RECREATING HAMLET: CREATIVITY OF VISHAL BHARDWAJ IN HAIDER

William Shakespeare’s plays are universal in human character, which have raised him to be the exemplar in film industry. Shakespeare’s works stand to the test of time due to their intrinsic quality of life-likeness as Arthur Koestler comments that life-likeness is regarded as the supreme criterion of art. Shakespeare’s works and films project the reality of human life. The universality of his works has motivated the film producers to adapt Shakespeare extensively in their films in different regions, nations and contexts. The adaptation of the literary text into filmic interface involves major creative restructuring between the original text and the filmic medium. The restructuring of the adaptation involves shift in the medium, genre, context and culture to suit the differences in area and medium. The director of a film needs to be highly creative to adapt a literary text to make a film. Vishal Bhardwaj is one such contemporary prolific film makers who have successfully adapted Shakespearean plays like Othello, Macbeth and Hamlet into Indian cinema. The research article tries to portray the creativity of a director to recreate a new film out of an existing text (filmic adaptation). The article analyses the concept of conceptual blending creativity process and bricolage in highlighting the creativity of Bhardwaj in adapting Hamlet and localizing it in Indian cinema as Haider (2014).

DO ABISMO AO ESPELHO: A CONFISSÃO DE RUBASHOV POR UMA INTERPRETAÇÃO MATERIALISTA

O uso da história para a compreensão de textos literários é algo relativamente comum. Contudo, com frequência, os intérpretes apenas utilizam uma sequência de fatos históricos para explicar o contexto de determinada obra. A corrente materialista, além de afirmar que a história é composta por mais do que simples acontecimentos, propõe que o texto seja interpretado por seus aspectos materiais, como a formação política e ideológica. Aqui, a obra O Zero e o Infinito, de Arthur Koestler, é estudada por essa perspectiva. A confissão do personagem Rubashov ecoa a história de diversos revolucionários que abriram mão de suas vidas em nome de um coletivo que incluía seu próprio executor. Um ato que pode parecer incompreensível se não for visto pelas lentes das lutas políticas envolvidas e pela ideologia dos sujeitos. Apenas pela história é possível compreender que mais do que confissões pelo “eu”, foram confissões pelo “nós”. Para tanto, partimos dos ensinamentos de pensadores materialistas, como Karl Marx, Friedrich Engels, Fredric Jameson e Terry Eagleton, objetivando analisar a obra-prima de Koestler não apenas como um livro cuja interpretação é auxiliada pela história, mas como um romance que ajuda a entender a história.

Encounter with Death (II)

The present article is a sequel of “Encounter with Death (I). An Interrupted Dialogue” (DOI:10.2478/rjp-2020-0013 Rom J Psychoanal 2020, 13(1):197-204) and it aims at exploring the possible psychoanalytical semantics of the double suicide committed by Arthur Koestler in 1983, together with his wife, Cynthia, at their home in London. It tries to relate the tragic event (in the context of Koestler’s previous life-threatening experience in the prison of Seville) to the Freudian death drive and to Imre Hermann’s clinging instinct, as approached in Philippe Van Haute and Tomas Geyskens’s book “From Death Instinct to Attachment Theory”.

Violência e história: o lebenswelt da política.

Esse texto retoma a crítica de Merleau-Ponty ao livro Zero e o Infinito, no qual o escritor Arthur Koestler denuncia a violência perpetrada pelo regime estalinista através da narrativa do julgamento do líder comunista Rubashov. Desse modo, analisando o debate que confronta a crítica de Merleau-Ponty à obra de Koestler e a retomada da interpretação trágica da história a partir do marxismo, sustentamos a presença ambígua do humanismo e do terror, da fatalidade e da universalidade como elementos estruturantes do lebenswelt da política.

Encounter with Death (I)

The article focuses on psychic mechanisms at work in a life experience of maximum intensity: imprisonment awaiting the death penalty. “Dialogue with death”, the memories of Arthur Koestler on the most traumatic period of his life – his stay in the prison of Seville during the Spanish Civil War – was initially published in 1937, as an important part of the “Spanish Testament”, and was in itself one of the most significant testimonial works of the 20th century on the subject of death. The perspective to which we have subjected it draws on psychoanalysis and is based, more precisely, on the Freudian theory on defenses against traumatic affects.

O Bobo, o Bardo, o Sábio (na Máquina)

Em 1964, Arthur Koestler, publicava The Act of Creation, no qual avançava uma teoria geral da criatividade, afirmando que todas as atividades criativas, conscientes ou inconscientes, da originalidade artística à descoberta científica e inspiração cómica compartilham o mesmo padrão primordial, “pensamento bisociativo”. Para Koestler, todo o ato criativo é uma “bissociação” de pelo menos duas estruturas de pensamento aparentemente díspares, postulado que faz assentar numa alegoria tripartida da criatividade humana, assente nas figuras do Bobo, do Sábio e do Poeta. Publicado no ano de falecimento de Norbert Wiener, uma das razões que levou Koestler a escrever sobre criatividade ter-se-á prendido com a tendência dominante na academia, nos cinquenta anos que antecederam o seu volume, nomeadamente, na psicologia académica, com uma tendência para a redução do ser humano ao status de autómato condicionado. O que aprendeu a academia entretanto? Com a evolução da tecnologia digital tornou-se cada vez mais difícil não prestarmos atenção às influências geradas nos processos de fertilização cruzada entre diferentes campos. Pelo meio, o ideal do artista, ou do cientista/investigador, na sua torre de marfim vai ganhando contornos de paradigma obsoleto. Não será, então, tempo de reavaliar a criatividade à luz de tais “maquimanipulações” entre humanos e máquinas?

Introduction

The introduction argues that the Russian Revolution should be understood as a fundamentally important precondition for mid-century British culture. It explains the range of intellectuals covered in the book, and the central importance of anti-Communists Arthur Koestler and George Orwell for its argument. It then outlines three key arguments that run through the book: first, that the effects of the Russian Revolution on British culture are best understood in terms of gradual sedimentation in a longue durée rather than as a catastrophic event; second, Red Britain emphasizes the ideological diversity on either side of the Cold War divide; third, that British responses to the Bolshevik Revolution should be understood not only as a clash of internationalist or cosmopolitan ideologies, but also as an episode within a longer history of nationally grounded Anglo-Russian cultural and political relations. The introduction ends with brief summaries of the book’s five chapters.