scholarly journals Poème en prose : un lieu générique de la critique et le commencement de la modernité ―À partir de Spleen de Paris de Charles Baudelaire

2016 ◽  
Vol null (47) ◽  
pp. 399-435
Author(s):  
Jaeryong CHO
2021 ◽  
Vol 58 (1) ◽  
pp. 63-75
Author(s):  
SONYA STEPHENS

This article examines the relationship between Baudelaire’s prose poem, “Assommons les pauvres!” (Le Spleen de Paris, 1869) and Shumona Sinha’s 2011 novel of the same title. Focusing on questions of reading and intertextuality, from Baudelaire’s reference to Proudhon to Sinha’s engagement with the prose poem and Le Spleen de Paris more broadly, it explores forms of confinement and creativity, the connections between narrative and freedom and the ways in which lyrical subjectivity and literary form reflect the social challenges of each period. In expressing socio-cultural and linguistic alienation, these texts centre the textual in an exploration of the marginal, thereby demonstrating that the connection between them goes beyond a critical act of violence and the presumed equality or dignity it confers, to represent a shared interrogation of universalism, multiculturalism, and authorial and political power.


2017 ◽  
Vol 8 (2) ◽  
Author(s):  
Jean-Michel Gouvard

Les petits poèmes en prose réunis dans Le Spleen de Paris ont été composés à la toute fin des années 1850 et dans la première moitié des années 1860, une période où la presse connaît un réel essor et une profonde transformation. De plus, ces textes ont été pour la plupart d’entre eux publiés dans des revues et des journaux. Or, il est possible de montrer qu’il y a eu une double influence de la presse sur la genèse des petits poèmes en prose. D’un côté, les conditions matérielles dans lesquelles travaillaient les journalistes se reflètent pour partie dans la thématique du recueil, dans la mesure où Baudelaire y puisait des représentations propres à nourrir sa réflexion sur le statut du poète et de la poésie dans la société moderne. D’un autre côté, les pratiques d’écriture et les contraintes génériques des différents genres journalistiques se retrouvent en partie dans les poèmes du Spleen de Paris, même si l’on ne saurait réduire ces textes à des articles de journaux.


2019 ◽  
Vol 21 (2) ◽  
pp. 79-97
Author(s):  
Inês Oseki-Dépré

Resumo Em 1999, o poeta francês Jacques Roubaud publica uma antologia cujo título remete a um poema de Baudelaire. Trata-se da antologia La forme d’une ville change plus vite, hélas, que le cœur des humains, conjunto de 50 poemas em prosa escritos entre 1991 e 1998 sobre a cidade de Paris. Trata-se aqui mais do que uma homenagem, hipertextual, ao poema de Baudelaire e, em seguida, à sua invenção revolucionária, emblema da modernidade, o poema em prosa. Utilizando a forma inaugurada por Charles Baudelaire, Roubaud confirma o que já afirmara em 1978 em seus estudos teóricos e críticos sobre o verso e a poesia e a extensão resultante do domínio da poesia. O presente artigo tem como objetivo mostrar a suprema novidade que representa o poema em prosa baudelairiano, incompreendido no seu tempo, mas já apreciado por poetas e críticos cuja opinião varia com o passar dos séculos: de texto “sem pé nem cabeça” (em francês “sans queue ni tête”), como o pretende o próprio autor, até o texto metacrítico contendo sua própria teoria, emblemático da modernidade e cuja repercussão permanece até hoje. As análises formais da pesquisadora americana Barbara Johnson completam admiravelmente a reflexão exaustiva e penetrante de Walter Benjamin sobre as relações entre o poeta, a cidade de Paris, o mundo moderno industrial.


2021 ◽  
Vol 13 (26) ◽  
pp. 202-207
Author(s):  
Marcos Antonio de Menezes

No final de 2020, a Editora 34 lançou O spleen de Paris, que reúne anedotas, reflexões e epifanias (pequenos poemas em prosa) do francês Charles Baudelaire (1821-1866). O volume conta com tradução primorosa de Samuel Titan Junior e texto de apresentação do escritor e cineasta argentino Edgardo Cozarinsky. Esta obra, do poeta maldito, já recebeu mais de dez edições no Brasil ― a primeira em 1937 ― e com certeza outras virão, mas esta tem todo um charme especial, a começar pela capa que traz o autorretrato de Baudelaire. Petits poèmes en prose (Le spleen de Paris) apareceu pela primeira vez, como edição póstuma, no quarto volume das Obras completas (1869) do poeta, organizadas por Théodore de Banville (1823-1891) e Charles Asselineau (1820-874) e editadas pela Gallimard.


2018 ◽  
Vol 30 (2) ◽  
pp. 253-265
Author(s):  
Joana Masó

Résumé ‘Le paradoxe de l’ aumône’ est l’ une des premières formules que Charles Baudelaire aurait projetée pour intituler ce qui deviendra l’ un de ses poèmes en prose les plus célèbres, ‘La fausse monnaie’ dans Le Spleen de Paris. L’ une des obsessions qui hantent ce poème, c’ est la présence muette de ceux qui semblent exclus du grand projet du progrès dans le Paris de la deuxième moitié du XIXe siècle. La présence des pauvres et des mendiants y est mise en scène comme un langage sans parole donnée et, par là, comme l’ un des thèmes hypervisibles de la modernité. Les lectures de Jacques Derrida dans Donner le temps. La fausse monnaie nous permettront de penser la permanence de cette écriture moderne de l’ aumône et la rhétorique silencieuse de la mendicité chez Beckett dans En attendant Godot comme le projet d’ une écriture pauvre dans l’ absence de richesse propre à la littérature depuis ce que Jacques Rancière a appelé, à partir de 1800, un nouveau régime de l’ art d’ écrire.


2020 ◽  
Vol 18 (3) ◽  
pp. 639
Author(s):  
Nelson Maria Brechó Da Silva

O presente artigo pretende analisar, por um lado, o fragmento de 1922 de Benjamin acerca das Afinidades eletivas de Goethe. Por outro lado, examinar o texto de 1931 sobre a História da Literatura. Além disso, apontamos, inicialmente alguns versos de Charles Baudelaire, especialmente Le Spleen de Paris, I - L’Étranger, de 1869, no qual ele descreve a vida moderna. Há vários pontos de contato entre os autores: a descrição da modernidade e a união da Literatura com a História (Geschichte). Assim, seguimos um esquema triádico: primeiro, literatura atual – filologia / Benjamin – crítica x comentário; segundo, interpretação dos elementos – tarefa do crítico; terceiro, história das obras – preparação crítica. Nesse sentido, colocamos em diálogo o pensamento hermenêutico crítico de Benjamin com a hermenêutica bíblica, por meio de algumas passagens do Primeiro e Segundo Testamentos.


2019 ◽  
Vol 21 (2) ◽  
pp. 98-113
Author(s):  
Eduardo Horta Nassif Veras ◽  
Gilles Jean Abes

Resumo O presente artigo tem por objetivo abordar a obra O Spleen de Paris, publicada postumamente em 1869, a partir da correspondência de Charles Baudelaire, considerando um recorte temporal que se inicia por volta de 1857, ano que marca a aparição das primeiras referências, no âmbito da correspondência, a um projeto de livro de poemas em prosa. Iniciamos a reflexão sobre o gênero epistolar (MORAES, 2009; SANTIAGO, 2002) e sobre as especificidades da correspondência de Baudelaire (PICHOIS, 1973), para, em seguida, analisar seus numerosos comentários (COMPAGNON, 2014, GUYAUX, 2014) sobre O Spleen de Paris. Em suma, a leitura dessas cartas é imprescindível para um pesquisador do poeta das Flores do mal.


Magma ◽  
2017 ◽  
pp. 101
Author(s):  
Juliana Michelli S. Oliveira

O presente artigo tenciona discutir o enigma contido no poema em prosa “Qual é a verdadeira? O Ideal e o Real”, da obra Le Spleen de Paris, de Charles Baudelaire, a partir da análise do poema e de um breve estudo sobre a noção de mímesis e os referenciais de imitação presentes no livro X de A república de Platão, na Poética de Aristóteles e na Doutrina da arte de Schlegel. Sugere-se que a personagem Benedita e seu duplo, inicialmente alegorizados no título, organizam-se como símbolos que dialogam com as formas poéticas clássica e moderna. Nesse jogo simbólico, o narrador enuncia questões concernentes à própria prática de escritura, evidencia de que maneira sua proposta participa da tradição poética e fornece pistas para a compreensão de seu enigma. 


Author(s):  
Michael Reyes Salas

It is not far-fetched to imagine that the French underclass that occupied the city streets Charles Baudelaire roamed as a flâneur could have turned up in the bagne, or penal colony, described by the Negritude poet Léon Damas in his ethnographic field work in Guyane. Through a literary analysis of Damas’ ethnography, Retour de Guyane (1938), in tandem with a selection of prose-poems by Baudelaire from Le Spleen de Paris (1869) and Les Fleurs du mal (1857), this article calls attention to the parallels between the observational methods of urban spectatorship they use to collect case studies for their writing. The interpretive approach I use acknowledges the crossover between literary creativity and sociological analysis and is informed by a theoretical framework that couples Negritude’s anticolonialism with carceral studies. My analysis of these texts is situated in the context of the French Third Republic’s laws against recidivism and vagrancy in the late nineteenth century, which carried the penalty of forced deportation to distant penal colonies, a punitive practice that continued into the early twentieth century. In Baudelaire’s case, changing sociopolitical circumstances in light of Hausmannisation necessitated new modes of how writers dealt with the capital city’s exclusionary development. In the case of Damas, his critique of mise en valeur culture and exploitative colonial scholarship prompted his departure from the conventional practice of salvage ethnography that feigned inclusive objectivity. The article focuses on passages that highlight overlapping colonial and carceral attributes within both the colony and metropole. In conclusion, I argue that Damas’ condemnation of the mission civilisatrice, alongside Baudelaire’s contestation of degraded urban environments, point towards a poetics of colonial society’s intoxication with power.


Organon ◽  
2012 ◽  
Vol 10 (24) ◽  
Author(s):  
Michel Peterson

O fato de As flores do mal serem consideradas como a essência da obra baudelairiana não implica de modo algum que O spleen de Paris seja, em relação a elas, uma simples transposição. Na verdade, a Prosaica pode ser lida como a prática significante através da qual Baudelaire questiona a poesia. Traduzindo a poesia em prosa, ele passa de um gênero que conceptualiza a clausura dos objetos que ela designa para um gênero que complexifica o ritmo, fazendo explodir as figurações metafísicas. Basta o estudo de alguns lexemas importantes da escritura baudelairiana para esclarecer as passagens atravessadas pelo poeta no momento em que transforma sua relação com o poético para mergulhar definitivamente na socialidade


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document