scholarly journals Prevalência e fatores de risco associados à infecção da Esquistossomose mansoni e das enteroparasitoses em área endêmica, Sergipe, Brasil

2021 ◽  
Vol 10 (5) ◽  
pp. e26310514538
Author(s):  
Alexrangel Henrique Cruz Santos ◽  
Luciene Barbosa ◽  
Thayane Santos Siqueira ◽  
Mariana Rosário de Souza ◽  
Ariel Oliveira Celestino ◽  
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Analisar a positividade e os fatores de risco associados à infecção da esquistossomose mansoni e das enteroparasitoses em área endêmica, Sergipe, Brasil. Trata-se de um estudo transversal. O estudo envolveu 160 moradores do povoado Siebra, situado na zona rural do município de Maruim, Sergipe. As positividades para Schistosoma mansoni e/ou enteroparasitos foram identificadas por meio do método Kato-Katz e do método de Ritchie, respectivamente, e correlacionados com as condições socioambientais da região. Em relação a positividade para esquistossomose foi de 49,37%; a infecção prevaleceu no sexo masculino (52,70%); em idosos (77,77%). Os maiores riscos de se infectar com Schistosoma mansoni foi em indivíduos do sexo masculino, em idade (até 9 a >40 anos), que residem em área rural, recebem ajuda governamental, que tem constante contato com águas naturais e que recebem informações sobre as parasitoses. Quanto às amostras analisadas para as enteroparasitoses, os protozoários Endolimax nana e Giardia lamblia (97,52% e 78,75%) foram os mais prevalentes; o Endolimax nana esteve mais prevalente em todas as faixas; a infecção prevaleceu no sexo feminino (42,52%) para Trichuris trichiura, 9,19% para Enterobius vermiculares, 67,81% para Entamoeba histolytica, 85,05% para Giardia lamblia, 88,50% para Entamoeba coli e 86,20% para Blastocytis hominis). O estudo revelou que Maruim é endêmico para a esquistossomose e para as enteroparasitoses e que as condições socioambientais e sanitárias contribuem com as altas taxas de positividade. Os resultados encontrados mostram a necessidade do fortalecimento de programas de saúde com o objetivo de reduzir a transmissão e sensibilizar a população em relação a essas doenças.

2016 ◽  
Vol 37 (1) ◽  
pp. 15
Author(s):  
Fabiana Maria Ruiz Lopes Mori ◽  
Regina Mitsuka-Breganó ◽  
Francisco José de Abreu Oliveira ◽  
Maria Cláudia De Menezes Noronha Dutra ◽  
Maria De Brito Lô Sarzi ◽  
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O objetivo deste trabalho foi determinar os fatores associados à prevalência das parasitoses intestinais em escolares da rede municipal de Cambé, Paraná. Foram analisadas 1996 amostras de fezes, coletadas entre 2006 e 2009, pelos métodos de Hoffmann, Pons e Janer (1934), de Faust e colaboradores e de Kato-Katz. A prevalência encontrada foi de 23,2%. Os parasitas encontrados foram Entamoeba coli (10,4%); Endolimax nana (9,6%), Giardia lamblia (6,4%), Enterobius vermicularis (1,5%), Entamoeba histolytica/dispar (0,3%), Trichuris trichiura (0,4%), Iodamoeba butschlii, Hymenolepis nana e Ancilostomídeos (0,2%) e Ascaris lumbricoides e Schistosoma mansoni (0,1%). Não houve diferença estatisticamente significativa com relação ao sexo. A faixa etária, a renda familiar, o grau de instrução da mãe, o consumo de água não tratada, a ausência de esgoto e o hábito da criança frequentar córregos apresentaram associação com a presença de enteroparasitas. Apesar da maior prevalência ser de protozoários comensais este dado é preocupante, pois indica que a transmissão fecal-oral está presente nesta população podendo ocorrer aumento na transmissão das formas patogênicas, já que estas possuem as mesmas vias de transmissão. Foram identificados casos de esquistossomose que não eram autóctones, porém o diagnóstico precoce desta infecção foi importante para se evitar a contaminação do meio ambiente.


2021 ◽  
Vol 2 (2) ◽  
pp. 38-51
Author(s):  
Alanny Martins Ferreira ◽  
Rubiana Soares De Souza ◽  
Marco Antônio Andrade de Souza

No Brasil, país de clima tropical, a disseminação de parasitoses intestinais é favorecida pelas temperaturas elevadas, umidade, deficiência nas condições de saneamento básico, de higiene pessoal e o baixo nível socioeconômico da população. Nesse sentido, o objetivo do presente estudo foi avaliar a prevalência de enteroparasitoses em crianças e familiares de uma Associação de apoio a crianças carentes da cidade de São Mateus, ES, Brasil. No período de janeiro a junho de 2020 foram coletadas amostras de fezes de 30 crianças e adultos com faixa etária de 3 a 45 anos de idade. O material coletado foi transportado ao Laboratório de Parasitologia e Hematologia Clínica do Centro Universitário Norte do Espírito Santo, da Universidade Federal do Espírito Santo, para análise. O método utilizado foi o HPJ, técnica simples que se fundamenta na sedimentação espontânea em água, sendo indicada para pesquisa de ovos, larvas e cistos de enteroparasitos. Com base na análise realizada, observou-se a presença de endoparasitas e comensais intestinais em 60% das amostras analisadas, sendo o comensal Entamoeba coli (55,56%) o mais frequente, seguido pelos parasitos Trichuris trichiura e Ascaris lumbricoides, ambos com 27,78% de prevalência. Também foram encontradas outras espécies, em menor frequência, como Giardia lamblia, Entamoeba histolytica/dispar, Ancilostomídeos, Schistosoma mansoni, e os comensais Iodomoeba butschilli e Endolimax nana. Espera-se a contribuição do trabalho para a melhoria da qualidade de saúde parasitológica da população em estudo e o avanço de novos estudos em São Mateus, colaborando assim, para a melhoria das condições de vida da população do município.          


2015 ◽  
Vol 16 (6) ◽  
pp. 859-870 ◽  
Author(s):  
Antonio Neres Norberg ◽  
Fabiano Guerra-Sanches ◽  
Paulo R. Blanco Moreira-Norberg ◽  
José Tadeu Madeira-Oliveira ◽  
Aluízio Antonio Santa-Helena ◽  
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<p><strong>Objetivo </strong>Considerando que más de la mitad de la población mundial está infectada por protozoarios y helmintos intestinales, con alta prevalencia en las zonas más pobres, esta investigación tuvo como objetivo identificar la prevalencia de los parasitismos entre indígenas de la etnia Terena, establecidos en el Estado de Mato Grosso do Sul.</p><p><strong>Metodología </strong>Se examinaron 134 muestras de heces de individuos de la comunidad indígena. Estas se conservaron en solución de Merthiolate-iodo-formol (MIF). Los exámenes de laboratorio fueron realizados por las técnicas de Hoffman, Pons y Janer; Willis y Kinyoun.</p><p><strong>Resultados </strong>Se identificaron infecciones por helmintos nematodos de las especies <em>Ascaris lumbricoides,</em> Ancylostomidae,<em> Enterobius vermicularis, Strongyloides stercoralis, </em>y<em> Trichuris trichiura</em>; cestodos de la especie <em>Hymenolepis nana, </em>y <em>Taenia</em>spp<em>.</em> También por protozoarios de las especies <em>Cryptosporidium </em>spp.<em>, Giardia lamblia, Endolimax nana, Entamoeba coli, </em>y<em> Entamoeba histolytica</em>. De las muestras investigadas, 23,1% fueron negativas; de los 76,9 % parasitados hubo diferencia estadísticamente no significativa para el parasitismo en hombres y mujeres examinados, de unoa 33 años de edad, y sobre parasitismo mono específico, o con simultaneidad de especies. Como diversidad parasitaria fueron encontradas siete especies de helmintos nematodos y cestodos, y cinco de protozoarios Archamoebae, flagelados y enterozoários. </p><p><strong>Conclusiones</strong> Los resultados fueron la base para la orientación e intervención adecuada, revelando la necesidad de la implantación de medidas gubernamentales y socioeducativas para mejorar las condiciones de vida de esta comunidad.</p>


1991 ◽  
Vol 7 (1) ◽  
pp. 100-103 ◽  
Author(s):  
Carlos E. A. Coimbra Jr. ◽  
Ricardo Ventura Santos

Essa nota relata os resultados de inquérito parasitológico realizado entre o grupo indígena Zoró (Mato Grosso). Dentre os 173 exames realizados, foram encontradas 9 (5,2%) amostras positivas para Ancilostomtdeos, 4 (2,3%) para Trichuris trichiura, 5 (2,9%) para Hymenolepis nana, 17 (9,8%) para Giardia lamblia, 5 (2,9%) para Balantidium coli e 29 (16,8%) para Entamoeba histolytica. Os autores observam a baixa prevalência de helmintoses e chamam a atenção para a possibilidade de controle dessas parasitoses em comunidades indígenas por meio de medicação em massa. Discutem, também, as implicações epidemiológicas da prática de criar porcos selvagens no peridomicílio na transmissão do B. coli.


1981 ◽  
Vol 76 (3) ◽  
pp. 299-302 ◽  
Author(s):  
Carlos E. A. Coimbra Júnior ◽  
D. A. Mello

Este trabalho apresenta dados de enteroparasitas encontradas em índios da comunidade tribal de Suruí, em Rondônia, na Região Amazônica do Brasil. As seguintes espécies foram encontradas: Ascaris lumbricoides (53,3%), Ancilostomidae (43,3%), Strongyloides stercoralis (33,3%), Taenia sp. (5,8%), Trichuris trichiura (5,0%), Hymenolepis nana (4,1%), Giardia lamblia (3,3%), Entamoeba histolytica complex (0,8%) e Enterobius vermicularis (0,1%). O encontro de Capillaria sp. nas fezes de dois individuos é discutido.


1999 ◽  
Vol 32 (4) ◽  
pp. 389-393 ◽  
Author(s):  
Rogério dos Anjos Miranda ◽  
Fábio Branches Xavier ◽  
José Roberto Lima Nascimento ◽  
Raimundo Camurça de Menezes

Para determinar a prevalência de enteroparasitismo nas aldeias Tembé, foi realizado um inquérito coproparasitológico em toda a população (93 índios), em dezembro de 1996. Os parasitos mais freqüentes foram ancilostomídeos (29,0%), Ascaris lumbricoides (34,4%), Entamoeba histolytica (12,9%) e Giardia lamblia (4,3%). As maiores prevalências de ancilostomídeos e A. lumbricoides foram observadas na aldeia Turé-Mariquita, enquanto que as de E. histolytica e G. lamblia na Acará-Mirim. Não foi observada diferença significativa sob ponto de vista prático entre a média de idade dos índios parasitados e a dos não parasitados. Sexo esteve relacionado apenas a freqüência de ancilostomídeos, bem maior no sexo masculino. Desse modo, a prevalência de enteroparasitas ainda se encontra elevada para alguns agentes, sugerindo que as medidas de atenção devem ser imediatamente incrementadas a fim de se obterem resultados mais positivos no combate ao enteroparasitismo.


1972 ◽  
Vol 6 (4) ◽  
pp. 385-392 ◽  
Author(s):  
Ednir Salata ◽  
Fernando M. A. Corrêa ◽  
Roberto Sogayar ◽  
Maria Inês Leme Sogayar ◽  
Maria Aparecida Barbosa

Estudo da prevalência de parasitas intestinais realizado em 370 indivíduos residentes na CECAP, distrito-sede de Botucatu, Estado de São Paulo, permitiu verificar que 41,62% encontravam-se infestados por uma ou mais espécies de parasitas intestinais. Foram encontrados os seguintes parasitas: Entamoeba histolytica 0,54%, E. coli 6,21%, I. butschlii 0,27%, Giardia lamblia 9,72%, Ancylostomidae 5,94%, Strongyloides stercoralis 6,75%, Trichuris trichiura 17,29%, Ascaris lumbricoides 7,56%, Enterobius vermicularis 3,78%, Hymenolepis nana 5,40% e Taenia sp. 1,62%. Apresentam-se dados sobre a distribuição dos parasitas em relação à idade e ao sexo dos indivíduos. O atributo cor não permite maiores considerações por serem os não brancos significantemente pouco numerosos. Dos indivíduos examinados, 25,67% apresentavam apenas uma espécie de parasita e entre as associações parasitárias mais freqüentes encontramos as de Ascaris lumbricoides - Trichuris trichiura e Trichuris trichiura - Giardia lamblia.


2005 ◽  
Vol 38 (1) ◽  
pp. 69-69 ◽  
Author(s):  
Claudio Fernández Araujo ◽  
Claudia Leite Fernández

Foram analisadas, pelo método de sedimentação espontânea, amostras de fezes de 413 pacientes e encontrada positividade em 266 (64,4%) dos seguintes parasitas: Ascaris lumbricoides (35,6%); Trichuris trichiura (18,6%); Ancilostomídeos(9,9%), Strongyloides stercoralis (1%), Enterobius vermiculares (0,5%), e Entamoeba histolytica (13,3%) e Giardia lamblia (1%).


2005 ◽  
Vol 35 (4) ◽  
pp. 487-490 ◽  
Author(s):  
Ana Felisa Hurtado-Guerrero ◽  
Fernando Hélio Alencar ◽  
José Camilo Hurtado-Guerrero

Foi realizado um estudo para avaliar a prevalência de enteroparasitas em um grupo de idosos ribeirinhos, moradores do Município de Nova Olinda do Norte, Estado do Amazonas Brasil, no período de abril e agosto de 1999. Por meio de um estudo de corte transversal foram analisados 81 exames, através do método de Sedimentação Espontânea (Método de Hoffman et al., 1934). Foi constatada positividade em 72,8% dos idosos, predominando o monoparasitismo (43,2%). Os helmintos foram os mais freqüentes (70,4%), destacando-se: Ascaris lumbricoides (35,2%), Trichuris trichiura (16,0%), Ancylostoma duodenale (9,0%) e Strongyloides stercoralis (9,0%). Dentre os protozoários (29,5%), a ocorrência de Entamoeba coli foi de 18,2%, Giárdia lamblia de 7,0% e Entamoeba histolytica 4,5%. Não houve associação estatisticamente significativa entre sexo e grau de parasitismo e entre faixas etárias e condição parasitária. Estes resultados evidenciam um quadro de alta prevalência de parasitas intestinais nesta população e discordam dos reportados por outros pesquisadores quando afirmam que a intensidade da infestação por parasitas diminui na idade avançada. Os achados anteriores exigem das autoridades governamentais medidas de controle e educação para melhorar a qualidade de vida desses idosos, considerando a grave repercussão que esses parasitas tem no estado nutricional dos gerontes de baixa renda.


2019 ◽  
Vol 40 (1) ◽  
pp. 89
Author(s):  
Joelle Toni-Ann Venice Freckleton ◽  
Francisco José Abreu Oliveira ◽  
Idessania Nazareth Costa ◽  
Wander Rogério Pavanelli ◽  
Ivete Conchon-Costa ◽  
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O objetivo deste estudo foi investigar a prevalência de enteroparasitoses e os fatores envolvidos na transmissão de enteroparasitoses em crianças de 0 a 15 anos de idade do município de São Jerônimo da Serra, Paraná. O trabalho foi desenvolvido no período de julho de 2014 a junho 2017. Analisou-se 362 amostras pelos métodos de Hoffman, Pons e Janer e Faust e cols. As associações entre variáveis socioeconômicas, referentes aos hábitos das crianças e ao ambiente em que vivem e enteroparasitoses foram verificadas por meio de regressão logística, considerado nível de significância de 5%. Encontrou-se alta prevalência de parasitismo (36,5%), uma alta frequência de poliparasitismo (43,9%) e uma freqüência maior de protozoários (34,5%) em relação aos helmintos (3,9%). Os enteroparasitas patogênicos encontrados foram Giardia lamblia (8,0%), Entamoeba histolytica/dispar (3,6%), Hymenolepis nana (2,5%), Enterobius vermicularis (2,2%), Ascaris lumbricoides (1,1%), ancilostomídeos (0,8%) e Trichuris trichiura (0,3%). Endolimax nana foi o mais frequentemente encontrado (19,3%). Mesmo sendo comensal, sua detecção é preocupante uma vez que o mecanismo de transmissão (fecal-oral) é igual dos microrganismos patogênicos. Observou-se associação entre a presença de enteroparasitoses e faixa etária, renda familiar, escolaridade dos responsáveis, morar em zona rural, consumo de água não tratada, destino inadequado do lixo, contato com areia ou terra e presença de um animal de estimação. Hábitos de higiene, condições sanitárias, socioeconômicas e sociodemográficas estão diretamente relacionados às infecções por parasitos intestinais e devem ser melhoradas para evitar disseminação na população


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