scholarly journals Ocorrência de queixada (Tayassu pecari), caititu (Pecari tajacu) e javaporco (Sus scrofa) (Mammalia, Cetartiodactyla) em João Pinheiro, Cerrado de Minas Gerais, Brasil

Author(s):  
Adriano Lima Silveira ◽  
Sandro Aparecido Pacheco

A partir de amostragens em campo com os métodos de busca ativa e armadilha fotográfica são apresentados registros de porcos silvestres no Município de João Pinheiro, uma área de Cerrado no Noroeste de Minas Gerais. O estudo foi conduzido em paisagens de várzea, campina, mata seca e chapada, compostas por remanescentes de diversas fitofisionomias e áreas de uso agropecuário. Grupos de Tayassu pecari (queixada), Em Perigo em Minas Gerais, foram registrados em 14 localidades em uma mesma região de grande planície de interflúvio com extensos remanescentes conservados, ocorrendo possivelmente em uma estrutura de metapopulação. Grupos de Pecari tajacu (caititu), Vulnerável em Minas Gerais, foram registrados em 20 localidades, exibindo maior distribuição geográfica, e ocorreram em remanescentes com distintos estados de conservação. Grupos estabelecidos de Sus scrofa híbridos (javaporco), espécie invasora, foram registrados em uma área. São apresentadas observações de história natural, destacando-se o consumo de diversos frutos do Cerrado e movimentos sazonais em função de frutificação exercido por T. pecari, e formação de grandes grupos e possível comportamento de piscivoria por P. tajacu. Os registros de T. pecari correspondem às primeiras ocorrências confirmadas da espécie em áreas externas a Unidades de Conservação recentemente em Minas Gerais. São discutidas ameaças locais a T. pecari e P. tajacu, destacando-se a destruição e fragmentação de habitats no contexto do histórico de ocupação do solo no município, distintas modalidades de caça e, potencialmente, a intervenção gerada por S. scrofa. Com base nos registros obtidos, nas relevantes ameaças identificadas e na conhecida maior susceptibilidade de T. pecari a extinções locais, suspeita-se que a população de queixada de João Pinheiro esteja fadada à extinção, a menos que grandes remanescentes naturais sejam efetivamente protegidos em Unidades de Conservação.

2019 ◽  
Vol 49 (4) ◽  
Author(s):  
Thaís Gasparini Baraldi ◽  
Henrique Meiroz de Souza Almeida ◽  
Amanda Bonalume Cordeiro de Morais ◽  
Gabriel Yuri Storino ◽  
Hélio José Montassier ◽  
...  

ABSTRACT: Family Tayassuidae in the suborder Suina include two species of peccaries in Brazil: the white-lipped peccary (Tayassu pecari) and the collared peccary (Pecari tajacu). These animals share common pathogens with domestic swine (Sus scrofa); however, their role as potential carrier remains unclear. This study focused on detecting the prevalence of influenza A antibodies in Tayassu pecari and Pecari tajacu from commercial rearing farms from two states in Brazil. A set of 50 blood samples from Pecari tajacu and 55 from Tayassu pecari were analyzed using a commercial indirect ELISA in order to investigate anti influenza A antibodies. Pecari tajacu samples presented 22% (11/50) of seropositivity for the virus. Serological surveillance is an important tool to identify the presence and the spread of the influenza virus in feral pigs.


2009 ◽  
Vol 90 (1) ◽  
pp. 119-128 ◽  
Author(s):  
Arnaud Leonard Jean Desbiez ◽  
Sandra Aparecida Santos ◽  
Alexine Keuroghlian ◽  
Richard Ernest Bodmer

2022 ◽  
pp. e90202128
Author(s):  
Renato Gregorin ◽  
Ivan Junqueira Lima ◽  
Lucas Laboissieri Del Sarto Oliveira ◽  
Sebastião Maximiano Corrêa Genelhú ◽  
Marcelo Passamani

Coleções zoológicas são instituições que abrigam espécimes testemunho da biodiversidade, fornecendo suporte para o desenvolvimento científico e inovação em várias áreas do conhecimento, que muitas vezes apenas são possíveis devido à existência dessas coleções. A Coleção de Mamíferos da Universidade Federal de Lavras (CMUFLA) foi iniciada em 2004, abarcando principalmente espécies de morcegos do estado de Minas Gerais, Brasil. Com o aporte de diversos projetos científicos e a crescente demanda de recebimento de material provindo de consultorias, houve significativo incremento do acervo com a inclusão de espécimes de várias regiões do Brasil. Com isso a CMUFLA passou a ser um importante centro de fomento e suporte às atividades de pesquisa sobre biologia, ecologia, história natural e genética de mamíferos com os espécimes depositados em seu acervo. Atualmente a CMUFLA conta com um cervo de 4.709 espécimes tombados, representando 213 espécies, 111 gêneros e 8 ordens. A CMUFLA abriga dois parátipos de Thyroptera wynneae, o holótipo de Eumops chimaera e o holótipo e parátipo de Cynomops freemani.


2016 ◽  
Vol 8 (2) ◽  
pp. 131-137
Author(s):  
Arroyo-Arce Stephanny Arroyo-Arce ◽  
Ian Thomson ◽  
Roberto Salom-Pérez

Poca información ha sido generada sobre la biodiversidad del Refugio Nacional de Vida Silvestre Barra del Colorado, Costa Rica. En el presente estudio determinamos la abundancia relativa y el patrón de actividad de ciertas especies de mamíferos terrestres. Durante el periodo 2014 se empleamos diez cámaras trampa, las cuales fueron distribuidas dentro del refugio. Después de un total de 1 611 noches de muestreo, se identificaron 15 especies de mamíferos distribuidos en siete órdenes y 11 familias. Las especies más abundantes fueron Dasyprocta punctata, Leopardus pardalis, Tayassu pecari,Mazama temama, Pecari tajacu y Tapirus bairdii, mientras que Tamandua mexicana reportó la menor abundancia. Se estimaron los patrones de actividad para ocho especies, los cuales fueron similares a lo previamente descrito en la literatura. Estudios adicionales son necesarios con el fin de incrementar nuestro conocimiento sobre la biodiversidad del refugio, información que será esencial para el adecuado manejo del área.


2007 ◽  
Vol 24 (4) ◽  
pp. 1087-1100 ◽  
Author(s):  
Carlos B. Kasper ◽  
Fábio D. Mazim ◽  
José B. G. Soares ◽  
Tadeu G. de Oliveira ◽  
Marta E. Fabián

Entre janeiro de 2005 e dezembro de 2006 foram realizados estudos sobre a composição e abundância relativa dos mamíferos de médio e grande porte do Parque Estadual do Turvo. Para tanto, foram utilizados registros de armadilhas fotográficas além de visualizações e dados sobre presença e ausência de pegadas ao longo de transectos pré-determinados. No total foram registradas 29 espécies de mamíferos de médio e grande porte, das quais Dasyprocta azarae Lichtenstein, 1823 e Sylvilagus brasiliensis (Linnaeus, 1758) foram as espécies com maior número de registros. No que se refere a Carnivora, Nasua nasua (Linnaeus, 1766) e Leopardus pardalis (Linnaeus, 1758) tiveram os maiores índices de registro, enquanto Leopardus tigrinus (Schreber, 1775), Leopardus wiedii (Schinz, 1782) e Galictis cuja (Molina 1782) os menores. Entre os ungulados apenas Pecari tajacu (Linnaeus, 1758) mostrou-se freqüente, sendo a quarta espécie em número de registros. Algumas espécies comuns em outros ambientes apresentaram baixos índices de registro no Parque Estadual do Turvo, tais como Dasypus novemcinctus Linnaeus, 1758 e Didelphis albiventris Lund, 1840. Finalmente, constata-se a provável extinção local de Tayassu pecari (Link, 1795), uma vez que não foram obtidos registros de sua presença ao longo do estudo. A conservação dos mamíferos de médio e grande porte do Parque está fortemente associada à preservação do "Corredor Verde de Misiones", que provavelmente representa uma área fonte para diversas espécies.


2021 ◽  
Vol 9 (1) ◽  
pp. 83-96
Author(s):  
Pedro Eleodoro Pérez-Peña ◽  
María Claudia Ramos-Rodríguez ◽  
Natalia Angulo-Perez ◽  
Yessenia Caballero-Dulce ◽  
Harvey Del Aguila Cachique ◽  
...  
Keyword(s):  

Los pueblos indígenas secoyas y kichwas de la cuenca alta del Putumayo cazan mayormente Cuniculus paca “majás”, Pecari tajacu “sajino” y Tayassu pecari “huangana”, debido a su sabor agradable, mayor biomasa y precio en el mercado. Es por ello que la evaluación de la sostenibilidad de la caza es muy importante para que las comunidades nativas aseguren su alimentación y beneficios económicos. Con ese propósito y la de obtener registros cuantificables, entre el 2017 y 2019 se realizaron evaluaciones de fauna silvestre usando métodos de transectos en banda, registros de huella y de cámaras trampa. La densidad poblacional de pecaríes se obtuvo de la división del número de individuos registrados en el área de estudio. Para el cálculo de la densidad de C. paca, se utilizó el conteo de madrigueras. La presión de caza se estimó obteniendo información sobre el número de animales aprovechados en la zona de caza, recopilados mediante registros de caza y entrevistas a cazadores. Se usaron el modelo de cosecha y consenso cultural para evaluar la sostenibilidad de la caza. Los resultados de este estudio demuestran que la caza está siendo sostenible en las tres especies mayormente aprovechadas. Cabe indicar que, durante el 2019, la especie T. pecari no fue registrada mediante transectos, cámaras trampa ni huellas en las comunidades de Mashunta y Belén, pero fue aprovechada y evidenciada en los registros de caza. En conclusión, las comunidades de los pueblos indígenas secoyas y kichwas realizan cacería sostenible y en consecuencia pueden implementar planes de manejo con fines comerciales.


2014 ◽  
Vol 4 (2) ◽  
pp. 128 ◽  
Author(s):  
Rolando Aquino ◽  
Luis López ◽  
Iris Arévalo ◽  
Gabriel García ◽  
Elvis Charpentier

Se proporciona información sobre tamaño de rebaño en pecaríes y densidad poblacional de éstos y otros ungulados para los bosques de baja y alta presión de caza del nororiente peruano. Durante el recorrido de 610 km de transecto de noviembre-diciembre 2012 en bosques de baja presión de caza y de 1218 km desde febrero-junio y agosto-octubre 2013 en bosques de alta presión de caza, fueron registrados 76 y 40 encuentros pertenecientes a seis y cinco especies, respectivamente; siendo los más comunes <em>Pecari tajacu</em> (35%) y <em>Mazama americana</em> (28%). El tamaño de rebaño en <em>P. tajacu</em> varió desde 2 a 8 individuos (tamaño promedio: 3,4±1,6 a 6±1,2). La densidad poblacional estimada para los ungulados fue más alta en bosques de baja presión de caza sobresaliendo <em>Tayassu pecari</em> con 23,8 individuos/km<sup>2</sup>, seguido por <em>P. tajacu </em>con 14,4 individuos/km<sup>2</sup>, en tanto que la más baja fue para <em>Tapirus terrestris</em> (0,08 individuos/km<sup>2</sup>) y correspondió a los bosques de alta presión de caza. En los bosques de baja presión de caza, los encuentros más frecuentes con ungulados ocurrieron en el palmal de altura (46%) y palmal de planicie (31%), en tanto que en el pantano arbóreo no hubo encuentros.


2016 ◽  
Vol 25 (1) ◽  
pp. 1
Author(s):  
Pedro E. PÉREZ-PEÑA ◽  
Cristian GONZALES-TANCHIVA ◽  
Marcial TRIGOSO-PINEDO

La Reserva Nacional Pucacuro cuenta con un plan de manejo de animales de caza, entre los que se encuentran la huangana Tayassu pecari, el sajino Pecari tajacu, el venado rojo Mazama americana, el venado gris Mazama nemorivaga y el majas Cuniculus paca. Este plan busca conservar el ecosistema terrestre y ayudar en la economía familiar de los cazadores del pueblo indígena kichwa, mediante la venta de carne de monte a mejores precios en los mercados. Se estableció una cuota máxima anual de extracción de 300 kg de carne ahumada por cazador en la zona de caza, en función al consumo diario estimado de 1kg de carne por persona. La caza de primates, tapires Tapirus terrestris y felinos fue prohibida, así como la de algunos edentados y reptiles protegidos por la legislación peruana. La colecta de información se realizó en el periodo que va del año 2011 al 2015, incluyendo la evaluación de la densidad poblacional de las especies, los registros de caza, entrevistas a cazadores y registros indirectos de las especies. Se evaluó la funcionalidad del plan de manejo usando cuatro modelos de sostenibilidad denominados vulnerabilidad o abundancia, esfuerzo, cosecha y consenso cultural. Tres de los modelos no evidenciaron sobrecaza, sin embargo, el modelo de abundancia evidenció poblaciones vulnerables a los cambios en las fluctuaciones del nivel del río. La implementación de planes de manejo de animales de caza por parte de las comunidades locales es una alternativa para la conservación de los bosques, ya que estos generan ingresos económicos y aseguran la reducción de algunas actividades que podrían dañar el ecosistema


2012 ◽  
Vol 28 (3) ◽  
Author(s):  
Iván Lira-Torres ◽  
Miguel Briones-Salas

La selva de los Chimalapas al sureste de México, es una de las regiones prioritarias para la conservación. En esta región existen áreas de bosques y selvas en buen estado de conservación queno han sido exploradas anteriormente. El estudio de las poblaciones de mamíferos así como los análisis de abundancia relativa y patrones de actividad pueden ayudar a entender la estructura del ecosistema de esta región. Por medio del uso de cámaras trampa, se determinó la abundancia relativa así como los patrones de actividad de los mamíferos medianos y grandes en la región de los Chimalapas, en Oaxaca, México. Se realizaron dos periodos de muestreo fotográfico en la temporada seca de 2009 y la lluviosade 2010 con un total de 54 cámaras trampas en cada periodo. Con un esfuerzo total de muestreo de 4,860 días-trampa, se lograron registrar 22 especies, 20 de mamíferos medianos y grandes y dos de aves. El 50% de las especies se encuentran dentro de alguna categoría de riesgo por las leyes nacionales e internacionales.Las especies más abundantes fueron Cuniculus paca, Tayassu pecari, Dasyprocta mexicana, Pecari tajacu, Tapirus bairdii y Dasypus novemcinctus, mientras que la menos abundante fue Urocyoncinereoargenteus. Se registraron tres tipos de patrones de actividad: Nocturno-Crepuscular; con 13 especies, Diurnos-Nocturno-Crepuscular (24 hr); tres especies, y Diurnos con cinco especies. Con esta información se pretende contribuir a la planeación del manejo y conservación de los mamíferos en esta importante región de México.


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