gayatri spivak
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(FIVE YEARS 70)

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7
(FIVE YEARS 1)

2021 ◽  
Vol 16 ◽  
pp. 2357
Author(s):  
Yasmin D’Almeida Chedid ◽  
Marcus Wilcox Hemais
Keyword(s):  
De Se ◽  

O imaginário feminino de beleza e sexualidade ainda se faz presente dentro do setor de turismo. Todavia, ao colocar a mulher brasileira como centro deste imaginário, verifica-se que há um processo de silenciamento desse sujeito, impossibilitando-o de se autorrepresentar. Tal silenciamento é visto por autoras pós-coloniais, particularmente Gayatri Spivak, como uma dupla subalternização desse sujeito: pelo patriarcado e pelo colonialismo. O presente estudo buscou, então, analisar, por meio da teoria pós-colonial de Spivak, como mulheres brasileiras, em um contexto de turismo no Norte Global, são subalternizadas por estrangeiros. Para isso, foram realizadas 14 entrevistas em profundidade com mulheres brasileiras, que viajaram a turismo para tais países. A análise mostra três reações diferentes de estrangeiros frente às entrevistadas após descobrirem as suas nacionalidades, além de discutir como a subalternidade de tais mulheres ocorre por meio de representações irreais da figura feminina brasileira; das violências psicológica e física sofridas por elas enquanto no exterior; e da figura masculina brasileira como seu salvador contra os estrangeiros. Não há espaço, portanto, para as entrevistadas serem mulheres no sentido Eurocêntrico do que vem a ser uma mulher, pois sua nacionalidade as coloca em uma posição de inferioridade e objetificação.


2021 ◽  
Vol 56 (2) ◽  
pp. 241-250
Author(s):  
Larissa Dias Barbosa ◽  
Mauro Dunder
Keyword(s):  

O presente artigo discute onde se situa o discurso da lesbianidade e as maneiras de fazê-lo na literatura de Natalia Borges Polesso. A partir dos conceitos de “outro lugar” e “space-off” de Tereza da Lauretis (1994), de “continuum lésbico”, de Adrienne Rich (2010) e de “subalternidade”, de Gayatri Spivak, (2010) procuramos elucidar os espaços de onde emergem os textos da lesbianidade em meio ao discurso hegemônico, essencialmente heteronormativo e patriarcal. Para isso, debruçamo-nos sobre os contos “Flor, flores, ferro retorcido” e “As tias” da escritora brasileira Natalia Polesso, analisando a maneira com a qual a autora rompe esse discurso hegemônico, através da revisão de estereótipos e do pensar o estar-no-mundo das personagens.


Letrônica ◽  
2021 ◽  
Vol 14 (3) ◽  
pp. e39068
Author(s):  
Thallys Oliveira ◽  
Ana Emília Ferreira
Keyword(s):  

Neste trabalho, analisamos o modo como acontece, na obra Torto arado (2019), de Itamar Vieira Junior, o processo de evolução de consciência relacionada à condição de subalternidade a nível racial. Tal processo pode ser apreendido a partir das ações das personagens, que passam a assumir uma postura ativa frente à tradicional estrutura de exploração a que estão submetidas. A partir dos episódios apresentados pelas narradoras do romance, três mulheres negras que contam a própria história e a do grupo que integram, identificamos, descrevemos e interpretamos eventos que, em um primeiro momento, sinalizam um estágio de submissão das personagens, e que, em um segundo momento, sugerem um alcance de consciência a respeito de sua condição subalterna. A fim de embasar nossas proposições analíticas, apoiamo-nos nas considerações de Gayatri Spivak (2010), sobre o conceito de subalternidade; de Proença Filho (2004), a respeito da trajetória do negro na literatura brasileira; de Dalcastagnè (2008), acerca das relações raciais na literatura brasileira contemporânea; e de Albuquerque e Fraga Filho (2006), como referencial historiográfico.


Letrônica ◽  
2021 ◽  
Vol 14 (3) ◽  
pp. e39264
Author(s):  
Joelma de Araújo Silva Resende ◽  
Raimunda Maria dos Santos ◽  
Jandira Lopes Pereira

Carolina Maria de Jesus (1914-1977) começou a frequentar a escola aos sete anos, quando um rico fazendeiro resolveu pagar o estudo de algumas crianças pobres do bairro onde morava. Aprendeu a ler e escrever e parou de estudar no segundo ano. Em Quarto de despejo – diário de uma favelada retrata, de maneira autobiográfica, o cotidiano da vida na favela paulista entre 1955 e 1960. Através da escrita de um diário e com linguagem simples, tenta desabafar e expor os lamentos e tristezas de sua vida como mulher-negra-favelada. Assim, pretende-se investigar em que medida a Literatura constitui-se fonte de pesquisa para a compreensão da realidade histórico-social vivenciada pela mulher negra e favelada no Brasil. O estudo bibliográfico qualitativo fundamentou-se em contribuições teóricas de críticos como Raymond Williams (1969), Jaques Le Goff (2003) e Gayatri Spivak (2010). O resultado revela que, apesar da miséria e marginalização, a mulher negra pode construir um espaço em que ela tenha voz.


Letrônica ◽  
2021 ◽  
Vol 14 (3) ◽  
pp. e39285
Author(s):  
Cleide Silva de Oliveira ◽  
Sebastião Alves Teixeira Lopes

Este artigo propõe-se à análise do romance O caso Meursault, de Kamel Daoud enquanto apropriação pós-colonial de O estrangeiro, de Albert Camus. O objetivo é investigar como Daoud reconstrói ficcionalmente a identidade árabe invisibilizada na escrita de O estrangeiro. O caso Meursault ressignifica o cânone literário através da reinvindicação da identidade do árabe assassinado. A voz enquanto instância de humanização é negada ao homem assassinado no texto camusiano, enquanto que, Daoud ocupa-se de uma enunciação pós-colonial para conceder-lhe voz, família, história e nome: Moussa. O aporte teórico baseia-se nas noções apresentadas por Homi Bhabha (2014), Edward W. Said (2011), Frantz Fanon (2008), Gayatri Spivak (2010), Daniela Burksdorf (2015) e Ankhi Mukherjee (2014). Conclui-se que a apropriação pós-colonial de Daoud revela uma ruptura com a invisibilidade da personagem árabe de Camus, ao mesmo tempo em que revisita o passado recente de dominação e exploração colonial francesa na Argélia.


2021 ◽  
pp. 99-111
Author(s):  
Tatiara Pinto
Keyword(s):  

Este texto pretende tecer recortes e considerações sobre o romance Ponciá Vicêncio de Conceição Evaristo, explorando algumas questões sociais, de gênero, raça, violência, autoausência, em diálogo com a noção de literatura negra, compondo um mosaico acerca do nomear, do autodefinir-se enquanto partes, braços de um corpo-literário, de uma tradição-nação carente da perspectiva social negra. Partindo da visão de grupos subalternos historicamente silenciados rumo à complexidade germinal da mulher negra anônima que alcança o espaço das Letras, da representatividade, da escuta e logo reconhecimento na Literatura Brasileira. Como suporte crítico adotam-se algumas ideias de Lélia Gonzalez, Eduardo de Assis Duarte, Regina Dalcastagnè e Gayatri Spivak.


2021 ◽  
Vol 31 (3) ◽  
pp. 15-34
Author(s):  
Carolina Correia dos Santos
Keyword(s):  

O artigo parte da discussão sobre a literatura comparada na obra de Gayatri Spivak (2003), Death of a Discipline, para elaborar um modo de leitura de perto tipicamente feminista e pós-colonial, motivado por saberes parciais e localizados e uma ativa relação com o texto lido. Uma vez formulado e impelido ao encontro da teoria pós-colonial, este modo de leitura nos ajudará a recontar a história de Fitzcarraldo, filme de Werner Herzog, especialmente através da perspectiva dos índios que, resistentes ao contato com outros povos, surpreendentemente ajudam Fitzcarraldo a navegar e tornam-se indispensáveis na sua jornada. A junção dos conceitos transdisciplinares propostos pelo feminismo com a abordagem necessariamente política da teoria pós-colonial permite a este artigo criar e aprofundar-se no “reino misterioso” que Herzog menciona no diário escrito durante as filmagens.


2021 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
pp. 37
Author(s):  
Sindhy Sintya Mianani

Novel The Buddha in the Attic karya Julie Otsuka merupakan novel yang memuat fenomena migrasi para perempuan Jepang sebagai picture brides di Amerika Serikat. Berawal dari sebuah foto yang menyimbolkan kesuksesan American Dream, para perempuan ini mengadu nasib di daratan yang selama ini dikenal dengan gaung kesuksesan yang ditawarkan oleh American Dream. Akan tetapi, para picture brides, termasuk para imigran Jepang di Amerika, mengalami diskriminasi rasial. Dari kondisi ini, muncul sebuah permasalahan lain yang dialami oleh picture brides, termasuk didalamnya para imigran Jepang, yang mengalami kesusahan dalam mendapatkan kesempatan memperoleh kesuksesan di Amerika. Isu ini kemudian mengarah ke permasalahan yang lebih mendalam, yaitu mengenai problematika American Dream dari sudut pandang picture brides dengan American Dream dari sudut pandang warga Amerika itu sendiri. Untuk menjawab permasalahan tersebut, studi ini menerapkan teori subaltern milik Gayatri Spivak sebagai kerangka pemikiran teoretis. Berdasarkan hasil analisis, nampak bahwa ada fenomena propaganda American Dream yang mereduksi nilai-nilai American Dream. American Dream yang menekankan life, liberty dan the pursuit of happiness layaknya tercantum dalam The Declaration of Independence pada kenyataannya digunakan sebagai agenda politik oleh pemerintah Amerika Serikat untuk menjaga homogenitas budaya masyarakat Amerika.


FOCUS ◽  
2021 ◽  
Vol 2 (2) ◽  
pp. 88-96
Author(s):  
Indah Suryawati ◽  
Alexander Seran ◽  
Ridzki Rinanto Sigit

Istilah subaltern dihadirkan sebagai sinonim kaum proletar. Gayatri Spivak menekankan   pentingnya   melihat   mekanisme hegemonik yang tidak  disadari  mengenai  penggunaan atribut kata subaltern. Mereka berada dalam wacana  hegemonik  yang  berarti  ada  semacam manipulasi secara tidak sadar atas apa yang mereka lakukan. Dalam kajian  teoritis  Spivak,  kelompok  subaltern  adalah  kelompok  yang suaranya selalu direpresentasikan, sementara representasi hanyalah alat untuk menuju dominasi nyata. Oleh karena itu, masyarakat yang tertekan dan terjajah (subaltern), harus berbicara, harus mengambil inisiatif, dan menggelar aksi atas suara mereka yang terbungkam. Karena kekuasaan kolonial terus dipertahankan dalam dan melalui discourse (wacana) yang berbeda-beda. Sebagai kritikus feminis poskolonial Gayatri Spivak terus menerus menantang pemikiran kontemporer Barat dengan menunjukkan betapa wacana-wacana dan praktik-praktik kelembagaan dan budaya dominan telah secara konsisten mengecualikan dan meminggirkan kaum jelata (subaltern), terutama perempuan subaltern. Fokusnya pada sejarah perempuan subaltern dan kritiknya terhadap proyek subaltern telah secara radikal menantang cara identitas politik dikonseptualisasikan dalam banyak pemikiran kontemporer. Penekannya pada kemampuan kaum subaltern untuk berbicara.


2021 ◽  
Vol 2 (2) ◽  
pp. 43-68
Author(s):  
Alice Mogire ◽  
◽  
Justus Makokha ◽  
Oscar Macharia

The critical discussion in this article is on postcolonial identities and it centres on Dinaw Mengestu's novels Children of the Revolution and All Our Names. It is contended that the term postcolonial identities is taken to mean the awareness of the subaltern as they try to negotiate who they are within the chronotopic hybridized African space in the postcolonial context. In the epigraph above, Gayatri Spivak describes the culturally oppressed, the subaltern, as having neither antiquity nor ability for speech due to the milieu of colonial production in which they operate. Important for the study, history and speech happen in time-space. Therefore, the identities of the subaltern, which Spivak associates to history and speech, come into being in the novel through fusion of time-space indicators. Cued by Spivak’s unique assertion, how Mengestu’s Children of the Revolution and All Our Names address themselves to postcolonial identities through fusion of time-space indicators is the central concern of this paper.


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