scholarly journals Arte, Imagem e Fotografia: um diálogo possível entre Roland Barthes, Walter Benjamin e Jacques Rancière

2016 ◽  
Vol 9 (1) ◽  
pp. 250
Author(s):  
Miriam Mendonça Martins ◽  
André Fabiano Voigt
2020 ◽  
Vol 10 (2) ◽  
Author(s):  
Pedro Caetano Eboli Nogueira

Resumo: O artigo trata das articulações entre arte, política e educação no âmbito da ação Traga Sua Luz, realizada pelo coletivo Política do Impossível em 2008. Destinada a questionar o processo de gentrificação que atingia o bairro da Luz - região central da cidade de São Paulo -, ela consistiu de uma performance coletiva e silenciosa, em que velas e pequenas lâmpadas eram carregadas e depositadas em terrenos desapropriados pela prefeitura. Por meio dos subsídios teóricos de Walter Benjamin, Georges Didi-Huberman, Roland Barthes e Jacques Rancière, o presente artigo elucida de que modo a suspensão do devir meramente comunicativo da linguagem permeia arte, educação e uma política do silêncio.


Ícone ◽  
2018 ◽  
Vol 16 (2) ◽  
pp. 210-224
Author(s):  
Marina Feldhues

Este trabalho procura refletir sobre se é possível pensar sobre a realidade do mundo, procurar compreender a realidade, por meio da fotografia. Para tanto, parte das proposições levantadas por Susan Sontag sobre o assunto. Na sequência, faz uma revisão teórica das proposições de Sontag à luz das reflexões trazidas por Jacques Rancière sobre imagem, operações de arte e montagem; Walter Benjamin sobre o ato de narrar; Gerry Badger e László Moholy-Nagy sobre narrar como fotos; e Gilles Deleuze sobre o pensamento como experiência.  Por último, procuramos analisar, com base nas reflexões trazidas pelos autores mencionados, como as operações artísticas da instalação Truth Study Center de Wolfgang Tillmans, contribuem para refletirmos sobre a experiência de pensar a realidade do mundo a partir de fotografias.


Intexto ◽  
2020 ◽  
pp. 65-83
Author(s):  
Demétrio Rocha Pereira ◽  
Felipe Diniz ◽  
Lennon Macedo

Abbas Kiarostami aplica em seus filmes e escritos certa técnica de produção de real a partir da observação de pequenos detalhes em contínuo movimento. Este artigo investiga como o cineasta elabora o ócio enquanto dispositivo para instalar no espectador um efeito de real. Esse mesmo procedimento de estudo do supérfluo e do ínfimo se codifica diferentemente quando subordinado às causalidades narrativas, resultando numa semiótica da ingenuidade. Com o suporte dos estudos de André Bazin, Christian Metz, Roland Barthes e Jacques Rancière, traçamos um caminho que apresenta personagens humanos e não humanos como vetores obstinados de uma política do ócio.


Gragoatá ◽  
2018 ◽  
Vol 23 (45) ◽  
pp. 45-67
Author(s):  
Lilian Reichert Coelho

O romance Complô contra a América (2004), do escritor norte-americano contemporâneo Philip Roth, foi aqui estudado a partir das relações entre os ideais democráticos estabelecidos pelo discurso oficial para a nação e a incidência dos valores fundamentais de igualdade e liberdade individual numa família de origem judaica pobre de Newark no início dos anos 1940, num período de instabilidade imaginado pelo romancista pela construção de um “cronotopocontrafactual” (cf. ANDRADE; SANTOS, 2013) ao questionar o que teria sido dos judeus se Roosevelt não tivesse sido eleito pela terceira vez em 1940. A hipótese de trabalho orientou-se pela discussão apresentada por Jacques Rancière, segundo a qual o termo democracia tem sido deturpado pelos mais variados matizes ideológicos, o que a narrativa de Roth confirma. Também procurou-se reconhecer a contribuição de Roland Barthes para a discussão entre literatura e política, dentre outros autores. O tema da responsabilidade moral foi abordado a fim de captar os traços dos personagens principais face às transformações operadas nas circunstâncias terríveis apresentadas na ficção em estreito vínculo com o projeto ético e estético do escritor. ---DOI: http://dx.doi.org/10.22409/gragoata.2018n45a1067.


2019 ◽  
Vol 3 (1) ◽  
Author(s):  
Livia De Tommasi ◽  
Leandro Dias Castro ◽  
Vinicius Defillo Pintor ◽  
VIctor Borges de Couto ◽  
Julia Souza Reis ◽  
...  

O texto apresenta os relatos de jovens estudantes da Universidade sobre suas experiências de visitação em manifestações artísticas realizadas na cidade de São Paulo. São relatos em primeira mão sobre vivências e experiências juvenis na cidade, que testemunham da diversidade de situações e também da singularidade da condição juvenil numa cidade onde existem fronteiras espaciais e simbólicas que raramente são ultrapassadas. À luz do trabalho de alguns autores, especificamente Walter Benjamin e Jacques Rancière, as reflexões abordaram, de forma geral, a relação entre arte, política e mercado.


2015 ◽  
Vol 15 (24) ◽  
pp. 113
Author(s):  
André Piazera Zacchi

http://dx.doi.org/10.5007/1984-784X.2015v15n24p113O cinema, segundo Jacques Rancière, é uma multiplicidade de conceitos que, sob o mesmo nome, permite estabelecer um espaço de pensamento. A distância entre um conceito e outro é o que separa, mas também o que propõe uma relação. Entre cinema e política há também distâncias, intervalos, desvios, abordados pelo autor em As distâncias do cinema (Les écarts du cinema). Walter Benjamin defendia certas potências progressivas do cinema, mas reconhecia seus usos fascistas. Jacques Rancière reencontra nas distâncias uma possibilidade, não do cinema em geral, mas de cada filme, ter ainda uma força política. Essa força, para ambos, está na tensão dialética da imagem, ou seja, na sua capacidade de suspensão de discursos, de juízos, de síntese.


2018 ◽  
pp. 79
Author(s):  
Carlos Pérez López

Resumen:En el estado actual de las relaciones interdisciplinarias de los saberes científicos, la historia, como disciplina científica, plantearía una situación particular. No se trata de un saber puro que se cierra sobre sí mismo en la especificidad de una lengua de especialistas, sino de una composición de conocimientos sobre múltiples temporalidades heterogéneas que convergen en la materia misma de su ejercicio científico, esto es, la mirada al pasado. Así, posiciones teóricas tan distanciadas sobre el conocimiento histórico, como las de Walter Benjamin, Jacques Rancière y Reinhart Ko- selleck, dan cuenta de esta apertura disciplinaria de la historia hacia los saberes y tiempos que la componen. Un estudio sobre el concepto de “tiempo histórico” y sobre la figura del historiador en estos pensadores es la tarea que nos hemos propuesto para demostrarlo.Palabras clave: Walter Benjamin - Jacques Rancière - Reinhart Koselleck – tiempo histórico – historiografíaAbstract:In the current state of interdisciplinary relations among scientific knowl- edge, history – as a scientific discipline –would pose a particular situation. It is not a pure knowledge closed in the specificity of a specialist language, but a composition of knowledge about multiple heterogeneous temporali- ties converging in the very subject of its scientific exercise, that is, looking into the past. Thus, theoretical positions about historical knowledge, such Walter Benjamin’s, Jacques Rancière’s and Reinhart Koselleck’s, account for this disciplinary opening of history towards knowledge and times comprising it. A study about the concept of “historical time” and the figure of the historian in these thinkers is the task we have proposed to demonstrate it.Keywords: Walter Benjamin - Jacques Rancière - Reinhart Koselleck – historical time – historiographyResumo:No estado atual das relações interdisciplinares dos saberes científicos, a história, como disciplina científica, proporia uma situação particular. Não se trata de um saber puro que fica fechado em si mesmo, na especificidade de uma língua de especialistas, mas de uma composição de conhecimen- tos sobre múltiplas temporalidades heterogêneas que convergem na matéria mesma do seu exercício científico, isto é, o olhar para o passado. Assim, posições teóricas tão distanciadas sobre o conhecimento histórico, como as de Walter Benjamin, Jacques Rancière e Reinhart Koselleck, dão conta desta abertura disciplinar da história perante os diversos saberes e tempos que a compõem. Um estudo sobre o conceito do “tempo his- tórico” e sobre a figura do historiador nestes pensadores é a tarefa que nos temos proposto para demonstrá-lo.Palavras-chave: Walter Benjamin - Jacques Rancière - Reinhart Koselleck – tempo histórico – historiografia


2020 ◽  
pp. 133-144
Author(s):  
Jessica Enith Fajardo Carrillo

Este escrito busca servir de sustento teórico a un estudio que está enmarcado en la filosofía política contemporánea y las teorías críticas de la violencia de Estado. Se hace un acercamiento al concepto de Estado de excepción y presenta los riesgos que corren los Estados en convertirse en repúblicas policiales al ser gobernadas por las oligarquías. Para argumentar la afirmación, se conceptualiza el Estado republicano y la sociedad democrática con Jacques Rancière (2012). Luego se tratan las nociones de incapacidad de previsión de los gobiernos y el Estado de excepción, trabajadas por Mario Daniel Serrafero (2013). En un tercer momento, retoma los conceptos de razón de Estado con Friedrich Meinecke (1997) y la reglamentación del uso de la violencia y las operaciones de policía a partir de Walter Benjamin (2009) y Giorgio Agamben (2010).


Sala Preta ◽  
2019 ◽  
Vol 19 (1) ◽  
pp. 288-305
Author(s):  
Lucia Regina Vieira Romano

Este texto analisa espetáculos apresentados na Mostra Internacional de Teatro de São Paulo 2019, evidenciando os modos diversos como as obras reinventam o papel do púbico e instituem novas relações entre arte e política, assim como revigoram o papel social da arte. Real Magic, Boca de Ferro, Cria e MDLSX_Motus, em nossa leitura, são obras de resistência à lógica neoliberal, que vem interferindo na fruição do espetáculo performativo e determinando limites para a construção da cena contemporânea. Assumimos, portanto, um tipo de análise das obras teatrais e de dança que expande os elementos da performance para outras instâncias, considerando aspectos menos tangíveis no momento mesmo da apresentação, abrangendo o que não está amplamente visível ali, mas que não deixa de interferir nas dinâmicas de recepção. Colaboram para as análises as escritas de Arthur Danto, Claire Bishop, Jacques Rancière, Jill Dollan, Milton Santos e Walter Benjamin, ao lado de relatos dos e das artistas em quadro; fontes que nos permitem descrever algumas prerrogativas dessas ações diferenciadas em frente ao espetáculo cênico, baseadas em modalidades de criação colaborativas na exposição dos recursos de produção e instituições envolvidas, na densidade estética da cena, na valorização do inacabamento, na diferenciação produtiva da comunidade de espectadores e no dissenso, entre outras operações de compartilhamento. Defendemos que são obras como estas que podem questionar a evidência do que percebemos e entendemos como o real, revogando a separação entre aqueles e aquelas que ditam o que deve ou não ser pensado e aqueles e aquelas que devem pensar em acordo com os primeiros.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document