scholarly journals Farmacovigilância: terapia semi-intensiva da oncopediatria em um hospital filantrópico

Author(s):  
Khrisna Fiuza Barbosa ◽  
Geraldo Bezerra Da Silva Júnior ◽  
Carlos Antônio De Souza Teles Santos ◽  
Maria Teresita Bendicho ◽  
Regina Maria Da Hora Dos Santos ◽  
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Objetivo: analisar a utilização de medicamentos prescritos no setor de terapia semi-intensiva da oncopediatria em um hospital filantrópico, tendo em vista o desenvolvimento da farmacovigilância na prática farmacêutica. Métodos: foi realizada avaliação das prescrições médicas e pesquisa bibliográfica nas bases de dados sobre medicamentos no período de junho de 2015 a junho de 2016. As variáveis adotadas foram relacionadas às características sociodemográficas, clínicas, e os medicamentos prescritos foram classificados de acordo com a Anatomical Therapeutic Chemical Classification (ATC). Foram incluídas todas as prescrições oncológicas da unidade de terapia semi-intensiva, considerando a faixa etária de 0-18 anos, estratificada em 0-11 anos, 12-14 anos e 15-18 anos, no período de junho de 2015 a junho de 2016, excluindo aquelas que não atendiam aos requisitos. Os dados foram compilados no programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 22.0. Resultados: a maioria dos pacientes pertencia ao sexo masculino com prevalência na faixa etária entre 00-11 anos. A leucemia linfoide aguda foi o diagnóstico mais observado, e o desfecho de alta melhorada representou mais da metade da amostra. As classes terapêuticas mais prescritas corresponderam aos antineoplásicos, anti-infecciosos e aos que atuam no Sistema Nervoso Central (SNC). Conclusões: os resultados sugerem que o tratamento farmacológico, em unidade de terapia intensiva, envolve um grupo extenso de medicamentos, com predomínio de antineoplásicos, antibióticos e fármacos que atuam no SNC. É necessária atenção especial para a conduta terapêutica no atendimento à população pediátrica, visando minimizar, sobretudo, os eventos adversos inerentes ao tratamento oncológico.

2007 ◽  
Vol 10 (2) ◽  
pp. 149-156 ◽  
Author(s):  
Andrezza Duarte Farias ◽  
Maria Aparecida Alves Cardoso ◽  
Ana Cláudia Dantas de Medeiros ◽  
Lindomar de Farias Belém ◽  
Mônica de Oliveira da Silva Simões

INTRODUÇÃO: O Sistema Único de Saúde (SUS) assegura o acesso aos medicamentos, mediante a garantia da execução integral da Assistência Farmacêutica. A Organização Mundial de Saúde (OMS) desenvolveu os Indicadores do Uso de Medicamentos com o intuito de descrever e avaliar aspectos que afetam a prática farmacêutica nos centros de saúde. OBJETIVO: Conhecer a(s) classes terapêuticas mais prescritas, segundo os indicadores de prescrição médica nas Unidades de Saúde da Família (UBSF) do município de Campina Grande. MÉTODOS: O estudo baseou-se nos Indicadores de Prescrição de Medicamentos propostos pela OMS. Os medicamentos foram classificados segundo a Anatomical Therapeutic Chemical Classification (ATC) e os dados analisados utilizando-se os programas EpiInfo 2000 e Excel. RESULTADOS: Foi prescrita uma média de 1,5 medicamentos por receita médica. A porcentagem de antibióticos prescritos foi de 21,1%. Os medicamentos foram prescritos pelo nome genérico em 84,2% das prescrições e apenas 1,1% eram injetáveis. Faziam parte da lista de medicamentos padronizados 91,9% dos prescritos. O grupo farmacológico mais prescrito foi o de antibióticos (21,0%), seguido dos antiparasitários (18,4%), analgésicos e antipiréticos (15,4%), medicamentos para o aparelho digestivo (9,5%) e respiratório (9,2%). CONCLUSÕES: Percebe-se a importância de conhecer as principais demandas da comunidade, a fim de que os serviços possam planejar e realizar intervenções pertinentes às necessidades da população. Os indicadores apresentaram bons índices, demonstrando possível conseqüência da Política Nacional de Medicamentos e da realização da Conferência Municipal de Medicamentos e Assistência Farmacêutica.


2018 ◽  
Vol 27 (2) ◽  
Author(s):  
Marcos Aurélio Seixas dos Reis ◽  
Carmen Silvia Gabriel ◽  
Ariane Cristina Barboza Zanetti ◽  
Andrea Bernardes ◽  
Ana Maria Laus ◽  
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RESUMO Objetivo: investigar o conhecimento dos profissionais de enfermagem e farmacêuticos em relação à identificação de medicamentos potencialmente perigosos, bem como verificar o reconhecimento das barreiras de prevenção de erros nas instituições hospitalares. Método: estudo transversal, tipo inquérito, realizado em unidades de terapia intensiva de quatro hospitais. Um questionário construído e validado com base nas informações disponibilizadas pelo Instituto para Práticas Seguras no Uso de Medicamentos foi utilizado para coleta de dados. Para análise dos dados utilizou-se o software Statistical Package for the Social Sciences, versão 22.0 e o teste de Kruskal-Wallis para investigar diferença dos resultados entre as categorias profissionais. Adotou-se o nível significância de 0,05. Resultados: foram incluídos 126 profissionais, entre os elegíveis para participação. Dentre os 33 medicamentos potencialmente perigosos indicados no instrumento, nenhum foi identificado como tal pela totalidade de respondentes, embora 17 fossem utilizados por mais de 95% dos entrevistados. Não foi observada diferença estatisticamente significante nas respostas das diferentes categorias profissionais quanto à identificação desses medicamentos. Em relação às medidas de prevenção de erros, os enfermeiros constituíram a categoria profissional que distinguiu em maior número a existência de barreiras. Conclusão: este estudo apontou importantes lacunas no reconhecimento dos medicamentos potencialmente perigosos e adoção incipiente de barreiras para prevenção de incidentes, caracterizando situações de fragilidade nos hospitais por implicar na ruptura inicial das barreiras, especialmente quando os profissionais de saúde estão inseridos em um ambiente de alta complexidade.


2021 ◽  
pp. 1-46
Author(s):  
Fabiola Sulpino Vieira

O objetivo deste texto é analisar a contribuição dos principais indutores do gasto direto do Ministério da Saúde (MS) em medicamentos que integram a lista dos componentes da assistência farmacêutica (AF) no período de 2010 a 2019. Foram utilizados dados de aquisições constantes do Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais (Siasg). Os medicamentos foram categorizados segundo o sistema de classificação ATC/DDD (Anatomical Therapeutic Chemical Classification System/defined daily doses) da Organização Mundial da Saúde (OMS). As unidades físicas de compra dos produtos foram transformadas em número de doses diárias definidas (DDD) para cada fármaco e o preço unitário foi convertido para preço por DDD. Com o suporte do software RStudio versão 1.3.1056 e do pacote estatístico IndexNumR, mensurou-se a contribuição dos principais indutores do gasto em medicamentos: preço, quantidade e resíduo (escolhas terapêuticas). Os resultados mostram grande variação do gasto do MS em medicamentos da lista dos componentes da AF no período de 2010 a 2019, com maior ou menor contribuição de cada indutor principal na oscilação observada. Contudo, chama a atenção a redução do gasto em alguns anos, induzida principalmente pela diminuição da quantidade de medicamentos adquirida em dois anos consecutivos, o que pode resultar em queda da disponibilidade desses produtos no Sistema Único de Saúde (SUS).


2020 ◽  
Vol 21 (7) ◽  
pp. 443-448
Author(s):  
Nikica Mirošević Skvrce ◽  
Sonja Krivokapić ◽  
Nada Božina

Aim: The aim of our study was to analyse the level of implementation of pharmacogenomics (PGx) in product information (PI) of medicinal products approved through national procedures in the EU. Materials & methods: In the analysis, we included nationally approved medicinal products in Croatia if guidelines for relevant substances were published. Results: Overall, 265 marketing authorizations were analyzed. The majority of data included in PI was only informative, while the most frequent PGx biomarkers were genes which code CYP P450. Analysis according to the Anatomical Therapeutic Chemical classification revealed that most substances belonged to the nervous system. Conclusion: Although hindrances in implementation are anticipated, PI should be more specific in terms of when the testing is indicated and should include actionable recommendations according to the results of PGx testing.


2017 ◽  
Vol 35 (4) ◽  
pp. 399-406 ◽  
Author(s):  
Elâine Cristina Vargas Dadalto ◽  
Edinete Maria Rosa

RESUMO Objetivo: Avaliar conhecimentos e expectativas de mães de recém-nascidos pré-termo (RNPT) internados em unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN) sobre aleitamento materno (AM) e uso de chupeta; e analisar sua vivência ao lidar com a necessidade de sucção nos primeiros meses. Métodos: As mães foram entrevistadas durante a internação dos recém-nascidos (RN) na UTIN e quando eles completaram seis meses de idade. Foram incluídas todas as mães com disponibilidade para participar do estudo. Os critérios de exclusão englobaram RNs com síndromes ou distúrbios neurológicos e mães com comprometimento cognitivo, depressão e usuárias de drogas. Os dados tabulados no programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) foram analisados por estatística descritiva e teste qui-quadrado. Resultados: Foram entrevistadas 62 mães inicialmente e 52 no follow-up de seis meses. As expectativas das participantes quanto à amamentação foram positivas, visto que elas relataram benefícios para mãe (90,3%) e bebê (100%), mas tiveram dificuldades para manter o aleitamento exclusivo, intr oduzindo a mamadeira (75,0%), já adquirida pela maioria (69,4%) antes do nascimento. O fato de haver chupeta no enxoval do RN (43,6%) não influenciou seu uso (p=0,820), tendo ocorrido também quando as mães não iriam ofertá-la devido às desvantagens para mãe (80,7%) e bebê (96,8%). A expectativa prévia de que a chupeta pudesse trazer benefícios para mãe e bebê não influenciou seu uso (p=0,375 e p=0,158). Conclusões: As mães demonstraram conhecimentos prévios sobre benefícios do aleitamento materno e desvantagens da chupeta; entretanto, elas modificaram sua concepção ao lidar com o bebê, recorrendo à introdução de mamadeira e chupeta.


2019 ◽  
pp. 001857871989498
Author(s):  
Lina Klitgaard Larsen ◽  
Emilie Middelbo Outzen ◽  
Parisa Gazerani ◽  
Hanne Plet

Objective: The objective of this study was to investigate factors influencing the complexity of drug substitutions caused by drug tenders in a Danish hospital setting. Methods: A sequential explanatory mixed-methods approach was employed. In the first phase, a custom-made, self-administered questionnaire was distributed to 58 pharmacists and pharmaconomists employed at the Hospital Pharmacy in the North Denmark Region. The questionnaire consisted of 13 questions, which helped to obtain quantitative information on factors complicating drug substitutions. The results were used to inform the construction of an interview guide for a focus group interview held in the following qualitative second phase of the study. The focus group included 11 pharmacists and pharmaconomists from the Hospital Pharmacy in the North Denmark Region working with drug substitutions. The focus group interview was conducted to facilitate validation of results from the questionnaire survey and to add further perspectives on identified factors influencing the complexity of drug substitutions. Results: Findings from both phases of the study revealed that implementation of drug substitutions is more complex when drug strength or pharmaceutical form of a drug changes, compared with changes of drug trade name or package size. Furthermore, it was established that Anatomical Therapeutic Chemical classification codes could be used to identify drug substitutions that are typically complex, for example, L01 and N05. Several external factors were also found to influence implementation of drug substitutions, for example, related to drug usage, number of end users, and hospital wards. Conclusions: From a hospital pharmacy point of view, multiple factors were identified that could influence and complicate the implementation of drug substitutions with different impact size. Those factors included both changed characteristics of drugs, Anatomical Therapeutic Chemical classification codes involved in substitution, and external factors.


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