scholarly journals Estimulação elétrica transcutânea diafragmática pela corrente russa em portadores de DPOC

2016 ◽  
Vol 23 (4) ◽  
pp. 345-351
Author(s):  
Bruno Martinelli ◽  
Ieda Papille dos Santos ◽  
Silvia Regina Barrile ◽  
Helen Cristina Tiemi Iwamoto ◽  
Camila Gimenes ◽  
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Keyword(s):  

RESUMO A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) ocasiona prejuízos na mecânica pulmonar, interferindo na atuação, mobilidade e conformidade do diafragma. A estimulação elétrica diafragmática tradicional é capaz de gerar benefícios ao pneumopata; poderia a corrente russa ser outra opção? Objetivou-se identificar as alterações após estimulação diafragmática elétrica transcutânea pela corrente russa em indivíduos portadores de DPOC. Trata-se de estudo prospectivo, quase experimental, com os seguintes critérios de inclusão: estabilidade medicamentosa, cessação tabágica, DPOC grau III e IV e manutenção do estilo de vida. Foram avaliadas medidas antropométricas, respiratórias e funcionais. A estimulação diafragmática se deu pelo Endophasys R ET 9701 por quatro meses, duas vezes por semana, com 30 sessões. O tempo de terapia e frequência para cada sessão foram: 18 min. (20 a 30 Hz) e 12 min. (70 a 100 Hz), respectivamente. Para análise dos dados foi aplicado teste “t” de Student (p<0,05). Participaram do tratamento 13 DPOC, sendo 11 (84,6%) do sexo masculino, todos brancos com idade de 68,46±11,11 anos e carga tabágica de 74,03±56,2 maços-ano. Ao final da intervenção houve mudanças no: volume minuto de 14,47±4,72 para 13,03±4,00 L/min.; índice BODE de 3,92±2,10 para 3,23±1,87; e distância no teste de caminhada de 6 minutos (TC6) de 336±76,36 para 402,76±51,29 m. Concluiu-se que a estimulação elétrica diafragmática por meio da corrente russa promove benefícios significativos ao portador de DPOC, proporcionando melhora respiratória e funcional.

2013 ◽  
Vol 20 (4) ◽  
pp. 379-386
Author(s):  
Júlia Gianjoppe-Santos ◽  
Samantha Maria Nyssen ◽  
Bruna Varanda Pessoa ◽  
Renata Pedrolongo Basso-Vanelli ◽  
Mauricio Jamami ◽  
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O objetivo do estudo foi investigar se há relação entre o impacto da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) no estado de saúde com o nível de dispneia nas atividades de vida diária (AVD) e o índice preditor de mortalidade em pacientes em reabilitação pulmonar (RP). Trata-se de um estudo transversal, em que foram avaliados 32 pacientes com DPOC moderada a muito grave (23 homens; 66,6±12,0 anos; VEF1: 40,6±15,6% previsto) por meio do COPD Assessment Test (CAT), Índice de Massa Corpórea (IMC), Teste de Caminhada de Seis Minutos (TC6), London Chest Activity of Daily Living Scale (LCADL), modified Medical Research Council (mMRC) e Índice BODE (Body mass index, airflow Obstruction, Dyspnea and Exercise capacity). Observaram-se correlações positivas moderadas do CAT com o questionário mMRC (r=0,35; p=0,048), a pontuação total da LCADL (r=0,60; p<0,001) e com a porcentagem da pontuação total da LCADL (r=0,57; p=0,001). Apenas a pontuação total da LCADL é capaz de predizer independentemente a pontuação do questionário CAT (p<0,05; r²=0,61). Não foram constatadas correlações significativas entre o CAT e o Índice BODE, IMC, TC6 e VEF1. Dessa forma, quanto maior o nível de dispneia nas AVD, maior o impacto da DPOC no estado de saúde do paciente, entretanto, o mesmo não ocorre em relação ao prognóstico de mortalidade nos pacientes com DPOC em RP.


2009 ◽  
Vol 35 (12) ◽  
pp. 1174-1181 ◽  
Author(s):  
Wellington Pereira dos Santos Yamaguti ◽  
Elaine Paulin ◽  
João Marcos Salge ◽  
Maria Cristina Chammas ◽  
Alberto Cukier ◽  
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OBJETIVO: Verificar se indivíduos portadores de DPOC com disfunção diafragmática apresentam maior risco de mortalidade quando comparados àqueles sem disfunção diafragmática. MÉTODOS: Foi avaliada a função pulmonar, a mobilidade diafragmática, a qualidade de vida e o índice conhecido como Body mass index, airway Obstruction, Dyspnea, and Exercise capacity (BODE) em 42 pacientes portadores de DPOC. Os pacientes foram alocados em dois grupos de acordo com a gravidade do acometimento da mobilidade do diafragma: grupo de baixa mobilidade (BM; mobilidade < 33,99 mm) e grupo de alta mobilidade (AM; mobilidade > 34,00 mm). O índice BODE e a qualidade de vida foram quantificados nos dois grupos. Todos os pacientes foram acompanhados prospectivamente por um período de até 48 meses a fim de identificarmos o número de óbitos decorrentes de complicações respiratórias devido a DPOC. RESULTADOS: Dos 42 pacientes avaliados, 20 foram classificados no grupo BM, e 22 foram alocados no grupo AM. Não houve diferenças significativas quanto à faixa etária, hiperinsuflação pulmonar e fatores relacionados à qualidade de vida entre os grupos. Entretanto, o grupo BM apresentou maior pontuação no índice BODE em relação ao grupo AM (p = 0,01). O acompanhamento dos pacientes ao longo de 48 meses permitiu identificar quatro óbitos na população estudada, sendo todos os casos no grupo BM (15,79%; p = 0,02). CONCLUSÕES: Esses resultados sugerem que pacientes portadores de DPOC com disfunção diafragmática, caracterizada por uma baixa mobilidade do diafragma, apresentam maior risco de mortalidade quando comparados àqueles sem disfunção diafragmática.


2014 ◽  
Vol 39 (1) ◽  
Author(s):  
Cintia Laura Pereira de Araújo ◽  
Manuela Karloh ◽  
Karoliny Dos Santos ◽  
Cardine Martins dos Reis ◽  
Anamaria Fleig Mayer

Introdução: A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) prejudica o estado funcional, com consequente limitação das Atividades de Vida Diária (AVD). Este estudo teve como objetivo investigar o efeito de um programa de Reabilitação Pulmonar (RP), em longo prazo, no estado funcional, na dispneia e no índice BODE em pacientes com DPOC. Relato de caso: Trata-se de um estudo retrospectivo e documental, com análise dos prontuários de cinco pacientes participantes de um programa de RP por um ano. Destes prontuários foram coletados dados referentes às avaliações: espirometria, Índice de Massa Corporal (IMC), escalas London Chest Activity of Daily Living (LCADL) e Medical Research Council e (MRC) teste de caminhada de seis minutos. Após um ano participando do programa de exercício físico, a maioria dos pacientes apresentou maior capacidade funcional, menor dispneia e redução no risco de mortalidade. Conclusão: Um ano de RP parece ter função de manutenção da melhora da capacidade funcional de pacientes com DPOC, após 24 sessões de treinamento.


2009 ◽  
Vol 45 (12) ◽  
pp. 620 ◽  
Author(s):  
David Morchón-Simón ◽  
Juan Carlos Martín-Escudero
Keyword(s):  

2007 ◽  
Vol 39 (4) ◽  
pp. 217-218
Author(s):  
Alicia Panadero Sánchez ◽  
Eneida del Olmo Carrillo ◽  
José Alejandro López Fraile ◽  
Fernando Madero López
Keyword(s):  

2013 ◽  
Vol 26 (2) ◽  
pp. 379-387 ◽  
Author(s):  
Helton Eckermann da Silva ◽  
Adria Zipperer

INTRODUÇÃO: A Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma doença que progressivamente compromete a tolerância ao esforço, levando a limitações ou incapacidades funcionais. Além do teste de caminhada de seis minutos (TC6), novos testes vêm sendo propostos para avaliar tais limitações. O SPPB (Short Physical Performance Battery) consiste em uma bateria de testes que avalia o desempenho físico funcional de membros inferiores (DFFMI) OBJETIVO: Avaliar o DFFMI de portadores de DPOC usuários de oxigenoterapia domiciliar (OD) por meio do SPPB e correlacioná-lo com marcadores multidimensionais de gravidade da DPOC. MATERIAIS E MÉTODOS: De 54 portadores de DPOC muito grave usuários de OD, 25 atenderam aos critérios de inclusão. O SPPB avaliou o DFFMI através de testes de equilíbrio estático, velocidade da marcha e levantar-se da cadeira. O índice BODE foi composto a partir da composição corporal, VEF1, dispneia e TC6. RESULTADOS: Entre os 25 avaliados (11 mulheres e 14 homens) com média de idade de 71 ± 6,80 anos e VEF1 médio de 27,40 ± 9,68% do previsto, o escore total médio do SPPB foi 9,36 ± 1,80 pontos (moderado desempenho). A média do índice BODE (em que B significa índice de massa corpórea - body mass índex; O, obstrução; E, tolerância ao exercício; e D, da dispneia) foi de 6,16 ± 2,36 pontos. O escore total do SPPB apresentou correlação negativa com o BODE e positiva com o TC6. A variável velocidade da marcha em segundos do SPPB correlacionou-se negativamente com o TC6 e positivamente com o MRC e o BODE. CONCLUSÃO: Diante das correlações observadas destacamos a praticidade e utilidade do SPPB na avaliação e monitoramento da gravidade da DPOC e capacidade funcional para a amostra estudada, sugerindo um potencial uso como instrumento para prognóstico da DPOC, em associação com outros marcadores.


2010 ◽  
Vol 36 (4) ◽  
pp. 447-452 ◽  
Author(s):  
Zênia Trindade de Souto Araujo ◽  
Gardenia Holanda

OBJETIVO: Determinar se há uma correlação entre o índice Body mass index, airway Obstruction, Dyspnea, and Exercise capacity (BODE; IMC, obstrução das vias aéreas, dispneia e capacidade de exercício) e a qualidade de vida relacionada à saúde em pacientes com DPOC. MÉTODOS: Foram avaliados 42 pacientes com DPOC quanto a parâmetros de função pulmonar; variáveis antropométricas; capacidade de exercício através da distância máxima percorrida no teste de caminhada de seis minutos; dispneia através da escala modificada Medical Research Council (MRC); índice BODE; e a qualidade de vida através do questionário do Saint George's Respiratory Questionnaire modificado (SGRQm). Os pacientes foram alocados em dois grupos de acordo com a estratificação de gravidade da doença: VEF1 > 50% e VEF1 < 50%. RESULTADOS: Os valores médios do índice BODE para os grupos VEF1 > 50% e VEF1 < 50% foram, respectivamente, 2,58 ± 1,17 e 4,15 ± 1,81. Houve diferença significativa na comparação das variáveis VEF1 e VEF1/CVF entre os grupos. Houve correlações moderadas e significativas entre os escores do índice BODE e todos os domínios do SGRQm no grupo de pacientes com VEF1 < 50%. CONCLUSÕES: Houve correlação entre o escore do índice BODE e os escores de todos os domínios do SGRQm nos pacientes com DPOC com VEF1 < 50%. Portanto, os pacientes DPOC com VEF1 < 50% morrem mais rápido e têm pior qualidade de vida.


2019 ◽  
Vol 21 (4) ◽  
pp. 390
Author(s):  
Thamyres Spositon da Silva ◽  
Antenor Rodrigues ◽  
Juliiana Fonseca Micheleti ◽  
Nidia Aparecida Hernandes ◽  
Fabio Pitta ◽  
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Resumo É clinicamente relevante identificar fatores preditores de mortalidade isolados ou multidimensionais em pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). O objetivo desse esuto foi comparar diferentes fatores na identificação de pacientes classificados em alto risco de morte e identificar o valor prognóstico de fatores isolados frente ao índice BODE. Foram avaliados pacientes quanto a fatores associado a mortalidade: função pulmonar com a medida do volume expiratório forçado (VEF1); índice de massa corpórea (IMC); índice de massa magra corporal (IMMC); Incremental Shuttle Walk Test (ISWT) com a estimativa do consumo máximo de oxigênio (VO2máx); teste de caminhada de seis minutos (TC6min); escala Medical Research Council; índice BODE e tempo sedentário. Pontos de corte previamente associados com mortalidade foram utilizados para calcular a proporção de pacientes em alto risco. Análise de curva ROC foi utilizada para testar o valor prognóstico das variáveis isoladas frente ao BODE. Foram incluídos 162 pacientes (86 homens, idade 67±8 anos). As proporções de pacientes classificados em alto risco variaram de 12,6% até 76,5% de acordo com os oito fatores analisados (P<0,05 vs todos). A área sob a curva (AUC) desses fatores testados isoladamente frente ao índice BODE indicou insatisfatória capacidade discriminativa (0,26 < AUC < 0,44). Existe uma variabilidade expressiva na proporção dos pacientes classificados como “alto risco” de acordo com cada fator preditor de mortalidade. Além disso, a avaliação prognóstica do paciente obtida com o índice BODE não pode ser substituída pela avaliação de um único fator preditor. Palavras-chave: Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. Mortalidade. Exercício. AbstractIt is clinically relevant to identify isolated factors or multidimensional predictors of mortality in patients with Chronic Obstructive Pulmonary Disease (COPD). To compare different factors in the identification of patients classified as high risk of death and to identify the prognostic value of isolated factors against the BODE index. Patients were evaluated considering the factors associated with mortality: pulmonary function with forced expiratory volume (FEV1); body mass index (BMI); body mass index (LMWI); Incremental Shuttle Walk Test (ISWT) with estimation of maximal oxygen consumption (VO2max); six-minute walk test (6MWT); Medical Research Council scale; BODE index and sedentary time. Cut-off points previously associated with risk of death were used to calculate the proportion of patients at high risk of death. ROC curve analysis was used to test the prognostic value of each variable against the BODE index. A total of 162 patients (86 men, age 67 ± 8 years) were included. The proportions of patients classified as high risk ranged from 12.6 to 76.5% according to all eight factors analyzed (P <0.05 vs all). The area under the curve (AUC) of each factor analyzed against the BODE index indicated insufficient discriminative capacity (0.26 < AUC < 0.44). Conclusion: There is an expressive variability of patients classified as "high risk" according to each predictor factor. Moreover, the prognostic evaluation of the patient using the BODE index cannot be replaced by the assessment of a single predictive factor. Keywords: Chronic Obstructive Pulmonary Disease, Mortality, Exercise.


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