Wonder, Horror, Mystery: Letters on Cinema and Religion in Malick, Von Trier, and Kieślowski

Wonder, Horror, Mystery is a dialogue between two friends, both notable arts critics, that takes the form of a series of letters about movies and religion. One of the friends, J.M. Tyree, is a film critic, creative writer, and agnostic, while the other, Morgan Meis, is a philosophy PhD, art critic, and practicing Catholic. The question of cinema is raised here in a spirit of friendly friction that binds the personal with the critical and the spiritual. What is film? What’s it for? What does it do? Why do we so intensely love or hate films that dare to broach the subjects of the divine and the diabolical? These questions stimulate further thoughts about life, meaning, philosophy, absurdity, friendship, tragedy, humor, death, and God. The letters focus on three filmmakers who challenged secular assumptions in the late 20th century and early 21st century through various modes of cinematic re-enchantment: Terrence Malick, Lars von Trier, and Krzysztof Kieślowski. The book works backwards in time, giving intensive analysis to Malick’s To The Wonder (2012), Von Trier’s Antichrist (2009), and Kieślowski’s Dekalog (1988), respectively, in each of the book’s three sections. Meis and Tyree discuss the filmmakers and films as well as related ideas about philosophy, theology, and film theory in an accessible but illuminating way. The discussion ranges from the shamelessly intellectual to the embarrassingly personal. Spoiler alert: No conclusions are reached either about God or the movies. Nonetheless, it is a fun ride.

PÓS-MODERNIDADE E PASTICHE EM “A CASA QUE JACK CONSTRUIU"

O presente artigo tem como objetivo a investigação do modelo de produção artística da pós-modernidade - interartística, auto reflexiva e fragmentada. Para tanto, o filme A casa que Jack Construiu (2018), de Lars von Trier, será utilizado. O filme de Trier apresenta os relatos de um serial killer cujas pretensões artísticas se delineiam como espécie de ensaio sobre as relações entre a performance estética e o mal, radicando no solo árido da contemporaneidade ecos corrompidos das antigas ambições do gênio romântico. Pretende-se, para tal, investigar o modo pelo qual o filme opera, de maneira consciente, o pastiche da estética do sublime, a partir da apropriação das referências da alta cultura artística e literária, evocada por meio de um processo de bricolagem, em que a distorção se imprime como atestado da angústia criativa na contemporaneidade.

CONTRIBUIÇÕES PSICANALÍTICAS ACERCA DO LUTO E DA MELANCOLIA

A temática do luto e melancolia é demasiadamente importante no estudo psicanalítico e tem sido estudada desde o criador da psicanálise, Sigmund Freud, até autores contemporâneos que acrescentaram e revisaram as ideias iniciais. A perda do objeto de amor propicia ao indivíduo a experiência do luto, enquanto, na melancolia, o estado de sofrimento psíquico se dá a partir da perda ou danificação dos objetos internos sem, necessariamente, a perda de um objeto real. Os estados de luto e melancolia desencadeiam sofrimento psíquico, podendo inclusive levar o indivíduo ao patológico. O presente estudo tem como objetivo elucidar elementos presentes no luto e na melancolia e o processo de elaboração psíquica, utilizando como recurso artístico o filme Melancolia (2011) do diretor dinamarquês Lars Von Trier, articulando as teorias psicanalíticas acerca do tema, seus desdobramentos e consequências psíquicas. Para isso, utilizou-se como metodologia a revisão bibliográfica. A análise dos mecanismos encontrados na personagem Justine da obra de Lars Von Trier e suas vivências subjetivas dos processos ligados à melancolia permite avaliar importantes aspectos sobre a identificação melancólica e a temática da perda de objeto e investimentos afetivos com o mundo externo. Conclui-se que a melancolia, apesar de apresentar aspectos patológicos e prejuízos no campo afetivo e social, pode possibilitar potencialidades e saídas criativas em situações de desamparo diante da possibilidade de finitude humana, enquanto no processo de elaboração do luto envolve a escolha de um objeto substituto. PSYCHOANALYTICAL CONTRIBUTIONS TO MOURNING AND MELANCHOLY ABSTRACT The mourning and the melancholy issues are profoundly important for psychoanalytic study, and it has been studied from the creator of psychoanalysis Sigmund Freud to contemporary authors who added and revised the first concepts. Losing beloved ones results in the mourning experience to the individual, whereas in melancholy the suffering mental feeling comes from losing or damaging internal objects, without necessarily losing a real object. Mourning and melancholy conditions trigger mental suffering and may even lead the individual to a pathological condition. The present study aims at elucidating mourning and melancholy elements, and the psychic elaboration process, using the film Melancolia (2011) by the Danish director Lars Von Trier as an artistic resource, articulating the psychoanalytic theories about the issue, outcomes, and psychic consequences. In this regard, the literature review was used as a methodology. The analysis of the mechanisms found in the character Justine of Lars Von Trier's artwork, and his subjective experiences of the processes related to melancholy, allows us to evaluate important aspects as concerns melancholy identification and the loss of object issue and affective investments with the external world. It is concluded that melancholy, despite presenting pathologic aspects and damages for affective and social areas, may provide potentialities and creative results for abandon situations when facing the possibility of human finitude, whereas in the natural mourning stage involves the displacement mechanism. Descriptors: Mourning. Melancholy. Movie theater. Psychoanalysis.

El tratamiento de la hipnosis en la trilogía hipnótica (1984-1991) de Lars von Trier

Lars von Trier dirigió entre 1984 y 1991 su primera Trilogía. El trance hipnótico es el nexo en común de los tres filmes, aunque se despliega de forma diferente en cada uno de ellos. Nos preguntamos en este artículo por la relación del cineasta con esta técnica. Asimismo, indagamos en la posible significación que pudiera tener. Con este fin, profundizamos en el estilo y concepción artística de uno de los directores daneses más conocidos que también aplicó el trance hipnótico en su cinematografía: Carl Th. Dreyer. En este proceso, nos daremos cuenta de la cercanía de ambos cineastas con los preceptos del Romanticismo y su búsqueda personal de la esencia del ser humano.

Decoding Tableaux Vivants: the Metareferential Potential of Painterly References in Cinema

The article focuses on the intermedial relationship between cinema and painting, viewed as a self-referential process, and tries to determine various ways in which this type of signifying process can be used to “encode” various messages (within the work itself), or become an integral part of this (meta)communicative operation. Starting from a broad definition of intermedial references and continuing with a brief recontextualized detour through Gérard Genette’s taxonomy of transtextual instances, the author narrows down a specific technique that exemplifies this type of “codifying” procedure, namely the tableau vivant. In accordance with Werner Wolf’s proposed terminology, he attempts to determine the metareferential potential of this extra-compositional self-referential technique. The case studies focus on films by Peter Greenaway and Lars von Trier.

Últimos poemas na terra

Resumo: Com foco em diferentes modos de pensar o porvir e o fim, este trabalho analisa a mudança de escala em despedidas que ganharam forma em certa produção cultural recente. Partindo de poemas de Roberto Bolaño e do filme Melancholia de Lars von Trier, o artigo sugere que a atenção renovada à finitude e à mortalidade teve efeitos variados sobre a experiência temporal, levando a reações que vão da apreciação da lentidão à vontade de aceleração, incluindo a incitação à destruição. Há ainda, ao longo do trabalho, uma consideração da persistência de antagonismos de diferentes tipos no interior da experiência de antecipação da catástrofe, por mais que muitas representações culturais prefiram imaginar a ameaça como generalizada. Ao final, antes de terminar, revisita-se o problema do fim do poema.