ward), considerando a distância euclidiana como medida de dissimilaridade, foi realizada com o PC-ORD 6.0. A obtenção e o processamento dos dados espectrais foram realizados nos programas ASD ViewSpecPro 4.05 e SAMS 3.2. O primeiro componente abrangeu 90,94% da variância dos dados. Como resultado, observou-se que a banda com menor relação entre o agrupamento e as diferenças das médias por espécie foi a do Vermelho, enquanto as bandas do Costal, Azul, Verde, Amarelo e Vermelho obtiveram comportamentos semelhantes, com diferenciação das espécies F. benjamina (exceto na banda do Verde), I. marginata (Verde e Amarelo), e P. cattleyanum (Verde). Na banda RedEdge não houve distinção entre espécies. As diferenças de refletâncias foram mais evidentes nas bandas Infravermelho Próximo 1 e 2. Os Índices de Vegetação Otimizada 1 e Razão Simples 8 foram os mais indicados nos estudos das espécies.


Author(s):  
Eleandro José Brun ◽  
Suzana Ferreira da Rosa ◽  
Cristiane Roppa ◽  
Mauro Valdir Schumacher ◽  
Flávia Gizele König Brun

A nutrição mineral de árvores urbanas deve ser considerada na implantação e condução de projetos de arborização. Objetivou-se fornecer parâmetros para essa prática, avaliando-se o teor de nutrientes nas folhas de cinco espécies florestais nativas presentes na arborização do Câmpus da Universidade Federal de Santa Maria/Rio Grande do Sul. Amostras foliares foram coletadas de ramos jovens, na porção média da copa, em exposição norte, preparadas e analisadas quanto aos teores de macro e micronutrientes. Eugenia uniflora apresentou deficiência de N e P. Parapiptadenia rigida apresentou teor muito baixo para P, mesmo com bom teor disponível no solo. Todas as espécies apresentaram teores adequados de K e Ca, pelo bom suprimento via solo e teores baixos de Al no mesmo. Cedrella fissilis apresentou-se adequadamente suprida de Mg, porém Caesalpinia pluviosa mostrou deficiência. Eugenia uniflora apresentou-se deficiente de S. Cedrella fissilis e Peltophorum dubium apresentaram deficiência de B. Todas as espécies mostraram teores entre adequados e altos de Cu. Peltophorum dubium apresentou teor abaixo do adequado para o Fe, mesmo assim sem deficiência. Parapiptadenia rigida apresentou toxicidade de Fe. Cedrella fissilis, Eugenia uniflora e Caesalpinia pluviosa apresentaram deficiência de Mn. Eugenia uniflora, Parapiptadenia rigida e Caesalpinia pluviosa apresentaram teores deficientes de Zn


1997 ◽  
Vol 7 (1) ◽  
pp. 27 ◽  
Author(s):  
Adriane Brill Thum ◽  
Ervandil Corrêa Costa

Com o objetivo de analisar qualitativamente e quantitativamente os Coreidae associados a diferentes essências florestais nativas, no período de agosto de 1993 a julho de 1995, foram coletados insetos em copas de dez espécies botânicas, localizadas em uma mata ciliar, no município de Caibaté-RS (Brasil). Realizou-se coletas quinzenais, utilizando-se um funil cônico confeccionado com folha de flandres (2mm), tendo 70 cm de diâmetro na maior abertura e 63cm de altura. Retirou-se uma amostra por espécie botânica e por data de coleta obtida através de dez sacudidas dos ramos sobre o funil. Realizadas as coletas, o material era levado ao Laboratório de Entomologia do Departamento de Defesa Fitossanitária - CCR, da Universidade Federal de Santa Maria-RS, onde realizou-se a triagem e identificação do material. Identificou-se um total de 11 espécies de Coreidae. Jadera sanguinolenta foi a espécie com maior número de indivíduos. Casearia sylvestris foi a planta hospedeira que abrigou maior número de espécies e maior número de insetos. Myrocarpus frondosus não hospedou nenhuma espécie de Coreidae.


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