scholarly journals Percepção da qualidade de vida e sintomas ansiosos e depressivos de pacientes oncológicos em tratamento quimioterápico: um comparativo entre usuários de um serviço público e um privado

2019 ◽  
Vol 11 (2) ◽  
Author(s):  
Carlos Queiroz do Nascimento ◽  
Edilma Fernandes Fireman ◽  
Sônia Oliveira Lima ◽  
João Araújo Barros-Neto

OBJETIVO: Comparar a percepção da qualidade de vida (QV) e a presença de sintomas ansiosos e depressivos de pacientes em tratamento quimioterápico, usuários de um hospital público e de um privado na cidade de Maceió/AL.MÉTODOS: Estudo do tipo transversal observacional, realizado com pacientes em tratamento oncológico com quimioterápicos em um hospital público e outro privado de Maceió no período de novembro de 2015 a julho de 2016. A QV foi avaliada por meio do protocolo European Organization for Research and Treatment of Cancer Core Quality of Life Questionnaire (EORTC) e a presença de sintomas ansiosos e depressivos foram observados pela Escala Hospital Anxiety and Depression (HAD). Os dados coletados foram organizados em banco de dados eletrônicos e analisados quantitativamente por meio do software estatístico Statistical Package for Social Sciences (SPSS), respeitando a natureza de distribuição das variáveis estudadas.RESULTADOS: A amostra constituiu-se de 65 pacientes, 33 (50,9%) foram atendidos em hospital conveniado ao Sistema Único de Saúde (SUS) e 32 (49,1%) no hospital particular. A média da idade foi de 54,2 anos (±11,8 DP), não havendo diferença entre os grupos (p=0,184). A maioria da amostra foi do sexo feminino (67,7%). Avaliando a frequência de indivíduos com sinais de ansiedade, observou-se que o grupo de indivíduos atendidos através do convênio particular sofre com maior possibilidade de apresentar sinais de ansiedade em comparação com o grupo atendido pelo convênio SUS (n=26, 81,2% versus n=7, 21,2%; respectivamente) (p<0,001). A frequência de indivíduos com sintomas depressivos foi maior no grupo atendido pelo convênio particular (n=27, 84,3% versus n=7, 21,2%; respectivamente) (p<0,001). Nas funções física, cognitiva e social, a média foi de 73,2 pontos para pacientes do SUS e 62,6 pontos para pacientes atendidos em hospital particular (p=0,005). Nas escalas de sintomas, a média foi de 29,7 para pacientes do hospital público e 34,9 para clientes do hospital particular (p = 0,043).CONCLUSÕES: A doença e o tratamento quimioterápico parecem exercer impacto mais negativo sobre a QV dos pacientes em tratamento pelo convênio particular. Entretanto, a presença de sintomas ansiosos e depressivos foi bastante frequente nos usuários de ambos os serviços hospitalares.

2015 ◽  
Vol 33 (1) ◽  
pp. 39-53 ◽  
Author(s):  
Helena Sousa ◽  
Leonor Lencastre ◽  
Marina Guerra

ResumoObjetivos: Caracterizar as variáveis alexitimia, espiritualidade (dimensão crenças espirituais/religiosas e dimensão esperança/otimismo), assertividade e qualidade de vida de mulheres com cancro de mama.Método: A amostra é composta por 85 mulheres com cancro de mama de um Hospital do Grande Porto, com uma média de 47 anos e maioritariamente casadas. As doentes foram avaliadas através de 6 instrumentos de autopreenchimento: Questionário Sociodemográfico e Clínico; Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS); Escala de Alexitimia de Toronto (TAS-20); Escala de Avaliação da Espiritualidade; Escala de Assertividade de Rathus e The European Organization for Research and Treatment of Cancer Quality of Life Questionnaire (EORTC QLQC-30, v.3.0). Resultados: Os resultados indicam que a alexitimia se correlaciona de forma negativa com a dimensão esperança/otimismo e com a assertividade e que estas três variáveis têm influência na qualidade de vida. Mostram ainda a existência de uma correlação positiva entre a idade e a qualidade de vida global, bem como uma correlação negativa do número de anos de escolaridade com a alexitimia e com a dimensão crenças. O modelo preditor da qualidade de vida obtido exclui a influência da assertividade e mostra o impacto negativo da alexitimia e a influência positiva da dimensão esperança/otimismo na qualidade de vida de mulheres com cancro de mama, mesmo depois de controladas as variáveis ansiedade e depressão.


2021 ◽  
Vol 39 (1) ◽  
pp. 77-91
Author(s):  
Cátia Andreia Clara ◽  
Sara Otília Marques Monteiro ◽  
Ana Cláudia Pereira Bártolo

Lung cancer (LC) is one of the most common types of cancer disease worldwide. Studies in the field show that the appearance of a pathology of this form causes changes not only in the patient’s life, namely psychological problems, functional limitations and poorer health due to the clinical consequences of treatments, but also in their family, where caregivers often face the challenge of providing long-term daily care that induces a physical, psychosocial and financial burden (Borges et al., 2017; Hewitt et al., 2003; Tan et al., 2018). The main objective of the present study is to compare and relate the two groups (patients and caregivers) considering the quality of life (QoL) and symptoms of psychological distress (anxiety and depression). The total sample consisted of 30 patient/caregiver dyads. The instruments used were: Hospital Anxiety and Depression Scale; European Organization for Research and Treatment of Quality of Life Questionnaire (EORTC QLQ C-30) and its specific module for lung cancer (LC13); Caregiver Oncology Quality of Life Questionnaire (CarGOQoL) and Zarit Burden Interview Scale (ZBI). The results suggest the influence of depressive symptomatology on patients’ QoL [F(1)=6.390; p<0.05] and depressive and anxious symptomatology and burden on caregivers’ QoL [F(3)=7.815; p<0.001]. A positive association was found between depressive symptomatology of patients and caregivers (r=0.458; p=0.011) and differences in anxious symptomatology were also observed, with a higher result in the patient’s group.


2019 ◽  
Author(s):  
Juan Ignacio Arraras ◽  
Gemma Asin ◽  
José Juan Illarramendi ◽  
Ana Manterola ◽  
Esteban Salgado ◽  
...  

2017 ◽  
Vol 30 (1) ◽  
pp. 47 ◽  
Author(s):  
Miguel Relvas-Silva ◽  
Rui Almeida Silva ◽  
Mário Dinis-Ribeiro

Introduction: Health-related quality of life assessment is increasingly important as it can help both clinical research and care for patients, particularly among oncological patients. Quality of Life Questionnaire – OES18 (esophageal module) and Quality of Life Questionnaire – OG25 (esophagogastric module) are the European Organization for Research and Treatment of Cancer modules for the evaluation of quality of life in patients with esophageal and esophagogastric cancers, respectively. The aim of our study was to translate, to culturally adapt and to perform a pilot testing to create the Portuguese version of both questionnaires.Material and Methods: The European Organization for Research and Treatment of Cancer guidelines were followed for translation, cultural adaptation and pilot testing of Quality of Life Questionnaire – OES18 (esophageal module) and Quality of Life Questionnaire – OG25 (esophagogastric module). The Quality of Life Questionnaire – OG25 (esophagogastric module) went through a process of forward (English → Portuguese) and backward (Portuguese → English) translation, by independent native speaker translators. After review, a preliminary version was created to be pilot tested among Portuguese patients. As a Brazilian version was already available for Quality of Life Questionnaire – OES18 (esophageal module), the questionnaire was simply culturally adapted and pilot tested. Both cancer and non-cancer patients were included.Results: Overall, 30 patients completed the Portuguese version of each questionnaire. Afterwards, a structured interview was conducted to find and report any problematic items. Troublesome items and wording were changed according to the pilot testing results. The final versions were sent to the European Organisation for Research and Treatment of Cancer Quality of Life Group and approved.Conclusion: The Portuguese versions of the European Organization for Research and Treatment of Cancer Quality of Life Questionnaire – OES18 (esophageal module) and OG25 (esophagogastric module) questionnaires are useful, reliable and valid tools for measuring health-related quality of life in patients with esophageal and esophagogastric cancers, respectively. They can now be used in clinical setting and for scientific purposes.


2020 ◽  
Vol 66 (1) ◽  
Author(s):  
Antonio Augusto Claudio Pereira ◽  
Nayara De Paula Passarin ◽  
Jordana Henriques Coimbra ◽  
Gabriela Grasso Pacheco ◽  
Marcel Pereira Rangel

Introdução: A qualidade de vida de pacientes oncológicos tem sido objeto de estudo em muitos trabalhos brasileiros. Contudo, apesar da alta prevalência de indivíduos submetidos a radioterapia, poucos estudos com ênfase nesse grupo de pacientes foram identificados. Objetivo: Avaliar a qualidade de vida e a prevalência de sintomas depressivos em pacientes com neoplasias malignas durante o tratamento radioterápico. Método: Estudo transversal quantitativo realizado com 153 pacientes oncológicos em vigência de tratamento radioterápico em um centro especializado em oncologia e radioterapia, localizado no Noroeste do Estado do Parana. Os dados foram coletados entre marco e setembro de 2018. O European Organization for Research and Treatment of Cancer Quality of Life Questionnaire (EORTC QLQ-C30) e o Inventario de Depressão de Beck foram utilizados para avaliar a qualidade de vida e os sintomas depressivos, respectivamente. Resultados: Os domínios “qualidade de vida”, “função cognitiva” e “função social” foram os que menos se mostraram prejudicados na amostra estudada, enquanto “insônia”, “perda de apetite” e “dificuldades financeiras” destacaram-se entre os maiores preditores de baixa qualidade de vida. Ademais, contatou-se que 22% dos indivíduos avaliados apresentaram algum grau de transtorno de humor, sendo 11% diagnosticados com depressão. Conclusão: O declínio na qualidade de vida e a prevalência de sintomas depressivos em pacientes oncológicos, mesmo os em vigência de radioterapia, enaltecem a importância de intervenções precoces que visem a restabelecer a funcionalidade e o bem-estar.


2019 ◽  
Vol 76 (6) ◽  
pp. 598-606
Author(s):  
Jovica Milovanovic ◽  
Dragoslava Andrejic ◽  
Ana Jotic ◽  
Vojko Djukic ◽  
Oliver Toskovic ◽  
...  

Backround/Aim. Considering the distinct increase in the incidence of oropharyngeal cancer over oral cavity cancers and changing epidemiology with human papilloma virus (HPV) infection emerging as an important risk factor, there is a need to establish better treatment choices in specific groups of patients with oropharyngeal cancer. The aim of this study was to assess the quality of life (QOL) and functional performance and the impact of different demographical data, stage of disease, and treatment type on these parameters in patients with oropharyngeal cancer with successfully achieved locoregional control a year after the treatment. Methods. Study included 87 patients who underwent QOL and functional impairment assessment 12 to 14 months after finished oncological treatment with the following questionnaires: the European Organization for Research and Treatment of Cancer Quality-of Life-Questionnaire-C30 (EORTC QLQ-C30), European Organization for Research and Treatment of Cancer Quality of- Life Questionnaire-Head and Neck 35 (EORTC QLQ-H&N35) and The Karnofsky Performance Scale (KPS). Results. Specific groups of patients had significantly different post-treatment QOL scores. The factors associated with the worse QOL scores were female gender, not being in a partnership, level of education and HPV status. Conclusion. Clinicians should consider socioeconomic factors and HPV status in planning the recovery after treatment of patients with oropharyngeal carcinoma. Gender, education level and employment are the variables that form a certain risk profiles associated with the lower QOL.


2019 ◽  
Vol 90 (28) ◽  
Author(s):  
Prisciane Cardoso Silva ◽  
Marina Soares Mota ◽  
Stella Minasi Oliveira

Objetivo: Buscar na literatura instrumentos utilizados para avaliar a qualidade de vida de pessoas com estomias intestinais. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa realizada no ano de 2019, em bases de dados nacionais e internacionais. Resultados: Foram encontrados 17 artigos, com sete instrumentos utilizados para avaliar a qualidade de vida de pessoas com estomias intestinais: City of Hope Quality of Life-Ostomy Questionnaire, Stoma Self-Efficacy Scale, World Health Organization Quality of Life abreviado, European Organization for Research and Treatment of Cancer Quality of Life Questionnaire, Ostomy-specific (Stoma-QoL) e Escala de Qualidade de Vida de Flanagan. Conclusão: Esta revisão permitiu identificar os instrumentos que estão sendo utilizados para avaliar a QV de pessoas com estomias intestinais. Após a análise dos instrumentos, salienta-se que o City of Hope – Quality of Life – Ostomy Questionnaire é o mais abrangente dentre os instrumentos específicos às pessoas com estomias intestinais.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document