scholarly journals Geografias do afeto e do desterro

Téssera ◽  
2021 ◽  
pp. 154-158
Author(s):  
Analice De Oliveira Martins
Keyword(s):  

Esta resenha pretende apresentar e analisar brevemente o livro de poesias Deriva, de Adriana Lisboa, publicado em 2019, pela editora Relicário. A partir de teóricos e críticos literários como Michel Maffesoli, Silviano Santiago e Luciano Trigo, serão abordadas, pelas perspectivas social, lírico-amorosa e artística, as seguintes questões: deslocamentos, migrações, fronteiras, estrangeiridade, cartografias.

Temática ◽  
2019 ◽  
Vol 15 (1) ◽  
Author(s):  
Kamyla Katsue Kawashita
Keyword(s):  

Pretende-se explorar aspectos das narrativas de extração histórica na contemporaneidade, especialmente do romance histórico contemporâneo de mediação (FLECK, 2007) – gênero que possibilita por meio da desconstrução do discurso historiográfico oficial reconstruir e (re)escrever a história de grupos marginalizados pelo discurso dominante e em sua grande maioria excluídos dos relatos históricos oficiais. O objetivo é perceber como este contribui para leituras e reflexão sobre novas perspectivas para o passado histórico, em especial no que diz respeito à poética do descobrimento. Para tanto, exploramos as considerações desenvolvidas por autores como Costa Milton (1992), Silviano Santiago (1971), Aínsa, (1988-1991), Hutcheon (1991), Guerra (2007), Fleck (2007, 2008).Palavras-chave: Romance histórico. Romance histórico contemporâneo de mediação. história e ficção. Hibridez. 


2014 ◽  
Vol 0 (17) ◽  
pp. 33
Author(s):  
Mary Luz Estupiñán ◽  
Raúl Rodríguez Freire
Keyword(s):  

2020 ◽  
Vol 42 (2) ◽  
pp. e51545
Author(s):  
Pedro Henrique Alves de Medeiros ◽  
Edgar Cézar Nolasco

Este trabalho tem por objetivo propor uma série de reflexões biográfico-metafórico-ficcionais baseadas no apagamento do nome próprio/assinatura do narrador do romance Mil rosas roubadas (2014) do escritor mineiro, crítico literário e ensaísta Silviano Santiago. Esse estudo emerge da compreensão do nome próprio/assinatura enquanto traços, passíveis de serem apagados, de uma escrevivência atravessada por personificações das ausências a partir da morte e do ato de sobreviver (Silviano Santiago) à perda de um amado (Ezequiel Neves). Para isso, nos respaldaremos, essencialmente, na crítica biográfica (Souza, 2002, 2011) (Nolasco, 2010, 2018) e nos pressupostos filosóficos de Jacques Derrida e Geoffrey Bennington como base epistemológica da discussão fundamentada, sobretudo, nos conceitos de nome próprio/assinatura (Bennington, 1996) (Derrida, 1995, 1996, 2009), traço (Amaral, 2000) (Derrida, 2014) e escrevivência (Evaristo, 2017a). Para além dos críticos já mencionados no referencial teórico, também nos valeremos de Roland Barthes e de Martin Heidegger para circunscrever nossas considerações em instâncias e jogos de linguagens próprios à teorização crítico-biográfica que ensejamos nesse artigo. Portanto, no tocante aos resultados esperados, buscaremos explicitar que o traço, contido no nome próprio/assinatura, não pode ser a origem nem o fim, mas, sim, um elemento que desaparece-reaparecendo simultaneamente. Sendo assim, ainda que Silviano apague sua assinatura no corpus literário do romance Mil rosas roubadas, sua escrevivência o transpassa indo além do apagamento e avançando o nome próprio, que, pelo contrário, é impróprio, por excelência.


Raído ◽  
2019 ◽  
Vol 13 (32) ◽  
pp. 11-30
Author(s):  
Joyce Alves

Este artigo traz uma abordagem em torno de algumas crônicas publicadas por Clarice Lispector no Jornal do Brasil, entre 1967 e 1973, tendo em vista o fato de que foram produzidas no período da ditadura militar no Brasil. Os textos fazem parte da coletânea A descoberta do mundo (1981), que reúne aproximadamente quatrocentas crônicas publicadas pela autora no período acima mencionado. Nesta mesma época, o cenário político do país foi marcado pelo regime militar e a cidade do Rio de Janeiro, onde a escritora morou até o ano de sua morte em 1977, foi palco de significativas transformações nas esferas políticas e culturais. A partir deste contexto, Clarice Lispector escreveu suas crônicas lançando mão de uma apuradíssima percepção e evidente consternação em face da situação do país e, ao mesmo tempo, impulsionada pelo que chamo de parresía literária (ALVES, 2017). Aproveitando as palavras de Silviano Santiago (2014), o ativismo coletivo de Clarice Lispector “robustece a arte pelo avesso, liberando-a do compromisso que a literatura brasileira tradicional mantém com o acontecimento sócio histórico”.


Signo ◽  
2015 ◽  
Vol 40 (69) ◽  
pp. 79
Author(s):  
Célio Antonio Sardagna
Keyword(s):  

O presente artigo discute aspectos relacionados à Literatura Brasileira, na sua trajetória entre uma produção que seguia os modelos ditados pela Europa e sua busca de independência, na medida em que os autores buscaram uma autonomia, apropriando-se da realidade nacional como inspiração. Nesse sentido, procura-se compreender essa busca de autonomia à luz do conceito de entre-lugar, cunhado este por Silviano Santiago, nos anos setenta. Durante muito tempo, a literatura brasileira – como também as demais literaturas latino-americanas em si – foram consideradas inferiores, por isso, marginalizadas, já que superior era considerada a literatura europeia. O grito de independência da literatura brasileira, em relação à da Europa, deu-se com o advento do Modernismo, o qual enxergou na realidade e na linguagem brasileira a fonte de expressão artístico-literária. A partir de então, concebendo o elemento nacional como fonte, a expressão literária brasileira passa a ocupar o seu lugar, a traçar seu destino.


Author(s):  
Yara Dos Santos Augusto Silva

Este estudo propõe desenvolver um pensamento crítico em torno das noções de crioulização e diálogo intercultural, a partir da obra de Alejandro Xul Solar (1887-1963) e do contexto da modernidade argentina. Em sua condição de sujeito e criador formado em uma cultura de mescla, Xul Solar elabora um projeto artístico compósito, baseado em textos e imagens e na invenção de uma língua auxiliar para a América Latina, o neocriollo. Isso lhe permite, em consonância ao proposto por Jorge Luis Borges, evitar incorrer excessivamente na cor local e, por outra parte, não se submeter ao ideário de unificação expressiva e obliteração da diferença cultural, aventado pelas nações europeias hegemônicas. Diante disso, a partir do campo de estudos da Literatura Comparada, objetiva-se investigar de que maneira os processos de crioulização de línguas e linguagens, que permeiam a produção artística e as reflexões estéticas de Xul Solar, culminam em dinâmicas de contato e diálogo intercultural. Como pesquisa de caráter transdisciplinar, o estudo se vale de contribuições de teóricos como Beatriz Sarlo, Néstor Canclini, Rosalind Krauss, Édouard Glissant e Silviano Santiago. Dentre os resultados obtidos, destaca-se a constatação de que a noção de crioulização, conforme operacionalizada por Xul Solar, compreende a mescla cultural enquanto processo de aproximação e negociação entre elementos díspares. Nesse sentido, foi possível concluir que a busca neocriolla supõe um mecanismo de assimilação ativa, devoração crítica, que se aproxima da proposição oswaldiana da antropofagia, proposta que possibilita a Xul Solar uma espécie de entre-lugar discursivo.


2005 ◽  
Vol 25 (3) ◽  
pp. 27-38
Author(s):  
Euridice Figueiredo

À travers l'analyse de deux romans, Em liberdade de Silviano Santiago et Solibo Magnifique de Patrick Chamoiseau, l'auteure pose le problème de l'inscription de l'Histoire dans le récit des années 80 au Brésil et à la Martinique. Chez Santiago, l'on découvre, grâce à un pastiche d'un texte «classique» brésilien, la réécriture d'une écriture, et chez Chamoiseau la réécriture d'un kont , à savoir une production orale créole. L'auteure essaie enfin de définir le rapport de ces textes aux systèmes dans lesquels ils s'intègrent, l'un caractérisé par la contiuité et l'autre par la présence constante de ruptures.


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