O descomissionamento e encerramento das atividades em aterros controlados e lixões, embora almejado, gera grande preocupação a todos os países. Além do enorme passivo ambiental, a produção constante de subprodutos continua a impactar o ambiente mesmo depois do encerramento das atividades nesses locais. Com os avanços tecnológicos, ferramentas importantes foram desenvolvidas visando não somente a remediação, mas também a recuperação dessas áreas e dos subprodutos gerados por ela. O lixiviado emitido por aterros, além de conter níveis significativos de poluentes, gera um custo elevado para ser devidamente armazenado e tratado. Algumas alternativas sustentáveis para seu tratamento se destacaram, uma delas é a fitorremediação utiliza plantas e sua microbiota associada na remoção de poluentes da água e do solo. Trata-se de uma tecnologia de baixo custo, pouca mão de obra, com resultados satisfatórios, abarca um ramo de contaminantes numeroso, atua tanto nos quesitos ambientais, como os sociais e econômicos. O objetivo deste trabalho é apresentar uma síntese de estudos acerca da fitorremediação em lixiviado de aterros controlados e lixões visando a recuperação ambiental. O presente trabalho apresenta uma revisão bibliográfica de artigos sobre fitorremediação em áreas de aterros indexados na Principal Coleção do “Web of Science” no período de 2005 a 2020. A análise bibliográfica demonstrou o enorme potencial da técnica relatando uma grande diversidade de espécies, entretanto muitos trabalhos focam em plantas já amplamente conhecidas como Populus sp, Salix sp., e as macrófitas Eichhornia crassipes e Typha latifólia. Foi observada uma diversidade ampla de poluentes tratados, porém a maioria desses são comuns a diversas áreas contaminadas, não apenas as áreas de aterro. Foi observada a necessidade de estudos com maior diversidade de espécies vegetais, visando inclusive a utilização de espécies nativas com potencial fitorremediador já relatado em outros trabalhos.