Portugal é o principal produtor e transformador mundial de cortiça. Esta posição foi assumida após a Guerra Civil de Espanha, em que Portugal ultrapassou aquele país na liderança mundial (DIAS, 2005).
A área ocupada pelo sobreiro, a nível mundial, situa-se próxima de 2,7 milhões de hectares (correspondendo a 350 mil toneladas de cortiça), distribuída essencialmente na zona Mediterrânea com influência atlântica. A Península Ibérica detém 56% da área total, Portugal com 33% e Espanha com 23% (PESTANA, 2005).
Portugal possui uma área com sobreiros de 713 mil hectares (DGRF, 2006). Em 83% desta área, os povoamentos têm um estado de vitalidade bastante bom ou bom, com um apreciável potencial produtivo de cortiça amadia. Exportou 128.465 toneladas em 2001, com um valor de 880,8 milhões de euros. O país produz 54% da produção mundial de cortiça (em 2001 chegou a 340.000 toneladas), o peso da exportação desta matéria-prima é, aproximadamente, um quarto do total exportado pelo sector florestal e representa quase 3% do cômputo das exportações totais (INE, 2006).
A importância estratégica do sobreiro e da cortiça, para Portugal, está reconhecida na Estratégia Nacional para as Florestas (DGRF, 2007).
Três países da União Europeia (Portugal, Espanha e Itália) são líderes na produção, transformação e comércio de cortiça. Portugal transforma quase 37% do total mundial. As pequenas empresas são responsáveis pela transformação de 70% da produção nacional.
Por tudo isto, é fácil de entender a importância estratégica desta fileira para o nosso país, pelo que faremos um diagnóstico e uma análise prospectivos deste sector económico e utilizaremos uma análise SWOT para aferir a competitividade do mesmo.