PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS NA PROMOÇÃO À SAÚDE NO TRANSTORNO DE ANSIEDADE: UMA REVISÃO DA LITERATURA DE APOIO AOS PROFISSIONAIS

2021 ◽  
Vol 33 (1) ◽  
pp. 6-17
Author(s):  
Francielle Zeni ◽  
Michele Pereira De Liz ◽  
Dorivaldo Duarte ◽  
Ana L.B. Zeni

O transtorno de ansiedade generalizado (TAG) é uma doença de alta prevalência devido ao estresse e à exigência contemporânea. Com isso, há grande uso de ansiolíticos com efeitos adversos. O objetivo do estudo foi analisar as plantas medicinais e fitoterápicos que constam nos documentos do Ministério da Saúde e podem ser indicadas por profissionais no Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento complementar do TAG. Esta revisão bibliográfica foi elaborada principalmente pelos documentos do Ministério da Saúde (MS), o Memento Fitoterápico da Farmacopeia Brasileira (MFFB), o Formulário de Fitoterápicos – Farmacopeia Brasileira e a Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao Sistema Único de Saúde (RENISUS). Além disso, foram realizadas pesquisas em livros e artigos científicos para complementar informação. Foi constatado que o MS incentiva o uso no SUS de seis plantas para o tratamento da TAG, Hypericum perforatum L., Matricaria chamomilla L., Melissa officinalis L, Passiflora incarnata L., Piper methysticum G. Forst. e Valeriana officinalis L. Nesse contexto, foram destacadas sobre estas plantas, as indicações, a composição química, as evidências clínicas, os efeitos adversos, as contraindicações e as interações medicamentosas. Apesar dos benefícios da ampliação de opções no tratamento da TAG, existem os efeitos adversos e as interações medicamentosas. Desta forma, recomenda-se a indicação/prescrição, orientação e acompanhamento dos pacientes na utilização desta terapia integrativa e complementar por profissionais capacitados.

2022 ◽  
Vol 11 (1) ◽  
pp. e5511124024
Author(s):  
José Cândido da Silva Nobrega ◽  
Alan Vinícius de Araújo Batista ◽  
Osvaldo Soares da Silva ◽  
Verônica Cristian Soares de Belchior ◽  
Wendell de Almeida Lacerda ◽  
...  

Há uma grande diversidade de plantas no Brasil, e muitas delas, ao serem estudadas, apresentam elevado teor nutricional, presença de antioxidante, entre outras propriedades, podendo ter um potencial farmacológico significativo e consequentemente gerando aplicações em diversas áreas como saúde, cosmética e culinária. As plantas medicinais são usadas por grande parte da população mundial, como um recurso medicinal alternativo para o tratamento de diversas doenças, visto que em muitas comunidades, representam um recurso mais acessível em diversos sentidos em relação aos medicamentos alopáticos. Destaca-se a utilização das plantas medicinais para fins terapêuticos, em que muitas atividades biológicas conferidas às plantas foram demonstradas, dentre elas a ação no sistema nervoso central, sendo utilizadas para o tratamento e/ou prevenção de transtornos psicossociais como ansiedade e depressão. Sendo assim, o presente estudo tem como objetivo realizar uma revisão bibliográfica sobre as plantas medicinais mais utilizadas no tratamento da ansiedade e depressão. Verificou-se que nos tratamentos, as plantas medicinais e os fitoterápicos são vistos como uma alternativa viável para o tratamento dos quadros de ansiedade e depressão, visto que possuem menos efeitos colaterais. Sendo assim, a presente pesquisa revisou as espécies: Hypericum perforatum L.; Passiflora incarnata L.; Melissa Officinalis L.; Chamomilla recutita L.; Piper methysticum G.; Erythrina verna; Humulus lupulus L. e Crataegus oxyacantha L. Foi possível apresentar a efetividade de todas as espécies citadas, com as descrições encontradas em estudos da literatura.


2007 ◽  
Vol 13 (4) ◽  
pp. 312-316 ◽  
Author(s):  
Edzard Ernst

Herbal remedies are used by many people suffering from anxiety or depression. It is therefore important to know whether they generate more good than harm. A systematic review of the published literature revealed trial data for Ginkgo biloba, Lavandula angustifolia, Hypericum perforatum, Valeriana officinalis, Crataegus oxyacantha, Eschscholzia californica, Matricaria recutita, Melissa officinalis, Passiflora incarnate and Piper methysticum. Only two of these herbal remedies are supported by sound evidence: Hypericum perforatum (St John's wort) for mild to moderate depression and Piper methysticum (kava) for anxiety. Neither is free of risks. Our knowledge of herbal remedies is incomplete and the subject merits rigorous study.


2020 ◽  
Vol 3 (3) ◽  
pp. 458
Author(s):  
Alana Luisa Sampaio da Silva ◽  
Andressa Alexandre Cocolete ◽  
Ellen Cristina Ferreira ◽  
Alyne Alexandrino Antunes ◽  
Rodrigo Vieira Gonzaga

Introdução: O Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) se caracteriza pelos sentimentos vagos desagradáveis e de preocupações excessivas, um mal-estar psíquico, relacionado ao medo, a apreensão e a incerteza, provocando uma tensão e/ou um desconforto antecipado do desconhecido. Algumas plantas medicinais são utilizadas para o tratamento do TAG, como por exemplo, à Matricaria recutita, Valeriana officinalis, Passiflora incarnata e Piper methysticum. Objetivo: O objetivo deste estudo foi delinear a prevalência de sintomatologia de TAG, avaliar as variáveis demográficas, o conhecimento e uso de plantas medicinais no tratamento de TAG no contexto acadêmico. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional do tipo transversal, realizado em cursos da área da saúde da Universidade Anhembi Morumbi (UAM) em São Paulo-SP, Brasil. Para esta pesquisa, foram considerados elegíveis os candidatos matriculados em cursos da Escola da Saúde e Bem estar, devidamente matriculados entre o primeiro e sexto ano, com idade igual ou maior que 18 anos. Resultados: Apenas 13,3% dos participantes não se consideram ansiosos, contudo, foi constatado que, mesmo o participante levando em consideração não ser ansioso, se queixou de alguns sintomas físicos, psicológicos ou ambos relacionados a quadros de ansiedade. A pesquisa identificou que 31,6% dos participantes relataram que já fizeram uso de medicamentos alopáticos e 31,1% relataram o uso de plantas medicinais para tratamento de TAG.  Conclusão: Mesmo no ambiente acadêmico nota-se que 38,9% dos universitários não possuem conhecimento sobre as terapias alternativas


2021 ◽  
Vol 10 (8) ◽  
pp. e45710817557
Author(s):  
Fabiane Lucila Meotti ◽  
Ana Carolina Pereira da Silva ◽  
Mariane Pavani Gumy ◽  
Ana Frida Duarte ◽  
Vaneza Paula Poplawski Carneiro ◽  
...  

O medicamento fitoterápico possui como insumo, plantas medicinais ou seus derivados. Apesar de inúmeros benefícios, o uso indiscriminado e falhas durante a produção podem expor o consumidor final a efeitos nocivos à sua saúde. Nesse sentido, o estudo avaliou a qualidade físico-química e microbiológica de insumos vegetais utilizados em uma farmácia de manipulação municipal na região sudoeste do Paraná. Foram analisadas amostras de extratos secos de: Cymbopogon citratus, Baccharis trimera., Aesculus hippocastanum, Equisetum arvense, Echinodorus grandiflorus, Curcuma longa, Ginkgo biloba, Piper methysticum, Melissa officinalis e Passiflora incarnata. Para a avaliação físico-química, foram realizados os testes, segundo a Farmacopeia Brasileira (2019): características organolépticas, umidade, granulometria, pH, densidade, solubilidade e constituintes secundários, dentre os quais flavonoides, saponinas e taninos. Para a análise microbiológica, determinou-se a presença de microrganismos totais, bolores, leveduras, Salmonella sp e Shiguella sp, segundo Barbosa (2014). A avaliação organoléptica revelou que todas as amostras se apresentaram com aspecto de pó fino e homogêneo, com odor e cor característicos de cada espécie. Os extratos secos apresentaram resultados de teor de umidade, granulométricos, pH e densidade dentro dos valores de referência farmacopéicos. Com relação a solubilidade, a amostra de E. arvense se revelou praticamente insolúvel ao solvente utilizado. Todas as amostras testaram positivo para a presença de flavonoides. As amostras de G. biloba, P. methysticum e P. incarnata não apresentaram saponinas. Nenhuma amostra apresentou contaminação por bactérias totais, Salmonella sp e Shiguella sp. Portanto, os resultados obtidos nesta pesquisa atendem aos parâmetros da legislação vigente, comprovando a qualidade dos extratos estudados.


2020 ◽  
Vol 9 (1) ◽  
pp. e02911504
Author(s):  
Mariana Matos Bortoluzzi ◽  
Vania Schmitt ◽  
Caryna Eurich Mazur

A ansiedade é um dos sintomas mais comuns associados ao estilo de vida moderno. Em contrapartida, percebe-se o aumento pela procura de práticas integrativas e complementares como a fitoterapia para amenizar os sintomas associados à ansiedade. Dessa maneira, esse artigo tem por objetivo listar os fitoterápicos mais utilizados no tratamento da ansiedade. Trata-se de uma revisão de literatura dos últimos 18 anos, onde foi pesquisado sobre o funcionamento e a aplicação de fitoterápicos e seus efeitos benéficos para promoção de saúde, especialmente na ansiedade. Entre os fitoterápicos de efeito carminativos estão a valeriana (Valeriana officinalis), hortelã (Mentha) e camomila (Matricaria chamomilla), Flor de Laranjeira (Citrus X sinensis), Erva Cidreira (Melissa officinalis) e Capim Limão (Cymbopogoncitratus) que podem tratar de dores agudas e serem sedativas, ainda, o maracujá (Passiflora edulis), e em casos de insônia inclui-se também espinheiro-branco (Crataeguslaevigata), e lúpulo (Humuluslupulus). Em relação aos compostos bioativos, a utilização de alimentos fermentados, de óleos essenciais – especialmente ômega 3, flavonoides, mostraram-se potenciais tratamentos alterativos para a ansiedade.


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