scholarly journals O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA EM ANGOLA: REFLEXÕES METODOLÓGICAS EM CONTEXTO MULTLINGUE

2020 ◽  
Vol 12 (1) ◽  
Author(s):  
Eduardo David Ndombele ◽  
Alexandre António Timbane

O português é a única língua oficial de Angola, embora havendo mais de vinte línguas do grupo bantu e khoisan convivendo com diversas línguas europeias e asiáticas. Sendo o português a língua obrigatória na educação é necessário refletir sobre como ensinar em contexto multilíngue. A pesquisa debateu caminhos metodológicos que favorecem um ensino de qualidade e que realmente atenda a realidade angolana. É uma pesquisa bibliográfica que busca leituras que debatem questões da variação linguística e a didática do ensino. A pesquisa mostrou como a formação do professor é importante na transmissão de competências visando a qualidade de aprendizagem em português. Dado o contexto em que se processa o ensino e aprendizagem do português em Angola observa-se a ausência de condições infraestruturais para além da falta da interação entre professor, aluno, pais e Ministério da Educação. A existência de turmas com alunos de português como L1 e L2 torna o ensino complexo porque a metodologia e os materiais deveriam ser diferentes. As interferências das línguas africanas no português obrigam uma atualização metodológica constante do professor de português para que possa responder à realidade angolana desafiando a complexidade à variedade angolana do português que é diferente do português de Portugal. ANGOLA. Balanço da Implementação da 2ª Reforma Educativa em Angola. Luanda: Ministério da Educação, s.d. Disponível em: <www.med.gov.ao>. Acesso em: 14 abr. 2020.ANGOLA. Constituição da República de Angola. Luanda: Assembleia Nacional, 2010.BENGUI, Francisco Pedro. Interferências linguísticas dos alunos da escola do I ciclo do ensino secundário de Buengas-Uige. Monografia apresentado no Instituto Superior de Ciências de Educação do Uíge. 2018CHICUNA, Alexandre Mavungo. Portuguesismos nas línguas bantu: para um dicionário portugues-kiyombe. 3.ed. 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2020 ◽  
Vol 12 (1) ◽  
Author(s):  
Dulcinéa Silva Jerônimo ◽  
Nádia Dolores Fernandes Biavati

A partir das teorias que envolvem o processo avaliativo da aprendizagem, torna-se possível conceber a avaliação como ferramenta indispensável na tomada de decisões do professor. Na verdade, a avaliação, no presente texto, será considerada para além disso, pois destacamos preceitos analisando-os, indicando-a parte constitutiva do discurso escolar e do discurso pedagógico. Nessa direção, pelo aporte da vertente francesa de Análise de Discurso, voltamos nosso olhar para práticas que indicam a ideia de avaliação ideal (e por vezes idealizada) pautada no bom planejamento e condizente com a realidade dos discentes e descrevemos o modo como os discursos funcionam, analisando a tendência de a formação  classificatória perpassar o processo avaliativo.  Percebemos que o discurso legitimador da avaliação prevalece, superestimando sua face regulatória,  na medida em que ela deve  fornecer (e muitas vezes não fornece) bons indicadores para os processos de didatização. Ao considerar a escola a partir de uma perspectiva discursiva, destacamos o que acreditamos ser dois fundamentos efetivos diretamente relacionadas à avaliação, a saber: o discurso pedagógico e o discurso escolar – a partir das concepções de Orlandi (1996). Nessa perspectiva, no presente texto, traçamos, pela ótica francesa de Análise de Discurso, uma reflexão acerca das estratégias avaliativas, a fim de buscar compreender melhor o processo de acompanhamento da aprendizagem, sua função e a forma como os discursos perpassam o contexto escolar, especificamente na avaliação escolar de aprendizagem. ALTHUSSER, Louis. Aparelhos ideológicos de Estado. Rio de janeiro: Graal, v. 2, 1985.AMORIM, Vanessa; MAGALHÃES, Vivian. Cem aulas sem tédio. Porto Alegre: Padre Reus, 1998.BARRETTO, Elba Siqueira de Sá. A avaliação na educação básica entre dois modelos. Educação & Sociedade, ano XXII, no 75, Agosto/2001.BIAVATI, Nadia Dolores Fernandes. Entre o fato e a regra: unidade e fragmentação na constituição da identidade e representação de valores e práticas do professor-mosaico. 2009. Tese (Doutorado em Estudos Linguísticos) –Faculdade de Letras, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2009.ESTEBAN, M. Teresa. Avaliação: uma prática em busca de novos sentidos. Rio de Janeiro: DP&A, 2003._______. Microfísica do poder. 21 ed. Rio de Janeiro. Graal, 2005._______. Vigiar e Punir: Nascimento da Prisão. 30. ed., Petrópolis, RJ, Vozes.  1987.HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: Uma prática em construção da pré-escola à universidade: Editora Medição, Porto Alegre, 2006.LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.LUCKESI, Cipriano C., Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo, Ed. Cortez, 1996._______. Carlos. Verificação ou avaliação: o que se pratica a escola? São Paulo: FDE, Série Ideias n. 8, 1998.MACEDO, Lino de. Avaliação na educação. Marcos Muniz Melo (Organizador). 2007.MORETTO, Vasco Pedro. Prova – um momento privilegiado de estudo: não um acerto de contas. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.ORLANDI, Eni Puccinelli. A linguagem e seu funcionamento: as formas do discurso. Campinas: Pontes, 4. ed. 1996._______. Paráfrase e polissemia: a fluidez nos limites do simbólico. Rua, v. 4, n. 1, p. 9-20, 1998._______. A linguagem e seu funcionamento: as formas do discurso. 4. ed. rev. e aum. Campinas: Pontes, 2003.PÊCHEUX, Michel et al. Análise automática do discurso. Por uma análise automática do discurso: uma introdução à obra de Michel Pêcheux. v. 3, 1990.


2021 ◽  
Vol 15 (3) ◽  
pp. 52-71
Author(s):  
Bruna Morante Lacerda Martins ◽  
Patrícia Denkewicz

O presente estudo centrou-se em estudar o cenário das empresas digitais brasileiras por meio do mapeamento de empresas digitais brasileiras que atuam no trade turístico a fim de conhecer a clusterização da tecnologia aplicada ao turismo. Para tanto, apresentou-se discussões em torno do turismo e do comércio eletrônico e a formação de clusters no turismo. O procedimento metodológico pautou-se na pesquisa bibliográfica e na pesquisa exploratória, realizando a distribuição geográfica das empresas, em que foram consideradas as formas de comercialização no comércio eletrônico e o enquadramento em 8 categorias de empresas digitais na cadeia produtiva do turismo, tais como: atrativos, agenciamento, hospedagem, alimentos e bebidas, gestão de viagens - consumidor, gestão de negócios, serviços de apoio turísticos, transportes e eventos. Constatou-se a existência de 173 plataformas digitais brasileiras que desenvolvem soluções tecnológicas para o turismo, sendo que a maioria está localizada no estado de São Paulo e pormenorizada nos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, revelando a possibilidade da formação de clusters de tecnologia aplicada ao turismo nos municípios de São Paulo - capital e de Belo Horizonte. A atuação destas empresas encontra-se principalmente nas categorias de transportes e gestão de negócios empresariais. Constata-se que as travel techs brasileiras estão atuando predominantemente no desenvolvimento de plataformas voltadas para o Transporte (22%) com o foco diretamente no cliente, ou seja, fazendo a primeira etapa do produto turístico (Transporte, Hospedagem, Destino e Alimentos e Bebidas) na ponta da cadeia.


1967 ◽  
Vol 34 (70) ◽  
pp. 551
Author(s):  
Heródoto Barbeiro

 Belo Horizonte foi sede, de 29 de abril a 4 de maio de 1967, do III Seminário Interuniversitário de Estudantes de História, promovido pelo Centro de Estudos Históricos da Universidade Federal de Minas Gerais, tendo comparecido 20 delegações; de São Paulo (Universidades de São Paulo, Católica, de Campinas, Faculdade de Filosofia de Lins, de Santos, de Assis, de Bauru e de Lorena), Minas Gerais (Universidades Federal e Católica de Belo Horizonte, Faculdades de Uberlândia, Uberaba, Montes Claros, Itaúna), Rio Grande do Sul (Pôrto Alegre), Paraná (Faculdades de Curitiba e Ponta Grossa), Goiás (Goiânia) e Rio de Janeiro (Niterói) . 


2019 ◽  
Vol 13 (2) ◽  
pp. 520
Author(s):  
Renata Porcher Scherer

The present article aims to analyze the main implications of metamorphoses in the world of work in the transition from a Fordist paradigm to a post-Fordist, for the professionalization of teaching work. Therefore, three important studies on Brazilian teaching are taken as empirical material and the importance of considering the diagnoses about changes in the world of work is taken into account in order to understand the current context experienced by teachers. It begins by examining the main transformations that have occurred in recent capitalism since the triumph of neoliberal in Brazil, signaling the emergence of new professional profiles that are now required in the current context. After presenting a diagnosis about the professionalization of teaching and teaching sickness in Brazil, showing that the concept of degeneration is an important tool for future studies that seek to investigate sush topics. ResumoO presente artigo tem como objetivo analisar as principais implicações das metamorfoses no mundo do trabalho na passagem de um paradigma fordista para um pós-fordista, para a profissionalização do trabalho docente. Para tanto, toma-se como material empírico três importantes estudos sobre a docência brasileira e aponta-se para a importância de consideramos os diagnósticos acerca das mudanças no mundo do trabalho para compreendermos e complexificarmos o atual contexto vivido por professores e professoras. Inicia-se examinando as principais transformações ocorridas no capitalismo recente a partir do triunfo do pensamento neoliberal no Brasil, sinalizando para a emergência dos novos perfis profissionais que passam a ser exigidos no contexto atual. Após, apresentamos um diagnóstico sobre a profissionalização do magistério e o adoecimento docente no Brasil, evidenciando que o conceito de desgenerificação mostra-se como uma ferramenta importante para futuros estudos que busquem investigar tais temáticas. ResumenEl presente artículo tiene como objetivo analizar las principales implicaciones de las metamorfosis en el mundo del trabajo en el paso de un paradigma fordista para un postfordista, para la profesionalización del trabajo docente. Para ello, se toma como material empírico tres importantes estudios sobre la docencia brasileña y se apunta a la importancia de considerar los diagnósticos acerca de los cambios en el mundo del trabajo para comprender y complejizar el actual contexto vivido por profesores y profesoras. Se inicia examinando las principales transformaciones ocurridas en el capitalismo reciente a partir del triunfo del pensamiento neoliberal en Brasil, señalando para la emergencia de los nuevos perfiles profesionales que pasan a ser exigidos en el contexto actual. Después de presentar un diagnóstico sobre la profesionalización del magisterio y el enfermedad docente en Brasil, evidenciando que el concepto de desgenerificación se muestra como una herramienta importante para futuros estudios que busquen investigar tales temáticas.Keywords: Teaching work, Capitalism, Degenerification of work.Palavras-chave: Trabalho docente, Capitalismo, Desgenerificação do trabalho.Palabras clave: Trabajo Docente; el capitalismo; Desgenerificación del trabajo.ReferencesANTUNES, Ricardo. A nova morfologia do trabalho e as formas diferenciadas da reestruturação produtiva no Brasil dos anos 1990. Sociologia, Porto, v. 27, p. 11-25, jan.  2014.ANTUNES, Ricardo. Adeus ao trabalho? 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Author(s):  
Cláudia Mara De Almeida Rabelo Viegas ◽  
Luís Henrique Vasconcelos da Silva Letra

A LICITUDE DOS SERVIÇOS DE TRANSPORTE PRESTADOS PELO APLICATIVO UBER  THE LAWFULNESS OF TRANSPORT SERVICES PROVIDED BY UBER APP   Cláudia Mara de Almeida Viegas*Luís Henrique Vasconcelos da Silva Letra** RESUMO: O presente trabalho tem por objetivo analisar a legalidade dos serviços de transporte contratados através do aplicativo UBER, pelo qual são conectados motoristas autônomos e pessoas em busca de transporte de passageiros. Pretende-se, no primeiro momento, investigar e conceituar o mecanismo que envolve o aplicativo, analisando os aspectos juridicamente relevantes ao sistema de contratação do serviço. Em seguida, pelo método dedutivo, verifica-se o enquadramento da prestação de serviço em questão como um negócio jurídico - contrato de transporte de pessoas -, preconizado pelos arts. 734 e seguintes do Código Civil. Posteriormente, investiga-se o transporte público de pessoas, com análise normativa federal e exemplos de normas municipais editadas em Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro, que objetivaram restringir as atividades prestadas pelo UBER. Por fim, pelo método indutivo, faz-se a análise jurisprudencial de casos pontuais impugnando a legislação municipal citada, a fim de expor os argumentos jurídicos favoráveis e contrários à licitude do sistema de transporte privado titularizado como UBER no aspecto da prática jurídica. PALAVRAS-CHAVE: UBER. Contrato de transporte de pessoas. Transporte público. Transporte Privado. ABSTRACT: This paper aims to examine the legality of the transport services contracted by UBER app, through which self-employed drivers and people searching transport are connected. It was intended, at first, to investigate and conceptualize the mechanism that involves the app, analyzing important legal aspects of the hiring of the service. Then, through deductive reasoning, it was verified the framework of this service as a legal business - passenger transport contract – expressed in the article 734 and the following articles of the Brazilian Civil Code. Later, the public transport of passengers was investigated, with the analysis of federal norms and examples of municipal rules issued in Belo Horizonte, São Paulo and Rio de Janeiro, which aimed to restrict the services provided by UBER. Finally, through inductive reasoning, case law analysis of individual cases challenging the cited municipal legislation were investigated, in order to expose legal arguments in favor and against the legality of the private transport system provided by UBER. KEYWORDS: UBER. Passenger transport contract. Public transport. Private Transport. SUMÁRIO: Introdução. 1 O contrato de transporte de pessoas. 2 O transporte público de pessoas. 3 Análise jurisprudencial. Conclusão. Referências Bibliográficas.* Professora dos cursos de Direito da Pontifícia Universidade de Minas Gerais (PUC-Minas) e das Faculdades Del Rey (UNIESP). Doutoranda e Mestre em Direito Privado pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas). Especialista em Direito Processual Civil pela Universidade Gama Filho. Especialista em Educação à distância pela Pontifícia Universidade de Minas Gerais (PUC-Minas). Especialista em Direito Público – Ciências Criminais pelo Complexo Educacional Damásio de Jesus. Bacharel em Administração de Empresas e Direito pela Fundação Mineira de Educação e Cultura (FUMEC). Tutora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Servidora Pública Federal do Tribunal Regional do Trabalho, Minas Gerais.** Especialista em Direito Empresarial pelo Instituto de Educação Continuada (IEC) da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas). Graduado em Direito pela Fundação Mineira de Educação e Cultura (FUMEC).


2020 ◽  
Vol 12 (1) ◽  
Author(s):  
Frederico Rios C. dos Santos

O presente trabalho tem o objetivo de traçar a construção histórico-sociológica do discurso socialista, entendido em sentido amplo, bem como situar o mesmo no espectro ideológico do discurso político. Para isso, lança-se mão dos pressupostos teórico-metodológicos propostos por Bobbio e Charaudeau de distinção entre esquerda e direita. A conclusão é que o discurso socialista é mais afeito ao progressismo, excetuando o discurso socialista de países que o utilizam como política de estado de manutenção autoritária do poder, como aconteceu com o stalinismo. ADORNO, Theodor W.; HORKHEIMER, Max. Dialética do esclarecimento. Rio de Janeiro: Zahar, 1985.ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: introdução à filosofia. São Paulo: Moderna, 1993.BOBBIO, Norberto. Direita e Esquerda: razões e significados de uma distinção política. São Paulo: Editora Unesp, 2011.CHARAUDEAU, Patrick. Le discours politique: les masques du pouvoir. Paris: Librairie Vuibert, 2005.CHASIN, J. “Posfácio: Marx – Estatuto Ontológico e Resolução Metodológica”. In: TEIXEIRA, Francisco José Soares. Pensando com Marx: uma leitura crítico-comentada de O Capital. Editora Ensaio, 1995.DUARTE, Rodrigo. Adorno/Horkheimer & A Dialética do Esclarecimento. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2002.GRAMSCI, Antônio. Cadernos do Cárcere. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014.HEGEL, G. W. F. Fenomenologia do Espírito. Petrópolis: Vozes, 1997._______. Princípios de filosofia do Direito. São Paulo: Martins Fontes, 1992.HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos: o breve século XX (1914-1991). São Paulo: Cia das Letras, 1995.LÊNIN, Vladimir I. Estado e Revolução. São Paulo: Boitempo, 2017.MARX, Karl. Manifesto do Partido Comunista. Porto Alegre: LP&M, 2001._______. Contribución à la critica de la economía política. In: Obras escogidas en dos tomos. Moscú: Editorial Progreso, 1966.PAZZINATO, Alceu L.; SENISE, Maria Helena V. História Moderna e Contemporânea. São Paulo: Editora Ática, 2002.QUADROS, Marcos Paulo dos Reis. O conservadorismo à brasileira: sociedade e elites políticas na contemporaneidade. 2015. 273f. Tese (Doutorado) - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais. Porto Alegre, 2015.REALE, Giovanni et ANTISERI, Dario. História da Filosofia: de Freud à atualidade, v. 7. São Paulo: Paulus, 2005b.SANTOS, Frederico Rios Cury dos. A retórica da guerra cultural e o parlamento brasileiro: a argumentação no impeachment de Dilma Rousseff. Tese (Doutorado em Linguística do Texto e do Discurso) – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2019.WEBER, Max. Economia e Sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. Vol. 2. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2004.WEFFORT, Francisco C. (org.). Os clássicos da política. Vol. 2. São Paulo: Ática, 2003.


Trama ◽  
2019 ◽  
Vol 15 (36) ◽  
Author(s):  
Valdeci Batista de Melo OLIVEIRA ◽  
Greicy Erhart Pereira da COSTA ◽  
Clariane Leila DALLAZEN

O presente artigo discute textos que retratam a mulher dentro dos valores do mundo patriarcal brasileiro, juntamente, com textos em que as personagens ousam arrostar esse mesmo ideário. Em dois retratos feitos em forma de canções, as duas mulheres apresentadas não têm sequer nomes próprios e suas vidas existem em função do homem. Em outros dois, o conto A fuga, de Clarice Lispector, escrito em 1940 e publicado em 1979 e o cordel A mulher que vendeu o marido por 1,99, de Janduhi Dantas, duas mulheres protagonistas demandam em busca de autodeterminação. Ambas as personagens são casadas e são infelizes no casamento; ambas suportam condições adversas que as inquietam e oprimem e das quais desejam sair. Será utilizado o conceito do dominante de (JAKOBSON, 1983), como ferramenta teórica, assim como ferramentas dos estudos de gêneros (BUTLER, 2003; LOURO, 1997) e da literatura comparada (CARVALHAL, 1986).REFERÊNCIAS:ASSIS, Machado. Dom Casmurro. 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2019 ◽  
Vol 23 (2) ◽  
pp. 198-208
Author(s):  
Barbara Barros Gonçalves Pereira Nolasco ◽  
Moema Rodrigues Brandão Mendes

Este trabalho faz parte de uma série de investigações realizadas acerca do escritor mineiro Mário Matos. Nesta busca mais diligente, estão sendo realizados levantamentos de seus textos publicados em diversos periódicos, desde os primeiros escritos até os que foram produzidos e localizados meses antes de sua morte. O presente artigo, contudo, pretende evidenciar a atuação jornalístico-literária desse autor na Alterosa, antiga revista de grande visibilidade no contexto de Minas Gerais, bem como trazer ao leitor uma apresentação geral da vida literária de Mário Matos. Palavras-chave: Mário Matos. Alterosa. Literatura mineira. Imprensa mineira. Memória. Referências A COMEMORAÇÃO do 6.º aniversa’rio de “Alterosa”. Alterosa, Belo Horizonte, ano VII, n. 65, p. 120, 134, 136, set. 1945.        ALENCAR, Gilberto de. Um “novo” de valor. O Pharol, Juiz de Fora, ano XLVII, n. 307, p. 1, 27 dez. 1912.            ALTEROSA. Alterosa, Belo Horizonte, ano V, n. 39, p. 1, jul. 1943.        ALTEROSA. Alterosa, Belo Horizonte, ano VI, n. 49, p. 1, maio 1944.    ALTEROSA. Alterosa, Belo Horizonte, ano XV, n. 169, p. 96, 01 set. 1953.       ALTEROSA em nova fase. Alterosa, Belo Horizonte, ano XXII, n. 329, p. 1, maio 1960. ANDRADE, Carlos Drummond de. Imagem de escritor mineiro. Correio da Manhã, Rio de Janeiro, ano LXVI, n. 22.619, 1º caderno, p. 6, 30 dez. 1966.         CHAVES, Hermenegildo. Uma alma simples de artista. Alterosa, Belo Horizonte, ano VII, n. 65, p. 142,147, set. 1945.   DANTAS, Paulo. Qual o seu candidato? Alterosa, Belo Horizonte, ano VII, n. 65, p. 92-94, set. 1945. DUARTE, Constância Lima (org.). Dicionário bibliográfico de escritores mineiros. Belo Horizonte: Autêntica, 2010. FECHAMENTO de “Alterosa” decidido pela direção em face do aumento do papel. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, ano LXXIV, n. 305, 1º caderno, p. 16, 27-28 dez. 1964. JURISPRUDÊNCIA MINEIRA. Desembargador Mário Gonçalves de Matos: nota biográfica. Belo Horizonte, a. 53, n. 162, p. 3-5, out.-dez. 2002.  MÁRIO Matos: nota biográfica. Suplemento Literário do Minas Gerais, Belo Horizonte, ano II, n. 70, p. 2, 30 dez. 1967.   MATOS, Mário Gonçalves de. Dicionário da elite política republicana (1889-1930). FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/CPDOC. Disponível em: <https://cpdoc.fgv.br/dicionario-primeira-republica/5>. Acesso em: 01 abr. 2019. MATOS, Mário. Caçada de onça. Bello Horizonte, Belo Horizonte, n. 101, fev. 1939. Não paginado.   ______. Machado de Assis: o homem e a obra – Os personagens explicam o autor. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1939 (Coleção Brasiliana, 5ª série da Biblioteca Pedagógica Brasileira, vol. 153). 454 p.         ______. O personagem persegue o autor. Rio de Janeiro: “O Cruzeiro”, 1945. 357 p.      ______. Os mortos governam os vivos. Alterosa, Belo Horizonte, ano VII, n. 67, p. 39, nov. 1945. ______. Palavra da musa antiga. Alterosa, Belo Horizonte, ano VII, n. 68, p. 1, dez. 1945. ______. Interpretação do Natal. Alterosa, Belo Horizonte, ano [VIII], n. 68, p. 39,119, dez. 1945. ______. Chico Mendonça, a mulher e o “Balão”. Alterosa, Belo Horizonte, ano VIII, n. 69, p. 39, jan. 1946.    ______. Centenário poético. Alterosa, Belo Horizonte, ano VII, n. 70, p. 39, fev. 1946.  ______. A vida é assim. Alterosa, Belo Horizonte, ano VIII, n. 71, p. 39, mar. 1946.       ______. Soldado Clementino. O Jornal, Rio de Janeiro, ano XXVIII, n. 8.158, 4ª seção (Revista), p. 1,7, 01 dez. 1946. ______. Casa das três meninas. Belo Horizonte: Movimento Editorial Panorama, 1949. 254 p.  ______. Caçada da onça. Alterosa, Belo Horizonte, ano XVI, n. 206, p. 36-39,90, 15 mar. 1955.           MATTOS, Mário. Último bandeirante. Belo Horizonte: Os Amigos do Livro, 1935. 174 p. MOREIRA, Vivaldi. Figuras, tempos, formas. Belo Horizonte: MP, 1966. NOTAS & Novas. O Pharol, Juiz de Fora, ano XLIX, n. 45, p. 1, 22 fev. 1914. O PARLAMENTO mineiro. O Jornal, Rio de Janeiro, ano V, n. 1.397, p. 11, 29 jul. 1923.        OLAVO, Alberto. Último canto da tarde. Belo Horizonte: Os Amigos do Livro, 1938. 224 p.    ______. A poesia abandonou o verso. Alterosa, Belo Horizonte, ano V, n. 40, p. 18,19,146, ago. 1943. ______. Mês de Maria. Alterosa, Belo Horizonte, ano VI, n. 49, p. 41, maio 1944. ______. Soldado Clementino. Alterosa, Belo Horizonte, ano VII, n. 65, p. 39, set. 1945.            ______. O consul Eça de Queiroz. Alterosa, Belo Horizonte, ano VII, n. 66, p. 37, out. 1945.    ______. O exemplo de Judas. Alterosa, Belo Horizonte, ano VIII, n. 72, p. 39,129, abr. 1946.   ______. Maio, mês da rosa e do sonho. Alterosa, Belo Horizonte, ano VIII, n. 73, p. 41, maio 1946. ______. Adeus, meu lar. Alterosa, Belo Horizonte, ano VIII, n. 74, p. 41, jun. 1946. ______. Vitória de princípios. Alterosa, Belo Horizonte, ano VIII, n. 76, p. 33,70, ago. 1946.    ______. Eis a primavera. Alterosa, Belo Horizonte, ano VIII, n. 77, p. 33, set. 1946.       ______. Sorvete, Iáiá. Alterosa, Belo Horizonte, ano VIII, n. 79, p. 33, nov. 1946.          ______. Eterno sonêto de Natal. Alterosa, Belo Horizonte, ano VIII, n. 80, p. 41, p. 41, dez. 1946.       ______. Casamento por anedota. Alterosa, Belo Horizonte, ano IX, n. 81, p. 33, jan. 1947.        ______. Interpretação do carnaval. Alterosa, Belo Horizonte, ano IX, n. 82, p. 33,46, fev. 1947.            OLAVO, Alberto. O ridículo na poesia. Alterosa, Belo Horizonte, ano IX, n. 84, p. 33,57, abr. 1947.    ______. Uma questão de dinheiro. Alterosa, Belo Horizonte, ano XI, n. 105, p. 33,73, jan. 1949.           UMA GRANDE aquisição para o quadro de colaboradores permanentes de Alterosa. Alterosa, Belo Horizonte, ano V, n. 40, p. 114, ago. 1943.


2021 ◽  
Vol 31 (1) ◽  
pp. 116
Author(s):  
Múcio do Amaral Figueiredo

Evidenciando-se como uma atividade humana bastante antiga, praticada desde os primórdios da humanidade, a mineração, com o decorrer do tempo e do desenvolvimento cultural, tornou-se cada vez mais importante para os diversos povos nas mais diversas regiões do globo. Os empreendimentos minerários de grande porte geralmente consomem grandes volumes de água, muitas vezes estabelecendo uma competição por este recurso natural e muitas regiões do globo. O Brasil, e o Estado de Minas Gerais, e mais especificamente a região do Quadrilátero Ferrífero (QF), têm experimentado uma aceleração exponencial por demanda hídrica. No caso do QF, uma demanda em torno do abastecimento hídrico da crescente Região Metropolitana de Belo Horizonte (BMBH), a terceira maior região metropolitana do Brasil, atrás apenas das de São Paulo e Rio de Janeiro, e também da crescente demanda hídrica pelos novos projetos minerários e pela expansão dos já existentes. A Formação Cauê, uma unidade geológica rica em minério de ferro de alta qualidade, interseciona-se com o Aquífero Cauê, o mais importante manancial hídrico subterrâneo do QF. A inevitável e necessária exploração do minério de ferro da Formação Cauê e as atividades minerárias e obras de engenharia decorrentes constituem um conflito socioambiental, pois, ameaçam a integridade do Aquífero Cauê, responsável, em última instância, pelo abastecimento hídrico da RMBH. Muitas questões ainda não foram adequadamente respondidas relativas à real dimensão do conflito, bem como das consequências de eventual desastre ambiental na bacia hidrográfica do Rio das Velhas, a montante da estação de captação hídrica de Bela Fama.


Trama ◽  
2020 ◽  
Vol 16 (37) ◽  
pp. 84-99
Author(s):  
Viviane De Andrade SOARES-SENA ◽  
Soelis Teixeira do Prado MENDES

Por meio deste artigo pretendemos discutir achados da pesquisa intitulada “Esta língua vareia: uma análise da variação linguística no ensino de língua portuguesa em Mariana, MG” (Soares-Sena, 2018), a partir da qual e sob a perspectiva da Sociolinguística Variacionista Laboviana (2008 [1972]) apresentamos uma análise a respeito do tratamento dado à variação linguística nos ensinos Fundamental II e Médio. Assim, visando desenvolver ainda mais o tema em questão, acrescentamos a esta discussão algumas reflexões acerca da variação linguística no processo de alfabetização-letramento de crianças; conhecimento que nos foi possibilitado trazer a este estudo a partir da realização da disciplina “LIG948 - STV em Linguística Aplicada: Da aquisição da fala à apropriação da escrita pela criança” do Programa de Pós Graduação em Estudos Linguísticos da Universidade Federal de Minas Gerais. Dessa maneira, evidenciaremos resultados da pesquisa empírica e refletiremos, ainda, sobre o processo de alfabetização no Ensino Fundamental I (anos iniciais – 1º ao 5º ano). Isso para que possamos discutir conceitos e (im)possibilidades ao ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa na educação básica como um todo. Os resultados nos mostram que poderemos compreender que, embora existam grandes estudos com foco em um ensino-aprendizagem diverso, criativo, dinâmico, efetivo e significativo com tendências à erradicação do analfabetismo no Brasil (Soares, 2002, 2018; Faraco, 1992, 2008, 2016; Bortoni-Ricardo, 2005; dentre outros), ainda há muitas lacunas no nosso ensino. Da alfabetização ao ensino médio, existe um caminho extenso a ser percorrido para se alcançar a educação de qualidade.REFERÊNCIASALVES, R. Por uma educação romântica. São Paulo: Papirus, 2002.ANTUNES, I. Gramática contextualizada: limpando “o pó das ideias simples”. São Paulo: Parábola Editorial, 2014.BAGNO, M. 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