scholarly journals Análise dos desfechos materno-fetais em gestantes com ganho ponderal inadequado atendidas no ambulatório de pré-natal da Universidade Brasil, em Fernandópolis, São Paulo, Brasil

2020 ◽  
Vol 9 (4) ◽  
Author(s):  
Bárbara Mayume De Sousa ◽  
Amanda Bergamo Bueno ◽  
Amanda Oliva Spaziani ◽  
Matheus Magalhães Azarias ◽  
Morisa Martins Leão Carvalho

Sendo o peso pré-gestacional reconhecido com um dos principais determinantes do ganho ponderal na gestação e o acompanhamento do ganho ponderal nesse período um procedimento acessível e de baixo custo, é de grande utilidade sua análise e controle para possíveis intervenções primárias de prevenção, com promoção à saúde do binômio mãe-feto. Considerando as implicações da obesidade na gestação, esse trabalho objetivou analisar o histórico pré-natal do estado nutricional e possíveis correlações com intercorrências para a saúde materna e a via de parto no Ambulatório de Pré-natal da Universidade Brasil, Fernandópolis, São Paulo, Brasil. Forma avaliados 356 prontuários, considerando as variáveis: índice de massa corpórea na primeira consulta do pré-natal; diagnóstico de diabetes mellitus gestacional; síndromes hipertensivas gestacionais; e a via de parto no período de maio de 2015 a fevereiro de 2017. Dentre a amostra selecionada, 34,2% das gestantes encontravam-se em estado de sobrepeso e 11% de obesidade. A prevalência de diabetes mellitus gestacional foi de 4,2%, dentre as quais 33,3% foram classificadas em sobrepeso e 53,8% em obesidade. Em relação a síndromes hipertensivas gestacionais, o diagnóstico ocorreu em 10,1% da amostra, sendo que desta, 47,2% estavam acima do peso. Já sobre a via de parto, houve prevalência de 46% de partos operatórios, dentre os quais 56% ocorreram em gestantes com sobrepeso ou obesidade. Mediante a transversalidade desta temática, já que o excesso de peso na gestação se correlaciona com o aumento de problemas de saúde materna, além do seu impacto econômico para o país, pode-se concluir que atingir ou permanecer em estado nutricional de eutrofia é fundamental para o desenvolvimento saudável do binômio mão-feto e uma boa assistência pré-natal.Descritores: Gravidez; Peso Corporal; Diabetes Mellitus; Hipertensão; Parto.ReferênciasSilva LS, Pessoa FB, Pessoa DTC. Análise das mudanças fisiológicas durante a gestação: desvendando mitos. Rev FMB. 2015;8(1):1-16.Santos AL, Radovanovic CAT, Marcon SS. Assistência pré-natal: satisfação e expectativas. Rev Rene. 2010;11(Esp.):61-71.Sawada M, Masuyama H, Hayata K, Kamada Y, Nakamura K, Hiramatsu Y. Pregnancy complications and glucose intolerance in women with polycystic ovary syndrome. Endocr J. 2015;62(11):1.017-2.Laporte-Pinfildi ASC, Zangirolani LTO, Spina N, Martins PA, Medeiros MAT. Atenção nutricional no pré-natal e no puerpério: percepção dos gestores da Atenção Básica à Saúde. Rev Nutr. 2016;29(1):109-23.Gonçalves CV, Mendoza-Sassi RA, Cesar JA, Castro NB, Bortolomedi AP. Índice de massa corporal e ganho de peso gestacional como fatores preditores de complicações e do desfecho da gravidez. Rev Bras Ginecol Obstet. 2012;34(7):304-9.Santos JGC, Silva JMC, Passos AMPR, Monteiro BKSM, Maia MM, Silva RA et al. Peso materno em gestantes de baixo risco na atenção pré-natal. Int J Nutrology. 2017;10(2):5-15.Lima EM. Assistência nutricional no pré-natal: avaliação do processo nas Unidades de Saúde da família no município de Vitória de Santo Antão, PE. Vitória de Santo Antão:  Universidade Federal de Pernambuco; 2015.Asbee SM, Jenkins TR, Butler JR, White J, Elliot M, Rutledge A. Preventing excessive weight gain during pregnancy through dietary and lifestyle counseling. Obstet Gynecol. 2009;113(2 Pt 1):305-12.Godoy AC. Ganho de peso gestacional – recomendações e adequação entre mulheres brasileiras [dissertação] . Campinas: Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP; 2015.World Health Organization. Obesity: Preventing and managing the global epidemic: report of a WHO Consultation. Geneva: WHO Consultation on Obesity; 2000.National High Blood Pressure Education Program Working Group on High Blood Pressure in Pregnancy. Report of the National High Blood Pressure Education Program Working Group on High Blood Pressure in Pregnancy. Am J Obstet Gynecol. 2000;183(1):S1-22.Santos EMF, Amorim LP, Costa OLN, Oliveira N, Guimarães AC. Perfil de risco gestacional e metabólico no serviço de pré-natal de maternidade pública do Nordeste do Brasil. Rev Bras Ginecol Obstet. 2012;34(3):102-6.Valladares CG, Konka SB. Prevalência de diabetes mellitus gestacional em gestantes de um centro de saúde de Brasília - DF. Comun Ciênc Saúde. 2008;19(1):11-7.Maganha CA, Vanni DG, Bernadini MA, Zugaib M. Tratamento do diabetes mellito gestacional. Rev Assoc Med Bras. 2003;49(3):330-34.Assis TR, Viana FP, Rassi S. Estudo dos principais fatores de risco maternos nas síndromes hipertensivas da gestação. Arq Bras Cardiol. 2008;91(1):11-7.Melo ASO, Assunção PL, Gondim SSR, Carvalho DF, Amorim MMR, Benicio MHD'A et al. Estado nutricional materno, ganho de peso gestacional e peso ao nascer. Rev Bras Epidemiol. 2007;10(2):249-57.Vettore MV, Dias M, Domingues RMSM, Vettore MV, Leal MC. Cuidados pré-natais e avaliação do manejo da hipertensão arterial em gestantes do SUS no Município do Rio de Janeiro, Brasil. Cad Saúde Pública. 2011;27(5):1.021-34.Job HGC, Passini R Jr; Pereira BG. Obesidade e gravidez: avaliação de um programa assistencial. Rev Ciênc Méd. 2005;14(6):503-14.Brasil. Ministério da Saúde. Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher – PNDS 2006: dimensões do processo reprodutivo e da saúde da criança. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2009 [citado 2019 Set 26]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/pnds_crianca_mulher.pdfCarneiro JRI, Braga FO, Cabizuca CA, Abi-Abib RC, Cobas RA, Gomes MB. Gestação e obesidade: um problema emergente. Rev HUPE. 2014;13(3):17-24.Chu SY, Bachman DJ, Callaghan WM, Whitlock EP, Dietz PM, Berg CJ et al. Association between obesity during pregnancy and increased use of health care. N Engl J Med. 2008;358(14):1444-53.

2012 ◽  
Vol 63 (4) ◽  
pp. 384-386 ◽  
Author(s):  
José Enrique Sanín Blair

Medellín, 28 de noviembre de 2012 Doctor Hernando GaitánEditor Revista Colombiana de Obstetricia y GinecologíaEn la edición de la Revista Colombiana de Obstetricia y Ginecología, vol. 63, No. 3 (julio-septiembre de 2012) salió publicado el artículo de Martín Romero-Prada et al., titulado "Análisis de costo-efectividad del uso de calcio más ácido linoleico para la prevención de la hipertensión inducida por el embarazo en mujeres con riesgo en Colombia", el cual me llamó la atención por el tipo de análisis económico en salud que presenta, que es poco frecuente en la revista, y por referirse a un problema de salud pública en Colombia, tal como son los trastornos hipertensivos del embarazo. El artículo presenta en mi opinión algunas ligerezas que vale la pena aclarar:A lo largo del manuscrito científico se presentan inconsistencias con el término hipertensión inducida por el embarazo (HIE), que no es utilizado en la literatura científica desde finales de los años noventa debido a que ocasiona confusión, pues se engloban en una misma enfermedad diferentes patologías, con distinta etiología y disímil pronóstico materno y perinatal. Los autores, en la introducción del artículo, referencian este término como el sugerido por el "Report of the National High Blood Pressure Education Program Working Group on High Blood Pressure in Pregnancy" (1), sin embargo, en este consenso norteamericano, contrario a lo expresado por los autores, lo que se intentó fue evitar el término HIE y tratar de involucrar y categorizar los trastornos hipertensivos durante la gestación. La etiología de la preeclampsia temprana o tardía, la hipertensión gestacional, la eclampsia y la hipertensión arterial crónica comparten algunas características, pero los fenómenos etiológicos, la progresión de la enfermedad y la severidad son diferentes, y hoy por hoy plantear una investigación, así sea desde el punto de vista económico, sin tener claramente definido el problema, plantea dificultades metodológicas y conclusiones erróneas, como al final lo señalan los autores.


Gastrohnup ◽  
2016 ◽  
Vol 17 (3S3) ◽  
Author(s):  
LINA JOHANNA MORENO GIRALDO ◽  
ADELA HERRERA GENES

La Hipertensión Arterial (HTA) en niños es un problema creciente en salud. Con una frecuencia estimada en niños del 1-13%, dependiendo de la metodología usada, es uno de los factores de riesgo más importantes para el desarrollo de enfermedad cardiovascular y renal crónica. En 2004, el Cuarto Informe, establece que los valores normales de la presión arterial en niños dependen del género, edad, percentil de talla y para su clasificación se utilizan actualmente las tablas de la National High Blood Pressure Education Program Working Group on High Blood Pressure Children and Adolescents, con los percentiles 50, 90, 95 y 99 de presión arterial sistólica y diastólica. Entre los factores en la patogenia de la HTA primaria ó esencial en pediatría está la obesidad, relacionada con el aumento del gasto cardíaco y del volumen intravascular, aumento de la actividad del sistema simpático, lesión endotelial por radicales libres, aumento de la generación de angiotensina a partir del tejido adiposo, hiperinsulinemia con aumento en la reabsorción de sodio y del tono simpático, de la leptina, además de aterosclerosis temprana, trastornos del sueño relacionados con síndromes de apnea e hipopnea. En los niños, las diferentes guías de manejo incluyendo las de la Organización Mundial de la Salud y de la Sociedad Internacional de Hipertensión (OMS/ISH), se plantean como objetivo terapéutico reconocido ampliamente, que una disminución en el consumo de sodio en niños y adolescentes se ha asociado con reducción en la PA, entre 1 a 3 mmHg. Por lo anterior, teniendo en cuenta las complicaciones en edades tardías de consumo de sal de la dieta desde la infancia y la aparición más frecuente de niños pequeños se debe determinar las necesidades de sodio en la dieta y dentro de las recomendaciones se debe preferir alimentos de origen natural y en lo posible no se debe agregar sal a las preparaciones en el niño menor de 2 años.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document