Floating Roots: Agnès Varda's Uncle Yanco

This article traces one source of Agnès Varda's artistic inspiration to Jean “Yanco” Varda, the subject of her 1967 short film Uncle Yanco (US/France). Jean Varda was a peripatetic artist who lived on a houseboat and was part of a bohemian circle that included Henry Miller, Anaïs Nin, Alan Watts, and other luminaries of the San Francisco counterculture. Both Vardas were gleaners and artists. The author argues that both saw the imagination as a place where matter and spirit were reconciled. The article builds on previous work about Varda's The Gleaners and I (Les glaneurs et la glaneuse, France, 2000), exploring Varda's materialist feminism and her use of earthly and tactile materials. The author focuses not only on matter but also on the imagination and the intangible images, colors, and forms that are prominent in her oeuvre, arguing that Yanco served as a muse to his niece.

ESCRITURAS DO CORPO E TEXTO DO FEMININO

O presente artigo tem como objetivo discorrer sobre o processo de criação e transposição à cena dos diários da escritora Anaïs Nin, no espetáculo Anaïs Nin à flor da pele, tendo como foco as suas reflexões sobre sexualidade, gênero e abordando o cunho libertário de sua obra que estimulou diversos movimentos emancipatórios feministas. Além disso, pretende-se refletir sobre o processo de composição das escrituras do corpo nesse solo, que teve como eixo o estudo da dança flamenca, que a autora praticava, partindo do princípio decolonial dessa expressão artística, de sua construção de corpo insurgente, bem como da exaltação de um feminino não subserviente e liberto. Esse artigo visa, por meio da contribuição do processo criativo do espetáculo Anaïs Nin à flor da pele, tecer uma reflexão sobre práticas artísticas no contexto das poéticas de gênero e das escrituras do texto e corpo do feminino na cena contemporânea.

The Coatlicue’s State in The Mixquiahuala Letters: A Postmodern Interpretation on How to Reach the Mestiza Consciousness

During the Chicana Literary Renaissance of the 1980s, Chicana writers–influenced by the Third World Feminist Movement–revealed new forms of representation of the Chicana experience. While concentrating on the subversive reading of the subject-object duality in Ana Castillo’s novel, The Mixquiahuala Letters (1985), Gloria E. Anzaldúa’s theory of the mestiza consciousness is also reviewed. Castillo represents the mestiza consciousness through her protagonist in a process of self-discovery through the reflection of autohistoria-teoría within the forty letters. The dichotomies of patriarchal ideologies that divide her from the Other are examined through the Coatlicue State, as inflected by such writers such as Julio Cortázar, Anaïs Nin and Miguel de Cervantes. Castillo creates a postmodern hopscotch style novel in which the reader is fundamental to the subversive interpretation of the three reading options (the conformist, the cynical, and the quixotic).

O TEXTO COMO TECIDO NARRATIVO E O IMAGINÁRIO DAS ROUPAS NA OBRA DE ANAÏS NIN

O texto literário, para Roland Barthes (2010), é como um tecido, no qual vários elementos da narrativa compõem uma trama que enreda tanto o escritor quanto o leitor. Os detalhes descritivos presentes no tecido narrativo também produzem significação, embora aparentemente tenham menor importância. (BARTHES, 1972). Partindo destes pressupostos, em uma abordagem barthesiana, este trabalho propõe uma busca por significados nos detalhes descritivos em narrativas de Anaïs Nin e a relação entre literatura, moda e imaginário. Os elementos que constituem a pedra de toque deste trabalho são fragmentos de alguns contos de Anaïs Nin, referentes aos trajes das personagens, bem como do romance Henry & June (2014). Analiso como estes elementos contribuem na caracterização das personagens e contextualização das narrativas, passando pela relação entre roupas, tecidos e erotismo, contexto histórico e traços de personalidade, considerando os próprios textos como tecidos, como propõe Barthes.PALAVRAS-CHAVE: moda; narrativa; tecido.

Creativity in Modernist Literary Writers

This chapter presents a theory of creativity as a transformative process, derived from the study of a group of modernist writers used as case studies. Such transformation has analogues in the neuroscientific study of creativity, which deals with dynamic interactions between nonconscious and conscious processing. Certain literary authors illuminate the extent to which the creative process is conscious and top-down yet also nonconscious and bottom-up according to different states of the brain at different stages of the creative process. The prefix “trans” describes the brain’s interconnectivity that is exemplified in the transforming strategies that contribute to the artistry of these authors. Writers like Proust, Joyce, Woolf, Faulkner, and Anaïs Nin transform their life material into the art of their fiction through a variety of literary devices that can be scrutinized. The autobiographical material derives from various preliminary modes of creativity—the default mode network (DMN) in Nin, the rapid eye movement (REM) sleep mode among the Surrealists, encoded emotional memories in the case of Woolf and Nin, and fragments of quotidian life in the case of Henry James, Joyce, and Faulkner. These writers were cognizant of their creative processes, writing about them in notes, letters, diaries, memoirs, and prefaces and enacting them in their creative works.