O presente artigo propõe analisar a peça A doença branca, do escritor tcheco Karel Čapek, publicada e encenada pela primeira vez no ano de 1937. Será considerada a situação política europeia naquele período, bem como o reflexo, dentro da obra, do pensamento e das opiniões do autor sobre tal situação. Como aporte teórico, o texto trará a contribuição de Susan Sontag, que se dedicou a escrever sobre a doença enquanto metáfora, inclusive na literatura. Além disso, estudos dedicados à vida e à obra de Čapek comporão um quadro mais geral sobre o qual se poderá apoiar a apreciação desse drama específico. Busca-se, com isso, partir do exame do drama selecionado, e de como o autor aborda o tema da doença, para pensar a atualidade dessa leitura no momento em que o mundo, uma vez mais, é atingido por uma pandemia.