scholarly journals Reflexões sobre a decolonialidade em uma perspectiva histórica

Intellèctus ◽  
2021 ◽  
Vol 20 (1) ◽  
Author(s):  
Antonio Guimaraes Brito

O colonialismo revelou ser a face oculta da Modernidade, inserido no processo histórico da dominação  eurocêntrica.    Contudo,a  partir  do  pós-guerra,  de  uma  forma  mais  evidente  e  contundente,  inúmeras  manifestações  intelectuais  surgiram  no  sentido  anticolonial,  em  especial  no  continente  africano,  asiático  e  latino-americano.  Nesse artigo,será  primeiramente  analisado  o  debate  teórico  anticolonialista,  sobretudo  com  base  na  obra  de  Franzt Fanon  e Albert Memmi como também o pós-colonialismo do intelectual palestino Edward Said. Posteriormente, buscar-se-á uma aproximação teórica do descolonialismo de Walter Mignolo, com a perspectiva descolonialista da Filosofia da Libertação de Enrique Dussel.

2012 ◽  
pp. 123-135
Author(s):  
Cleiton Ricardo das Neves ◽  
Amélia Cardoso de Almeida

O presente artigo contempla a construção e desconstrução da identidade do “Outro” colonizado vislumbrada por intelectuais como Homí.K.Bhabha, Frantz Fanon, Albert Memmi, V.S Naipaul, Spivak, Edward Said, dentre outros, através da ótica dos estudos Pós-coloniais. Para Bhabha, a representação da diferença não deve ser vista como reflexos de traços culturais ou éticos inscritos por meio de discursos e estratégias que tentam fixar por meio de binarismos excludentes a identidade do Outro. A mímica constituiu-se em uma estratégia ambivalente apropriada pelo colonialismo com o intuito de legitimar o discurso de superioridade do colonizador sobre o colonizado.


2020 ◽  
Vol 8 (1) ◽  
pp. 59-83
Author(s):  
Mohamed Turki

Résumé Frantz Fanon s’est concentré principalement sur la violence comme moyen de résistance et de libération anticoloniale, mais aussi sur l’humanisme et les possibilités de sa réalisation. Il s’agit pour lui de dépasser la conception manichéenne de l’Europe, mais aussi de la Négritude à propos de l’homme et d’inventer comme il dit « l’homme total ». Le silence a régné assez longtemps sur la réception des œuvres de Fanon après sa mort, à l’exception de sa réhabilitation vingt ans après aux Antilles lors d’une commémoration. Depuis sa disparition, on est passé de la simple critique du colonialisme à partir du champ économique et politique vers le champ culturel plus complexe et l’essai d’une compréhension plus approfondie de notions telles que celles de « nation », « identité », « imaginaire » ou « hybridité ». De plus, à cette évolution a participé aussi bien le discours foucaldien à propos des pouvoirs que les études abordées par Gilles Deleuze et Jacques Derrida sur la connaissance et le sujet. Ces thèmes ont influencé énormément les auteurs américains des Études postcoloniales dans leurs approches critiques du fait colonial et des phénomènes socioculturels qui en résultent. Ce fut surtout le cas pour Edward Said ainsi que pour d’autres penseurs tels Achille Mbembe, Gayatri Chakravorty Spivak, Homi K. Bhabha et bien d’autres. Mais ce sont avant tout Aimé Césaire, Frantz Fanon et Albert Memmi qui furent les théoriciens pionniers de ce mouvement. Ils ont en effet vécu la situation coloniale de manière directe et l’ont problématisée conceptuellement de sorte qu’ils ont dévoilé les différents aspects d’oppression et d’exclusion du colonialisme et donné ainsi une voix aux colonisés, subalternes et marginalisés. Cet article va tenter tout d’abord de rappeler la part critique de Frantz Fanon à l’égard de l’humanisme classique européen, mais aussi à celui de la Négritude. Par la suite il essaie de présenter sa conception d’un humanisme radical qui prend en considération l’homme, dire même l’humanité dans toute sa totalité, et à la fin il aborde les répercussions de la pensée fanonienne sur l’évolution politique actuelle ainsi que sur les Études postcoloniales.


Reflexão ◽  
2020 ◽  
Vol 45 ◽  
pp. 1
Author(s):  
Ana Rosa Cloclet da Silva ◽  
Douglas Ferreira Barros ◽  
Glauco Barsalini

 A perspectiva pós-colonial ganha espaço na recente produção acadêmica latino-americana, tributária das clássicas contribuições de Franz Fanon (1925-1961) (FANON, 2010), de Aimé Césaire (1913-2008) (CÉSAIRE, 1978) e Albert Memmi (1920-2020) (MEMMI, 1974) e, mais recentemente, de Edward Said (1935-2003) (SAID, 1990), entre outros autores. Apesar disso, é possível identificar, já durante século XIX, o problema da “colonialidade” como marca do pensamento político no continente. Segundo Ballestrin (2013, p. 91), foi então que um conjunto de escritores, de políticos e de ativistas (Bolívar, Bilbao, Torres-Caicedo, Martí, José Rodó e Manuel Bonfim, entre outros), preocupados com o “sentido” e com o “destino” da América e de seus povos, posicionaram-se criticamente em relação ao referencial da “latinidade”, atribuído a “uma estratégia imperial francesa adotada pelas elites criollas do continente, na segunda metade do século XIX”.


2019 ◽  
Vol 18 (2) ◽  
pp. 221-237
Author(s):  
Eyal Clyne

Drawing on speech acts theory, this article discusses the illocutionary and perlocutionary forces of discursive practices with which certain academic circles seek to discredit the Saidian ‘Orientalism’ framework. Identifying the unusual value attached to Said as object of attachment or detachment, desirability and exceptionality, this analysis turns away from deliberations about ‘orientalism’ as a party in a battle of ideas, and studies common cautionary statements and other responses by peers as actions in the social (academic) world, that enculture and police expectations. Cautioning subjects about this framework, or conditioning its employment to preceding extensive pre-emptive complicating mitigations, in effect constructs this framework as undesirable and ‘risky’. While strong discursive reactions are not uncommon in academia, comparing them to treatments of less-controversial social theories reveals formulations, meanings and attentions which are arguably reserved for this ‘theory’. Conclusively, common dismissals, warnings and criticisms of Said and ‘Orientalism’ often exemplify Saidian claims, as they deploy the powerful advantage of enforcing hegemonic, and indeed Orientalist, views.


2004 ◽  
Vol 2 (2) ◽  
pp. 144-145
Author(s):  
Naim S. Ateek
Keyword(s):  

2017 ◽  
Vol 16 (1) ◽  
pp. 7-25 ◽  
Author(s):  
Tahrir Hamdi

Postcolonialism, profoundly influenced by the Palestinian scholar Edward Said, has until recently been oddly silent on Palestine, a topic that not only preoccupied Said's thinking and writing, but also inspired his theoretical ideas on imperialism, anti-colonial struggle and the worldliness and affiliations of the text and the critic. This theoretical silence on Palestine was, in fact, preceded by a historical, political, geographical, social and cultural contestation of all forms of Palestinian spaces that include not only dispossessing Palestinians of their land, but also building apartheid walls, destroying hundreds of thousands of olive trees, appropriating/stealing traditional Palestinian dishes and clothes, silencing Palestinian narratives and the Muslim call to prayer. This paper will argue that these contested spaces necessarily become sites of Palestinian cultural production, struggle and sumud.


1988 ◽  
Vol 17 (4) ◽  
pp. 160-165 ◽  
Author(s):  
Edward Said ◽  
Ibrahim Abu-Lughod
Keyword(s):  

2014 ◽  
Vol 6 (1) ◽  
pp. 5-10
Author(s):  
B. Cortinove
Keyword(s):  

2019 ◽  
Vol 11 (3) ◽  
pp. 139-155
Author(s):  
Marta Maria Aragão Maciel

Resumo: O presente texto objetiva uma abordagem, no interior do pensamento de Ernst Bloch (1885/1977), acerca da relação entre marxismo e utopia: um vínculo incomum no interior do marxismo, comumente tido numa oposição inconciliável. Daí a apropriação do termo “herético” em referência ao marxismo do autor alemão: a expressão é usada não em sentido pejorativo, mas apenas para situar seu distanciamento do marxismo vulgar, bem como sua intenção de crítica radical dessa tradição. Aqui entendemos que é, em particular, por meio da relação entre marxismo e utopia que o pensamento de Ernst Bloch aparece como um projeto inelutavelmente político com vistas a uma filosofia da práxis concreta na principal obra do autor: O Princípio esperança (Das Prinzip Hoffnung) [1954/1959]. Neste livro encontramos, com efeito, a tentativa de pensar a atualidade do marxismo para o contexto do século XX, a era das catástrofes, conforme definição do historiador Eric Hobsbawm. Palavras-chave: Marxismo. Utopia. Dialética. Crítica social. Cultura.  Abstract: This paper presents an approach within the thinking of Ernst Bloch (1885/1977) about the relation between Marxism and Utopia: an unusual link within Marxism, commonly held in an irreconcilable opposition. Hence the appropriation of the term "heretical" in reference to the German author's Marxism: the expression is used not in a pejorative sense, but only to situate its distancing from vulgar Marxism, as well as its intention of a radical critique of this tradition. Here we understand that it is particularly through the relationship between Marxism and Utopia that Ernst Bloch's thought appears as an ineluctably political project with a view to a philosophy of concrete praxis in the principal work of the author: The Principle Hope (Das Prinzip Hoffnung) [1954/1959]. In this book we find, in effect, the attempt to think the actuality of Marxism in the context of the age of catastrophe - as defined by Eric Hobsbawm - that is, the long twentieth century that experienced the extreme barbarism of the concentration camp, of which the thinker in question, Jewish and Communist, managed to escape.  Keywords: Marxism. Utopia. Dialectics. Social criticismo. Culture. REFERÊNCIAS   ALBORNOZ, Suzana. O enigma da Esperança: Ernst Bloch e as margens da história do espírito. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995.   ALBORNOZ, Suzana. Ética e utopia: ensaio sobre Ernst Bloch. 2ª edição. Porto Alegre: Movimento; Santa Cruz do Sul: EdUSC, 2006.  BICCA, Luiz. Marxismo e liberdade. São Paulo: Loyola, 1987.  BLOCH, Ernst. Filosofia del Rinascimento. Trad. it. de Gabriella Bonacchi e Katia Tannenbaum. Bologna: il Mulino, 1981.     BLOCH, Ernst. Héritage de ce temps. Trad. Jean Lacoste. Paris: Payot, 1978.  BLOCH, Ernst. O Princípio Esperança [1954-1959]. Vol. I.  Trad. br. Nélio Schneider. Rio de Janeiro: EdUERJ; Contraponto, 2005.   BLOCH, Ernst. O Princípio Esperança [1954-1959]. Vol. II. Trad. br. Werner Fuchs. Rio de Janeiro: EdUERJ; Contraponto, 2006.   BLOCH, Ernst. O Princípio Esperança [1954-1959]. Vol. III. Trad. br. Nélio Schneider. Rio de Janeiro: EdUERJ; Contraponto, 2006.  BLOCH, Ernst. Du rêve à l’utopie: Entretiens philosophiques. Textos escolhidos e prefaciados por Arno Münster. Paris: Hermann, 2016.  BLOCH, Ernst. Thomas Münzer, Teólogo da Revolução [1963]. Trad. br. Vamireh Chacon e Celeste Aída Galeão. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1973.  BLOCH, Ernst. L’esprit de l’utopie, [1918-1023]. Trad. fr. de Anne Marie Lang e Catherine Tiron-Audard. Paris: Gallimard, 1977.  BLOCH, Ernst. El pensamiento de Hegel. Trad. esp. de Wenceslao Roces. Mexico; Buenos Aires: Fondo de Cultura Economica, 1963.   BOURETZ, Pierre. Testemunhas do futuro: filosofia e messianismo. Trad. J. Guinsburg. São Paulo: Perspectiva, 2011, p. 690.  FREUD, Sigmund. Los sueños [1900-1901]. Trad. Luis Lopez-Ballesteros et al., Madrid: Biblioteca Nueva, 1981.  FREUD, Sigmund. A Interpretação dos sonhos. Vol. I. Trad. Jayme Salomão. Rio de Janeiro: Imago, 2006.  HORKHEIMER, Max. Filosofia e teoria crítica. In: Textos escolhidos. Trad. de José Lino Grünnewald. São Paulo: Abril Cultural, 1980, p. 155 (Coleção Os Pensadores.). MÜNSTER, Arno. Ernst Bloch: filosofia da práxis e utopia concreta. São Paulo: UNESP, 1993.     MÜNSTER, Arno. Utopia, Messianismo e Apocalipse nas primeiras de Ernst Bloch. Trad. br. de Flávio Beno Siebeneichler. São Paulo: UNESP, 1997.  PIRON-AUDARD, Catherine. Anthropologie marxiste et psychanalyse selon Ernst Bloch. In: RAULET, Gérard (org.). Utopie-marxisme selon Ernst Bloch: un système de l'inconstructible. Payot: Paris, 1976. VIEIRA, Antonio Rufino. Princípio esperança e a “herança intacta do marxismo” em Ernst Bloch. In: Anais do 5° Coloquio Internacional Marx-Engels. Campinas: CEMARX/Unicamp. Disponível em: <www.unicamp.br / cemarx_v_coloquio_arquivos_arquivos /comunicacoes/gt1/sessao6/Antonio_Rufi no.pdf>.  VIEIRA, Antonio Rufino. Marxismo e libertação: estudos sobre Ernst Bloch e Enrique Dussel. São Leopoldo: Nova Harmonia, 2010.  RAULET, Gérard (Organizador). Utopie - marxisme selon Ernst Bloch: un sistème de l’inconstructible. Paris: Payot, 1976.  ZECCHI, Stefano. Ernest Bloch: Utopia y Esperanza en el Comunismo [1974]. Trad. esp. de Enric Pérez Nadal, Barcellona: Península, 1978.  


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document