scholarly journals INVESTIGAÇÃO DA TUBERCULOSE LATENTE EM TRABALHADORES DE UM HOSPITAL PENITENCIÁRIO: IMPLICAÇÕES PARA SAÚDE DO TRABALHADOR

2018 ◽  
Vol 4 (1) ◽  
Author(s):  
Tania Eduarda Furini ◽  
Roberta Karla Barbosa De Sales ◽  
Marco Akerman

Objetivos: Determinar a prevalência de infecção latente pelo Mycobacterium tuberculosis entre grupos de trabalhadores de hospital. Método: Trata-se de um estudo de ensaio clínico observacional, transversal, retrospectivoe de abordagem quantitativa, realizado no Hospital Penitenciário da cidade de São Paulo. Para obtenção das informações, foi aplicado um questionário com dados sócio demográficos, hábitos ocupacionais (tabagismo eetilismo); contato com pacientes portadores de tuberculose (TB) e uso de equipamentos de proteção individual. Foi aplicado teste tuberculínico por profissional capacitado, avaliado após 48 horas, o resultado do teste foifundamentado em pontos de corte TST negativo ≤ 10 mm e TST positivo ≥ 10 mm. Resultados: Participaram 101 profissionais (enfermeiro, auxiliar de enfermagem, médico, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, assistentesocial, psicólogo), com perda de 66 trabalhadores. Obteve-se uma prevalência do teste negativo em 69,2%, enquanto que o teste positivo em 30,5% dos trabalhadores. A presença de cicatriz de BCG foi a única variávelque se mostrou com diferença significativa (p= 0.03). Conclusão: Apesar da prevalência do teste tuberculínico negativo, conclui-se que os profissionais de saúde estão expostos á tuberculose. Devem ser implementadasmedidas de biossegurança administrativas e equipamentos de proteção individual.

2021 ◽  
Vol 25 ◽  
pp. 101069
Author(s):  
Marcelo Nóbrega Litvoc ◽  
Silvia Figueiredo Costa ◽  
Vanderson Geraldo Rocha ◽  
Fabio Eudes Leal ◽  
Diogo Boldim Ferreira ◽  
...  

2011 ◽  
Vol 4 (1) ◽  
Author(s):  
Natália H Mendes ◽  
Fernando AF Melo ◽  
Adolfo CB Santos ◽  
José RC Pandolfi ◽  
Elisabete A Almeida ◽  
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2020 ◽  
Vol 99 (1) ◽  
pp. 16-26
Author(s):  
Marcelo Pustiglione ◽  
Vera Maria Neder Galesi ◽  
Laedi Alves Rodrigues dos Santos ◽  
Sidney Bombarda ◽  
Silvana Tognini ◽  
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Desde o início dos anos setenta do século passado vários autores apontam a tuberculose (TB) como risco à saúde dos trabalhadores de serviços de saúde. Estudos evidenciam que estes profissionais têm quatro vezes mais chance de adoecer por TB que a população em geral e que profissionais de saúde em atividade em hospitais têm taxa de teste tuberculínico positivo de 63,1% e conversão em 8,7% (10,7 por 1.000 pessoas/mês). São apontados como fatores de risco associados à conversão ao teste tuberculínico: (1) exposição nosocomial a paciente com TB pulmonar; (2) categoria profissional de enfermeiro; e (3) ausência de medidas de biossegurança implantadas no hospital. Vários autores apontam: (1) taxa de infecção muito elevada entre profissionais da saúde, o que se torna em objeto de preocupação tanto para a equipe de controle de infecção do ambiente de saúde quanto para os profissionais de segurança do trabalho; (2) uma taxa de positividade ao teste tuberculínico de 26,7% nos profissionais de saúde, tendo a maioria desses trabalhadores contato direto com paciente com tuberculose bacilífera; e (3) que os profissionais com menos de quatro anos de exposição ao bacilo apresentam taxas maiores de positividade ao teste. De acordo com os dados da Divisão de Tuberculose do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, considerando os anos de 2006 a 2016, são notificados em média 210 casos novos da doença em trabalhadores de serviços de saúde. Diante deste cenário e da urgência de implantação de ações preventivas específicas para o conjunto dos trabalhadores potencialmente expostos ao Mycobacterium tuberculosis (Bacilo de Koch ou BK) constituiu-se um Grupo de Trabalho (GT) para construção de um Protocolo de Prevenção de Tuberculose Ocupacional (PPTO). O objetivo deste artigo é fundamentar a elaboração deste instrumento de prevenção de uma doença ocupacional grave e de promoção da saúde dos trabalhadores potencialmente expostos.


2011 ◽  
Vol 14 (3) ◽  
pp. 486-494 ◽  
Author(s):  
Péricles Alves Nogueira ◽  
Regina Maura Cabral de Melo Abrahão ◽  
Vera Maria Neder Galesi

INTRODUÇÃO: Para grupos de pessoas que permanecem confinadas, principalmente em presídios, a tuberculose sempre foi um grave problema de saúde, devido a sua transmissão respiratória, colocando em risco os profissionais que trabalham no sistema prisional, especialmente os contatos de detentos. OBJETIVO: Conhecer a prevalência de infecção pelo Mycobacterium tuberculosis entre os profissionais contatos e não contatos de detentos de duas penitenciárias do Estado de São Paulo. MÉTODOS: Este estudo consistiu na aplicação de um questionário individual; aplicação e leitura da prova tuberculínica; baciloscopia e cultura dos escarros, com posterior identificação e teste de sensibilidade às drogas antituberculose das cepas isoladas, no período de março a junho de 2008. RESULTADOS: Foram examinados 277 (48,3%) profissionais dos 574 existentes. Foram aplicados e lidos 248 (89,5%) testes tuberculínicos (PPD-RT23 - 2TU/0,1 mL), sendo que 194 foram em profissionais que trabalhavam diretamente com os detentos, ou seja, eram contatos e 54, em não contatos. Entre os contatos, 62,4% apresentaram enduração maior que 10 mm e entre os não contatos, 38,9% foram reatores ao teste tuberculínico. Não houve exame de escarro positivo na baciloscopia e na cultura, ou seja, não foi identificado nenhum caso de tuberculose doença entre os profissionais, no momento da pesquisa. CONCLUSÃO: Este estudo sugere que os profissionais que têm contato direto com os detentos, têm um risco maior de se infectar pelo M. tuberculosis e adoecer por tuberculose.


2002 ◽  
Vol 10 (2) ◽  
Author(s):  
Fernando A. Fiuza de Melo ◽  
Cristina B. Penteado ◽  
Elisabete Aparecida de Almeida ◽  
Delurce Tadeu Araujo Spada ◽  
Manoel Armando Azevedo dos Santos

2007 ◽  
Vol 23 (5) ◽  
pp. 1051-1059 ◽  
Author(s):  
Luciana Martins Rozman ◽  
Augusto Hasiak Santo ◽  
Mauro Abrahão Rozman

No início dos anos 90, observou-se aumento da resistência do Mycobacterium tuberculosis às drogas antituberculose, com alta prevalência entre pacientes HIV+. Neste estudo, foram avaliados a freqüência de resistência, o perfil de sensibilidade do M. tuberculosis às drogas e os fatores predisponentes à resistência entre indivíduos HIV+ nos municípios de Santos, São Vicente, Cubatão, Praia Grande e Guarujá, Estado de São Paulo, Brasil. Foram pesquisados os prontuários de 301 pacientes com resultado de cultura positivo entre 1993 e 2003. A resistência ocorreu em 57 (18,9%) pacientes com a seguinte distribuição: 32 (10,6%) apresentaram tuberculose multirresistente (resistência ao menos à Rifampicina e Isoniazida); 4 (1,3%) casos apresentaram resistência a duas ou mais drogas e 21 (7%) à monorresistência. Observou-se resistência secundária em 70,2% dos casos. Estatisticamente associadas à tuberculose resistente foram: tratamento anterior com drogas antituberculose, tempo de diagnóstico de HIV e hospitalização prévia. Em análise multivariada, apenas tratamento anterior, ajustado por faixa etária, mostrou-se associado (OR = 5,49; IC95%: 2,60-11,60). A ocorrência de resistência em 18,9% dos casos e multirresistência em aproximadamente 10% confirmam a relevância deste problema entre pacientes HIV+ na Baixada Santista.


2015 ◽  
Vol 3 (5) ◽  
Author(s):  
Lia Lima Gomes ◽  
Michel Abanto Marin ◽  
Elena Lasunskaia ◽  
Sidra Ezidio Gonçalves Vasconcellos ◽  
Marcelo Emanuel Ivens de Araujo ◽  
...  

Mycobacterium tuberculosis of the Bejing subtype ( Mtb B) is transmitted efficiently in high burden countries for this genotype. A higher virulence was associated with isolates of the “modern” Beijing genotype sub-lineages when compared to “ancient” ones. Here, we report the full genomes of the strain representing these two genotypes from Brazil, a country with a low incidence of Mtb B.


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