scholarly journals Efeito inibidor dos extratos hidroalcóolicos de coberturas mortas sobre a germinação de sementes de cenoura e alface

1999 ◽  
Vol 17 (2) ◽  
pp. 263-271 ◽  
Author(s):  
Cláudio L. M. de Souza ◽  
Verônica de Morais ◽  
Elania R. da Silva ◽  
Higino M. Lopes ◽  
Roberto Tozani ◽  
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O objetivo deste trabalho foi obter a prospecção fitoquímica e avaliar o efeito inibitório dos extratos hidroalcóolicos de capim-gordura (Melinis minutiflora), capim-jaraguá (Hyparrhenia rufa), capim-colonião (Panicum maximum), mucuna (Mucuna aterrima) e serrapilheira de bambu (Bambuza spp.), sobre a germinação de sementes de alface e cenoura. O teste de germinação foi conduzido sobre papel umedecido com extrato das espécies citadas diluídos em 25, 50, 75 e 100 % (v/v), e água destilada. Avaliou-se a porcentagem de final e o índice de velocidade de germinação. O índice de velocidade de germinação e a porcentagem de germinação de sementes de cenoura e alface, reduziram significativamente nas diluições de 50 a 100 % (v/v) em relação as demais diluições e ao controle. O extrato de mucuna apresentou significativamente maior efeito inibidor em comparação com os demais extratos testados, principalmente sobre a germinação de sementes de alface. A prospecção fitoquímica indicou a presença de classes de substâncias com potencial alelopático.

1954 ◽  
Vol 11 (0) ◽  
pp. 93-114
Author(s):  
A. Di Paravicini Torres

O Autor relata suas observações sôbre o comportamento de doze Gramíneas forrageiras consideradas agressivas na região de Piracicaba, Estado de S. Paulo, Brasil, admitindo que as mesmas podem ser confirmadas em condições tropicais ou subtropicais semelhantes. Estuda a agressividade como uma propriedade inerente à planta, mas dependente de condições edáfico-climático-bióticas para manifestar-se de uma ou outra maneira. Admite que a agressividade, que se verifica em consequência de uma competição pela luz, pelo alimento e pela reprodução, seja uma resultante da intensidade de duas principais condições endogenas: multiplicação e crescimento, debaixo de condições de adatação exógenas favoráveis. Condições favoráveis para certas espécies são desfavoráveis para outras dando margem à dominância ora de uma ora de outra espécie, o que deve ser levado em conta quer no manejo da pastagem quer no controle às pragas. Forrageiras importantes podem vir a constituir pragas tão sérias que venham a anular tôdas as vantagens de sua introdução pelas despezas que seu contrôle possa acarretar. Entretanto, como a agressividade é uma qualidade desejável numa forrageira, o estudo de seu comportamento em cada ambiente edáfico-climático-biótico típico e de seu controle deve preceder a sua recomendação aos fazendeiros. São discutidos os prejuízos decorrentes das plantas invasoras, assinalando-se muitas Gramíneas como tais. Sendo o assunto pouco estudado no Brasil, aventa a necessidade de se criarem organizações para tal fim, considerando a importância do problema. As seguintes espécies foram objeto da crítica do A: 1. Capim Colonião (Panicum maximum, var.). Altamente invasor por sementes e disseminável pela aração. Erradicação muito custosa em terras argilosas. Pode vir a constituir uma praga muito séria num futuro próximo. Dada a expansão de sua área cultivada, recomenda: a. limitar sua plantação, recomendando-se outras espécies produtivas e menos perigosas; b. pesquizar meios eficientes e baratos de seu contrôle, achando injustificável sua presença nas fazendas velhas colonizadas. 2. Capim Sempre-vêrde (Panicum maximum, var. gongyloides). Embora igualmente agressivo é de mais fácil contrôle por possuir touceiras mais fracas, podendo ser arrancadas com arado. E' menos perigoso que o Colonião. 3. Capim Gordura (Melinis minutiflora). Conquanto muito disseminado e tipicamente invasor é de contrôle relativamente fácil. 4. Capim Jaraguá (Hyparrhenia rufa). E' pouco menos invasor que o Gordura e facilmente erradicável, sobretudo porque dificilmente se propaga vegetativamente. 5. Capim do Pará (Panicum purpurascens). De uma agressividade extremamente alta, pode ser eliminado com mediana dificuldade. Mais difícil que ns. 3 e 4 e menos de que 1 e 2. 6. Capim da Bermuda (Cynodon dactylon). Compara-se em agressividade e facilidade de controle com a Gramínea anterior. 7. Capim de Kikuiu (Pennisetum clandestinum). De comportamento variável. Em boas condições supera o C. de Bermuda na agressividade e dificuldade de erradicação. E' praga mais séria que as Gramíneas de 2 a 6. 8. Capim da Bahia (Paspalum notatum). Extremamente agressivo, embora de formação lenta. Pode vir a tornar-se uma praga séria se não fôr controlado, pois tem tendência de dominar quase todas as espécies associadas. Seu contrôle merece ser estudado, parecendo não ser muito difícil de erradicar por métodos racionais. 9. Capim de Castela (Panicum repens). E' a Gramínea estudada que maior agressividade revelou. Seu emprego deve ser limitado a quem dela possa tirar partido. E' possível que possam desenvolver-se métodos de controle práticos e eficazes, devido ao seu pequeno porte. 10. Capim de Natal (Tricholaena rosea). Dissemina-se muito por sementes, praguejando fàcilmente as terras. Tem pequeno valor forrageiro. Deve ser desaconselhado e combatido como praga. 11. Capim de Rhodes (Chloris gayana). Muito disseminado à beira dos caminhos, não é praga da lavoura e é nesta lista é mais fácil de ser erradicado. 12. Capim de Johnson (Sorghum halepense). Conhecida praga, já introduzida no Brasil. Comporta-se mal, não tendo valor como forrageira, devendo todos seus focos serem eliminados. Em Piracicaba propaga-se mais comumente por rizomas durante a aração. Foram observados casos de intoxicação de animais.


2003 ◽  
Vol 32 (6 suppl 2) ◽  
pp. 1845-1850 ◽  
Author(s):  
Carlos Mauricio Soares de Andrade ◽  
Rasmo Garcia ◽  
Laércio Couto ◽  
Odilon Gomes Pereira ◽  
Alexandre Lima de Souza

Conduziu-se este estudo na região dos Cerrados de Minas Gerais, visando avaliar o desempenho de seis gramíneas forrageiras (Brachiaria brizantha cv. Marandu, B. brizantha cv. MG-4, B. decumbens cv. Basilisk, Panicum maximum cv. Mombaça, Melinis minutiflora e Hyparrhenia rufa), consorciadas ou não com a leguminosa Stylosanthes guianensis cv. Mineirão e Eucalyptus sp., em um sistema silvipastoril. As forrageiras foram estabelecidas em parcelas medindo 12 x 10 m, nas entrelinhas do eucalipto, em um delineamento experimental de blocos ao acaso, com três repetições, e avaliadas quanto ao grau de cobertura do solo, % de leguminosa e disponibilidade de matéria seca total no sub-bosque, um ano após o estabelecimento, submetidas a pastejos de curta duração. Após dois ciclos de pastejo, houve redução da proporção da leguminosa no consórcio com todas as gramíneas, sendo mais evidente com as mais agressivas (B. brizantha cv. Marandu e B. decumbens), onde ela quase desapareceu. Entretanto, a presença do estilosantes Mineirão favoreceu a produtividade do sub-bosque, quando consorciado com as demais gramíneas. O melhor desempenho produtivo foi obtido pelas gramíneas B. brizantha cv. Marandu, B. decumbens e P. maximum cv. Mombaça; a última principalmente quando consorciada com o estilosantes Mineirão.


1981 ◽  
Vol 96 (1) ◽  
pp. 233-237 ◽  
Author(s):  
B. Grof

SUMMARYThe forage potential of Andropogon gayanus (gamba grass) was assessed in cutting experiments on a low fertility, acid Ultisol in Colombia. This grass recently introduced from Africa outyielded Hyparrhenia rufa, Panicum maximum, Brachiaria decumbens and Digitaria decumbena in various mixtures made up of a single grass and a single legume. A. gayanua performed well as a companion grass with the legumes Styloaanthes guianensis, Stylosanthes capitata and Centroaema sp., while B. decumbena suppressed the legumes planted in these trials during the 2nd year following establishment.


Zootaxa ◽  
2009 ◽  
Vol 2240 (1) ◽  
pp. 41-59 ◽  
Author(s):  
ANTONIO C. LOFEGO ◽  
PETERSON R. DEMITE ◽  
RAQUEL G. KISHIMOTO ◽  
GILBERTO J. DE MORAES

Surveys were conduced in 16 sites in the State of São Paulo to evaluate the phytoseid mite fauna on some of the most common grass species in that State: Brachiaria decumbens Stapf., Brachiaria brizantha (Hochst. ex A. Rich.) Stapf, Brachiaria ruziziensis R. Germ & C.V. Evrard, Melinis minutiflora Beauv., Panicum maximum Jacq. and Pennisetum purpureum Schumach. Twenty known species and one new species (Proprioseiopsis biologicus Lofego, Demite & Moraes sp. nov.) were found. Two species are reported for the first time in the American continent: Neoseiulus benjamini Schicha and Typhlodromus (Anthoseius) neobakeri Prasad . Seven of the species collected have been reported in Brazil from different crops. The largest number of specimens and of species of phytoseiids was found on M. minutiflora. The results of this study indicate that grasses may play a role in agroecosystems and pasture lands, serving as reservoirs of phytoseiids that prey upon mite pests.


1999 ◽  
Vol 34 (4) ◽  
pp. 683-689 ◽  
Author(s):  
Milton de Andrade Botrel ◽  
Maurílio José Alvim ◽  
Deise Ferreira Xavier

Foram conduzidos dois experimentos na região do sul de Minas Gerais para avaliar o potencial de gramíneas forrageiras. No experimento 1 foram avaliadas as seguintes espécies, consideradas de baixa exigência nutricional: Andropogon gayanus, Kunt; Brachiaria brizantha, Stapf; Brachiaria decumbens, Stapf; Brachiaria ruziziensis, Germain Evrard; Brachiaria humidicola (Rendle) Schweickt e Melinis minutiflora, Beauv. No experimento 2 foram avaliadas as gramíneas consideradas de média e alta exigência nutricional, a saber: Setaria sphacelata (Schum.) Moss; Hemarthria altissima (Poir.) Stapf; Chloris gayana, Kunt; Cynodon nlemfuensis, Vanderyst var. nlemfuensis; Hyparrhenia rufa, (Ness) Stapf. e as cultivares de Panicum maximum, Jacq.: Tobiatã, Green Panic e Makueni. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso com três repetições. Os níveis de calagem e de adubação para estabelecimento e manutenção foram diferenciados para os dois experimentos. Cada espécie foi avaliada nos seguintes aspectos: produção de forragem e teor de proteína bruta no período da seca e das chuvas e cobertura vegetal do solo. As gramíneas do experimento 1 que se destacaram na maioria dos aspectos avaliados foram: B. brizantha, B. decumbens, A. gayanus enquanto que no experimento 2 as espécies que apresentaram maior potencial forrageiro foram: S. sphacelata, P. maximum cv. Tobiatã.


2005 ◽  
Vol 34 (6) ◽  
pp. 1841-1850
Author(s):  
Maristela de Oliveira Bauer ◽  
José Alberto Gomide ◽  
Eldo Antônio Monteiro da Silva ◽  
Adair José Regazzi ◽  
José Franklim Chichorro

Objetivou-se, com este trabalho, verificar, pela técnica micro-histológica, diferenças entre espécies forrageiras quanto ao percentual de fragmentos identificáveis, em função do processo digestivo e da época do ano. Lâminas foliares frescas recém-expandidas, correspondentes à última e à penúltima posição no perfilho, das espécies Melinis minutiflora Pal. de Beauv (capim-gordura), Hyparrhenia rufa (Nees) Stapf. (capim-jaraguá), Brachiaria decumbens Stapf. (capim-braquiária), Imperata brasiliensis Trin. (capim-sapé), de Medicago sativa L. (alfafa) e de Schinus terebenthifolius Raddi (aroeira), amostradas nos períodos chuvoso e seco, foram digeridas in vitro e preparadas de acordo com a técnica micro-histológica. Observou-se que as espécies apresentaram diferenças marcantes na porcentagem de fragmentos identificáveis e que a digestão alterou estas porcentagens em torno de 10 %; que o período de amostragem não influenciou a porcentagem de fragmentos identificáveis para a maioria das espécies; que a presença de pigmentos e a adesão da epiderme às células dos tecidos internos da folha prejudicaram a identificação dos fragmentos; e que a digestão melhorou a visualização dos fragmentos dos capins sapé e jaraguá e da aroeira, mas prejudicou a do capim-braquiária e, principalmente, a da alfafa.


2011 ◽  
Vol 40 (3) ◽  
pp. 527-534 ◽  
Author(s):  
Carlindo Santos Rodrigues ◽  
Domicio do Nascimento Júnior ◽  
Sila Carneiro da Silva ◽  
Márcia Cristina Teixeira da Silveira ◽  
Braulio Maia de Lana Sousa ◽  
...  

An experiment was carried out with the objective to evaluate growth pattern of tropical forage grass under free growth by using morphogenetic and structural characteristics with the expectation of using this study for forage grass evaluation protocol. The experimental area was established with two cultivars of Panicum maximum Jacq. (Mombaca and Aruana), a hybrid cultivar of P. maximum Jacq. and P. Infestum BRA-7102 (Massai), two cultivars of Brachiaria brizantha (A. Rich.) Stapf (Marandu and Xaraes) and Molasses grass (Melinis minutiflora Beauv.) and jaragua grass (Hyparrhenia rufa (Nees) Stapf.). The grasses were planted in 1.0-m² experimental units with 24 plants arranged in a completely randomized block design with three replications. Growth pattern of the grasses was evaluated through mass development, tiller mortality, development stage and leaf longevity. Development patterns differed significantly among groups of grasses, indicating that the same available resources can be used in different manners by grasses from the same genus and/or species.


2001 ◽  
Vol 30 (6 suppl) ◽  
pp. 1959-1968 ◽  
Author(s):  
Carlos Renato Tavares de Castro ◽  
Rasmo Garcia ◽  
Margarida Mesquita Carvalho ◽  
Vicente de Paula Freitas

Estudou-se a influência de três níveis de sombreamento artificial (0, 30 e 60%) sobre a composição mineral de seis espécies de gramíneas forrageiras tropicais (Andropogon gayanus, Brachiaria brizantha, B. decumbens, Melinis minutiflora, Panicum maximum e Setaria sphacelata). O solo predominante na região foi classificado como Latossolo Vermelho-Amarelo de textura média e o ensaio foi conduzido segundo o delineamento em blocos ao acaso, com parcelas subdivididas, em quatro repetições; nas parcelas foram distribuídos os níveis de sombreamento e nas subparcelas, as espécies forrageiras. Constatou-se que, com o sombreamento, houve tendência geral à elevação dos teores de fósforo, potássio, cálcio e magnésio na forragem.


1982 ◽  
Vol 12 (1) ◽  
pp. 15-22 ◽  
Author(s):  
R. Sylvester-Bradley ◽  
◽  
N. Asakawa ◽  
S. La Torraca ◽  
F.M.M. Magalhães ◽  
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Resumo Após a escolha de um meio de enriquecimento seletivo a um maior número de microrganismos solubilizadores de fosfatos, foi feito um levantamento quantitativo dessas bactérias na rizosfera de Brachiaria decumbens, B. humidicola; Andropogon gayanus, Paspalum plicatum, Hyparrhenia rufa, Panicum maximum, Desmodium ovalifolium, Pueraria phaseoloides, Zornia sp. Stylosanthes capitata, S. guianensis (ClAT 136) e S. guianensis (IRI 1022), adubadas e não adubadas. De um modo geral, números maiores de bactérias solubilizadoras de fosfatos (superior a 1 x 107/g rizosfera) ocorreram na rizosfera de leguminosas. adubadas e não adubadas, e os números mais baixos nas gramíneas (inferior a 1 x 107/g rizosfera). com exceção de H. rufa e P. maximum, sem adubação. De todas as forrageiras analisadas, a rizosfera de Zornia sp. adubada, foi a que melhor se apresentou tanto em número quanto em porcentagem de bactérias solubilizadoras. O número total de microrganismos foi maior nos tratamentos não adubados para todas as gramíneas analisadas e maior nos tratamentos adubados para todas as leguminosas com exceção de S. capitata. Os fungos solubilizadores de fosfatos, não foram considerados, uma vez que estavam presentes em quantidades bem pequenas.


1999 ◽  
Vol 28 (5) ◽  
pp. 919-927 ◽  
Author(s):  
Carlos Renato Tavares de Castro ◽  
Rasmo Garcia ◽  
Margarida Mesquita Carvalho ◽  
Laércio Couto

O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência de três níveis de sombreamento artificial (0,30 e 60%) sobre a produção de matéria seca, a concentração de nitrogênio e as características morfológicas de seis espécies de gramíneas forrageiras tropicais (Andropogon gayanus, cv. Planaltina, Brachiaria brizantha, cv. Marandu, B. decumbens, Melinis minutiflora, Panicum maximum, cv. Vencedor, e Setaria anceps, cv. Kazungula). Foi usado delineamento em blocos ao acaso, com parcelas subdivididas e quatro repetições; nas parcelas foram distribuídos os níveis de sombreamento e nas subparcelas, as espécies forrageiras. Os resultados demonstram que o sombreamento influenciou a produção de matéria seca, a concentração de N e as características morfológicas das espécies avaliadas. A produção forrageira foi influenciada diferencialmente pelo sombreamento. A produção de matéria seca do P. maximum, cv. Vencedor foi 19,72% maior à sombra moderada que a pleno sol. A produção de S. anceps, cv. Kazungula, entretanto, não foi influenciada pelo sombreamento. As demais espécies tiveram decréscimo da produção de matéria seca com a redução da luminosidade. Em todas as espécies, houve aumento da concentração de N e redução do teor de matéria seca da forragem, que se tornou mais suculenta à sombra. As características morfológicas não apresentaram comportamento padrão, variando conforme a espécie avaliada.


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