The lost thread of strategy: Lord Jim, Jacques Rancière and dreaming

Maska ◽  
2017 ◽  
Vol 32 (185) ◽  
pp. 32-42
Author(s):  
Steven Corcoran

This paper discusses Rancière’s recent work The Lost Thread: The Democracy of Modern Fiction. Similar to his directly preceding work, Aisthesis, The Lost Thread explores the transformation of the very paradigm of fiction itself with the advent of modern realism in its break with the conventions of belles lettres. For Rancière, the specific logic of modern fiction, its democracy, consists in a logic of (im)purity that generates what he calls effects of equality. The specificity of modern fiction thus yields a rather different idea of the politics of fiction than that conveyed by modernist readings and epitomized by Roland Barthes’ notion of the reality effect. This paper discusses the logic of this change in fiction implicit within Rancière’s account, a logic the author refers to as ‘creative destruction’ in contradistinction to modernist dialectics; second, it explores the kind of subject implied by this fiction – where subject is understood both as the kind of limit situation that this fiction recounts and the constitution of its characters. Third, the author briefly suggests that Rancière’s reading of the logic of the event, in particular in Joseph Conrad’s Lord Jim, can be seen as sketching an answer to why it is that the key question of ‘how are we to live?’ only ever comes after the event.

Intexto ◽  
2020 ◽  
pp. 65-83
Author(s):  
Demétrio Rocha Pereira ◽  
Felipe Diniz ◽  
Lennon Macedo

Abbas Kiarostami aplica em seus filmes e escritos certa técnica de produção de real a partir da observação de pequenos detalhes em contínuo movimento. Este artigo investiga como o cineasta elabora o ócio enquanto dispositivo para instalar no espectador um efeito de real. Esse mesmo procedimento de estudo do supérfluo e do ínfimo se codifica diferentemente quando subordinado às causalidades narrativas, resultando numa semiótica da ingenuidade. Com o suporte dos estudos de André Bazin, Christian Metz, Roland Barthes e Jacques Rancière, traçamos um caminho que apresenta personagens humanos e não humanos como vetores obstinados de uma política do ócio.


Gragoatá ◽  
2018 ◽  
Vol 23 (45) ◽  
pp. 45-67
Author(s):  
Lilian Reichert Coelho

O romance Complô contra a América (2004), do escritor norte-americano contemporâneo Philip Roth, foi aqui estudado a partir das relações entre os ideais democráticos estabelecidos pelo discurso oficial para a nação e a incidência dos valores fundamentais de igualdade e liberdade individual numa família de origem judaica pobre de Newark no início dos anos 1940, num período de instabilidade imaginado pelo romancista pela construção de um “cronotopocontrafactual” (cf. ANDRADE; SANTOS, 2013) ao questionar o que teria sido dos judeus se Roosevelt não tivesse sido eleito pela terceira vez em 1940. A hipótese de trabalho orientou-se pela discussão apresentada por Jacques Rancière, segundo a qual o termo democracia tem sido deturpado pelos mais variados matizes ideológicos, o que a narrativa de Roth confirma. Também procurou-se reconhecer a contribuição de Roland Barthes para a discussão entre literatura e política, dentre outros autores. O tema da responsabilidade moral foi abordado a fim de captar os traços dos personagens principais face às transformações operadas nas circunstâncias terríveis apresentadas na ficção em estreito vínculo com o projeto ético e estético do escritor. ---DOI: http://dx.doi.org/10.22409/gragoata.2018n45a1067.


2008 ◽  
Vol 3 (2) ◽  
pp. 18
Author(s):  
Jorge H. Wolff

O texto parte de uma leitura da dimensão subjetiva em A câmara clara, de Roland Barthes, insuflada pelas análises de retratos feitas por Javier Marías em Miramientos, álbum de imagens em preto e branco de escritores e filósofos de várias nacionalidades que termina com cinco fotos do próprio autor em capítulo intitulado “Autoretrato farsante”. Este olhar sobre si próprio é posto em questão, no caso específico de Barthes, pela re-visão de sua abordagem semiológica recentemente levada a cabo por Jacques Rancière em Le destin des images.


MODOS ◽  
2019 ◽  
Vol 3 (1) ◽  
Author(s):  
Pedro Caetano Eboli Nogueira

O presente artigo se destina a compreender os nexos entre arte e política no âmbito das ações de ativismo urbano perpetradas por coletivos e expostas como trabalhos de arte. Partimos do pressuposto de que haveria uma natureza poética nestas ações, que possibilitaria sua fácil inserção no meio da arte. Para tal, observamos algumas ações dos coletivos Frente Três de Fevereiro e Política do Impossível, expostos em diversas mostras de arte. Caracterizamos a natureza poética de seus trabalhos através dos subsídios teóricos oferecidos por Jacques Rancière e Roland Barthes, relacionando-a a uma recusa do devir comunicativo da linguagem. Esta natureza possibilitaria sua transposição para os meios da arte, no âmbito daquilo que Jacques Rancière compreende por Regime Estético.


2020 ◽  
Vol 10 (2) ◽  
Author(s):  
Pedro Caetano Eboli Nogueira

Resumo: O artigo trata das articulações entre arte, política e educação no âmbito da ação Traga Sua Luz, realizada pelo coletivo Política do Impossível em 2008. Destinada a questionar o processo de gentrificação que atingia o bairro da Luz - região central da cidade de São Paulo -, ela consistiu de uma performance coletiva e silenciosa, em que velas e pequenas lâmpadas eram carregadas e depositadas em terrenos desapropriados pela prefeitura. Por meio dos subsídios teóricos de Walter Benjamin, Georges Didi-Huberman, Roland Barthes e Jacques Rancière, o presente artigo elucida de que modo a suspensão do devir meramente comunicativo da linguagem permeia arte, educação e uma política do silêncio.


Gragoatá ◽  
2018 ◽  
Vol 23 (45) ◽  
pp. 45
Author(s):  
Lilian Reichert Coelho

O romance Complô contra a América (2004), do escritor norte-americano contemporâneo Philip Roth, foi aqui estudado a partir das relações entre os ideais democráticos estabelecidos pelo discurso oficial para a nação e a incidência dos valores fundamentais de igualdade e liberdade individual numa família de origem judaica pobre de Newark no início dos anos 1940, num período de instabilidade imaginado pelo romancista pela construção de um “cronotopocontrafactual” (cf. ANDRADE; SANTOS, 2013) ao questionar o que teria sido dos judeus se Roosevelt não tivesse sido eleito pela terceira vez em 1940. A hipótese de trabalho orientou-se pela discussão apresentada por Jacques Rancière, segundo a qual o termo democracia tem sido deturpado pelos mais variados matizes ideológicos, o que a narrativa de Roth confirma. Também procurou-se reconhecer a contribuição de Roland Barthes para a discussão entre literatura e política, dentre outros autores. O tema da responsabilidade moral foi abordado a fim de captar os traços dos personagens principais face às transformações operadas nas circunstâncias terríveis apresentadas na ficção em estreito vínculo com o projeto ético e estético do escritor.


2021 ◽  
Vol 8 (2) ◽  
pp. 4-23
Author(s):  
Isadora Meneses Rodrigues

Em suas análises sobre a ficção moderna, Jacques Rancière contesta o clássico estudo de Roland Barthes sobre o efeito de real na literatura. Buscando dar conta da dimensão política envolvida no excesso descritivo da ficção realista, Rancière faz uso do termo ‘efeito de igualdade’. À luz desse conceito, o objetivo central deste artigo é examinar as formas de realização dessa ‘democracia estética’ no cinema de Alain Resnais. Mais especificamente, buscamos analisar como o filme Hiroshima mon amour (1959) enseja uma outra divisão do sensível ao questionar a categorização dos gêneros cinematográficos e a hierarquia dos temas da obra.  


2019 ◽  
Vol 44 ◽  
pp. 63
Author(s):  
Gabriel Sausen Feil

Este artigo propõe um método que tange o modo como escrevemos sobre os autores da área educacional. Tal método se intitula “Método Biografemático” por se constituir a partir da noção de biografema, apresentada por Roland Barthes em Sade Fourier, Loyola, A câmara clara e Preparação do romance. O artigo se justifica por pensar em novas formas de expressar a escrita em Educação. Para mostrar o Método, apropria-se de três reconhecidos autores da literatura educacional: Anton Semionovitch Makarenko, Alicia Fernándes e Jacques Rancière. Esses três autores têm em comum o fato de apresentarem, em suas obras, a figura do mestre. A conclusão do artigo se expressa no argumento de que cada um dos mestres funciona ao modo do que Gilles Deleuze e Félix Guattari chamam de figura estética, tipo psicossocial e personagem conceitual. É por funcionarem dessa maneira que acabam por disparar escrituras biografemáticas, entendidas como resultados do método em questão.


2018 ◽  
Vol 12 (22) ◽  
pp. 146-159
Author(s):  
Renan Ferreira da Silva

Partindo das reflexões de Jacques Rancière a respeito da obra literária do século XIX, esta apresentação pretende discorrer sobre a relação entre os conceitos de ficção e de “efeito de real” investigada pelo filósofo. Ao tomar o romance dito “realista” como paradigma de suas análises, Rancière questionará a noção de “efeito de realidade” postulada por Roland Barthes, aproximando a interpretação do semiólogo àquela dos críticos literários comprometidos com a posição que fundamentou a lógica da representação, cujo alicerce encontra-se na Poética e na Retórica aristotélicas. A poética da representação compreende a ficção como constituída de um enredo baseado na verossimilhança, pautado pelo encadeamento lógico das ações, passando a definir, assim, a obra artística como um tipo de estrutura hierárquica onde as partes devem se subordinar ao todo. Para Rancière, o romance realista foge aos critérios impostos pelo regime representativo. Mais do que um mero excesso descritivo, o romance inverte a sua cosmologia, inaugurando um novo regime poético marcado pela não hierarquia e pela igualdade de gêneros e temas, no qual o “efeito de realidade” aparece, na verdade, como um “efeito de igualdade”, revelando, assim, uma nova “partilha do sensível”.


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