scholarly journals A Multidimensionalidade do Habitus e a Construção de Tipos Praxiológica

2010 ◽  
Vol 12 (2) ◽  
pp. 22
Author(s):  
Ralf Bonhsack

Nas Ciências Sociais, no âmbito da interpretação das ações, encontram-se basicamente dois caminhos metodológicos. O primeiro se baseia na imputação de intenções subjetivas e na construção de motivos, sendo desenvolvido por Alfred Schütz, fundador da Fenomenologia Social, em conexão com a Sociologia Interpretativa de Max Weber. Trata-se, neste caso, de uma re-construção (construção de segundo grau), de uma interpretação e teorização feitas da mesma forma que as efetuamos no cotidiano, no senso comum, ou seja, de construção de motivos e de tipos (construção de primeiro grau). Diferentemente de uma re-construção desta construção de tipos do senso comum, o segundo caminho, aquele da construção de tipos praxiológica, transcende a teorização e a interpretação do senso comum e busca pelas estruturas da praxis dos atores no campo de pesquisa, por seus modus operandi, habitus ou estruturas de orientação. O foco da interpretação são as práticas incorporadas e o saber ateórico ou implícito que guia as ações. Aqui estabelecemos uma conexão com a Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim e seu método documentário, bem como com a teoria do habitus de Pierre Bourdieu. Com base no método documentário, desenvolvemos uma metodologia prática de pesquisa de interpretação e de construção de tipos. Esquivamo-nos, desta forma, da interpretação de caso único, enfatizando o trabalho com base na análise comparativa e extraindo o sistema de orientação (tipificação de sentido). Procuramos em que condições ou espaços de experiência (de formas específicas de acordo com o milieu, geração, gênero, etc), as orientações ou habitus tipificados são formados (tipificação sócio-genética). Trata-se finalmente de identificar a sobreposição de diferentes espaços de experiência, e, portanto, a multidimensionalidade das (géneses das) orientações e habitus (tipificação multidimensional). A tipificação sócio-genética contribui para a solução do problema da generalização na pesquisa social qualitativa.

2021 ◽  
pp. 7-98
Author(s):  
Carolin Säugling

ZusammenfassungKapitel 2 behandelt die wissenssoziologische Organisationsforschung als den theoretischen Bezugsrahmen der umgesetzten empirischen Untersuchung. Jeweils in mehreren Etappen wird Wissen zum einen in der Wissenssoziologie betrachtet, zum anderen in der Organisationsforschung beleuchtet. So entsteht zunächst ein Überblick über die wissenssoziologische Entwicklung von deren Anfängen bis in die Gegenwart, im Hinblick auf die Fragestellung dieser Studie und daher auch nicht durchgehend chronologisch. Zu Beginn geht es um Wissen, das auf Ideologien beruht oder durch diese erzeugt wird. Wesentliches in diesem Kontext zu behandelndes Gedankengut entstammt der Arbeit von Karl Mannheim. Es folgt ein Sprung in die entgegengesetzte Art der Wissenserzeugung, nämlich diejenige durch Wissenschaft. Zum einen wird auf die Ideologiekritik, die die Aufklärung hervorgebracht hat, eingegangen; zum anderen werden positivistische Konzeptionen, wie sie Auguste Comte begründet hat, in den Fokus der Betrachtung gerückt. Daraufhin richtet sich der Blick auf die klassische Wissenssoziologie der Moderne, welche anhand der Theorie von Max Weber vorgestellt wird. In der wissenssoziologischen Entwicklung folgt dann bereits die Gegenwart, die hier in ihrer sozialkonstruktivistischen Perspektive thematisiert wird: Überlegungen von Alfred Schütz, das Werk von Peter L. Berger und Thomas Luckmann und auch die derzeitige Wissenssoziologie anhand eines Aufsatzes von Oliver Dimbath und Reiner Keller. Ein Exkurs über Wissenskulturen schließt dabei einen ersten Block und leitet zugleich über in den zweiten. Dieser betrachtet Wissen aus dem Blickwinkel der Organisationsforschung. Anfangs steht die theoretische Perspektive auf Organisationen als Gegenstand der Soziologie, um daraufhin in theoretischer Hinsicht Wissen sowohl innerhalb von Organisationen zu bestimmen als auch die organisationale Wissensgenese im Vorfeld deren empirischer Untersuchung zu thematisieren. Sodann nimmt die Studie Bezug zu ihrem Fallbeispiel, indem sie zum einen das Kundenwissen als eine für die deutsche Automobilindustrie relevante Wissensart darlegt und zum anderen auf die Marktforschung als deren üblichen Weg der Wissensgenese eingeht. Ein Exkurs zu Wissensmanagement rundet das Kapitel ab.


Author(s):  
Eviatar Zerubavel

Following in the rich intellectual footsteps of Emile Durkheim, Karl Mannheim, Alfred Schutz, and Ludwik Fleck, this chapter lays out the foundations for the sociology of thinking, or “cognitive sociology.” Focusing on the impersonal, normative, and conventional dimensions of the way we think (and, as such, on its distinctness from both cognitive individualism and universalism), it highlights the distinctly sociological concern with intersubjectivity as well as epistemic commitment to the study of thought communities, cognitive traditions, cognitive norms, cognitive socialization, cognitive conventions, and the politics of cognition.


2004 ◽  

Der Autor greift die Ansätze von Max Weber, Alfred Schütz und Thomas Luckmann auf und verknüpft diese mit der hermeneutischen Tradition. Zugleich entwirft Soeffner die Programmatik einer "verstehenden Soziologie" und zeigt anhand von Beispielen, wie sich diese operationalisieren lässt. Unter anderem stellt der Autor die Grundlagen und die Methodologie einer visuellen Soziologie vor und befasst sich in dem Beitrag "Authentizitätsfallen und mediale Verspiegelungen" mit einer Anthropologie des Darstellens, Inszenierens und der Performance.


2019 ◽  
Vol 6 (2) ◽  
pp. 34324
Author(s):  
Débora Rinaldi ◽  
Suliane Da Silva Cardoso

Resumo: O presente artigo tem como objetivo realizar uma discussão acerca da função política dos discursos sociais, bem como de suas implicações para a construção biográfica. A análise parte do resultado de duas pesquisas que tiveram como objeto de estudo dois tipos de atividades profissionais: catadores de resíduos e chefes de gabinete. Ambos os estudos possuem caráter qualitativo, e foram conduzidos a partir do método de entrevistas narrativas biográficas, com a utilização da reconstrução biográfica de caso como método de análise. A partir de conceitos formulados pelos sociólogos Pierre Bourdieu e Alfred Schütz, discutimos de que forma os entrevistados instrumentalizam discursos sociais a fim de legitimar suas práticas, bem como construir uma identidade positiva de si mesmos, com impacto sobre a biografia.


2016 ◽  
Vol 7 (1) ◽  
pp. 263
Author(s):  
Patricia Fernanda Mancebo

Este artículo es producto de una serie de reflexiones en torno al abordaje de nuestro objeto de estudio, teniendo en cuenta nuestro perfil profesional y laboral: somos sociólogos-docentes que quieren estudiar los cambios en sus propias prácticas, a partir de la incorporación de tecnologías digitales en el proceso de enseñanza-aprendizaje. Nuestra posición como docentes que quieren comprender sus propias prácticas requiere explicaciones epistemológicas al construir y abordar nuestro objeto de estudio y encontramos que la problemática interpretativa desde la dualidad subjetivismo-objetivismo, es una tensión teórica que nos sirve de marco para dichas precisiones. En este contexto, el siguiente artículo pretende integrar desde un plano teórico una mirada analítica de la tarea de investigación, y una mirada desde la dinámica del proceso de investigación al reflexionar sobre el rol de los investigadores que son parte cercana del objeto de estudio que abordan.Comenzaremos la exposición a partir de los aportes teóricos de Anthony Giddens y Pierre Bourdieu, dos exponentes de la teoría social contemporánea, refiriéndonos a la superación de la dicotomía subjetivismo-objetivismo y el lugar del investigador en la producción de conocimiento. Luego, a partir de algunas categorías fenomenológicas de Alfred Schütz, nos proponemos reflexionar sobre el doble rol como sociólogos-docentes frente a esta problemática, a fin de esclarecer cómo la subjetividad en realidad no debe ser combatida sino que es parte constitutiva de nuestro objeto de estudio y de nuestro ser-en-el-mundo. © Revista Colombiana de Ciencias Sociales.


Plural ◽  
2015 ◽  
Vol 22 (2) ◽  
pp. 37
Author(s):  
Elizângela Valarini ◽  
Friederike Elias ◽  
Markus Pohlmann

Este artigo tem como objetivo investigar o estabelecimento de um novo espírito capitalista de cunho neoliberal nas grandes empresas argentinas e brasileiras. O principal aspecto da investigação empírica é verificar se a ação dos executivos argentinos e brasileiros está orientada para o princípio de geração de valor ao acionista, no qual a capitalização da empresa – por meio do mercado financeiro – torna-se atividade comum para a maximização do lucro da empresa. Esta pesquisa está baseada no programa de investigação heurístico de Max Weber a respeito do desenvolvimento do capitalismo moderno, focalizando nos mecanismo de reprodução do espírito capitalista, mas também com referencial teórico na sociologia do conhecimento de Alfred Schütz. Para este texto, foram coletados dados a respeito da trajetória de vida de 224 CEOs e conduzidas 52 entrevistas com Presidentes e Diretores Executivos das 100 maiores indústrias em cada um desses países. A análise da orientação da ação dos executivos industriais argentinos e brasileiros foi realizada por intermédio do método qualitativo de análise do padrão interpretativo coletivo.


2019 ◽  
Vol 14 (2) ◽  
pp. 17-27
Author(s):  
Alejandro Sánchez Oñate

Este ensayo ofrece una revisión conceptual de los aportes de la sociología en la comprensión del fenómeno de la segmentación social de la educación, particularmente a partir del caso del sistema educativo chileno. En ella se revisa el concepto de mundo de la vida aportado desde la sociofenomenología de Alfred Schütz y los conceptos de habitus y reproducción incorporados por Pierre Bourdieu, en relación con antecedentes empíricos del contexto educacional chileno que muestran la expresión de la segmentación y otras formas de desigualdad en la educación escolar y universitaria.


2007 ◽  
Vol 26 (3) ◽  
pp. 369-378 ◽  
Author(s):  
Olivier Colins ◽  
Eric Broekaert ◽  
Stijn Vandevelde ◽  
Geert Van Hove

2017 ◽  
Vol 17 (3) ◽  
pp. 389
Author(s):  
Hisashi Nasu

***Vários modos de fundamentação para a Sociologia: Weber, Parsons e Schutz***A fundamentação de verstehende Soziologie apresentada pelo próprio Max Weber foi suficiente para que ele pudesse lidar com seus problemas sociológicos concretos. Contudo, pareceu ser insuficiente para Alfred Schutz assim como para Talcott Parsons, a despeito do reconhecimento de ambos em relação às ideias de Weber sobre essa sociologia enquanto tal. Schutz criticou que Weber pouco esclareceu sobre os fundamentos de seus conceitos mais importantes, enquanto Parsons criticou a tendência de Weber “de obscurecer o papel essencialmente não-ficcional do sistema de teoria generalizado”. O que significa a diferença entre eles? Esse artigo tenta dar uma resposta a esta questão comparando Weber e Parsons, Weber e Schutz e Schutz e Parsons, concentrando-se sobretudo nos conceitos de “Verstehen” (compreensão), “ação” e “significado subjetivo”. Com essa análise comparativa espera-se jogar luzes sobre contribuições da fenomenologia para a sociologia.


Phainomenon ◽  
2004 ◽  
Vol 8 (1) ◽  
pp. 75-96
Author(s):  
João Carlos Correia

Abstract Throughout about three decades of incessant research, the Austrian phenomenologist Alfred Schutz tried to specify the concept of meaning presented in an insufficient way by Max Weber in his famous definition of subjective action. Quickly, Schutz exceeded the methodological questions related with the foundation of Social Sciences, developing an elaborated reflection on the relations between Communication and Society. Along this text, are presented some particularly significant moments of this intellectual journey, such as the schtuzian reflection on intersubjectivity; the question of communication as condition of possibility of the life-world, and, finally, the analysis of appresentational reference and the set of linguistic artefacts (marks, indications, signs and symbols) that allows man to deal with the experience of transcendence.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document