scholarly journals CRITIQUE OF PUBLIC REASON REVISITED: KANT AS ARBITER BETWEEN RAWLS AND HABERMAS

2000 ◽  
Vol 45 (4) ◽  
pp. 583
Author(s):  
Nythamar Fernandes De Oliveira

Trata-se de revisitar o debate Rawls-Habermas,em particular, o problema da autonomia política à luz da apropriação que estes autores nos oferecem do procedimentalismo kantiano.Tanto John Rawls quanto Jürgen Habermas, em suas respectivas concepções de "cultura política" e "esfera pública," partem de uma equivocada atribuição de um fundacionalismo moral em Kant ("fato da razão") de forma a preservar o princípio normativo de universalizabilidade capaz de assegurar a estabilidade de uma "sociedade bem ordenada" (Rawls) e balizar o procedimentalismo democrático enquanto alternativa para os modelos liberais e republicanos (Habermas).

2019 ◽  
Vol 32 (4) ◽  
pp. 485-498
Author(s):  
Maureen Junker-Kenny

Concepts of ‘public reason’ vary according to the underlying understandings of theoretical and practical reason; they make a difference to what can be argued for in the public sphere as justified expectations to oneself and fellow-citizens. What is the significance for the scope of ethics when two neo-Kantian theorists of public reason, John Rawls and Jürgen Habermas, propose a reduced reading of the ‘antinomy’ highlighted in Kant’s analysis of practical reason? The desire for meaning, unrelinquishable for humans, is frustrated when moral initiatives are met with hostility. Kant resolves the antinomy between morality and happiness by invoking the concept of a creator God whose concern that our anticipatory moral actions should not fail encourages the hope on which human agency relies. Defining the scope of ethics by the unconditional character of reason ( Vernunft) rules out the minimisation of ethics to what can safely be expected to be delivered.


polemica ◽  
2019 ◽  
Vol 19 (2) ◽  
pp. 01-22
Author(s):  
Elaine Lucio Pereira

Resumo: O presente trabalho pretende estabelecer uma analogia entre as teorias democráticas deliberativas de John Rawls e Jürgen Habermas, por meio de uma análise comparativa. As concepções formuladas pelos dois expoentes teóricos sobre o tema buscam equacionar o pluralismo político com diferentes justificativas. O tema foi eleito em razão da importância de discussão das fontes de legitimação dos Estados democráticos. Enquanto Rawls propõe uma democracia substantiva, Habermas defende a procedimental. O objetivo é traçar, em linhas gerais, as teorias de ambos, sem exposição de juízo de valor entre elas, e destacar seus pontos de convergência e os antagônicos. O método utilizado foi a pesquisa bibliográfica dedutiva, tendo como base algumas das principais obras dos autores, além de obras e artigos de seus comentadores O artigo aborda, em primeiro lugar, a Teoria da Justiça como Equidade, de Rawls, com a retomada da teoria contratualista com peculiaridades; a posição original e o véu da ignorância; o consenso sobreposto e a razão pública e os princípios da justiça. Em um segundo momento, é exposta a democracia procedimental de Habermas, o agir comunicativo e a esfera pública, a equiprimordialidade entre autonomia pública e privada e a Teoria Discursiva do Direito. Por fim, salientam-se os principais pontos de convergência, bem como as divergências, enfatizando-se a importância da democracia deliberativa nos países democráticos.Palavras-chaves: Democracia Deliberativa. Pluralismo Político. Justiça como Equidade. Esfera Pública. Abstract: This works aim to establish an analogy between Deliberative Democratic Theory from John Rawls and Jürgen Habermas through a comparative analysis. The conceptions developed by these two exponents theoreticians seek to give some thoughts to political pluralism using different justifications. This theme was chosen in order to feed into the discussion on the importance of the legitimacy of the Democratic State. John Rawl’s theory sets out substantive democracy, whereas Habermas proposes the procedural one. This paper attempts to outline both theories, without making value judgments, however it intends to highlight points of convergence and divergence. The method used was the deductive bibliographic research relaying on major works from these two authors and on writings an articles from their commentators. In an attempt to shed some light on the debate, primarily this paper discusses Rawl’s Theory os Justice as Equity from the point of view of Contractual Theory and its specials characteristics, the original position and the veil of ignorance, public reason and principles of justice. In a second moment, it presents Habermas Procedural Theory, communicative action, public sphere, equiprimordiality between public and private autonomy and Law Discursive Theory. Lastly, this works draws attention to the main points of agreement as well as disagreements emphasizing the importance of the deliberative democracy in democratic countries.Keywords: Deliberative Democracy. Political Pluralism. Justice as Equity. Public Sphere.


2016 ◽  
Vol 7 (11) ◽  
Author(s):  
Sílvia Alves (Universidade de Lisboa, Portugal)

Este artigo tem como objetivo analisar a relação entre a desobediência civil e a democracia no pensamento político contemporâneo, através das obras de Hannah Arendt, Norberto Bobbio, John Rawls e Jürgen Habermas. A indissociabilidade entre democracia e desobediência civil emerge num ambiente favorável mas antinómico e pleno de tensão.


2015 ◽  
Vol 35 (1) ◽  
pp. 43-63
Author(s):  
Mariano Garreta Leclercq

El presente artículo propone algunas objeciones contra la concepción deliberativa de la democracia desarrollada por Carlos Nino. El blanco central de las objeciones es la tesis del filósofo argentino según la cual el valor del debate democrático derivaría, fundamentalmente, de sus virtudes epistémicas, es decir, de su capacidad para elevar las probabilidades de que el sistema político tome las decisiones correctas. Se cuestiona el modo en que el autor presenta su propuesta como una forma de superar las deficiencias que presentarían las concepciones de John Rawls y Jürgen Habermas en el campo de la epistemología moral. Se intentará demostrar que el modelo de deliberación defendido por Nino no resulta aplicable a un contexto de pluralismo razonable filosófico, religioso y moral como el que resulta característico de las democracias liberales contemporáneas. Por último, se ofrece el esbozo de una concepción alternativa, práctica y moral, no epistémica, del valor de los procedimientos democráticos y de la naturaleza de la legitimidad política.


2018 ◽  
Vol 8 (2) ◽  
pp. 361-380
Author(s):  
Sávia Lorena Barreto Carvalho De Sousa

Este ensaio teórico de base analítica visa entender criticamente aspectos do liberalismo e da intervenção do Estado. Com o objetivo central de resgatar questões trabalhadas por autores modernos da Ciência Política a respeito das formas que uma sociedade pode ser mais justa e combater as desigualdades no mundo, o questionamento principal se desdobra em reflexões sobre como conciliar a liberdade com a atuação dos mercados e a respeito dos limites da democracia neste contexto, discutidos em uma problematização de pensadores como Adam Smith, Alex de Tocqueville, Stuart Mill, Max Weber e Karl Marx em diálogo com teóricos mais contemporâneos, como Friedrich Hayek, John Rawls, Jürgen Habermas e Anthony Giddens. Conclui-se a urgência de um processo de fortalecimento dos Parlamentos, com políticas públicas de inclusão social que permitam uma sociedade mais igualitária e uma educação que abra portas para formar um cidadão crítico, que compreenda as diferenças dentro do campo do respeito ao Outro e às liberdades de escolha. A proposta de contínuo aprimoramento das instituições e juízos através de sistemas de consultas, reformas e revisões jurídicas e políticas, é cada vez mais necessária em um mundo de constantes mudanças.


2020 ◽  
pp. 189-240
Author(s):  
Miguel Vatter

This chapter explores Jürgen Habermas’s conception of a post-metaphysical idea of public reason as basis of democratic legitimacy in postsecular societies. It discusses Habermas’s interpretation of Kant’s and Hegel’s philosophies of religion in terms of their efforts to ‘translate’ theological substance into ethico-political form, thus giving a secular meaning to the idea of God’s Kingdom. The chapter shows the roots of Habermas’s adoption of ‘methodological atheism’ in the writings of Karl Jaspers and Ernst Bloch on the relation between philosophy and faith in revelation. The chapter concludes with a discussion of the similarities between Habermas’s and Jacques Derrida’s defences of an essential messianic component in contemporary democratic theory.


2012 ◽  
Vol 5 (2) ◽  
pp. 223-243 ◽  
Author(s):  
Cora Alexa Døving

Do religious debaters challenge the secular public sphere? This article is an analysis of the largest religion related debate in Norway: the debate about the hijab and the use of religious symbols in the public sphere. The article is empirically founded on the debates in 2009 that began with the question about to which degree the hijab could become part of the Norwegian police uniform for those who would wish to use it. The analysis is mainly centred on the arguments of the hijab wearers: to what degree is their religious motivation translated into a secular language? The empirical examination will show that Muslim debaters arguments can be characterized by a striking absence of references to religious concepts, and a just as striking use of secular ones. The article suggests that the lack of religious argumentation is an expression of an Islamic secularism rather than a result of a translation process. The hijab wearer's arguments are presented in the light of John Rawls’ and Jürgen Habermas’ thoughts about the need for translation—and its price.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document