scholarly journals Alteridade e História: escritura e narrativa como uma ética do Outro

Author(s):  
Amilcar Torrão Filho ◽  
Alberto Luiz Schneider

Neste artigo procuramos compreender como o conceito de alteridade é central para pensar os procedimentos da História, ainda que ainda não tenha se constituído como um conceito vigente na teoria da História. A partir da noção de alteridade de Emmanuel Lévinas e Judith Butler, pensamos como Michel de Certeau e Paul Ricoeur tratam a escritura da história e seus procedimentos narrativos como uma tomada de posição ética em relação ao Outro, o nosso passado.

2013 ◽  
Vol 4 (1) ◽  
pp. 92-112 ◽  
Author(s):  
Damien Tissot

In this paper, I read Paul Ricoeur in dialogue with Judith Butler, Emmanuel Levinas and Annie Léchenet. I suggest that Ricoeur’s philosophy provides interesting tools to articulate two simultaneous feminist claims, that is, a claim for recognition and a claim of justice. This article particularly highlights how the Ricoeurian hermeneutics of the subject, which puts self-esteem at the centre of the good life with and for others within just institutions, can provide an interesting frame for feminist research. Through my reading of Ricoeur, by linking more precisely the notions of promise and self-esteem, I argue that Ricoeur’s philosophy allows us to develop a theory of faithfulness to oneself, which, I suggest, is an implicit claim of feminist discourse.


2019 ◽  
Vol 19 (3) ◽  
pp. 90
Author(s):  
Elvis De Oliveira Mendes

É possível um retorno filosófico à religião?  A fim de tentar refletir acerca dessa difícil questão, o presente estudo pretende focar-se no confronto com os desafios do fenômeno religioso que se configura na contemporaneidade, tomando como ponto de referência o encontro entre as contribuições do pensamento filosófico de Paul Ricoeur – que recupera a textualidade da expe-riência religiosa e a fecundi-dade do pensamento ético-filosófico de Emmanuel Lévinas que, por sua vez, propõe o retorno à ética encontrada na tradição talmúdica, a fim de repensar o fenômeno religioso na atualidade.


Author(s):  
Alex Villas Boas ◽  
Jefferson Zeferino ◽  
Andreia Cristina Serrato

O campo de estudos em Teologia e Literatura está consolidado no contexto brasileiro. A proposta do grupo teopatodiceia visa situar este diálogo da teologia como pergunta pelo sentido de Deus na busca de sentido humana e oferta de uma racionalidade crítica a um sistema de crença tendo a literatura como interlocutora privilegiada, mas também outras formas de narrativas e expressões artísticas da condição humana. Nesse sentido, o elemento antropológico visa não somente o diálogo com a antropologia literária mas considera também, desde um projeto de arqueologia do saber teológico, a produção de subjetividades implicadas (pathos) nos saberes em diálogo e nos modelos epistemológicos que melhor favorecem a elaboração de uma teologia pública, plural e contrahegemônica a fim de discernir modos de se responsabilizar por uma agenda pública desde uma sensibilidade ética (diké) comum aos dilemas contemporâneos. A literatura ocupa um papel importante de heterologia no diálogo com a teologia. Como uma abordagem interdisciplinar, o projeto arqueológico se nutre dos percursos teóricos de autores como Antonio Manzatto, Paul Ricoeur, Michel Foucault, Michel de Certeau e David Tracy. Numa crítica à autorreferencialidade teológica, a via dialógica, interdisciplinar e intercultural da perspectiva teológica do grupo se aloca no conjunto das ciências humanas.


Author(s):  
João Rodolfo Munhoz Ohara

O funcionamento da verdade no texto de história não depende apenas de suas condições epistemológicas, mas também de uma relação ética entre historiador e leitor. Paul Ricoeur indicou que nessa relação se estabelece um pacto tácito de leitura, um contrato em que o historiador garante ao leitor que a narrativa apresentada é “verdadeira”. Michel de Certeau, de outro lado, trabalhou tanto sobre o funcionamento interno dessa maquinaria de produção de verdades (a operação historiográfica) quanto sobre o caráter ativo da leitura. Cruzando tais insights, proponho que devemos pensar a respeito dessa relação ética entre autor e leitor, considerada aqui nas categorias de confiança e expectativa.


2005 ◽  
Vol 62 (2) ◽  
pp. 193-209 ◽  
Author(s):  
Thomas E. Reynolds

Reflecting on the author's experience of parenting a son with disabilities and bringing this experience into conversation with authors such as Jean Vanier, Paul Ricoeur, and Emmanuel Levinas, this article suggests that “letting go” and becoming open to another in love is an experience of redemption that marks a conversion of self, one that transgresses boundaries and empowers the deepest kind of mutual belonging imaginable. Moreover, this conversion to another ultimately transforms us in the direction of a conversion to the divine itself, cultivating dispositions of gratitude and hope, for God is the relational power of the whole of reality, that which makes love imaginable, indeed possible.


2019 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
pp. 125-139
Author(s):  
Sophie Galabru

In Time and narrative then in Oneself as another Paul Ricœur proposes a philosophy of personal and collective identity, through research on time and narrative. According to these books, emplotment would synthesize and reconcile the temporal discordance, experienced by the selfhood. The subject’s fragmentation by the otherness of time could then define vulnerability. Our aim is to question this triad time-vulnerability-narrative thanks to the opposite positions of Emmanuel Levinas. Unlike Ricœur, Levinas severely criticizes the idea of memory and narrative in order to respect the vulnerability of the other. Yet, the Ricœurian analysis of the responsibility affirms the need for a capable and not dispossessed Self. From this point of view, Ricœur helps us to question the limits set by Levinas to narrative and leads us to wonder if the ethical plot for the vulnerability of others does not need memory and narrative.


Franciscanum ◽  
2013 ◽  
Vol 55 (159) ◽  
pp. 105
Author(s):  
Pedro Enrique García Ruiz

A través de la noción de identidad narrativa Paul Ricoeur busca mostrar que una dialéctica entre lo propio y lo ajeno se encuentra presente en toda comprensión. Emmanuel Levinas rechaza esta concepción de la alteridad pues considera que el otro no es reducible a una relación que esté mediada por la reflexión. Considera al otro como un límite de la identidad, no su condición de posibilidad. De esta manera, se analiza la respuesta que ofrece Ricoeur en Sí mismo como otro respecto al estatuto de la alteridad del otro y su relación con la constitución de la identidad del yo.


Tangence ◽  
2005 ◽  
pp. 9-19
Author(s):  
Bernard Andrès

Prenant appui sur les travaux de Pierre Nora, de Jacques Le Goff, de Michel de Certeau, de Paul Ricoeur et de Michel Foucault, cet article évalue les conditions de possibilité d’une histoire littéraire des Canadiens au xviiie siècle. Comment, de nos jours, « faire de l’histoire », comment « inventer une littérature » à partir d’un corpus hétérogène d’archives manuscrites et imprimées dont les auteurs n’avaient pas toujours conscience de « faire oeuvre » ni de passer à la postérité ? Quelle mémoire pouvons-nous opposer aujourd’hui à l’oubli dans lequel l’institution littéraire a longtemps plongé cette production ? De Lahontan à Bailly de Messein, en passant par Charlevoix, Lafitau, Bégon, mais aussi les textes de la Conquête, la richesse et la variété de cette archive justifient-elles vraiment notre entreprise d’exhumation ?


Franciscanum ◽  
2013 ◽  
Vol 55 (160) ◽  
pp. 111
Author(s):  
Francisco Xavier Sánchez Hernández

El texto analiza el breve diálogo epistolar que tuvieron Emmanuel Levinas y Paul Ricoeur poco tiempo después de la publicación de la obra de Ricoeur, Sí mismo como otro, en la cual Ricoeur criticaba a Levinas la «falta de estima de sí» en la constitución del sujeto que responde al otro. A lo cual Levinas se defiende haciendo referencia a la categoría de «elección». El hecho de haber sido elegido por el otro para responderle suscita en mí, sin haberlo previsto, una especie de estima de mí mismo, que me permite descubrirme «otro» de quien yo creía ser al principio. Breve diálogo epistolar entre los dos amigos que nos permite entrar en el centro de sus reflexiones sobre la alteridad.


1970 ◽  
Vol 22 (2) ◽  
pp. 175-190
Author(s):  
Marek Drwięga

This paper deals with the problem of what otherness consists in, and what its foundation is, within the I–Other relation. In this way, the study also explores the limits of ethics and of a quasi-religious attitude, in order to establish what is required to shape interpersonal relations in a non-violent way, when faced with the radical otherness of another human being. Such an investigation also intersects with a broader ethical discussion that aims to take account of glorious or heroic acts, focused on the issue of supererogation. The aim of the present study is to demonstrate the degree to which a neglect of reciprocity and justice in the context of such philosophical research constitutes a risky step. To this end, the main aspects of the debate between Emmanuel Levinas and Paul Ricœur are introduced. After examining the position of Levinas, and how Ricœur interprets the I–Other relation in Levinas, an attempt is made to assess whether the latter’s line of criticism is pertinent and helpful for attempts to arrive at the core of the disagreement between the two thinkers.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document